Lista | Os 10 Melhores Diretores de Game of Thrones
Uma das maiores realizações audiovisuais já feitas na História da Televisão é marcada não apenas pela excepcional qualidade da narrativa, dos acontecimentos, personagens e dos diálogos marcantes. Não fosse a presença de diretores muito competentes e talentosos para guiar essa história épica, Game of Thrones não teria nem 1/3 do impacto que possui hoje.
Essa lista não é muito convencional e tampouco existe em muitos outros sites. Decidimos então, na reta final desta grande empreitada histórica da HBO, listar os melhores diretores que já passaram pelo seriado ao longo de seus sete anos de exibição. Claro que, a depender dos resultados que a 8ª temporada trará no ano que vem, a lista será atualizada.
10. D.B. Weiss (1 episódio)
Melhor episódio: Two Swords (4ª Temporada, Episódio 1)
Um dos cabeças por detrás da criação da série também teve a chance de mostrar suas habilidades em direção na série. E mesmo com um episódio no currículo, Weiss se mostrou bem leal à narrativa original dos livros de George R.R. Martin mas sem nunca cair em um ritmo cansativo, e de sobra entregou uma excelente premiere para a melhor temporada da série. Raphael Klopper
9. Jeremy Podeswa (3 episódios)
Melhor episódio: Dragonstone (7ª Temporada, Episódio 1)
Podeswa sempre foi um dos mais focados no desenvolvimento narrativo, calmo e sem pressa, dos personagens na narrativa. Mais eis que veio um episódio como Dragonstone que revela uma certa mudança, benéfica, do diretor em adicionar ritmo desse desenvolvimento, mas sem deixar de entregar um desenlace emocional satisfatório final. Raphael Klopper
8. Alik Sakharov (4 episódios)
Melhor episódio: The Laws of Gods and Men (4ª Temporada, Episódio 6)
Um dos melhores comandantes de diferentes núcleos da série. Sakharov em apenas dos 4 episódios que dirigiu mostrou ter um ótimo controle narrativo e de ritmo entre os vários núcleos intercalados da série. Sem nunca ter deixado um diálogo em nota falsa e equilibrando perfeitamente cada personagem em cena, e ainda comandando sem falha perfeitas cenas de puro diálogo e ação medieval em tela. Raphael Klopper
7. Michelle MacLaren (4 episódios)
Melhor episódio: Oathkeeper (4ª temporada, Episódio 4)
De todos os diretores de Game of Thrones que tanto se assemelham em estilo de direção para com a construção de estrutura dos episódios, MacLaren talvez seja uma das pouca notadas que recebem a chance de remexer em destinos imprevisíveis para os acontecimentos de dos personagens de forma gratificante e sem perder o glamour de dirigir os episódios com o sempre belo refinamento que a série garante. Raphael Klopper
6. Matt Shakman (2 episódios)
Melhor episódio: The Spoils of War (7ª Temporada, Episódio 4)
Matt Shakman se tornou um dos nomes mais quentes da indústria depois de sua passagem excelente com apenas dois episódios nessa sétima temporada. O diretor relativamente jovem já estava na indústria há algum tempo, dirigindo poucos episódios de Fargo e Mad Men, porém seu trabalho em Game of Thrones facilmente pode ser considerado o ápice de sua carreira. A começar, dirigiu o episódio mais curto do seriado: The Spoils of War. Mostrando a grande batalha entre o exército Lannister contra Daenerys e Drogon, o diretor demonstrou domínio ímpar para realizar sequências de ação potentes que flertavam com as melhores assinaturas da linguagem cinematográfica dos filmes de guerra. Depois de mostrar o poderio com a ação, dirigiu Eastwatch, episódio focado em avançar a narrativa com diversos núcleos exibidos.
5. David Nutter (6 episódios)
Melhor episódio: The Rains of Castamere (3ª temporada, Episódio 9)
Apenas talvez um dos diretores mais sombrios de toda a série. Nutter ao longo da série e em seus episódios já demonstrou ter uma certa dádiva em entregar alguns dos momentos mais chocantes, marcantes e dolorosos de Game of Thrones, com uma perfeita construção dramática em volta de cada um de seus personagens e os trágicos acontecimentos que se sucedem. Desde a enervante traição egoísta de Theon Grevjoy na segunda temporada; a violenta morte de Jon Snow na quinta temporada; e seu ápice com o inesquecível e doloroso casamento vermelho. O que mais de sombrio pode vir das suas mãos em algum futuro episódio?! Raphael Klopper
4. Alan Taylor (7 episódios)
Melhor episódio: Fire and Blood (1ª Temporada, Episódio 10)
O diretor que mais dirigiu episódios em todo o seriado! Alan Taylor está presente em Game of Thrones desde sua primeira temporada. Dirigiu grande parte da 2ª e só veio retornar ao seriado agora com Beyond the Wall, penúltimo episódio desta sétima temporada. Ao contrário de todos os outros, raramente vemos Taylor orquestrando épicas cenas de ação. É um diretor muito interessado pelo poder das simbologias visuais, além de dedicar vasto tempo nos personagens buscando criar cenas dinâmicas e sempre muito íntimas. Não é por menos que sua melhor realização ainda seja a ótima conclusão da primeira temporada do seriado com o inesquecível momento do nascimento dos dragões de Daenerys.
3. Neil Marshall (2 episódios)
Melhor Episódio: Blackwater (2ª Temporada, Episódio 9)
Marshall é outra dessas pérolas que estão em Game of Thrones e em uma posição altíssima no ranking mesmo tendo dirigido apenas dois episódios. Mas, meus amigos, que baita episódios que esse homem conseguiu realizar: os clímaces das temporadas 2 e 4 em narrativas totalmente focadas nas batalhas mais memoráveis do seriado.
Com batalhas extremamente complexas, Marshall nos entregou espetáculos emocionantes cheios de reviravoltas e momentos de verdadeiro valor de produção. Seja com a explosão altiva de fogovivo na batalha de Blackwater ou com os truques tecnológicos da Muralha e Castelo Negro para impedir a invasão dos selvagens em Westeros. Marshall seria um dos nomes ideais para retornar ao seriado e entregar o clímax de toda Game of Thrones.
Mas, felizmente, outro nome também se mostrou extremamente capaz. Esse senhor aqui:
2. Miguel Sapochnik (4 episódios)
Melhor Episódio: Battle of the Basterds (6ª Temporada, Episódio 9)
Sapochnik deve ser o único diretor desse rol que tenha conquistado o melhor aproveitamento de crítica e público em suas três obras-primas: Hardhome, Battle of the Basterds, Winds of Winter. Com dois episódios totalmente focados em batalhas sangrentas e inesquecíveis, o diretor demonstrou maestria mais que completa, além de ousar com técnicas consagradas da linguagem cinematográfica como o plano-sequência.
