Artigo | Como obter todas as Z-Crystals de Pokémon Sun & Moon
Os novos jogos introduziram uma nova mecânica de batalha, que para completar a história do jogo você com certeza irá utilizá-la, como também vai aprimorar ainda mais as estratégias de batalha para os duelos e torneios competitivos desta nova geração de Pokémon que se iniciam. E esta nova mecânica são os novos Z-Moves, os golpes superpoderosos que só podem ser usados uma única vez e somente por um monstrinho durante toda a batalha.
Porém o que ativa esses golpes especiais é uma espécie de “pedrinha” que o seu Pokémon deve estar segurando, este item é o que dá a ele o poder de usar o Z-Move durante a batalha, e o item se chama Z-Crystal.
Para esse jogo temos uma Z-Crystal para cada tipo presente no jogo (fire, water, grass, etc.) e algumas Z-Crystals para Pokémon específicos, o que resulta, em ao todo, 25 Z-Crystals até o momento, e aqui lhe ajudaremos a coletar todas elas.
A lista será separada primeiramente com as Z-Crystals baseadas nos tipos, e depois falaremos sobre as Z-Crystals para Pokémon específicos, então vamos a elas:
- Normal Z-Crystal: A primeira Z-Crystal recebida no jogo, que impulsiona os ataques do tipo Normal, lhe é entregue após você completar a primeira trial do jogo, direto das mãos do trial captain Ilima.
- Fighting Z-Crystal: Você poderá conseguir esta Z-Crystal, que vai aumentar o poder dos golpes tipo Fighting, assim que derrotar o primeiro island kahuna Hau, como recompensa por você ter completado a primeira Grand Trial.
- Water Z-Crystal: Após você completar a segunda island trial, você receberá este item das mãos de Lana, a segunda trial captain do game.
- Fire Z-Crystal: Kiawe, o trial captain do elemento fogo, lhe recompensa com esta Z-Crystal após você completar a terceira trial do game.
- Rock Z-Crystal: Há duas maneiras de conseguir este item, o que significa que você pode ter dois itens deste no jogo. A primeira é derrotando a segunda kahuna, Olivia. A segunda maneira, você precisa ter um Haunter em mãos, ir até o PokéCenter de Tapu Village, localizado na ilha de Ula’ula, e fazer a troca com o Hiker que se encontra logo à esquerda da máquina de restauração, dentro do PokéCenter. Ele lhe enviará um Graveler (que evoluirá em Golem) equipado com a Z-Crystal do tipo Rock.
- Electric Z-Crystal: Você a consegue após completar a quinta trial diretamente de Sophocles, o trial captain que gosta de Pokémon elétricos.
- Steel Z-Crystal: Assim que você completar a trial de Sophocles e receber a Z-Crystal do tipo Electric, Molayne lhe entregará a Z-Crystal do tipo
- Ghost Z-Crystal: A island trial Acerola (que também é um membro da Elite 4) lhe entrega este item após você completar a sexta trial da história do game.
- Bug Z-Crystal: Após você invadir a cidade de Po Town, dominada pela Team Skull, e derrotar o seu líder, Guzma, dentro de seu próprio esconderijo, não se esqueça de verificar aquele baú que fica brilhando, pois dentro dele está a Z-Crystal que potencializa o golpe dos Pokémon inseto!
- Dark Z-Crystal: Para impulsionar os golpes do tipo Dark, vença o terceiro kahuna Nanu, e receba como recompensa a Z-Crystal deste tipo.
- Poison Z-Crystal: Depois que você derrota toda a Team Skull e está na Poni Island, Plumeria, que era a principal assistente de Guzma, irá lhe entregar este item assim que você estiver para entrar no Vast Poni Canion.
- Ground Z-Crystal: A última grand trial do jogo é derrotar a kahuna Hapu, treinadora especializada em Pokémon tipo Ground. Após derrota-la, ela lhe recompensa com esta Z-Crystal do tipo Ground.
- Fairy Z-Crystal: Você estará explorando o Vast Poni Canion, quando, ao passar por uma ponte, dará de cara com Mina, a trial captain da Poni Island. Ela não lhe atribuirá nenhuma trial, mas irá lhe entregar este item que dá um boost nos golpes do (não tão) novo tipo Fairy, isto irá lhe ajudar no desafio que você enfrentará logo depois do encontro com ela, a última island trial, que consiste em derrotar um Pokémon do tipo Dragon, que tem desvantagem ao tipo Fairy.
