10 melhores filmes sobre aviões
Antigamente, quando um avião aparecia em um filme, em que não era costume esses veículos aéreos motorizados aparecerem, causavam grande suspiro e entusiasmo entre o público quando surgiam em tela. Com o desenvolvimento das aeronaves - e também do modo de se filmar, principalmente das cenas de ação, com aviões de guerra em alta velocidade realizando grandes manobras, essas produções passaram a ficar mais empolgantes e realistas, até que atualmente é quase impossível assistir a um filme sem uma cena tão impressionante como a vista em Missão Impossível: Nação Secreta.
Confira a lista dos filmes mais interessantes que tem ou suas histórias contadas em aviões ou que tem suas narrativas passadas como pano de fundo em aviões.
10. Vôo United 93 (2006)
Os atentados do 11 de setembro de 2001 entraram para a história como um dos piores atos terroristas cometidos em solo americano. Vôo United 93, dirigido por Paul Greengrass, teve seu lançamento feito cinco anos após a tragédia às Torres Gêmeas, e isso levando em conta como os executivos de Hollywood costumam adaptar o mais rapidamente possível histórias reais para as telonas, este filme levou até que um certo tempo para ter sua trama levada para o cinema.
Produção é pura tensão, com altas doses de emoção e mesmo com o público já sabendo o que aconteceu com o voo 93 da United Airlines, e que foi sequestrado por terroristas com a finalidade de jogá-lo contra a Casablanca, mas que pela luta dos passageiros contra os terroristas acabou por cair na Pensilvânia, em 11 de setembro de 2001, acaba por gerar uma certa comoção no espectador ao assistir aquela história e vivenciar tudo aquilo, mesmo que alguns fatos apresentados sejam diferentes do que já sabemos hoje a respeito dos atentados.
9. O Aviador (2004)
Megaprodução que teve Leonardo DiCaprio como protagonista, interpretando uma das figuras americanas mais conhecidas da história (Howard Hughes), fato que o fez ser indicado ao Oscar e que como sabemos não recebeu a estatueta pela atuação.
Por ser uma cinebiografia é considerado um filme “parado” e longo demais por certa parcela do público, mas isso não o transforma em uma produção ruim, pelo contrário, é uma obra que fascina por adaptar a excêntrica vida do milionário americano apaixonado por aviões, além de trazer um grandioso elenco, Kate Beckinsale, John C. Reilly e Cate Blanchett.
8. O Voo (2012)
Na época que estreou nos cinemas surgiram muitas críticas positivas para a atuação de Denzel Washington, que rendeu indicação ao Oscar de melhor ator pelo papel de um piloto alcoólatra que acaba se envolvendo em um acidente aéreo, mas investigações feitas acabam questionando seus atos na condução da aeronave.
O roteiro funciona ao trabalhar o drama do piloto, pois traz um homem com problemas pessoais e que poderia ter vitimado centenas de vidas, isso além de trazer boas doses de ação e também um protagonista que tenta dar a volta por cima.
7. Voo Noturno (2005)
Wes Craven é um mestre do cinema de terror. Clássicos do diretor como A Hora do Pesadelo (1984) e Pânico (1996) acabaram por se tornar grandes franquias. Voo Noturno é um suspense com a marca de Craven, é um dos melhores (e também mais menosprezados) thrillers já lançados.
Rachel MCAdams interpreta uma mulher que entra em um avião e acaba sendo sequestrada e se vê no meio de uma trama de assassinato. O homem que a sequestra em um voo noturno é interpretado por Cillian Murphy.
Não é um terror convencional, com sangue sendo derramado a rodo, e sim um thriller psicológico, em que a protagonista precisa fugir do sequestrador em um avião. Altas doses de tensão, em um filme que entretém e prende o público na cadeira.
6. Serpentes a Bordo (2006)
Nada melhor que assistir a uma história em que surgem cobras atacando os passageiros em pleno a um voo, e o elenco desse longa ainda conta com a participação de Samuel L. Jackson como o homem que pode salvar o dia.
Serpentes a Bordo se tornou um sucesso instantâneo ao ser lançado e quase ninguém entendeu o por que nada na época, muito menos os produtores, fato que acabou transformando a produção em cult com o tempo. O show de bizarrices é tamanho que se torna divertido, tanto que no final surge inesperadamente dentro do avião uma anaconda.
5. Sully: O Herói do Rio Hudson (2016)
Consagrado pela crítica como um dos recentes grandes filmes de Clint Eastwood, longa narra a história do piloto da US Airways, Chesley Sullenberger, que entrou para a história depois de realizar um pouso de emergência no rio Hudson sem que ninguém a bordo tivesse se vitimado.
Com grande atuação de Tom Hanks, em uma produção que que tenta retratar os fatos como ocorreram, sem sentenciar o piloto de que houve algum erro por sua parte e sim mostrar o seu ato heróico e também quais foram as consequências após o pouso no rio Hudson.
4. Amor sem Escalas (2009)
Em uma bela exibição de George Clooney à frente de um personagem que vive viajando e circunstancialmente tem que demitir pessoas por onde passa, além de ter como meta o objetivo de conseguir 10 milhões de milhas de viagem.
É uma agradável comédia dramática e que apresenta o vazio na vida do personagem de Clooney, um homem com um objetivo de vida raso. Tem um ótimo roteiro, é bem dirigido por Jason Reitman, além de causar boas risadas nos espectadores.
3. Prenda-me se for Capaz (2002)
Leonardo DiCaprio em mais uma atuação de cair o queixo. Desta vez como um golpista em uma trama inspirada em fatos reais, ao contar a história de Frank Abagnale Jr. que foi considerado o mestre dos disfarces, e que teve por um tempo em seu encalço o FBI.
Não é uma película que tem sua narrativa focada em aviões, mas a ideia de colocar DiCaprio como um piloto golpista é por si só algo que acaba trazendo uma grande diversão, além de ter a primorosa direção de nada mais nada menos que Steven Spielberg.
2. Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu (1980)
Não rir de pelo menos uma das várias piadas nonsenses de Airplane! (nome em inglês) é uma tarefa bastante árdua. A sátira dos filmes catástrofes logo ganhou o público quando foi lançado por trazer um Leslie Nielsen bem humorado e sem noção dentro de um avião.
Claro que muitas das piadas do filme perderam seu brilho com o passar dos anos, mas muitas situações ainda tiram muitos risos, mesmo que sejam cenas forçadas, como a da passageira que é esbofeteada inúmeras vezes pôr vários outros passageiros em fila indiana.
1. Top Gun: Maverick (2022)
Se essa lista fosse feita há alguns anos antes, certamente figuraria nos primeiros lugares Top Gun: Ases Indomáveis (1986), antecessor de Top Gun: Maverick, que se tornou sucesso de bilheteria e de crítica e que traz o retorno de Tom Cruise no papel do piloto Pete 'Maverick' Mitchell.