Apesar de também considerar Sapochnik um gênio para a ação, nada consegue me fazer esquecer daquela sequência sublime de dez minutos que abre a season finale da 6ª Temporada, terminando com o suicídio de um certo rei. É de uma elegância perfeita, arregimentar toda a encenação e montagem conforme o crescendo ótimo da trilha musical de Ramin Djawadi. Com certeza, um dos melhores momentos de todo o seriado.
Pelas conquistas com ação e domínio sobre a narrativa com diversos núcleos e ótimo entendimento dos instrumentos que a HBO dispõe para que a arte seja feita, adoraria que esse excelente diretor conduzisse os dois episódios finais da próxima e última temporada de Game of Thrones.
1. Alex Graves (6 episódios)
Melhor episódio: The Mountain and The Viper (4ª Temporada, Episódio 8)
Eis a nossa pequena polêmica final. Claramente Sapochnik também poderia figurar a primeira posição, mas, por enquanto, Alex Graves é nosso grande vencedor. Graves manteve uma consistência sobrenatural ao longo dos seis episódios que dirigiu nas temporadas 3 e 4 do seriado (consideradas como as melhores por muitos espectadores).
Momentos aguardados e grandiosos vieram à tona sob a tutela audiovisual de Graves: a morte de Joffrey, a luta entre Oberyn e a Montanha, o duelo de Brienne contra o Sandor Clegane, entre outros. Graves tem o equilíbrio quase perfeito entre o domínio das cenas de ação assim como para as cenas extensas cenas de diálogos de episódios menos agitados. Quando Graves decide fazer um momento impactante que assombra nossa memória para sempre, ele realmente é o nome certo. É impossível esquecer do horror Ellaria Sand e também do nosso ao vermos a cabeça de Oberyn explodir. É por razões como essa que Graves é o nosso diretor favorito!
Menção Honrosa
Thimothy Van Patten (2 episódios)
Melhor Episódio: Winter is Coming (Series Premiere)
Imagine só a pressão em inaugurar a série que se tornaria a principal do mercado televisivo contemporâneo? Pois Van Patten conseguiu realizar com maestria. Ele não está no nosso top 10 oficialmente, mas é válido relembrar de sua participação tão elegante no começo de Game of Thrones com o episódio piloto espetacular e repleto de imagens maravilhosas de tão belas. Em apenas dois episódios, Patten conseguiu estabelecer o tom do seriado e comunicar com clareza para o espectador que não estávamos vendo uma obra ordinária de 2011, mas sim o nascimento de um fenômeno.
E para vocês? Quem acham que merecia estar no nosso top 10? Comente!
Leia mais sobre Game of Thrones
Game of Thrones | Por que a 7ª e 8ª temporadas são mais curtas?
Muita gente deve fazer essa pergunta. Com a proximidade do final desta sétima temporada de Game of Thrones, é bem capaz que muitas pessoas fiquem surpresas ao descobrir que o sétimo episódio da temporada é também seu último.
Esse foi um tema polêmico quando anunciado há pouco menos de um ano. Os showrunners e roteiristas D.B. Weiss e David Benioff deram entrevistas para muitos veículos explicando a razão dessa peculiaridade que pode ter deixado muita gente triste.
Em entrevista, declararam: Estamos falando de apenas mais duas temporadas para terminar o seriado. Desde quando começamos a pré-produção da primeira temporada, já tínhamos definido que Game of Thrones seria uma série de 75 horas no máximo. Hoje, já queremos encurtar para 73 horas.
Com o final da 6ª Temporada em 2016, já tínhamos pouco mais de 60 horas de seriado. Logo, teríamos direito a mais 13-15 episódios. Para deixar as duas partes finais da série equilibradas, foi decidido que a 7ª contaria com 7 e a 8ª teria apenas 6 episódios. Logo, temos apenas 13 episódios confirmados.
Também, na época, muita gente especulava que por conta da diminuição da quantidade de episódios, eles seriam mais longos para compensar. O que sinceramente, não faz o menor sentido indo completamente contra o que os showrunners haviam declarado para as ditas 75 horas planejadas. Essa 7ª temporada, porém, contou com episódios mais curtos como The Spoils of War e também terá episódios mais longos (os episódios 6 e 7 terão 71 e 81 minutos, respectivamente).
D.B. Weiss e David Benioff, as mentes criativas nos bastidores do seriado.
Benioff contou mais: Queremos contar uma história coesa com início, meio e fim. Nós conhecemos o final dessa história há bastante tempo e finalmente estamos próximos dele. Os jogadores restantes já estão em suas posições partindo para a inevitável batalha final. Isso me faz lembrar da época que fizemos o pitch para a HBO. Ao contrário das outras séries, Game of Thrones conta uma história gigante e não diversas com a presença dos mesmos personagens. Não queríamos fazer uma história só de 10 horas para cada temporada. Mas sim fazer com que o espectador que pegasse todos os episódios e os assistisse em sequência sentindo que estava vendo uma história só, épica, enorme e divertida.
Essa característica das temporadas finais permitiram que Weiss e Benioff fizessem um planejamento de produção bastante distinto do que havia sido utilizado para as outras temporadas. A HBO destinou uma verba de um filme de médio orçamento para o grand finale da série que quebrou convenções na História da Televisão. Ou seja, as duas temporadas juntas podem chegar a custar de 130 a 180 milhões de dólares. E isso para uma produção televisiva permite muitas possibilidades fantásticas para aprimorar encenação e efeitos para tornar o final o grande espetáculo que ele merece ser.
Particularmente, penso que é uma decisão bastante louvável. Se eles quisessem, facilmente poderiam estender a série para até 10 temporadas. Todos nós já vimos diversos seriados que se estenderam muito mais do que deveriam, perdendo o fio da meada e encanto das primeiras temporadas. Isso mesmo já aconteceu na HBO com True Blood, por exemplo. Logo, é satisfatório ver dois grandes realizadores mantendo a ideia nos eixos e preservando a paixão iniciada e compartilhada com todos nós em 2011.
Imagino que será algo tão satisfatório e belo quanto ver a despedida de Breaking Bad que durou exatamente as 5 temporadas planejadas por Vince Gilligan. Obviamente será triste ver uma série tão querida sair da programação e também do nosso cotidiano, mas há certa beleza que as fazem inesquecíveis.
