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Análise | Munchkin

Munchkin é um card game que tem como ambição simular a ação que acontece nos jogos de RPG de mesa através de cartas que representam os monstros, maldições, poções, vestimenta entre outros. Esse é, possivelmente, o jogo que mais joguei da minha estante de jogos de tabuleiro, é divertido e muito bom para jogar repetidas vezes.

O Jogo

Munchkin consiste em um dado e dois baralhos, sendo um deck as carta de “porta” e o outro as cartas de “tesouro”. Nas cartas “porta” estão presente os monstros, as maldições e cartas de raça/classe, enquanto em “tesouro” têm itens (poções e vestimentas).

O jogador começa como um humano e, sem a necessidade de criar um perfil, ele deve ir derrotando os monstros que vão aparecendo para ganhar acessórios e poções que vão ajuda-lo a enfrentar monstros mais fortes, além de subir de nível. Ganha o jogador que chegar no nível 10.

Com regras bastante simples e intuitivas Munchkin tem como foco o combate entre o jogador e os monstros do jogo, que podem aparecer aleatoriamente para o jogador. Assim, o jogo coloca os participantes em situações que a vitória do jogador através do combate “mano a mano” mostra-se impossível, sendo necessário pedir ajuda aos seus colegas.

Esse é o momento que o jogo mostra sua verdadeira personalidade, pois, ainda que somente um jogador possa ajudar um colega em apuros, todos os participantes podem interferir nos combates ajudando a fortalecer o monstro com cartas do jogo.

Dessa maneira, com o amadurecer da partida, os participantes tendem a interferir mais frequentemente nos combates, de modo a impedir a vitória de seus colegas. O jogo tem essa característica de rivalidade que se intensifica nos momentos finais da partida.

Comicidade e morte de jogadores

Em Munchkin os participantes irão encontrar itens de nomes bem criativos como o “elmo da coragem” (com o desenho de um homem trajado com um elmo grande o suficiente que tampa seus olhos) ou o “cacete do complexo de inferioridade (que só pode ser usado por homens). Há, também, nomes criativos para monstros como “piolho das virilhas”, “nerd histérico” ou advogado (que não enfrenta a classe “ladrão”).

Soma-se a isso os excelentes desenhos das cartas que são perfeitos para a diversão que jogo propõe. Assim, o jogo é capaz de combinar o bom humor com diversão de combate RPG de uma forma única.

Outro momento relevante do Munchkin é a morte de um jogador, que tem seu corpo saqueado pelos outro jogadores antes de reviver no rodada seguinte. É uma estratégia interessante colocar os adversários nessa situação nos momentos finais do jogo porque, tendo o Munchkin um estoque limitado de bons itens, este pode ser a única maneira de recuperar alguns deles

Fator Sorte e momentos finais

A sorte presente no Munchkin consiste no saque de cartas “porta”, pois, é o momento que o jogador pode enfrentar um monstro muito acima de sua força (em algumas situações o jogo não obriga a ocorrência de combate) no início, ou ter a felicidade de tirar uma carta fraca enquanto é nível 9.

Também depende de sorte para os participantes conseguirem bons itens que condizem com a raça de seu personagem, mas tal situação é remediada pela troca de cartas com outros jogadores, que geralmente buscam itens diferentes do seu, dada a grande possibilidade de combinação itens\raça.

Os momentos finais do Munchkin é onde se concentra a maioria da ação, porque é esse o momento escolhido pelos jogadores para usarem suas cartas que conseguem fortalecer os monstros, de modo a evitar que seus adversários vençam. Assim, o vencedor consagra-se quando os participantes esgotam suas possibilidades de intervir no jogo

Conclusão

O jogo Munchkin é excelente para se divertir com amigos que gostam de RPG ou jogos de tabuleiro, apesar do jogo ter um foco diferente se comparado o tradicional “role playing game”. Munchkin também é excelente para se jogar repetidas vezes, porque cada jogo consegue ser diferente, principalmente quando muda-se os jogadores.

Ainda assim Munchkin é simples, e não necessita de excelente estratégias para se dar bem. É um jogo necessário nas prateleiras de quem curte RPG e tabuleiro.

Texto escrito por Gustavo Fernandes

Redação Bastidores

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