Com empolgantes cenas de ação, destruição de aviões e manobras de tirar o fôlego, longa deu uma sobrevivia para uma trama que estava esquecida e possivelmente pode ter transformado Top Gun em uma lucrativa e gigantesca franquia.
Crítica | Predador 2: A Caçada Continua - Uma continuação sem brilho
Em Predador, de 1987, Arnold Schwarzenegger era o protagonista que enfrentava o alienígena caçador, saindo vitorioso do confronto mortal. Em Predador 2, o alvo é o Tenente Mike Harrigan (Danny Glover), sua equipe de detetives e alguns traficantes, fortemente armados, que residem em Los Angeles. A atmosfera de guerra civil e desordem, apresentada na produção, confere uma característica especial à trama, lembrando, em alguns aspectos, o clássico Robocop (1987).
Houve uma mudança em relação ao local onde a história se desenrola; enquanto no primeiro filme os mercenários enfrentavam o Predador na floresta tropical, agora o conflito se dá na cidade americana de Los Angeles, descrita como uma região quente e terrível. Infelizmente, para os fãs nostálgicos, ao revisitar a obra, perceberão que ela não é tão impactante quanto se lembravam. O diretor Stephen Hopkins (A Sombra e a Escuridão) buscou retratar um ambiente sombrio, mas, lamentavelmente, isso resultou em um tom excessivamente sombrio, mais próximo de um obra trash de terror do que de uma ficção científica.
O Predador não é um alienígena benevolente, como apresentado Alien Vs. Predador, ele é um vilão sempre em busca de suas presas, e é este o acerto desta sequência. Seu aspecto sinistro e sombrio é apenas uma parte de sua personalidade. Um dos muitos problemas desta versão reside nas cenas de ação, muitas vezes coreografadas de forma inferior se comparadas à versão com Schwarzenegger.
Na trama, o Tenente Mike Harrigan é o detetive encarregado de combater o tráfico de drogas e investigar assassinatos brutais de criminosos de gangues rivais. Ao descobrir uma relação entre esses assassinatos, todos os mortos são pendurados de ponta cabeça e têm a pele retirada brutalmente, a situação se complica quando os colegas de Mike começam a aparecer mortos. Em sua busca pela verdade, ele confronta agentes do governo e descobre que o assassino é um ser de outro planeta.
Os agentes do governo tentam caçar o Predador, armando uma armadilha para ele, mas acabam se tornando as presas. Mike aparece para salvar o dia. O final é um diferencial, com o detetive entrando em uma nave espacial, e lá encontrando um local cheio de crânios sendo expostos como troféus de várias espécies que os Predadores já mataram por outros planetas, inclusive é possível ver o de um Alien ali.
Obviamente os agentes do governo tentam caçar o Predador, montando uma arapuca para ele, mas acontece que eles acabam se tornando a presa. Eis que aparece Mike para salvar o dia. A melhor parte é justamente o final quando o detetive entra em um lugar que parece ser uma nave espacial. Lá encontra um quadro com crânios que são guardados como troféus de todas espécies que os Predadores já mataram, inclusive do Alien.
Em "Predador" de 1987, Arnold Schwarzenegger emerge como o protagonista que enfrenta o alienígena caçador, saindo vitorioso do confronto mortal. Em "Predador 2", o alvo é Danny Glover e sua equipe de detetives e traficantes, fortemente armados, que residem em Los Angeles. A atmosfera de guerra civil e desordem, apresentada na produção, confere uma característica especial à trama, lembrando, em alguns aspectos, o clássico "Robocop".
Houve uma mudança em relação ao local onde a história se desenrola; enquanto no primeiro filme os mercenários enfrentavam o Predador na floresta tropical, agora o conflito se dá na cidade americana de Los Angeles, descrita como uma região quente e terrível. Infelizmente, para os fãs nostálgicos, ao revisitar a obra, perceberão que ela não é tão impactante quanto se lembravam. O diretor Stephen Hopkins buscou retratar um ambiente sombrio, mas, infelizmente, isso resultou em um tom excessivamente sombrio, mais próximo de um filme trash de terror do que de uma ficção científica.
O Predador não é um alienígena benevolente, como apresentado em "Alien Vs. Predador"; ele é um vilão sempre em busca de suas presas, e é este o acerto desta produção. A atmosfera caótica e sombria é apenas uma parte de sua personalidade. O problema desta versão reside nas cenas de ação, muitas vezes coreografadas de forma inferior se comparadas à versão com Schwarzenegger.
Na trama, Mike Harrigan (Danny Glover) é o detetive encarregado de combater o tráfico de drogas e investigar assassinatos brutais de criminosos de gangues rivais. Ao descobrir uma relação entre esses assassinatos, todos os mortos são pendurados de ponta cabeça e têm a pele retirada brutalmente, a situação se complica quando os colegas de Mike começam a aparecer mortos. Em sua busca pela verdade, ele confronta agentes do governo e descobre que o assassino é um ser de outro planeta.
Os agentes do governo tentam caçar o Predador, armando uma armadilha para ele, mas acabam se tornando as presas. Mike aparece para salvar o dia. A melhor parte é o final, quando o detetive entra em uma nave espacial, encontrando um quadro com crânios, troféus de todas as espécies que os Predadores já mataram, inclusive do Alien.
Será que um vilão tão icônico não merecia um filme à altura do dirigido por John McTiernan? A verdade é que, tirando o filme de 1987, dificilmente se encontra uma produção envolvendo os Predadores que seja tão boa. Não houve um filme à altura de sua fama, o que é uma pena. Isso contrasta com Alien, que teve sequências memoráveis, com boas histórias e personagens marcantes. É estranho que, no caso dos Predadores, eles sejam tratados como personagens secundários em filmes de terror, quando são muito mais do que isso. São ícones pop presentes no imaginário de todos, merecendo produções mais inteligentes e bem produzidas.
Predador 2 tem seus méritos, mas a trama poderia ter sido melhor construída. A caracterização dos personagens é péssima, beirando o cômico, e eles são desenvolvidos de maneira insatisfatória. A fotografia deixa a desejar, tão ruim quanto a de Alien Vs. Predador 2. Em alguns momentos, a escuridão é tão intensa que compromete a visibilidade, como se tornar o ambiente mais escuro o tornasse mais assustador. No entanto, há uma redenção nisso, já que a fotografia é utilizada para caracterizar o ambiente, conferindo um tom mais sombrio e enigmático.
