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Análise | Dragon Ball: Xenoverse 2

Dragon Ball XENOVERSE 2 é o mais novo jogo da franquia Dragon Ball, que já conta com dezenas e dezenas de títulos que são lançados constantemente. A premissa, para aqueles que não jogaram o primeiro XENOVERSE, é bem simples. Certas pessoas estão mexendo com a linha temporal da saga DBZ, e como mexer no espaço tempo é perigoso, cabe ao jogador criar um personagem único, para assim impedir essa ameaça. A criação de personagens e os elementos de MMORPG são o que tornou o primeiro jogo tão bom e divertido, e é claro que essas características estão de volta para a sequência.

É o Mesmo Kamehameha, Só Que Diferente

A história por trás do primeiro jogo era extremamente interessante e prendia a atenção, pois se tratava de algo novo. Vilões desconhecidos estavam mexendo em acontecimentos na linha temporal do universo de Dragon Ball Z e, com isso, tínhamos um novo ângulo para toda história que já havia sido contada em diversos outros jogos, o que foi um ponto extremamente positivo.

Agora, em XENOVERSE 2, temos exatamente o mesmo plot com algumas leves mudanças. Towa e Mira, dois vilões do primeiro jogo, estão de volta e mexendo com a linha temporal novamente, só que dessa vez com a ajuda de Bardock, pai de Goku, que está sendo controlado por eles. É basicamente isso e não vai muito além. No primeiro jogo tínhamos vários momentos icônicos do anime Dragon Ball Z, e XENOVERSE 2 revisita parte deles, o que deixa a história com menos impacto, pois já vimos isso de uma forma mais completa, anteriormente. Porém novos vilões e histórias são adicionadas nesse jogo, como a luta contra Jamemba e a história do Gohan do futuro lutando contra os androides 17 e 18, mas isso não é o bastante para cativar.

O enredo de XENOVERSE 2 é um “copia e cola” de seu antecessor tirando algumas histórias e adicionando outras, o que é uma pena. Visto as modificações feitas anteriormente os desenvolvedores poderiam ter se arriscado mais e feito algo completamente original, mas não foi o caso, passando uma sensação de que esse enredo poderia ser uma expansão para o primeiro jogo.

Tá Charmoso

Os gráficos são muito bonitos e tiveram uma leve melhoria, principalmente pelo fato do jogo ser exclusivo para a oitava geração, diferente de seu antecessor. Porém nada tão grandioso.

Mas algo está muito errado com o rosto de alguns personagens quando vistos de perto, que parecem que estão chapados, sem muito relevo, mas essa é uma reclamação estética de minha parte, não compromete nada.

Luta Para Quem Te Quero

Vamos começar com os básicos. As lutas são como antes, temos a barra de vida, a barra de ki (que serve para usar ataques especiais) e a barra de estamina (usada para se defender, voar e desviar de ataques). Os combos e a fluidez melhoraram muito, em relação ao anterior, e novos golpes foram adicionados.

O jogo, assim como o primeiro, tem muitos elementos de um MMORPG, ou seja, você pode fazer quests, side quests e missões de treinamento. E, assim como todo MMORPG, você pode fazer as missões (fora as principais) com seus amigos, o que deixa o jogo extremamente divertido.

Em cada time pode-se ter até três personagens. No caso do jogador, um controlado por ele e dois pelo computador. No modo online pode-se ter até seis jogadores no mesmo time.

A câmera funciona com um sistema de “Lock On”, ou seja, você trava a sua mira em um personagem inimigo especifico e parte para o ataque. O único problema é que, em alguns combos, ela se atrapalha, confundindo o jogador.

Como resultado, temos um excelente gameplay bastante intuitivo e desafiador para um amante de jogos de luta não 2D.

Tem Quase Todo Mundo

Dessa vez, temos bem mais personagens que anteriormente. São mais de 80 dessa vez (com DLCs), englobando: os animes Dragon Ball Z e alguns filmes; Dragon Ball GT e Dragon Ball Super.

Porém ainda tem personagens que não entraram para o jogo, como Tapion, Bojack, Baby, entre outros que realmente poderiam estar presentes, mas pelo visto não atraíram a atenção dos desenvolvedores. O que é algo bem chato, pois se na época do PS2 tínhamos Dragon Ball Z Budokai Tenkachi 3, com mais de 100 personagens, hoje em dia, com o desenvolvimento da tecnologia, deveríamos poder ver isso novamente.