- Dragon Z-Crystal: Como dito acima, após o encontro com Mina, você deverá enfrentar o Totem Pokémon Kommo-o, e após derrotá-lo, é só pegar o item que se encontra logo à frente.
- Ice Z-Crystal: Este é um dos cristais que não é obtido através de uma trial. Para obtê-la, vá até o Mount Lanakila e siga o caminho até a direita que em algum momento você a encontrará sobre uma plataforma bem semelhante à plataforma na qual a Dragon Z-Crystal se encontrava.
- Flying Z-Crystal: Após você conseguir um Tauros e um Machamp para lhe ajudarem a quebrar e empurrar pedras, vá até o Ten Carat Hill, na Melemele Island, e utilize a ajuda do Machamp para descobrir um novo caminho. Siga por este caminho e você encontrará a Z-Crystal do tipo Flying.
Agora que já falamos de todas as Z-Crystals que melhoram os ataques de cada tipo, vamos falar das Z-Crystals que foram designadas para Pokémon específicos:
- Pikanium-Z: Esta Z-Crystal foi feita especialmente para o Pikachu, e ela permite que ele use o golpe Catastropika. Mas lembre-se que para este golpe ser realizado, o seu Pikachu deve saber a habilidade Volt Tackle. Para encontrar este item precioso, vá até Konikoni City e fale com a moça que se encontra ao lado de três felizes Pikachus.
- Incinium-Z: Caso você tenha começado com o inicial de fogo, você receberá este item das mãos do Professor Kukui, quando você derrotar Guzma pela primeira vez. Este item permite que o seu inicial de fogo (na evolução final) use o ataque Malicious Moonsault, mas lembre-se, para isso ele deve saber o movimento Darkest Lariat, que ele aprende assim que evolui para a forma final. Caso você tenha começado o jogo com outro inicial, você só receberá esta Z-Crystal após se tornar o campeão de Alola.
- Primarium-Z: Caso você tenha começado com o inicial de água, você receberá este item das mãos do Professor Kukui, quando você derrotar Guzma pela primeira vez. Este item permite que o seu inicial de água (na evolução final) use o ataque Oceanic Operetta, mas lembre-se, para isso ele deve saber o movimento Sparkling Aria, que ele aprende assim que evolui para a forma final. Caso você tenha começado o jogo com outro inicial, você só receberá esta Z-Crystal após se tornar o campeão de Alola.
- Decidium-Z: Caso você tenha começado com o inicial de grama, você receberá este item das mãos do Professor Kukui, quando você derrotar Guzma pela primeira vez. Este item permite que o seu inicial de água (na evolução final) use o ataque Sinister Arrow Raid, mas lembre-se, para isso ele deve saber o movimento Spirit Shackle, que ele aprende assim que evolui para a forma final. Caso você tenha começado o jogo com outro inicial, você só receberá esta Z-Crystal após se tornar o campeão de Alola.
- Tapunium-Z: Os Pokémon Lendários que cuidam de cada uma das quatro ilhas de Alola também podem usar um golpe especial, mais precisamente, o golpe Guardian of Alola. Este golpe necessita que o Tapu em questão não tenha desaprendido o ataque Nature’s Madness. Este item pra lá de especial está disponível a partir do momento que você derrota a Elite 4 de Alola e derrota/captura o Lendário Tapu Koko nas Ruins of Conflict.
- Snorlium-Z: Todos os treinadores que garantirem a sua cópia dos jogos até o dia 11 de janeiro de 2017, terão a possibilidade de resgatar um Munchlax Este monstrinho estará segurando o item Snorlium-Z, que permite que o Munchlax, após evoluído para Snorlax, e souber o ataque Giga Impact, possa usar o super golpe Pulverizing Pancake.
- Aloraichium-Z: A nova Alola form da evolução da mascote da franquia também ganhou a sua própria Z-Crystal, que lhe permite usar o golpe especial Stoked Sparksurfer. Para usar este golpe, o seu Alolan Raichu deve saber o ataque Thunderbolt. Para por suas mãos nesta pedra especial, tenha um Alolan Raichu na sua equipe, e converse com uma moça, dentro de uma das casas da Seafolk Village.