Predador 2 - A Caçada Continua (Predator 2, EUA – 1990)
Direção: Stephen Hopkins
Roteiro: Jim Thomas, John Thomas
Elenco: Freya Mavor, Benjamin Biolay, Elio Germano, Stacy Martin, Thierry Hancisse, Sandrine Laroche, Danny Glover
Gênero: Thriller
Duração: 94 min
Confira também a análise do canal Lucas Filmes.
https://www.youtube.com/watch?v=xuMVbfKu4ww
Crítica | Armadilha Explosiva Traz tensão e tem tom de denúncia
Um tema mais que recorrente nos noticiários nos últimos meses, nas redes sociais e até mesmo entre as conversas que surgem entre familiares e amigos é sobre o conflito na Ucrânia, local em que a Rússia de Vladimir Putin invadiu e está ali tomando territórios e deixando um rastro de morte e destruição. Porém, esse conflito se iniciou muito antes de 2022, em 2014, na região de Donbas, com grupos pró-russos entrando em conflito contra o governo ucraniano. Essa questão é o principal foco de discussão de Armadilha Explosiva.
Usando como pano de fundo essa atmosfera sombria do conflito da Ucrânia (lembrando que o longa foi lançado em 2021, antes da recente invasão russa em 2022), o diretor Vanya Peirani-Vignes encontrou uma maneira de denunciar e discutir uma questão que ocorreu na região e que poucos ficaram sabendo, que é a do uso de minas terrestres colocadas em solo ucraniano por forças russas.
Mas é aí que entra a confusão no jeito de se tocar a história. O diretor quer focar em um tema, mas ao término fica claro que a mensagem é muito maior do que aquela passada no filme, querendo debater não apenas sobre o uso de minas terrestres em solo ucraniano e que vitimizaram várias crianças, mas também de seu uso no planeta. “No mundo, a cada hora, uma mina mata uma pessoa”, diz o texto que finaliza o filme como um aviso e também como uma espécie de alerta.
É nítido que o orçamento do longa não era tão alto, beirando até a uma produção independente. Foram utilizados poucos cenários ao longo da narrativa, com Sonia (Nora Arnezeder) e as crianças presas dentro do carro, que está carregado de explosivos armados localizado no estacionamento, em que a sua equipe especializada em minas terrestres, liderada por Igor (Radivoje Bukvic), surge para tentar desarmar os explosivos no carro.
Esse modo de se filmar, utilizando cenário único, já foi utilizado em diversas produções e tende a criar uma ligação com o espectador - pelo menos nessa situação envolvendo Sonia e as crianças - de perigo, além de tentar trazer uma tensão para um problema que surgiu e que deve ser solucionado em um curto período, que é o fato de a bomba explodir caso alguém saia do carro. Em Armadilha Explosiva essa solução funciona, pois a tensão em si já é o suficiente para prender a atenção do público, com um bom suspense de pano de fundo e com dramas secundários envolvendo os personagens.
Outro fato que traz interesse para a trama é o fato de se tentar descobrir quem realizou o atentado terrorista contra Sonia e quais são suas reais motivações contra ela. Porém, podemos dizer que é uma narrativa bastante pobre no sentido de fazer a protagonista ficar presa o tempo todo no carro, mesmo que essa seja a proposta do roteiro. Quando a trama começa a se desenvolver, ficando realmente interessante e trazendo algo de relevante para a história, o filme termina.
Armadilha Explosiva mesmo sendo bem intencionado, com uma reviravolta que até chega a surpreender em seu final, demonstra saber bem com quem dialogar e quem quer atingir, e principalmente: quem quer denunciar, no caso a Rússia e as atrocidades cometidas na Ucrânia, fato que volta a se repetir novamente no momento atual, como se fosse algo cíclico, o que transforma sua trama ainda mais atual e viva.
Armadilha Explosiva (idem, Coreia do Sul – 2022)
Direção: Jin-sung Choi
Roteiro: Jin-sung Choi
Elenco: Chang Eun-jo, Moon Hyung-wook, Cho Ju-bin, Kim Wan, Oh Yeon-seo
Gênero: Documentário, Policial
Duração: 105 min
https://www.youtube.com/watch?v=HlrNKYpYPqY&ab_channel=A2Filmes
Bienal de SP | Mesmo atraindo multidão ainda tem muito a melhorar
Vendas em Alta
No último domingo (10) ocorreu a Bienal do Livro de São Paulo, que foi realizada no Expo Center Norte e que atraiu milhares de leitores. Em nove dias de evento, passaram pelo local mais de 600 mil visitantes, tendo um crescimento de 10% em seu público em relação a 2018, último ano que havia ocorrido a Bienal.
As vendas também cresceram nessa edição, segundo os dados divulgados pelas próprias editoras. E isso em um momento em que a economia do país se encontra em crise, e é uma boa notícia para o mercado editorial que em 2021 as vendas de livros cresceram 29% em relação a 2020.
O aumento das vendas de livros na Bienal pode ser mais devido ao evento ter sido feito durante as férias de julho, fato que não costuma ocorrer nas edições anteriores, e assim ter levado um público maior para o Expo Center Norte, do que propriamente o fato dos livros estarem mais “baratos” ou de ter uma maior variedade de oferta de produtos a serem adquiridos.
Por falar em preços, essa edição, em quase todos os estandes que visiteis, com ressalva daqueles que tinham como finalidade limpar o estoque, colocando livros a valores bem baratos “3 títulos por 50”, na maioria o que se encontrou foram obras com preços altos, e mesmo quando se encontrava alguma promoção bastava olhar no site da Amazon e encontrar aquele mesmo título pela metade do valor fornecido na Bienal, ou seja, compensava muito mais comprar pelo site de Jeff Bezos que na Bienal.
Nesta edição as editoras pensaram melhor na elaboração de seus estandes e não focaram somente em produtos pops. Na HarperCollins se encontrava livros de O Senhor dos Anéis, mas também outras obras de Tolkien, assim como na Companhia das Letras era possível encontrar um vasto catálogo com obras de Stephen King, mas também obras de outras áreas de interesse do público, não com muitos títulos à disposição, mas mesmo assim já era alguma coisa.
Em 2018, o que mais se via era uma enormidade de oferta de livros de YouTubers e que eram colocados em destaque nas prateleiras, resultando na fuga de muitos leitores dos estandes por não serem o público-alvo daquelas obras. Desta vez já ouve uma mudança, com livros de Star Wars, Harry Potter e até mesmo obras de filosofia e história brasileira sendo colocados com mais destaque nos estandes.
Desorganização e Lotação
É claro que quem vai nesse tipo de evento já está acostumado com a super lotação ou já espera que esteja abarrotado, tendo filas imensas e dificuldade de se andar em meio ao caos e na Bienal não foi diferente, e mesmo um local tão grande quanto o Expo Center Norte se tornou pequeno para uma demanda tão grande de público.
E a organização da Bienal não ajudou em nada, sendo que nos primeiros dias de eventos as filas de quem tinha ingresso e quem não tinha ingresso era a mesma para entrar, ou seja, quem tinha ingresso e chegasse antes teria que ficar esperando junto com quem não tinha ingresso, não havia uma fila específica para quem já tinha ingresso completo, uma total falta de organização. E dentro do evento o que se via era também uma total desorganização, parecia até um evento amador. Os estandes formavam filas bizarras em que as pessoas passavam umas na frente das outras furando a fila descaradamente, a praça de alimentação foi mal planejada.