O caso de Baby é ainda mais revoltante, pois ele está no jogo como uma Boss Fight, mas o jogador não pode usá-lo, assim como a ultima transformação de Mira. A saída para utilizar esses personagens são os MODs, que são conteúdos criados pela própria comunidade para o jogo.

Você em Dragon Ball

Agora vamos para a principal característica dessa franquia, a criação de personagens. Ela está mais completa do que o jogo anterior, oferecendo uma gama maior de opções, o que já era de se esperar e funciona da seguinte maneira: primeiro se escolhe a raça do personagem, que pode ser Terráqueo, Sayajin, Namekian, Majin e a raça de Frieza, cada uma tem diferentes status e diferentes transformações, que agora estão presentes para todas elas, diferente do primeiro jogo; logo depois disso você customiza a aparência, podendo mudar cor de pele, cabelo, olhos, entre outros. Posteriormente no jogo pode-se adicionar novos golpes, roupas, e acessórios e também ir subindo de nível para deixar seu personagem cada vez mais forte, assim como qualquer outro RPG.

Em XENOVERSE 2, as transformações estão balanceadas, diferentes do anterior, onde o Super Sayajin era completamente desbalanceado. Elas estão muito variadas e bem divertidas, cada uma com um estilo de gameplay diferente. O Namekian fica gigante, o Sayajin pode atingir o nível 3 (antes só era possível ir até o 2), entre outras variações, o Majin se transforma em um Kid Buu, o Terráqueo utiliza a nuvem voadora e também o Kaioken, e a Raça de Frieza entra na forma de ouro, apresentada no ultimo filme do Dragon Ball e no novo anime, Dragon Ball Super.

Mas algo que foi mantido não me agrada, e aqui entra minha opinião pessoal. O Super Sayajin altera o penteado do personagem no Anime e isso é mantido para a versão dos personagens no jogo, menos para o customizado, apenas o nível 3 muda, mas é igual para todos os cabelos disponíveis, o que, para mim, é falta de imaginação dos desenvolvedores e de vontade, principalmente depois de ver muitas pessoas que conseguiram fazer isso através de MODs. A maravilha de das lutas de Dragon Ball Z são a transformações e como o personagem muda em cada uma delas, mas isso não foi passado para o jogo. Essa é apenas a opinião de um fã chato, já que isso não afeta em nada o gameplay.

O Mundo Cresceu

Dessa vez a local principal que o jogo se passa, “Conton City”, é sete vezes maior do que a versão do primeiro XENOVERSE. Agora pode-se andar, usar veículos e voar pela cidade, o que é bem interessante, apesar de que quando o jogo te der a permissão para voar, que demora um pouco, os outros modos de locomoção se tornam obsoletos, já que voar é mais rápido e simples de controlar. A cidade está divida em vários setores referentes a locais apresentados no Anime. A experiência de voar até a caso do avô de Goku é bastante gratificante. Alguns desses lugares oferecem “quests” únicas e desafios diferentes, dependo da raça encolhida para o personagem.

Os eventos onlines do jogo receberam uma atenção especial dessa vez, principalmente por agora cada servidor aguentar 300 jogadores conectados ao mesmo tempo. Temos o Torneio de artes marciais como antes, mas também a invasão de Frieza, que teve inicio junto com a primeira DLC, e agora temos os voids temporais, que nada mais são do que lutas contra grandes e poderosos chefões, onde são adicionadas mecânicas novas e exclusivas para derrota-los. Está tudo mais aprimorado em relação ao primeiro XENOVERSE, percebe-se claramente a onde a equipe por trás do jogo estava mais focada.

Conclusão

Dragon Ball XENOVERSE 2 tem um enredo fraco e muito parecido com seu antecessor. Seu gameplay é também o mesmo de antes, mas evolui nos pontos certos, exceto pela câmera e suas confusões. Mas o jogo brilha aonde tem que brilhar, seu modo online. Ele funciona lindamente e com mais opções. Um belo jogo de luta que consegue entreter por mais de 40 horas fácil, mas que ao mesmo tempo passa a sensação de ser o primeiro jogo com um pacote de expansão.

Texto escrito por Daniel Sodré 

Redação Bastidores

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