- Eevium-Z: Esta é a Z-Crystal mais trabalhosa para se conseguir no jogo. Para consegui-la, você primeiramente deve ter vencido a Elite 4. Após isso, vá até o Thrifty Megamart, que fica localizado na Royal Avenue, na Akala Island. Chegando neste mercado, você deve conversar com Kagetora, o homem que fica no caixa mais à esquerda. Ele então irá te desafiar a derrotar os 8 Eevee Trainers, para isso ele lhe dará dicas sobre como encontrar cada um destes treinadores, e você deve ir atrás de todos eles, sorte sua que nós lhe ajudamos:
- Polly, the Vaporeon Trainer: Você a encontrará na Trainer School de Melemele Island, ela estará à direita do último andar.
- Chad, the Flareon Trainer: Vá até o Tidesong Hotel na Akala Island, e ele estará do lado de dentro, encostado na parede ao fundo, mais ao lado esquerdo da sala.
- Jane, the Jolteon Trainer: Vá até a Ula’ula Island, e depois até o Malie Community Centre, ela estará sentada no sofá à direita.
- Ishaan, the Espeon Trainer: Este simpático senhor estará assistindo à sua TV dentro da Geothermal Power Plant, também na Ula’ula Island.
- Braiden, the Umbreon Trainer: Estando na Melemele Island novamente, visite o Hau’oli Cemetery e converse com o homem que está em frente de uma lápide na parte superior do cemitério, mais à esquerda.
- Rea, the Glaceon Trainer: Novamente na Melemele Island, vá até a Iki Town, vá até a última casa à esquerda e converse com a moça na cozinha.
- Linnea, the Leafeon Trainer: Assim que estiver na Akala Island, vá até o Hano Grand Resort, mas não entre nele. Ao invés disso, ande para a esquerda e chegará na praia. Estando na praia, ande até a beira da água e suba tudo. Você encontrará a treinadora.
- Kira, the Sylveon Trainer: Viaje até a Poni Island e vá até a Seafolk Village. Estando lá, entre no Steelix Boat na parte inferior direita, e fale com a garotinha que está la dentro.
Após derrotar os 8 treinadores, Kagetora lhe desafiará com o seu Eevee, e após você derrota-lo, ele dará a Eevium-Z, que permite que o seu Eevee use o mega ataque Extreme Evoboost, mas lembre-se que para isso o seu Eevee deve saber o ataque Last Resort.
Observação: Já foi revelado que teremos o Ash’s Pikachu (Pikachu do Ash) no jogo, e ele terá a sua própria Z-Crystal, e o seu próprio Z-Move chamado “10,000,000 Volt Thunderbolt”. Além disso, usuários já descobriram que o Pokémon Lendário Mew também terá o seu próprio Z-Crystal que liberará o seu próprio Z-Move intitulado “Genesis Supernova”, e um outro lendário, ainda a revelar, chamado Marshadow, também terá um Z-Move próprio intitulado “Soul-Stealing 7-Star Strike”, e para isso, ele também deve ter o seu próprio Z-Crystal, vamos aguardar.
E aí, gostaram deste nosso guia? Então fiquem ligados aqui nos Bastidores, que como prometido, traremos mais guias e informações a respeito dos recém-lançados (e aprovados) jogos Pokémon Sun & Moon. Se ainda não leu a nossa crítica dos jogos, acesse o link abaixo e confira a nossa opinião, e sinta-se à vontade para deixar a sua também, um abraço e Gotta Catch ‘Em All!
Crítica | Anjos da Noite: Guerras de Sangue
Confesso que nunca vi nenhum filme da franquia “Anjos da Noite”. Nem na adolescência essa franquia me chamou a atenção. Só sabia que era sobre um romance proibido entre uma vampira e um lobisomem. Pois bem, após ver esse novo capítulo intitulado “Guerras de Sangue” (Underworld: Blood Wars), sinto que não perdi absolutamente nada ao não acompanhar essa história.
Esse quinto filme mostra a vampira Selene (Kate Beckinsale) que após perder o contato com a sua filha e seu marido, é caçada pelos dois lados: pelo clã de vampiros a qual era fiel e traiu e pelos lobisomens, chamados de Lycans. Quando os vampiros descobrem que o terrível Marius (Tobias Menzies) é o novo líder dos Lycans, decidem fazer um pacto com a heroína para que contenha essa ameaça e acabar de vez com a guerra entre os clãs.