Mesmo que a Bienal tenha vendido três milhões de livros, o que configura um sucesso da edição, ainda há muito a melhorar. Como um melhor cenário para autores e independentes exporem seus trabalhos e atraírem novos leitores, um real pensamento das editoras em usar a Bienal não apenas para vender livros, mas também para fazer um produto cultural para o público e nisso entra também uma política de baixar os preços absurdos que se encontravam alguns volumes.
A verdade é que a Bienal, diferente da BGS, CCXP, entre outros eventos, não é um evento que te prende no local. O público entra, dá umas voltinhas, compra alguns exemplares de livros e depois de quatro horas ali dentro vai embora, e isso não se vê em outros lugares. A Bienal do Livro precisa começar a pensar grande e se refazer como evento.
Crítica | Cyber Hell: Exposing an Internet Horror – O Lado Obscuro do Telegram
Uma questão comportamental vem surgindo nas redes sociais já há algum tempo, local em que se encontra os principais debates que ditam o dia a dia da sociedade moderna. Essa relação comportamental é algo recente e que se popularizou com a criação do Facebook, por Mark Zuckerberg, e outras redes sociais que vieram através do tempo, criadas com o intuito de gerar discussões e fomentar opiniões. A partir da disseminação dessas redes, começaram uma série de debates éticos por parte do público a respeito dessas empresas e de suas políticas empregadas, entre os debates estão a falta de privacidade do público nesses meios, o medo de se ter os dados vazados e também de se ter o conteúdo privado exposto, ou seja, as mídias vazadas de forma ilegal, como fotos e vídeos privados para que todos na internet possam ter acesso, tornando algo que era particular em algo público. É justamente sobre isso que o documentário Cyber Hell: Exposing an Internet Horror trata de maneira perturbadora, mas sob um outro ponto de vista.
Produção da Netflix, dirigida por Jin-sung Choi, apresenta uma realidade mais assustadora que a de muitos filmes de terror, e isso se deve ao fato de justamente o documentário abordar um tema atual e de uma maneira crua, mostrando os perigos das redes sociais, no caso focando no Telegram, já que seu roteiro foi desenvolvido e pensado em denunciar uma prática criminosa na Coréia do Sul e que envolve essa rede social em si.
Em Cyber Hell, é acompanhado o trabalho de um grupo de jornalistas coreanos que iniciam uma investigação de modo independente para alguns veículos jornalísticos, sem a ajuda da polícia, para tentar identificar pessoas que dentro de grupos no Telegram compartilham conteúdo pornográfico de menores de idade, ou seja, uma rede de pedofilia que estaria atuando em grupos na rede social pelo país.
Os jornalistas ao investigarem as pistas que receberam descobrem algo muito, mas muito maior. Um esquema sofisticado, que além de escravizar inúmeras garotas de todas as idades de forma sórdida, as intimidando a fazer o que lhes era mandado pelo Telegram, caso contrário esse grupo ameaçava expor fotos e vídeos íntimos delas para seus pais ou pela rede social, isso quando não faziam outras ameaças ainda piores, como expor seus endereços residenciais em grupos com milhares de pessoas no Telegram. Com isso os criminosos as mantinham “escravas” para criarem mais conteúdo sexual exclusivo para esses grupos.
Mesmo sendo um acontecimento local, algo cometido na Coréia do Sul, o documentário acaba funcionando por ter um apelo global entre os jovens e adultos de todas as idades, pela necessidade de se ter atenção nas redes sociais e de ser um aviso para que se tenha cuidado para que não fiquem à mercê de criminosos perigosos, como Baksa e GodGod, os vilões apresentados pela produção e que criaram os grupos criminosos de compartilhamento de pornografia no Telegram. Um segundo fator é que também funciona como denuncia de como o Telegram é usado para disseminar conteúdo pornográfico infantil e para espalhar mídias de diversas vítimas sem o conhecimento delas, na maioria das vezes originados de roubos ou de hackers.
Se há algo em que Cyber Hell peca é em relação ao seu roteiro de não se aprofundar em discutir um tema tão importante como são os crimes sexuais cometidos na web, algo que pode ser considerado como uma oportunidade perdida pela produção, pois ao ficar apenas no relato da abordagem das ocorrências cometidas por GodGod e por Baksa, se esquece de debater os perigos das redes sociais e seus problemas a fundo, algo que o documentário O Dilema das Redes faz muito bem, mesmo que sendo através de outro ponto de vista, e que em Cyber Hell cabia ter feito melhor o debate sobre a respeito do tema.
A história conta com detalhes de como é realizada a investigação da equipe de jornalistas, e esse é um ponto positivo para se entender os acontecimentos. Mas ao contar sobre os crimes e as salas do Telegram o diretor deixa a narrativa um pouco confuso para que ocorra seu entendimento pelo público, claro que depois entende-se tudo com muita facilidade. Mas de início fica um pouco confuso devido à falta de uma análise mais profunda e pela falta de informação, principalmente por não ter contado muito sobre os crimes.
Cyber Hell: Exposing an Internet Horror é uma boa trama investigativa e que deve chocar aos espectadores pelo seu conteúdo. A conclusão que se chega ao assistir a obra da Netflix é que o problema não está relacionado apenas às redes sociais, à internet, nem ao Telegram e que esse é um problema muito maior. Há pessoas que se utilizam dessas redes para o mal, sendo que elas não foram criadas para esse fim. Infelizmente não é o primeiro caso de crimes virtuais e infelizmente não será o último.
Cyber Hell: Exposing an Internet Horror(idem, Coreia do Sul – 2022)
Direção: Jin-sung Choi
Roteiro: Jin-sung Choi
Elenco: Chang Eun-jo, Moon Hyung-wook, Cho Ju-bin, Kim Wan, Oh Yeon-seo
Gênero: Documentário, Policial
Duração: 105 min
https://www.youtube.com/watch?v=hpceNxQASKw&ab_channel=Netflix
10 melhores filmes com dinossauros
Os Dinossauros em si e o mundo que habitaram, no caso o planeta Terra, mas há milhões de anos atrás, sempre trouxeram muita curiosidade para todo o público, por isso pesquisadores a cientistas sempre procuram até hoje maneiras de explicar como esses seres foram extintos do Terra.
O cinema tenta acompanhar essa ânsia pela busca de apresentar essas histórias a respeito desses predadores que viveram em nosso planeta há tanto tempo. É verdade que muitos dos filmes produzidos são animações ou do gênero de fantasia ou da ficção científica, até porque os dinossauros não existem mais e recriá-los com efeitos práticos iria custar um valor estratosférico, por isso a maioria dessas produções tem efeitos limitados.
A seguir os melhores filmes com a presença de Dinossauros.