Por outro lado, a HBO não é boba. Game of Thrones é um dos carros-chefe da emissora e Martin construiu um universo gigantesco nessa história. Nesse exato momento, diversos ótimos roteiristas trabalham em cinco ideias que podem originar seriados derivados de GOT muito em breve. (Leia nossas cinco ideias para esses spin-offs aqui).
2018 marcará o fim da canção de Gelo e Fogo, mas não será nosso último adeus a Westeros.
Game of Thrones | Profecia sobre Cersei pode se concretizar ou mudar em breve
Spoilers
Tanto na série como nos livros, a rainha Cersei é assombrada por uma profecia transmitida pela bruxa Maggy. Nessa profecia, Cersei se casaria com o rei (Robert) e seria rainha por um tempo, mas depois viria outra mais jovem e bonita que acabaria com seu poder (Cersei acreditava que seria Margaery, mas agora só pode ser Daenerys). O rei teria 20 filhos e Cersei teria três. Cada um deles usaria coroas de ouro e depois mortalhas.
Essa profecia se cumpriu em partes ao longo do seriado. Rei Robert teve vinte filhos bastardos e Cersei teve três filhos com Jaime: Tommen, Joffrey e Myrcella (todos já vestindo suas mortalhas). Outra parte importante da profecia envolve "quando Cersei se afogar em lágrimas, o valonqar colocaria as mãos em sua garganta e a estrangularia até a morte" (Valonqar é irmão mais novo: Jaime ou Tyrion).
Nesse último episódio, tivemos Cersei anunciando uma nova gravidez oriunda da relação incestuosa. Caso ela realmente venha a dar à luz, Cersei se livrará de um destino trágico, mas conhecendo Game of Thrones é provável que ela tenha um aborto espontâneo levando a se afogar em lágrimas que a levarão para sua morte.
SPOILERS E TEORIAS DOS PRÓXIMOS EPISÓDIOS A SEGUIR
Como vocês sabem Game of Thrones tem um histórico ferrenho de ter seus roteiros vazados em questão de anos antes da exibição dos capítulos. Nos cantos escuros da internet, um homem diz ter o conhecimento sobre o que acontecerá na oitava temporada da série. Dado também os acertos que esse homem acumula ao longo já de dois anos, há crédito. Não leia além daqui caso não queira saber o que PODE acontecer.
Trazendo de forma bem resumida, o aborto de Cersei só deve acontecer na próxima temporada. Ela realmente perderá o bebê. Arya, disfarçada de Jaime Lannister, viaja até Porto Real e a assassina nas celas negras do castelo vermelho. Esse assassinato deve acontecer somente no último episódio que deve se chamar A Dream of Spring. Logo, a profecia de Maggy realmente acontece. "Jaime", segundos mais novo que Cersei, a estrangula. Isso também se deve pelo erro de Arya não colocar a mão de ferro de Jaime enquanto disfarçada de Regicida.
Um homem se limita a trazer somente esses possíveis spoilers no post.
Game of Thrones é exibida aos domingos às 22 horas.
Game of Thrones | Entenda como a revelação dada por Gilly é um dos eventos mais importantes da série
Spoilers da série e do livro
Sam ficou muito bravo no último episódio exibido de Game of Thrones. Durante sua ira, ele pode ter interrompido uma das informações mais importantes que o seriado já transmitiu para os espectadores.
Tudo isso veio através da leitura de Gilly sobre as memórias de Meistre Maynard em Vilavelha. Enquanto Sam está ocupado transcrevendo algo, Gilly conta algumas curiosidades da Cidadela até chegar na parte crucial: "Maynard conta que foi arranjada uma anulação do casamento de Rhaegar Targaryen. Ao mesmo tempo, o príncipe se casou com outra mulher em uma cerimônia secreta em Dorne.".
Essa informação é crucial. Como já sabemos, Jon Snow é filho Lyanna Stark - muito provavelmente filho de Rhaegar também (uma das teorias mais firmes de Game of Thrones e sustentadas pela própria encenação do episódio revelador da sexta temporada). Entretanto, ainda continuava um bastardo... até esse episódio, caso essa teoria for confirmada!
Esse casamento secreto, obviamente com Lyanna, torna Jon um filho legítimo na família Targaryen e, logo, o mais próximo ao Trono de Ferro, por direito hereditário por ser filho do primeiro herdeiro de Aerys Targaryen. A leitura de Gilly só deu ainda mais forças para essa teoria. Daenerys pode não ser mais a última Targaryen como também pode perder o direito legítimo ao Trono de Westeros.
Muita gente especula que Dany acabe formando um par romântico com Jon - preservando a linhagem incestuosa dos Targaryen (uma tia com o sobrinho é light para o nível do seriado). Também não será preciso esperar por muito tempo para ver como essa incrível história será finalizada.
Leia a nossa review de Eastwatch, último episódio exibido de GOT!
E vocês? O que acham?
Game of Thrones | Leia a carta descoberta por Arya no último episódio
Spoilers!
Próximo do fim do episódio desta semana: Eastwatch (leia nossa crítica aqui), Arya espiona as tramoias de Mindinho em Winterfell. Com o personagem escondendo uma carta em seu quarto, Arya prontamente arromba a porta e lê o que estava escrito nela. O conhecimento registrado parece ter perturbado a Stark. Veja o que estava escrito:
“Robb, escrevo com o coração pesado. Nosso bom rei Robert está morto, por conta das feridas de uma caçada de javalis. Nosso pai foi acusado de traição. Ele conspirou com os irmãos de Robert contra meu amado Joffrey e tentou roubar seu trono. Os Lannisters estão me tratando muito bem e me dando todo o conforto. Eu te imploro: venha para Porto Real, jure lealdade a Joffrey e evite qualquer conflito entre as grandes casas Lannister e Stark.”
Essa é a carta que Sansa envia para Robb na primeira temporada quando ainda estava aprisionada por Joffrey. No fim da cena, descobrimos que Mindinho sabia que estava sendo seguido. Logo, a carta foi plantada por ele para jogar as irmãs Stark uma contra a outra. Um plano maléfico digno do personagem.
Isso parece ser um dos momentos finais do núcleo de Winterfell desta temporada, jogando a narrativa desse arco para seu clímax. Desconfiamos que a história não termine bem para Mindinho no fim das contas.
Game of Thrones é exibido na HBO todos os domingos na faixa das 22 horas.