Se a trama já soa genérica e desinteressante na sinopse, na prática ela consegue se superar: se torna genérica, desinteressante, clichê, previsível e estúpida. O roteirista da tal trama é Gary Goodman, que tem no currículo obras como “O Último Caçador de Bruxas”, “Apollo 18” e “Padre”. E Goodman mostra em “Anjos da Noite” o mesmo talento nulo apresentado nos outros trabalhos: o roteiro não tem ritmo; os personagens são desinteressantes, burros e clichês; os diálogos são horrorosos; e as “reviravoltas” dadas pelo roteiro são, no mínimo, risíveis. No fim o maior mistério da história acaba sendo como chamam esse cara para escrever uma trama, pois esse roteiro de “Anjos da Noite” tem erros típicos de estudante de cinema.
Se o roteiro já está infantil e imaturo, o que dizer da direção de Anna Foerster? Simples, consegue ser tão ruim quanto o roteiro. A diretora não tem noção alguma de como filmar, nem uma simples conversa entre dois personagens. Utiliza planos feios e desinteressantes e não sabe como dirigir atores. Parece que para Foerster, os atores tem que apenas fazer caras e bocas para câmera e é isso que todo o elenco faz. O único que consegue se salvar é o veterano Charles Dance, que consegue ter uma presença poderosa quando está em cena. O resto é só caras, bocas e poses para a câmera.
A diretora mostra também não ter noção alguma de como comandar sequencias de ação, que era para o ponto mais importante de um filme como esse.
Foerster erra no mesmo ponto que está se tornando comum no cinema de ação norte americano: excesso de cortes e quebra de eixo de câmera que acabam impossibilitando o espectador entender o que está acontecendo.
Não dá para entender os golpes dados pelos personagens, pois quando acontece o golpe, há um corte em cima. Isso acaba tirando o impacto do golpe e o espectador não consegue compreender a coreografia da cena, além de não da para entender a relação espacial dos personagens.
E para piorar, a fotografia escura de Karl Walter Lindenlaud deixa tudo incompreensível. E Foester parece ser uma grande fã de videogames, porque as maiorias das cenas de ação soam mais como cinematics (animações que acontecem entre as fases dos jogos) do que cinema. Os fãs de Mortal Kombat irão entender as referências em duas cenas específicas. Ou seja, todos os elementos que deveriam ajudar a criar as cenas de ação, são o que acabam deixando elas incompreensíveis e genéricas.
O visual do filme é um dos mais feios que vi nos últimos anos. Pois é absurdamente óbvio e de muito mau gosto. Exemplo: há dois clãs de vampiros, os do norte e os do sul. Os do sul são guerreiros, por conta disso acabam usando apenas roupas pretas e a casa do clã é toda cheia de espadas, enquanto os do norte são pacíficos e só utilizam roupas brancas e moram em um mosteiro. Tudo óbvio demais e os figurinos e os penteados soam como fantasias de carnaval de tão artificiais.
Além do design dos lobisomens ser risível, parecendo mais como vilão do Power Rangers do que alguma criatura ameaçadora e monstruosa. E os efeitos especiais são péssimos, quando Selene enfrenta Marius parece que a moça luta contra o ar, de tão mal feito que é o efeito do lobisomem.
Enfim, nada se salva nesse “Anjos da Noite – Guerras de Sangue”. A única coisa boa é que ele é um filme que funciona por si só, porque no começo há um resumo dos acontecimentos anteriores. Mas de resto é um longa que falha em praticamente tudo que pretende. Ele funciona apenas como comédia involuntária. E depois desse longa temo em ver os outros filmes da franquia. Acho que de franquia trash engraçada, ficarei com Resident Evil mesmo.
Anjos da Noite: Guerras de Sangue (Underworld: Blood Wars — EUA, 2016)
Direção: Anna Foerster
Roteiro: Cory Goodman
Elenco: Kate Beckinsale, Theo James, Lara Pulver, Charles Dance, Tobias Menzies, Bradley James, Alicia Vela-Bailey ,Trent Garrett
Duração: 91 min.