10. O Mundo Perdido (1925)
Inspirado na obra do autor Arthur Conan Doyle, O Mundo Perdido pode até não ser considerado nos dias atuais uma obra-prima, mas na época que estreou marcou época por ser o primeiro filme a usar a tecnologia de stop motion no cinema, até então considerado algo inovador para o período.
Por ser um filme mudo, nos dias de hoje a tarefa de assisti-lo pode não ser das mais fáceis, mas há o seu valor histórico para a história do cinema e vale a pena dar uma conferida.
9. Dinossauro (2000)
A produção da Disney mesmo sendo lançada no início de 2000 é considerada um clássico, não pela sua qualidade técnica, mas sim por uma geração toda ter crescido acompanhando a história do iguanodonte Aladar e sua jornada pessoal em meio à chuva de meteoros que cai na Terra.
Sem participação da Pixar na construção da animação, esse foi o primeiro projeto da Disney em que os personagens foram completamente criados via animação 3D.
O roteiro é fraco, mas vale justamente pelo valor emocional e pela questão científica que a trama apresenta.
8. O Vale de Gwangi - O Vale Proibido (1969)
Bebendo da fonte de King Kong, já que O Vale de Gwangi é praticamente uma cópia do longa de 1933, mas com a diferença que em vez de um gorila gigante levado para Nova York, houve uma troca por um Tiranossauro que é levado para ser exposto em uma cidade do interior do México.
As familiaridades com King Kong são muitas e ficam evidentes em várias cenas, principalmente na da destruição da cidade.
7. A Era do Gelo 3 (2009)
A franquia de animação de sucesso A Era do Gelo não demorou para embarcar na era dos dinossauros e a diversão é garantida nesse terceiro capítulo, o transformando em um dos mais engraçados dos filmes lançados pela Blue Sky Studios.
O espectador só precisa ignorar o fato, em relação ao roteiro, de que nesse terceiro filme os dinossauros que aparecem em um misterioso mundo subterrâneo não fazem muito sentido para a trama, já que eles haviam sido extintos há milhões de anos antes dos fatos apresentados no longa.
7. Jurassic World Domínio (2022)
Para quem ama dinossauros e gosta de variedade, Jurassic World Domínio é o melhor da franquia (dessa nova trilogia). São inúmeras espécies surgindo convivendo entre os humanos. Algumas interagem pacificamente, outras só querem caçar e jogar o mundo no caos.
Dinossauros clássicos como o Tiranossauro, os Velociraptors, Triceratops e Parassaurolofos marcam presença, mas as novidades são muitas com o Giganotossauro, Atrociraptores, Dimetrodons, Quetzalcoatlus e o destaque do assustador Therizinossauro.
A história pode não ser grandes coisas, mas há um número gigantesco de espécies jogadas em situações interessantes em ótimos efeitos visuais que vai te manter cativado.
6. O Bom Dinossauro (2015)
Uma animação da Pixar que não tem muito a qualidade da empresa que é ligada à Disney. Primeiro pelo fato que seu roteiro, mesmo tendo boas ideias, é recheado de clichês e de longe não lembra as brilhantes ideias da Pixar.
A trama segue um Apatossauro chamado Arlo, que se perde de sua família e acaba encontrando na amizade de um menino humano selvagem uma aventura por um mundo “novo”. A qualidade da animação é o ponto forte, com cores vivas e a recriação perfeita do ambiente com bons efeitos visuais.
4. King Kong (2005)
Peter Jackson vinha de uma série de conquistas obtidas em várias premiações com a trilogia O Senhor dos Anéis quando aceitou o desafio de fazer um remake de King Kong, uma história já muito saturada e que precisava receber uma refilmagem para os dias atuais.
O resultado é fantástico, com King Kong sendo belamente reproduzido com uma ótima tecnologia digital de ponta e com o gorilão sendo interpretado por Andy Serkis.
Há excelentes cenas de ação de tirar o fôlego, com destaque para a luta contra os dinossauros, em que o gorila gigante luta contra os predadores para salvar a vida da bela Ann Darrow (Naomi Watts).
3. Em Busca do Vale Encantado (1988)
Uma animação simples, que tem um valor nostálgico, além de trazer uma linda mensagem sobre amizade, Em Busca do Vale Encantado é uma animação que conta com uma narrativa emocionante e que leva muitos às lágrimas ainda nos dias de hoje.
Com produção de George Lucas, Steven Spielberg e Don Bluth (Gary Goldman e John Pomeroy também participaram do projeto) não tinha como dar errado um projeto de tamanha beleza.
Ali já havia alguns traços do que viria a ser no futuro o grande clássico do cinema de Spielberg, Jurassic Park, que percebeu no filão dos dinossauros um grande entretenimento a ser explorado.
2. King Kong (1933)
Um verdadeiro clássico que serve como referência para vários filmes até os dias de hoje, além de ter se tornado futuramente uma franquia de sucesso no cinema.
King Kong foi só o pontapé inicial de algo maior no cinema americano, da história de uma fera que vive na Ilha da Caveira e de uma equipe que vai até o local para filmá-lo.
No longa, o gorila gigante luta contra um Tiranossauro Rex (algo que foi considerado inovador para o cinema na época), se apaixona pela bela Ann Darrow, e é exposto por um cinegrafista na Broadway, em um show de espetáculo de horror, e tudo que sabemos depois é história, até mesmo a clássica cena final no Empire State Building.
1. Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros (1993)
Existe uma era antes de Jurassic Park e depois de O Parque dos Dinossauros, e isso se deve simplesmente pelo fato de que antes do filme dirigido por Steven Spielberg os dinossauros eram retratados nas telonas de maneira superficial e até mesmo bastante fake.
Depois de Jurassic Park, no cinema os dinossauros ficaram mais reais, havia tensão ao presenciar uma cena envolvendo um Tiranossauro-Rex perseguindo suas presas, emoção essa que antes não era possível devido a falta de veracidade que as filmagens não profissionais empregavam nas produções na época, e que a tecnologia colocada em prática por Spielberg permitiu aos espectadores com O Parque dos Dinossauros, abrindo espaço para uma franquia de enorme sucesso nos cinemas.
10 Melhores Filmes sobre Vikings
Pode-se dizer que nunca os Vikings ficaram tão em evidência quanto agora em produções audiovisuais, com séries recebendo orçamento de megaproduções, como é o caso de Vikings, do History e The Last Kingdom, baseada no livro Crônicas Saxônicas de Bernard Cornwell. Isso para não dizer dos games que também estão percebendo o grande filão a ser explorado, com os lançamentos de Assassin's Creed Valhalla e God of War Ragnarok.
Nesta lista serão listados alguns dos melhores filmes sobre os vikings.