Crítica | Valerian e a Cidade dos Mil Planetas
A história de Luc Besson com Valerian é extremamente pessoal. Tanto que não é por menos que Valerian e a Cidade dos Mil Planetas é dito como o projeto da vida de Besson. Fã declarado dos quadrinhos de Pierre Christin e Jean-Claude Mézières, Besson batalhou por duros sete anos para conseguir trazer uma das histórias de seu herói de infância para as telonas.
O projeto é tão pouco modesto quanto o realizador. Besson investiu ao menos 180 milhões de dólares nesse blockbuster europeu, considerado o filme mais caro do continente até agora. Com essa pretensão, Besson eleva sua nova ficção científica a apoteose dos efeitos visuais cravando seu filme como um marco do gênero. Mas, infelizmente, as coisas saem dos trilhos com bastante facilidade.
Bradando quase 140 minutos, Valerian é uma das experiências mais monótonas e divisivas do ano. E não é por menos. Seu pior defeito é a narrativa e, sem ela, não existe filme que sustente uma projeção tão ostensiva.
Todo o conflito gira em torno de Valerian e Laureline descobrindo o que está acontecendo em Alpha, a cidade dos mil planetas. Uma zona radioativa surgiu no miolo da cidade e está expandindo. Cabe os dois agentes descobrirem como parar a ameaça que pode destruir toda a cidade. Mas a descoberta do casal revela segredos obscuros sobre a própria humanidade.
A Alma do Filme
Como fã de carteirinha e também o mais entendido do assunto, coube a Luc Besson a roteirizar a história deste Valerian. Nascido na nem tão falada escola Cinéma du Look, Besson pode ter a desculpa de ter seguido os preceitos dessa filosofia cinematográfica: pouca substância narrativa para potencializar ainda mais o visual majestoso.
Acontece que, estudando toda a sua bendita carreira, nenhum filme de Besson chega no extremo que aplica em Valerian e a Cidade dos Mil Planetas. Na verdade, o texto do longa muito se assemelha ao comportado em Mad Max: Fury Road, BvS, Warcraft e outros blockbusters menos relevantes. É uma trama muito acelerada com pouco espaço para estabelecer os personagens, apostando na concisão e conceitos fortes. Geralmente, essa responsabilidade cai no colo do diretor, para pintar imagens fabulosas e complementar as lacunas deixadas pelo texto.
Já afirmei que é uma técnica muito arriscada que somente bons diretores conseguem fazer com qualidade. Duncan Jones, por exemplo, errou feio em Warcraft. Já Luc Besson, enquanto cria um espetáculo visual de ponta, falha horrivelmente até mesmo em criar uma aventura para inserir Valerian e Laureline.
O melhor que Besson pode oferecer está concentrado na introdução do filme. Mantendo a obra silenciosa por longos minutos, conhecemos a origem de Alpha, a cidade dos mil planetas, além de situar o conflito com os alienigenas Pearls do planeta Mul. Depois de fornecer as peças principais de um enorme mistério que se comporta exatamente como uma narrativa digna dos piores episódios de Scooby-Doo.
A apresentação dos protagonistas também não colabora muito. Praticamente não conhecemos nada além de que Valerian é um agente federal pegador (que nunca pega ninguém) com uma obsessão nata em se casar com Laureline que resiste às investidas do colega sabendo do histórico mulherengo do rapaz. Esse tema do casamento praticamente delineia toda a relação entre os dois, desde o minuto que são apresentados até o fim do filme. Logo, ficar acompanhando essa DR eterna sobre o casa ou não-casa dentro de uma trama espacial de perigos gigantescos é algo que destoa e te tira da atmosfera.
Além do conflito ser repetido à exaustão, nós nunca conhecemos Valerian e Laureline. Dane DeHann e Cara Delevingne também não colaboram em nada resultando em equívoco de casting tremendo. Apesar da dupla se esforçar, a figura simpática e debochada de Valerian não combina com as feições soturnas de DeHann, além da figura esquálida do agente não impor confiança durante as missões – nem preciso dizer sobre a completa falta de química nesse casal mais que apático.
Ambos não contam com qualquer substância, além do humor do protagonista e da força feminina de Laureline. Então, a tensão artificial que Besson cria vai para o espaço a partir do momento que se torna impossível criar uma empatia verdadeira pelos personagens. Afinal, com eles ou sem eles, não faz a menor diferença simplesmente porque não nos importamos com o desfecho da narrativa. Ao menos, ambos não chegam no cúmulo de serem irritantes, mesmo que sejam repetitivos.
Para ter noção, a personagem de Rihanna, Bubble, consegue ser dez vezes mais complexa que Laureline e Valerian! E olha que sua participação é restrita apenas em duas benditas cenas. O desfecho é totalmente gratuito, assim como a exposição de seus desejos, mas existe uma lógica perturbadora na inserção de suas atividades em Alpha.
Porém, ainda sobre Rihanna, é absolutamente assustador como a presença da artista na obra a torna completamente inchada. Essa sequência em especial desvia a dupla da missão de uma forma tão gratuita e abrupta que não faria a menor diferença deletá-la completamente do corte final. É como se o próprio Besson criasse conflitos ruins e inúteis apenas para mostrar mais detalhes daquele universo. Uma obsessão tão ruim a ponto de quebrar o ritmo e a lógica estrutural de seu texto.
Antes dessa sequência, também existe outra cena grande para justificar um pseudo deus ex machina a fim de unir os dois personagens, além de traçar jornadas individuais nas quais cada um visa salvar a pele do outro. Ou seja, são duas narrativas independentes dentro de uma maior, mas que somente uma faz algum sentido dentro da lógica do roteiro.
Mensagens da Maldade
Besson também tampouco se preocupa em estabelecer o vilão da obra. O lado antagonista é uma verdadeira porcaria que não incute o menor senso de ameaça. Até existe um personagem que parece indicar ser o verdadeiro vilão da obra, mas ele apenas jura vingança a Valerian e nunca mais aparece na narrativa. Totalmente bizarro.
Disse acima sobre o formato Scooby-Doo e não é por menos. O mistério guiado por uma investigação insossa desemboca na revelação de quem é o vilão do filme. Como também não há o mínimo investimento emocional, não há interesse no desfecho de tudo aquilo. Besson perde seu público na terceira vez que Valerian e Laureline estão discutindo sobre o casamento...
Existe também uma moral e alguma mensagem. Se você limpar toda a poluição que existe no texto, vai encontrar discursos contra genocídio e reflexões sobre a evolução da humanidade, sobre um estado utópico de perfeição que o homem quase nunca atinge, além de ser obrigado a receber lições “humanas” através de outros alienígenas.
