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Cine Vinil #02 | Lado A: Por que Amei A Vigilante do Amanhã – Ghost in the Shell

O CONCEITO

Dia vs Noite, TWD vs GOT, DC vs Marvel, BvS vs Guerra Civil, Xbox vs Playstation, Flamengo vs Fluminense, Android vs iOS, McDonalds vs Burger King, Nerd vs Nerd, Fanboy vs Fanboy.

O multiverso nerd é pautado por discussões intermináveis e, geralmente, extremamente redundantes. Mas com toda a certeza a gente adora aquela treta cósmica para provar que um lado é melhor que o outro – mesmo que o único convencido na discussão seja você mesmo. Analisando essa treta tão peculiar, decidimos trazer um pouco desse espírito “saudável” de discussão para o nosso site.

Sejam bem-vindos ao Cine Vinil! Calma, antes de soltar os cães nos comentários, entenda nossa proposta. Os discos de vinil foram um dos itens mais amados para reprodução de arquivos sonoros. Sua grande peculiaridade eram os lados A e B. O lado A era utilizado para gravar os hits comerciais das bandas, músicas mais populares. Enquanto o Lado B era mais voltado para canções experimentais ou mais autorais.

No caso, nos inspiramos pelos lados opostos do mesmo “disco” – de uma mesma obra. O primeiro filme a receber esse formato é Power Rangers que conseguiu dividir a opinião da equipe do site gerando a tempestade perfeita para testarmos o formato. Serão dois artigos: o Lado A, que contém a opinião positiva, e o Lado B, com a versão negativa. Os autores, obviamente, serão distintos, e escolherão 5 pontos específicos da obra para justificar seus argumentos.

Explicado o conceito, nós lhes desejamos aquela ótima discussão para defender o seu lado favorito! Quem ganhou? Lado A ou Lado B? Que a treta perfeita comece!

LADO A

Por Daniel Taran

Uma história de origem

Esse novo filme conta a história de origem da Major, algo que nem o mangá, nem os filmes de Mamoru Oshii se preocuparam com as raízes da Major, exceto a série animada  que aqui é tratada como uma origem de super herói. Tivemos mais tempo para conhecer a personagem da major como nenhum dos filmes teve até então. Essa abordagem certamente foi a escolha certa para começar uma nova franquia no cinema.

Ghost in the Shell é uma franquia enorme

A maior reclamação que eu vejo das pessoas é que “Ah, mas o filme de 1995…” Ghost in the Shell tem muito mais que só o primeiro filme, temos o mangá original de 1989, um segundo filme, também do Oshii de 2004 e as sérias animadas Stand Alone Complex e Arise, cada uma delas com uma abordagem diferente, diretores diferentes, com diferentes visões, com visuais diferentes e histórias diferentes para contar, que não são necessariamente ligadas às outras. Todas elas tiveram sua influência nesse filme e essa é apenas só mais uma adaptação das tantas que a obra de Shirow já teve e, como toda adaptação, também tem as suas divergências.

Filosofia

Outra comparação com o primeiro filme é “Ah, faltou a densa filosofia”. Isso eu concordo, inclusive é uma das minhas reclamações com a série mais recente do anime, Arise, que também sofre do mesmo problema, entretanto, é mais plausível reclamar isso no anime que é mais nichado do que uma super produção hollywoodiana, ou você acha que iam fazer o blockbuster do Jean Luc Godard, hein? O filme tem que vender, vamos ter esperança que o filme faça dinheiro suficiente  para garantir uma continuação e que eles explorem um pouco mais desse lado mais reflexivo da franquia (que eu duvido muito que chegue ao nível do primeiro filme) afinal O MESTRE DOS FANTOCHES AINDA NEM APARECEU!

O que eu vejo muito são as pessoas reclamando dos filmes do Oshii exatamente por causa dessa densidade “São difíceis, confusos, não dá pra entender nada…” agora simplificam a coisa e você ainda reclama?

O visual

Esse é com certeza um dos filmes com um dos visuais mais impressionantes que eu vi recentemente, remetendo ao clássico Blade Runner do Ridley Scott, que inclusive foi uma das maiores inspirações do Masamune Shirow para criar Ghost in The Shell, com sua arquitetura bem particular, uma grande megalópole e inacreditáveis edifícios e arranha-céus. O filme captura bem o cyberpunk nesse aspecto, é o mundo de Shirow realizado na tela de cinema, rendendo algo simplesmente espetacular, que fica ainda melhor se puder ser conferido em 3D. Realmente vale a pena.

É uma ótima adaptação

Em 2009 saiu um filme chamado Dragon Ball Evolution, que era simplesmente terrível. Além de péssima adaptação, também era um péssimo filme, o que fez muitos fãs de mangá/anime abominarem qualquer coisa desse gênero que fosse anunciada em Hollywood. Agora podemos dizer que temos uma ótima adaptação de mangá/anime live action fora do Japão, apesar do filme não ser nenhuma obra-prima, está longe de envergonhar o legado da série. Apesar das mudanças eu não senti que nada, nem no menor nível, foi deturpado.

Clique AQUI para ler o LADO B.

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Publicado por Daniel Tanan

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Cine Vinil #02 | Lado B: Por que Odiei A Vigilante do Amanhã – Ghost In The Shell