10. Outlander: Guerreiro vs predador (2008)
Por se tratar de uma produção de baixo orçamento, e por querer abordar um tema tão grandioso quanto é a guerra entre humanos e alienígenas, ainda mais com um ser que cai do céu, no caso um guerreiro chamado Kainan (Jim Caviezel) e que irá se unir aos vikings para enfrentar uma fera alienígena da raça Moorwen, antes que esta destrua todos os guerreiros de forma letal. É meio óbvio que um filme com essa premissa demandaria pelo menos um orçamento maior, caso que não ocorreu com Outlander, mas mesmo assim é um entretenimento divertido. Claro que o espectador irá precisar em alguns momentos fazer vista grossa para os furos do roteiro e engolir a estética feia da produção, de resto dá para assistir sem problemas.
9. O Último Rei (2016)
Para quem quer fugir da ficção científica e quer acompanhar uma trama de cunho histórico, provavelmente irá gostar da de O Último Rei, longa que narra os fatos que se passam na Noruega, no período de 1206, em uma época em que o território passava por uma Guerra Civil. Há boas cenas de lutas e algumas batalhas bem coreografadas, além de aventura, tensão e muitos vikings noruegueses.
8. O 13º Guerreiro (1999)
Com Antonio Banderas como protagonista, longa narra as aventuras de Ahmed Ibn Fahdlan nos territórios vikings. É uma produção boa principalmente em seu primeiro ato, até começar a esbarrar em seu roteiro mediano e na direção confusa da dupla John McTiernan e Michael Crichton, que se sai bem nas cenas de batalha e tensão, mas equivocada em se decidir se queria contar uma história de fantasia ou um filme histórico, como o longa Cruzada (2005), épico de Ridley Scott, fez ao abordar sua trama de forma eficiente e séria, sem fantasiar, algo que O 13º Guerreiro se perdeu durante sua narrativa.
7. Os Legendários Vikings (1964)
Apesar de ser um clássico do cinema e contar com nomes conhecidos de Hollywood, como Richard Widmark e Sidney Poitier, não é dos melhores quando o tema é invasão vikings. As cenas de batalhas não são bem coreografadas, os figurinos são bregas e a direção de Jack Cardiff peca bastante em construir uma estética que agrade aos fãs do gênero. Vale pela trama de conflito entre vikings e mouros que o roteiro segue e que continua bastante atual.
6. O Guerreiro Silencioso (2009)
Com muitas referências à mitologia nórdica, O Guerreiro Silencioso não é um filme fácil de digerir em um primeiro momento. O trabalho do diretor Nicolas Winding Refn (Demônio de Neon) é feito pensando em acompanhar os rumos do guerreiro One-Eye, interpretado por Mads Mikkelsen – em outro de seus trabalhos magníficos – que é mantido prisioneiro por uma aldeia, até que um dia escapa e se junta a um grupo de vikings que estão indo lutar na Terra Santa. É uma produção cheia de metáforas, com um valor histórico a ser compreendido, já que há uma certa crítica ao cristianismo, mas de difícil assimilação por parte do público.
5. A Lenda de Beowulf (2007)
Se for comparar com a época que foi lançado com os dias de hoje, a qualidade da animação empregada em A Lenda de Beowulf continua sim muito atual e muito boa. Óbvio que atualmente a tecnologia de Motion Capture melhorou bastante, principalmente nos movimentos dos personagens, mas para a época de seu lançamento foi considerado uma grande revolução para o cinema digital. O foco do roteiro é centrado na aventura, tendo boas cenas de ação, com a direção ficando a cargo de Robert Zemeckis, que já havia feito um bom trabalho com a animação O Expresso Polar (2004).
4. Thor (2011)
Pode não parecer, mas faz todo o sentido o longa da Marvel estar na lista, já que Thor é o deus nórdico dos trovões, além de ser filho de Odin, o soberano de Asgard, portanto, sua ligação com os vikings é enorme. Claro que dos três filmes produzidos: Thor, Thor: O Mundo Sombrio e Thor: Ragnarok o mais simbólico é o primeiro (mesmo sendo considerado por muitos um dos mais fracos da primeira fase), já que deu o passo inicial para que o asgardiano ganhasse um filme solo no MCU e também recebesse destaque no mundo dos heróis no audiovisual.
3. Como Treinar Seu Dragão (2010)
Essa é outra animação que se passa no período viking, com Soluço sendo um jovem de uma tribo, mas que não se encaixa muito bem nela e em suas tradições. É uma clássica história sobre amizade, com muita ação, além de ter uma ótima qualidade de animação, fato que o fez receber duas continuações, além de ter sido indicado ao Oscar de Melhor Longa Animado em 2011.
2. O Homem do Norte (2022)
Quando foi anunciado como um projeto a ser desenvolvido por Robert Eggers, diretor queridinho do público fã de produções alternativas, logo as expectativas por mais um bom filme lançado pelo cineasta foram às alturas. Nesta história de vingança viking, em que Amleth (Alexander Skarsgård) irá fazer de tudo para revidar a morte de seu pai pelas mãos de seu tio Fjölnir, o jovem viking irá crescer e se tornar um ser brutal e que mata a sangue frio seus adversários. É uma produção sanguinolenta, recheada de ação e feita para os fãs do gênero não botarem defeito.
1. Vikings, os Conquistadores (1958)
Saibam muito antes de ver que o primeiro lugar é de um filme “velho”, como muitos se referem aos filmes antigos atualmente, que esta é uma produção que simboliza tudo o que um filme viking é em sua síntese, desde a sua atmosfera de tensão, até a ser um épico grandioso do gênero. Protagonizado por Kirk Douglas, Tony Curtis e Janet Leigh marcou época não apenas pelos cenários teatrais e efeitos práticos, mas também pela ótima execução do roteiro feita pelo diretor Richard Fleischer (Conan, O Destruidor).
Crítica | Quatro Amigas Numa Fria É uma comédia sem frescor
Não é novidade nenhuma que o cinema nacional busque seguir a fórmula de sucessos de outras produções que fizeram bilheterias arrebatadoras ao atraírem enormes multidões aos cinemas, caso de Minha Mãe é uma Peça 3, que fez uma das maiores bilheterias do cinema brasileiro. Porém, mesmo tentando recriar essa receita Quatro Amigas numa Fria provavelmente não terá o mesmo êxito.
Não que a nova obra do diretor Roberto Santucci – famoso cineasta por realizar produções de humor farofa e que costumam ir bem nas bilheterias – seja uma catástrofe total, até porque Quatro Amigas numa Fria acaba por ter o destaque das belas paisagens da região de Bariloche, na Argentina, e de sua frequente neve, que representa nas montanhas quase que uma timidez imponente. Na realidade, este longa conta com um roteiro reciclado e mastigado e que já foi visto em várias histórias do gênero, desde novelas à enlatados hollywoodianos.