Felizmente, ao menos, a narrativa não gira em torno de um bendito Macguffin, apesar dele existir na trama apenas movimento o divertido primeiro ato. De resto, há muito pouco para se salvar na história de Valerian. Há o alívio cômico de três aliens traficantes de informação que mais funcionam como Moiras dentro do contexto, mas nada que marque realmente.
É estranho pensar em quão rico é esse universo que Besson apresenta, cheio de mitologias, culturas e costumes, mas que nesse filme se torna flácido, opaco e totalmente entediante.
Estilo, estilo e estilo
Luc Besson viaja em Valerian. Apresenta elementos que realmente nunca tínhamos visto antes em qualquer ficção científica, além de conferir muita elegância visual para cada enquadramento. É uma obra-prima visual que, por incrível que pareça, não cansa por sua beleza estonteante.
Mesmo com orçamento menor, Valerian parece ser o filme mais caro dessa temporada, mais caro até mesmo que Star Wars: O Despertar da Força. É uma administração de recursos avassaladora. Não demora praticamente nada para ficarmos embasbacados com a beleza estética de Valerian. Parece ser coisa de outro mundo.
No planeta paradisíaco, já temos a demonstração de uma computação gráfica muito adianta do que estamos acostumados. Tudo tem sua textura, brilho e polimento, banindo o efeito “borrachudo” tão presente em diversas outras produções. Se a WETA não ganhar o Oscar de VFX nesse ano, não sei quem conseguiria desbancar esse trabalho de tão absurdo que é.
É possível ver diversas raças alienígenas, construções estranhas e mecanismos criativos em ação na profundidade de campo. Tudo segue uma lógica riquíssima comportando extrema credibilidade para o universo. Besson realmente criou um mundo totalmente novo com frescor repleto de potencial.
A cidade dos mil planetas também não decepciona. Alpha possui divisões diversas para abrigar diversas espécies alienígenas em sua extensão. E a riqueza de detalhes é capaz de te deixar sem palavras. Vemos castas sociais ordenadas através do figurino inventivo e belo para uma infinidade de criaturas. Até mesmo as mais difíceis e gelatinosas possuem visual trabalhado com afinco. Desde Avatar que não via tanta qualidade visual em um ambiente criado por computação gráfica.
O espetáculo visual é garantido. E em dois momentos específicos, Besson orquestra planos sequência fenomenais que injetam vida a um filme já meio moribundo pela história tediosa. A direção é bastante correta com domínio pleno na técnica para perseguições e cenas de ação diversas, mas em alguns momentos, em establishing shots aéreos, principalmente o da cena do Grande Mercado, Besson movimenta a câmera virtual tão rapidamente que o efeito judder fica insustentável deformando o CGI.
Besson também peca em recair em clichês de encenação tão manjados que surpreendem por figurar neste filme. O clímax em si é um desastre completo. Beesson divide a narrativa em três pontos de vista, sendo um deles bastante banal. As reviravoltas são telegrafas e bastante previsíveis e o pior clichê reside apostar toda a tensão em uma manjada contagem regressiva de uma bomba que pode explodir todos os heróis em cena. Quando vemos uma contagem regressiva e uma bomba em cena, já sabemos tudo o que acontecerá, inclusive quantos segundos restarão no fim da contagem...
Mas é possível perdoar todos os deslizes do terceiro ato truncado pela fantástica sequência do Grande Mercado. O conceito da cena é estabelecer o espaço de ação em duas dimensões. Uma é a física, centrada no deserto, e a outra é “virtual”, por falta de melhor nome. Besson estabelece regras claras de como o conceito funciona tornando de fácil compreensão para o espectador. O mais impressionante é ver a diferença de pontos de vista e como Besson utiliza recursos visuais para diferenciar um lugar de outro.
O que ocorre na outra dimensão pode afetar a segunda e vice-versa. Ou seja, se o herói morrer, ele morre nas duas dimensões. A perseguição interpolada desses espaços é praticamente o único momento que rende verdadeira tensão para o espectador. A inventividade de linguagem provocada pela montagem e excelente direção é digna de aplausos. Com certeza já entra em uma lista de melhores cenas do ano.
Infelizmente, é uma pena guardar comentários pífios para a trilha musical do grande Alexandre Desplat. Apesar de ser eficiente, os temas passam longe de ser memoráveis. Há até mesmo trechos do tema que se assemelham demais a uns timbres do tema de Homens de Preto.
Cidade do Amor e do Ódio
Acredite, não há prazer em criticar ferrenhamente uma obra. Ainda mais uma que é extremamente perceptível enxergar o esforço do realizador em trazer a melhor versão possível de uma antiga paixão de infância. Sete anos de produção não são brincadeira e destronar uma obra que deveria ser um monumento do gênero é uma tarefa inglória. Crítico nenhum é maior que um filme, por pior que ele seja.
Valerian e a Cidade dos Mil Planetas não é um desastre completo ou uma obra que ofenda seu intelecto como já tivemos neste ano. Mas também está longe de ser um filme bom que realmente te entretenha. Acho essa relação entre filme e espectador uma variação completa. Vai depender muito da sua bagagem com essas obras, mas pelo que o longa apresenta e nessas falhas graves de desenvolvimento dos protagonistas, é perfeitamente plausível que não exista empatia.
O que temos é um filme magnifico de tão belo, mas completamente insosso na narrativa, com punhados inteiros que não servem para absolutamente nada. Quando a narrativa estaciona em um desses pontos, realmente é difícil tirar algum divertimento do parque de diversões de Luc Besson.
Para ser a história que inspirou George Lucas a criar Star Wars, Luc Besson conseguiu tornar Valerian em uma das experiências belíssimas mais esquecíveis do ano. Uma bela lembrança de que a estética é uma peça importante de uma obra, mas que nunca a torna espetacular.
Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (Valerian and the City of a Thousand Planets, França - 2017)
Direção: Luc Besson
Roteiro: Luc Besson, baseado na obra de Pierre Christin e Jean-Claude Mézières
Elenco: Dane DeHaan, Cara Delevingne, Rihanna, Clive Owen, Ethan Hawke, Herbie Hancock, Kris Wu, Rutger Hauer
Gênero: Aventura, Ficção Científica
Duração: 137 min
https://www.youtube.com/watch?v=hG-euPafiUI
BGS 2017 | Hideo Kojima é convidado especial do evento
A organização da Brasil Game Show tentou fazer um leve mistério hoje de manhã sobre o convidado especial da feira. Mas isso praticamente não durou nada! O pessoal descobriu em segundos que se tratava de Hideo Kojima.
E para remover toda sombra de dúvida, o lendário game designer e produtor confirmou a presença em seu twitter:
https://twitter.com/KojiPro2015_EN/status/894849659792797696
Essa é a primeira vez que Kojima virá ao Brasil! Porém, pouco se sabe se ele trará consigo mais informações sobre seu novo game, o exclusivo Death Stranding, ainda sem previsão de lançamento.
Neste ano, a Brasil Game Show acontece entre os dias 11 e 15 de outubro no Expo Center Norte, em São Paulo.
Lista | Os 10 Melhores Personagens da franquia Planeta dos Macacos
Desde 1968, os filmes Planeta dos Macacos conquistam os corações de fãs da ficção científica ao redor do mundo. Contando com nove filmes ao longo de quase cinquenta anos de existência, diversos personagens marcaram presença. Alguns ficaram inesquecíveis entrando no rol de personagens memoráveis da sétima arte por completo. Aqui, separamos os nossos dez favoritos. Confira!
10. Dr. Will Rodman | James Franco
Planeta dos Macacos: A Origem
Quem poderia prever que James Franco seria tão importante no cânone de Planeta dos Macacos? No primeiro filme da nova fase da franquia, o ator dá vida ao cientista Will Rodman, obcecado em descobrir a cura para a doença de Alzheimer e livrar seu pai de todo o sofrimento. Sendo o "pai" de César, Will é um dos personagens mais determinados e inteligentes do filme, além de provocar grande empatia e admiração graças a sua forte conexão com o símio.
9. O Coronel | Woody Harrelson
Planeta dos Macacos: A Guerra
O grande antagonista de Guerra já entra no rol de grandes personagens que a franquia já viu. Seu senso de maldade transita em um área cinzenta repleta de justificativas. Com presença pontual no filme, Woody Harrelson consegue criar uma presença avassaladora para o personagem que passa longe de ser simplório como muitos outros vilões de franquias consagradas. A problemática do passado de Coronel deixa a situação desconfortável até mesmo para César no conflito final.
8. Bad Ape | Steve Zahn
Planeta dos Macacos: A Guerra
Steve Zahn estava inspiradíssimo ao construir o fantástico alívio cômico de Planeta dos Macacos: A Guerra. Com piadas simples e timing impecável, o inocente macaco carismático rapidamente conquista a afeição do espectador. Destaque sempre para os modelitos das vestes que usa para se proteger do frio. Mesmo podendo funcionar apenas como uma ótima piada, Bad Ape também tem seus conflitos e participação ativa na resolução da história do filme.
7. Maurice | Karin Konov
Planeta dos Macacos: A Origem/O Confronto/A Guerra
Maurice é o grande conselheiro e bussúla moral de César. O orangotango de olhares sábios está presente desde o primeiro filme oferecendo sua proteção e amizade para o protagonista da nova trilogia. Em Guerra, mais camadas do personagem são aproveitadas, deixando sua figura um pouco mais complexa.
6. George Taylor | Charlton Heston
O Planeta dos Macacos
George é o humano detestável e egoísta que representa nossa raça no'Planeta dos Macacos original de 1968. Com o niilismo à flor da pele, o personagem faz de tudo para sobreviver ao mundo repleto de macacos. Em uma das melhores atuações da carreira de Charlton Heston, o ator entrega um grande personagem que transparece bem o problema de empatia e diálogo que tanto marca nossa existência.
5. Zira | Kim Hunter
O Planeta dos Macacos/De Volta ao Planeta dos Macacos/Fuga do Planeta dos Macacos
Apesar do fim trágico que os roteiristas destinaram para o casal Zira e Cornelius, a personagem cientista veterinária cativa os fãs. Kim Hunter transmite doçura e ingenuidade na personagem que sempre está disposta a se arriscar para fazer o que acha correto.
4. Dr. Zaius | Maurice Evans
O Planeta dos Macacos/De Volta ao Planeta dos Macacos
O ministro da Ciência e da Religião é o antagonista preferido dos fãs de Planeta dos Macacos. Mesmo participando ativamente de apenas dois filmes (sendo um deles bastante ruim e insano), o doutor orangotango consegue provocar nossa ira pelos entraves burocráticos que coloca na jornada dos heróis. A atuação de Maurice Evans também consegue transmitir um senso que passa longe da maldade personificada, mais para algo voltado no instinto de sobrevivência e preservação da sociedade símia.
3. Koba | Toby Kebbell
Planeta dos Macacos: A Origem/O Confronto
O insano oponente de César é o vilão mais ardiloso e genocida da franquia até agora. Conseguindo tramar planos verdadeiramente engenhosos e extremamente cruéis, Koba se torna um grande estrategista que parte para a ação. O personagem provoca o caos e desestabiliza a ordem de duas sociedades ao mesmo tempo, além de ter uma aparência realmente medonha. Apesar de ser muito racional, Koba é um ser psicótico e assustador. Basta lembrar de suas cenas em Origem que já é o suficiente para te provocar arrepios.
2. Cornelius | Roddy McDowell
O Planeta dos Macacos/De Volta ao Planeta dos Macacos/Fuga do Planeta dos Macacos
O marido de Zira, interpretado pelo grande Roddy McDowell, é outro favorito de muita gente. Pesando melhor as consequencias das ações arriscadas de Zira, COrnelius é o contrapeso perfeito para a balança moral que norteia o casal de chimpanzés. Profundamente fascinado pela misteriosa condição humana, Cornelius dedica seus dias para a arqueologia de artefatos há muito tempo esquecidos. Assim como Zira, seu destino é extremamente trágico destoando completamente do espírito bondoso e simpático do casal.
1. César | Andy Serkis
O Planeta dos Macacos/De Volta ao Planeta dos Macacos/Fuga do Planeta dos Macacos
Aqui falamos obviamente do César da nova trilogia. O personagem é excepcional. Não somente pela magnífica atuação de Andy Serkis muito consistente ao longo dos três filmes, mas pela alta qualidade da escrita. A cada nova aventura, César precisa superar desafios que sempre o colocam na beirada da sua moral e ética. O personagem é extremamente rico, assim como é sua relação com os humanos, conhecendo o melhor e o pior lado da humanidade desde pequeno. Com a consciência de um líder e intelecto aguçado, vemos o protagonista se direcionar cada vez mais para aspectos humanizados. E isso inclui também todos os defeitos emocionais que carregamos. Simplesmente impossível tirar a coroa desse estupendo protagonista.
E para você? Qual é o seu favorito?
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Pokémon GO | As dicas certas para vencer as Reides Lendárias
Há algumas semanas, chegaram os tão cobiçados pokémons lendários nas raids de Pokémon GO. Apesar do CP monstruoso ultrapassando a marca dos 40.000, é relativamente fácil derrubar os monstros se todos os participantes estiverem usando os pokémons certos.