São esses formatos reciclados e novelescos que atrapalham a trama e obrigam ao cineasta Roberto Santucci a desenvolver sua história usando argumentos pitorescos que não colam, como o da garota que tem problema com gelo e não pode sair na neve, e transformando outros momentos que poderiam render algo em piadas sem graça alguma. Quatro Amigas Numa Fria traz uma narrativa extremamente batida, das amigas que vão fazer uma despedida de solteiro em Bariloche para um fim de semana de pura curtição e ali vão realizar várias atrapalhadas, além de se redescobrirem como pessoas, algo meio no estilo de se Beber Não Case, mas com a diferença que o filme de Todd Phillips fazia o espectador gargalhar de rir.
O roteiro escrito pela dupla Paulo Cursino e Taisa Lima até que é simpático em criar relações de amizade entre as quatro amigas, mas totalmente desfavorável em estabelecer esses mesmos laços entre algumas das amigas e seus cônjuges, que aparecem rapidamente por alguns segundos no primeiro ato e depois são plenamente esquecidos pelo resto da narrativa. Até mesmo o personagem de Babu Santana que parecia ser bastante interessante sucumbe a história para dar espaço a esposa Ludmila (Micheli Machado) que só pensa em dormir durante todo o filme, em um arco completamente chatíssimo, por sinal. Como o foco está todo nas quatro amigas, pelo fato delas se conhecerem há anos, principalmente Karen, interpretada por Fernanda Paes Leme, que está forçadíssima no papel da protagonista, e Dani (Maria Flor), que é a única a ter alguma relevância mesmo na narrativa, é natural que o diretor se perca nas escolhas ao dar mais tempo de tela para as protagonistas e esqueça os personagens secundários, o que é uma pena.
Em seu primeiro ato, o longa trabalha o conceito da amizade entre as amigas e o relacionamento de cada uma, claro que tudo muito estereotipado e com vários clichês, com a amiga que não se dá bem em nenhum relacionamento, com a outra que não sabe se trai ou não o marido, entre outros clichês. Isso para não falar a respeito das reviravoltas sem sentido que ocorrem no último ato e que desfavorecem as personagens, e também em atitudes machistas que o roteiro emprega em algumas das situações proporcionadas pelas quatro amigas.
Quatro Amigas numa Fria erra em seu principal elemento, que é a construção do roteiro e na hora de colocar um humor mais ácido na trama, isso além do diretor não se decidir se queria usar um tom mais teatral ou de novela nas cenas, e assim dando maior dinâmica e naturalidade para os diálogos. Fica difícil de rir em muitos dos quadros apresentados, até mesmo com alguns absurdos que poderiam render com algumas piadas, justamente porque o roteiro não sabe se quer fazer drama ou humor. Se depender do roteiro, Quatro Amigas Numa Fria deveria estar mesmo é na geladeira.
Quatro Amigas Numa Fria (idem, Brasil – 2022)
Direção: Roberto Santucci
Roteiro: Paulo Cursino, Taísa Lima
Elenco: Fernanda Paes Leme, Maria Flor, Priscila Assum, Micheli Machado, Marcos Veras, Babu Santana, Rafael Delgado, Gui Heck
Gênero: Comédia
Duração: 95 min
https://www.youtube.com/watch?v=IYo4KcjUo6s&ab_channel=Ingresso.com
Crítica | O Homem do Norte – O Brutal conto viking de Robert Eggers
Quando Robert Eggers despontou para o cinema com o filme A Bruxa (2015), ele logo passou a atrair a atenção de parte do público que curte produções com uma pegada mais alternativa, com isso também acabou atraindo para as suas obras nomes consagrados do cinema, e isso pode ser visto em seu mais novo épico viking O Homem do Norte.
Com presenças marcantes de Nicole Kidman (Apresentando Ricardos), Ethan Hawke (Cavaleiro da Lua) e Anya Taylor-Joy, que já trabalhou com Eggers em A Bruxa, a qual sua carreira teve desde então ampla ascensão. Com nomes desse quilate, Robert Eggers fez o que dele se esperava, um longa com muita mitologia e contando com algumas cenas brutais e violentas, isso além de contar com a participação inesperada e sem sentido de Björk em uma rápida dramatização.
Mitologia Nórdica
Robert Eggers se juntou ao romancista islandês Sjón para escrever o roteiro de sua nova obra. Conhecido por ser um diretor que adora mitologia, tanto que isso pode ser visto em seus filmes A Bruxa e O Farol, em que usou desses artifícios para poder criar suas narrativas. E é não só na mitologia, mas também na Islândia, lugar de muita história e por isso perfeito que o cineasta se encontra em casa para filmar seu épico sobre Mitologia Nórdica.
A trama gira em torno de Amleth, que presencia ainda jovem a morte de seu pai, o Rei Aurvandil (Ethan Hawke) pelas mãos de seu tio Fjölnir (Claes Bang), ele ainda sequestra a mãe de Amleth, a Rainha Gudrún, vivida por Nicole Kidman. Amleth foge da ilha e promete realizar uma grande vingança que anos mais tarde irá orquestrar contra o seu tio. É essa a narrativa que o roteiro segue, a verdadeira saga do herói que busca fazer uma represália contra o seu grande inimigo, algo que pudemos presenciar em várias produções do gênero e das mais diversas maneiras.
O primeiro filme que vem a cabeça quando assistimos ao O Homem do Norte, sem querer comparar é claro, até porque são histórias bem distintas, mas é bem difícil não comparar com Coração Valente (1995), longa que Mel Gibson dirigiu e que também traz um relato sangrento de vingança pessoal. A diferença é que The Northman (nome em inglês) tem o acréscimo de colocar a questão da mitologia nórdica no centro do roteiro e da lenda de Amleth como um dos seus principais destaques.
A Lenda de Amleth
Por ser um cineasta de grandes ambições e fã de lendas locais, não seria diferente nessa sua nova jornada em que coloca no foco da trama Amleth, com uma interpretação na fase adulta brutal de Alexander Skarsgård (Godzilla vs. Kong). A história do longa foi realmente inspirada em uma lenda antiga que tenta ser retratada para um público moderno, e é justamente por isso que Eggers mistura e exagera ao utilizar de mitos, lendas e lutas sanguinárias, que acabam se mostrando um acerto por parte do diretor, justamente por fugir do que é assistido na maioria das produções épicas. Por tratar de lendas não é difícil surgir em um trecho ou outro diálogos que introduzem citações, como Valhalla, Odin ou Valquírias.
Porém, mesmo com todos esses elementos mitológicos transcendentes ainda ficava no ar a questão de que faltava algo a mais no roteiro. No primeiro ato parecia que a saga de Amleth seria uma jornada grandiosa de vingança, com a transformação dele como um Berserker e depois dele aparecendo participando de uma batalha sangrenta, filmada de maneira eletrizante por Eggers. Mas quando começa o segundo ato, quando já está em sua busca por vingança, a narrativa parece ir por outros caminhos e acaba se tornando bastante rasa ao esquecer seu real valor, principalmente em relação a rica mitologia que havia criado e ao elo emocional que havia estabelecido com o público, tudo isso é praticamente abandonado de vez no último ato, se tornando assim apenas um filme banal sobre vingança.