Articuno
Apesar do fim das reides de Articuno, vale sempre deixar as dicas certas para derrubar o pássaro de gelo quando ele retornar futuramente no game. Os melhores tipos Elétrico, Fogo, Aço e Pedra (ataques desse tipo dão o dobro de dano). Logo, os melhores pokémons para derrubar o Articuno são: Omastar, Flareon, Arcanine, Typhlosion, Tyranitar e Scizor (com os golpes de Aço).
Moltres
Nessa semana, temos reides de Moltres em todo o mundo até o dia 7 de agosto (o Zapdos fica disponível a partir do dia 8). Moltres também é um pokémon relativamente fácil de derrubar, apesar de ter menos fraquezas que o Articuno. O Moltres é vulnerável a pokémons do tipo Água, Elétrico e Pedra (dobro de dano). Então a lista de pokémons é relativamente parecida: Golem, Tyranitar e Omastar (com golpes Pedra) são os favoritos para entrar no seu time. Vaporeon, Gyarados, Feraligatr e Blastoise também te ajudarão a conquistar o lendário de fogo.
Zapdos
Zapdos certamente será o seu próximo alvo na semana que vem. Das três aves, é o mais resistente, contando apenas com fraquezas contra Gelo e Pedra. Novamente Tyranitar, Golem são favoritos, mas é aconselhado usar Rhydon nesse time também. Jinx, Piloswine e Dragonite te ajudarão a derrubar Zapdos.
Lugia
Outro pokémon que está causando frisson nas reides é Lugia! A vantagem é que ele possui diversas fraquezas: Sombrio, Rocha, Gelo, Fantasma e Elétrico. Isso te dá um leque enorme de opções para estrelar seu time, mas as dicas seguras ainda são Tyranitar, Golem, Jolteon, Magneton, Jinx e Gengar.
Ho-Oh
Quando Lugia sair de campo, é bem provável que entre Ho-Oh para substitui-lo. Logo, já é válido dar as dicas também nesse artigo. Ho-Oh toma muito dano de pokémons do tipo Pedra (dobro), Elétrico e Água. Golem e Tyranitar também serão os destaques do seu time, mas considere incluir Jolteon, Vaporeon, Gyarados, Omastar e Blastoise.
Mew e Mewtwo
Ainda é um mistério quando grandes favoritos da 1ª geração chegarão ao jogo, mas com a existência desse tipo de evento, também vale mencionar as fraquezas de Mew e Mewtwo. Para derrubar esses lendários psíquicos, o jogador deverá usar pokémons do tipo Inseto, Sombrio e Fantasma. As melhores opções são: Tyranitar, Gyarados (com Crunch e Bite), Houndoom, Scizor, Pinsir e Gengar.
Usando os pokémons certos, é impossível perder as reides contra os lendários. Agora capturá-los já são outros 500. Tente sempre capturar o máximo possível de pokémons dos mesmos tipos dos lendários para conseguir os bônus de captura, facilitando a conquista. Use os bônus do bom, ótimo e excelente, além dos adicionais das bolas curvas. E mais do que tudo, tenha paciência! Boa sorte!
Crítica | O Planeta dos Macacos (1968)
Existe um antes e depois no gênero de ficção científica na história do cinema americano. Coincidentemente podemos definir que o ano de 1968 foi o mais importante para chamar a atenção de Hollywood para o potencial de histórias que o gênero podia contar. Apesar do antes e depois ser definido por 2001: Uma Odisseia no Espaço através dos esforços hercúleos de Stanley Kubrick, dois meses antes o mundo também havia testemunhado o alvorecer de uma das obras-base da ficção cientifica no cinema: O Planeta dos Macacos.
Mesmo que Franklin Schaffner não seja nenhum Stanley Kubrick, é inegável reconhecer sua importância aqui. Ao contrário de muitas obras regressas do gênero, O Planeta dos Macacos não tinha tantas tosqueiras ou macacaquices que atiravam esses filmes na beira do ridículo e do risível. Na verdade, Planeta foi um dos primeiros a realmente se importar em firmar um universo crível extremamente importante para os espectadores entendessem o que raio aconteceu naquele planeta dominado por macacos. E claro, apostar em sua maior pérola: a reviravolta mais surpreendente que já vimos na História do Cinema.
Acompanhamos a jornada interestelar de um grupo de astronautas liderados por George Taylor (interpretado por Charlton Heston). Hibernando durante a jornada, a nave cai em um planeta perdido em uma galáxia distante. Três astronautas sobreviventes desbravam o lugar aparentemente inóspito, mas logo descobrem algo perturbador: criaturas parecidas com humanos, mas totalmente primitivas. Caindo nesse grupo, logo são caçados por seres misteriosos. Posteriormente, descobrimos que são símios como orangotangos, gorilas e chimpanzés, mas extremamente inteligentes. Uma sociedade invertida surge com os humanos ocupando a base mais ingrata de toda as classes. Nesse cenário bizarro, George Taylor tenta sobreviver, mas possui um grande revés: durante a caçada, leva um tiro na garganta que o impossibilita de falar.
Sobre Macacos e Homens
O filme se baseia na ideia principal do livro de Pierre Boule, mas há adaptações tremendas para “ajeitar” a obra ao gosto americano do espectador da época. Quem estava em alta por conta do sucesso de Além da Imaginação era o showrunner Rod Serling, revolucionando a ficção científica com suas reviravoltas e premissas impossíveis que caíram no gosto do povo. Logo, foi convidado para participar ativamente no processo criativo do roteiro em conjunto de Michael Wilson.
Justamente por isso, O Planeta dos Macacos tem lá seus ares de episódio de seriado, mas isso acabou se provando bom e eficiente. Serling e Wilson escrevem o roteiro pautados sempre pela concisão, longos hiatos sem diálogos e, principalmente, na latência insuportável do mistério que cerca aquela sociedade de símios.
Por isso, a abordagem conceitual é preservada, exatamente como visto nos outros trabalhos de Serling na televisão. Nosso protagonista é uma representação do pior lado do homem: egoísta, rude e totalmente desprovido de companheirismo. Mas ainda assim torcemos por sua sobrevivência por conta do impacto psiocológico que uma sociedade invertida súbita causaria.
Em um dos pouquíssimos diálogos entre o trio astronauta com Dodge e Landon, vemos como George enxerga o modo de vida na Terra, as ambições dos outros, etc. É um pessimista nato que odeia tudo e a todos recorrendo a viagem interestelar para ficar o mais longe possível de tudo o que a Terra representa. Nisso, um pequeno arco é criado para Landon, o astronauta que viaja em busca de glória e reconhecimento na Terra – por isso, seu desfecho, é bastante irônico e trágico.
A circunstância da mitologia dessa sociedade é o que movimenta o filme. Ainda preservando a sátira ao ‘humanocentrismo’, os roteiristas provocam o choque da revelação justamente durante uma caçada aos humanos primitivos e mudos que vivem nas selvas. Invertendo os papéis, toda a sequência é muito chocante mesmo sem a necessidade de recorrer à violência gráfica explicita. Quando nos colocamos nos lugares dos animais que caçamos hoje por esporte, o choque da crueldade sem sentido é potencializado.
A captura do protagonista nos joga ao núcleo dos símios inteligentes, compreendendo melhor a sociedade que se firmou naquele planeta. Lá temos a apresentação do trio de personagens mais desenvolvidos: os veterinários (cuidadores de humanos), cientistas e arqueólogos Cornelius e Zira; e o ministro da Ciência e Religião (fina ironia), Dr. Zaius.
O primeiro detalhe que nos chama a atenção até hoje é a maquiagem soberba de John Chambers. Conseguindo preservar a expressividade do olhar de Kim Hunter, Maurice Evans e Roddy McDowall, as máscaras de orangotangos e chimpanzés não prejudicam a performance do elenco a ponto de se tornarem distrações.
Cornelius e Zira logo viram aliados de George, mesmo com o protagonista ainda ferido e, logo, mudo. As constantes torturas físicas e psicológicas, além do risco de ser submetido aos experimentos de Zira fazem esse miolo de filme se comportar como uma agonizante história de sobrevivência. Também há uma espécie de romance de George com uma humana calada, a clássica personagem Nova, imortalizada por Linda Harrison.
Enquanto isso, dr. Zaius toma as rédeas para se comportar como um antagonista do filme. Após reviravoltas necessárias e lógicas, além de muitas frases de efeito marcantes (a principal, finalmente peças do mistério são colocadas em discussão. Novamente, o poder dos conceitos introduzidos pelo roteirista se faz presente. A sociedade ainda rudimentar dos símios é muito similar a um simulacro torto de uma sociedade humana e isso tem certa lógica dentro do filme. Leis e religião são discutidas, assim como punição e ordem de castas.
Basicamente, Serling busca inverter todos os conceitos básicos da Ciência humana para criar essa sociedade fictícia enquanto insere pistas arqueológicas de uma antiga civilização extinta daquele planeta. Mesmo nesse mundo sem humanidade racional, George continua deslocado. Nunca há uma grande catarse para o personagem, além da reviravolta final, mas não sentimos que há alguma transformação em seu egoísmo crônico.
Mas o filme ganha pontos por não se transformar em uma história de herói derrubando distopias preservando a proposta mais crítica e cínica do livro. O roteiro contém diversas mensagens importantes e conceitos que trazem reflexão, mas em termos de personagem, a relação entre Zira e George é a que mais chama a atenção.
Nessa sociedade de símios, Zira é a mais humanizada e a que mais gera algum fascínio no protagonista que até mesmo se despede da personagem com beijo nos lábios. Entre esses contrastes, também há o grande mistério da Zona Proibida na qual Zaius faz de tudo para que sua sociedade permaneça distante. Na reviravolta final entendemos bem a razão das escolhas duras e política intransigente do personagem: evitar que os símios encontrem o mesmo trágico fim que a humanidade.
Livramento de um gênero
O japonês Franklin Schaffner é um dos principais nomes para livrar o gênero da ficção cientifica do campo ridículo que estava restrita na sétima arte. Enquanto Serling revolucionava na televisão, os sci-fi continuavam no pastiche.
Shaffner se vira com o que tem. Dispondo de pouco dinheiro, a direção de arte de O Planeta dos Macacos é bastante apagada com construções razoáveis e uma nave espacial sofrível. Logo, a proposta anti-nuclear e pós apocalíptica do roteiro cai como uma luva para essa situação. Boa parte da obra se sustenta com as locações naturais fantásticas capturadas pelas lentes do diretor. Com planos abertos mostrando a insignificância do homem naquele cenário gigantesco, para focar a atenção do espectador, Shaffner usa zoom ins ligeiros.
Nem é preciso pensar muito para ver como esse recurso de linguagem envelheceu mal. Tira a elegância da estética profundamente teatral aplicada na encenação do diretor. De resto, Schaffner opta sempre por planos afastados ou conjuntos para mostrar os acontecimentos do filme deixando essa impessoalidade de assinatura.
Porém, é inegável: o diretor é eficiente ao filmar cenas de ação. Nada supera o domínio visual e de eficiência de decupagem ao mostrar proezas de diversos dublês na sequência da caçada. Outro grande momento se concentra na escolha inteligente da revelação final da twist do filme. Mantendo um vigor excepcional, também há sempre uma saudável movimentação de câmera que ele vinha desenvolvendo desde o começo de sua carreira na televisão nos anos 1950 – sempre foi celebrado por revolucionar a linguagem do formato.
Para completar esse espírito avant gard, há a trilha instrumental bem ousada de Jerry Goldsmith misturando percussões que podem muito bem ter criado o clichê para músicas instrumentais de “selva”, ou seja, muitos batuques e mistério.
God damn you all to Hell!
Em um projeto bastante desacreditado, surgiu a fagulha de uma revolução, além do nascimento de uma franquia que está viva até hoje. O Planeta dos Macacos é aquele divertimento obrigatório para todo cinéfilo ou fã da história do gênero de ficção cientifíca nos cinemas. Na melhor das realizações de sociedade invertida, surge o questionamento do nosso papel como espécie. Um filme catártico repleto de momentos importantes, além de uma das atuações mais poderosas de Charlton Heston.
Ninguém conhece melhor Planeta dos Macacos do que seu diretor. E conhecendo o projeto desde o início, Franklin Shaffner sabia que faria história. E assim foi feito.
O Planeta dos Macacos (Planet of the Apes, EUA – 1968)
Direção: Franklin Schaffner
Roteiro: Rod Serling e Michael Wilson, baseado no livro de Pierre Boule
Elenco: Charlton Heston, Roddy McDowell, Kim Hunter, Maurice Evans, James Daly, Linda Harrison, Robert Gunner, Lou Wagner, Jeff Burton
Gênero: Ficção Científica
Duração: 112 minutos.
https://www.youtube.com/watch?v=VjcpRHuPjOI