Por trazer uma história simples, mas muito simples mesmo, isso se levado em conta o que foi vendido para o público, como um grande épico de ação, isso não pensando que seja mal feito ou mal produzido, mas sim que The Northman é bem menos do que se imaginava ser, ainda mais por se tratar de uma obra de Robert Eggers. Em seu último ato há uma tentativa fracassada de se fazer uma virada de roteiro, e é assim que Eggers justamente falha em seu elemento principal e que é quase a sua marca registrada, a de adicionar o tal fator surpresa que tanto chamou a atenção dos simpatizantes em seu cinema, algo que podemos presenciar em A Bruxa e O Farol, e que não podemos ver em O Homem do Norte.
Saga de Vingança e Sangue
Por ser uma história de vingança e apenas isso, podemos dizer que há uma mensagem ali embutida sobre a violência e como ela pode se tornar cíclica na sociedade e até mesmo ser passada de geração para geração, isso levando em conta a saga pela qual o protagonista segue e as reviravoltas apresentadas no último ato em relação a Amleth, mas isso se forçar muito para tirar algo da trama, porque a produção é a respeito de uma vingança pessoal com uma paixão que ocorre em uma parte da narrativa com toques de misticismo e nada mais que isso.
Assim como toda obra audiovisual viking, em que hordas partem para confrontos brutais e sangrentos, Eggers se propõe a fazer exatamente isso em sua saga nórdica, inserindo ótimas cenas de ação e de matança para os fãs de testosterona não colocarem defeito. Cabeças rolam, vísceras caem pelos corpos e sangue jorra por todo lado em cenas cruas, mas nada disso surpreende muito.
O Homem do Norte se segura em seu grande elenco, na direção firme de Robert Eggers e em um roteiro que irá agradar aos fãs de produções como Game of Thrones e de séries como Vikings, mesmo com o filme sendo mais parecido com O Regresso protagonizado por Leonardo DiCaprio, isso por causa da trama de vingança e pelas belas paisagens naturais. Outros pontos fortes, além do roteiro e a direção, são a bela fotografia e a estética que dão o tom a cada cena, e também a dinâmica empregada pelo diretor ao filmar as sequências de ação.
O Homem do Norte (The Northman, EUA – 2022)
Direção: Robert Eggers
Roteiro: Robert Eggers, Sjón
Elenco: Alexander Skarsgård, Anya Taylor-Joy, Nicole Kidman, Claes Bang, Ethan Hawke, Gustav Lindh, Elliott Rose, Willem Dafoe, Phill Martin, Eldar Skar, Olwen Fouéré, Oscar Novak, Björk
Gênero: Ação, Aventura, Drama
Duração: 137 min
https://www.youtube.com/watch?v=9SWnR2L6n0U&ab_channel=UniversalPicturesBrasil
Crítica | O Pacto - O Preço da Ambição
Karen Blixen (Birthe Neumann), também conhecida pelo pseudônimo de Isak Dinesen, foi uma grande escritora dinamarquesa, tendo entre suas obras mais consagradas A Fazenda Africana, que foi baseado no período em que a autora viveu no continente africano, local em que residiu antes de seu retorno para a Dinamarca. Porém, não são sobre essas memórias na África que o longa O Pacto (Bille August) que inspirou.
Em vez de fazer uma cinebiografia convencional da autora, algo que seria muito mais intrigante, mostrando a vida de Blixen na Savana africana, e suas intimidades ao longo de sua vida enquanto esteve na África, o diretor Bille August (Trem Noturno para Lisboa) pega um período em que Karen fez um pacto com o escritor Thorkild Bjørnvig (Simon Bennebjerg) e o desenvolve através desse ponto de vista dos dois personagens.
O pacto em si estabelecido entre as partes e que dá dinâmica ao filme é na realidade uma oferta feita pela escritora, pensando mais como uma espécie de promessa de fidelidade espiritual que a própria Karen Blixen oferece a Thorkild em troca de se tornar um artista completo, ou seja, ele ficaria hospedado na residência de Karen e iria ficar desenvolvendo sua literatura longe de sua família, ficando sob os cuidados da escritora dinamarquesa, e assim não escrevendo para mais ninguém, apenas para ela, isso por causa do pacto ajustado entre os dois.
Mesmo esse pacto sendo bastante bizarro, beirando até mesmo a uma escravidão em alguns momentos ou como se Thorkild tivesse vendido sua alma para Karen. Bille August trabalha bem certos elementos centrais da trama, mostrando que Bjørnvig acaba no fundo tendo uma leve “vantagem” na situação, não que ele queria isso, mas o autor escreve sua obra, fica longe de casa, trai sua esposa, tem uma certa liberdade criativa que desejava ter e é o ponto que o cineasta queria mostrar desde o início para o público. Thorkild assim como Karen vive preso à sua arte e precisa de um empurrão e de um escapismo para fugir do tradicionalismo e conhecer o mundo como ele é.
O roteiro, por ter como proposta a opção de contar a história a respeito deste pacto, acaba por focar mais na amargura de Blixen e em suas angústias nesta sua fase da vida, abordando de maneira rasa a sua doença, a sífilis, na qual contraiu na África há algum tempo. Mesmo com o diretor não dando tanta relevância assim para a personagem de Karen Blixen, sua intérprete, a atriz Birthe Neumann se destaca com louvor na solidão da autora.
Essas relações criadas pelo roteiro que se desenvolvem com muita rapidez entre Thorkild e Blixen ainda no primeiro ato, se mostram em um primeiro momento uma amizade frouxa e sem muito afeto, mas que com o passar do tempo vai se transformando em algo maior, mesmo assim com vínculos criados de forma rasa, o que demostra que August não trabalhou de forma virtuosa os elementos do roteiro para que isso ocorresse e não deu tempo suficiente para que se estabelecesse os acontecimentos necessários para que a narrativa pudesse fluir normalmente.
O Pacto deve agradar aqueles que curtem cinebiografias ou que procuram conhecer mais a respeito de uma personalidade da literatura, do mais não há tanta profundidade na vida da autora, além de uma falta de vontade por parte do diretor para detalhar uma história de amor mais emocionante e empolgante envolvendo o protagonista.
O Pacto (Pagten, Dinamarca – 2021)
Direção: Bille August
Roteiro: Christian Torpe, Thorkild Bjørnvig (obra)
Elenco:Birthe Neumann, Simon Bennebjerg, Nanna Skaarup Voss, Asta Kamma August, Anders Heinrichsen
Gênero: Biografia, Drama
Duração: 115 min
https://www.youtube.com/watch?v=Q6bPe37vkPs&ab_channel=A2Filmes