Crítica | De Palma
Um dia de filmagem foi suficiente para os diretores Noah Baumbach (Frances Ha, Enquanto Somos Jovens) e Jake Paltrow extraírem de Brian De Palma os sucos vitais mais saborosos de sua longa carreira. A sequência de abertura, com letras garrafais vermelhas deslizando sobre um fundo preto, como uma abertura remodelada de ...E o Vento Levou, desbanca qualquer expectativa de um tom que se assemelhe a um extra de DVD. Em seguida, ainda não se vê De Palma. Prefere-se iniciar com uma ponta das comparações a Hitchcock que virão, com cenas de Um Corpo que Cai. Os comentários do diretor entram em seguida, para enfim começar a declarar o que sobreviveu em sua mente sobre sua vida e obra.
Baumbach já havia feito uma série de entrevistas com De Palma que saíram como extras de alguns filmes do diretor que saíram pela Criterion (aqui no Brasil, alguns pela Versátil). Nelas, o entrevistador compartilhava um campo-contracampo com o cineasta. Agora, nem campo-contrampo, nem o campo dividido: De Palma está sentado no centro da tela. O discurso direto, com interferências inaudíveis e imperceptíveis dos entrevistadores, característica que garante um vigor ininterrupto ao entrevistado, alternado com arquivo fotográfico e fílmico complementam-se e ilustram os méritos e as falhas das obras. A edição simples, sem tentativas de inserir homenagens ao diretor em seu próprio formato - seriam previsíveis e descartáveis cenas em split screen, de um lado a entrevista, do outro algum filme. O diretor não se envergonha de reconhecer algumas péssimas decisões, da mesma maneira como enxerga claramente seus momentos grandiosos. E, afinal, pela opção de se gravar uma única e longa entrevista, a fala evidencia o que está mais vivo na memória do diretor. Seria um artifício problemático se a intenção fosse destrinchar igualitariamente a carreira de De Palma, algo impossível com apenas seu ponto de vista. No caso, quem ‘dirige’ os caminhos do filme é o próprio De Palma, que ordena sua história em ordem cronológica e tece um panorama personalizado, com narrativas reguladas de maneira diferente dependo do assunto e da época em questão. A cadência da oralidade é um dos pilares que sustentam as quase duas horas de duração.
Os riscos são diferentes, então, de um comum documentário burocrático post mortem – cenotáfios vergonhosos. Ou, às vezes, nem post mortem precisa ser para bajular tanto um nome e, no final das contas, não entender seu objeto de pesquisa, vide Woody Allen: Um Documentário. Aqui, a (auto)reverência é diferente. Não há o olhar limitado que tenta empurrar goela abaixo a grandeza de um nome, mas sim de mostrá-la efetivamente. O documentário funciona como uma revigoração da ‘teoria dos autores’ ao ir além do que já é tão evidente em toda a obra do diretor. Baumbach & Paltrow conseguiram captar, de maneira menos extensa e pretensiosa, sem perder o teor excitante das boas conversas sobre cinema, interessantes para cinéfilos e leigos, o espírito de Hitchcock/Truffaut. Depois de declarar ser um dos poucos reais seguidores que reflete as ideias do mestre em seu cinema, De Palma assume a posição do cineasta britânico, sem a presença física e incisiva de seu Truffaut ou da intérprete. No caso, uma vez que De Palma fez de Hitchcock, desde o começo, a tela de suas projeções, seus filmes acabam cumprindo esse lado da interlocução. Só mais um dos duplos de sua obra.
Felizmente, há muito a ser discutido para além do que os filmes já mostram. É fascinante ver e ouvir sobre as diversas preferências, referências, inspirações políticas (a que se deve o título de ‘Renascença’ hollywoodiana senão, sobretudo, a sua capacidade de conjugação do sistema?), o porquê de determinadas opções, e até como suas experiências pessoais se encaixam nas tramas. Um exemplo incrível são as fotografias em série de Vestida para Matar, inspiradas nas vezes em que De Palma seguia seu pai e tirava fotos dele com amantes.
Para os já devotos desse importante nome, interessados em questões mais profundas, ou uma defesa furiosa de Missão: Marte vinda da boca do seu próprio criador, o filme é insuficiente. É mais interessante aos neófitos e admiradores casuais, satisfeitos em prolongar as experiências dos filmes por alguns minutos a mais. De Palma destaca também na sua carreira o papel que teve a crítica de cinema no seu desenvolvimento. Já os que não aceitam uma espécie de misoginia nos roteiros de De Palma pouco serão interlocutores da discussão, à parte uma ou outra satisfação, se assim posso definir os trechos de respostas à alguns posicionamentos. Parece, na verdade, que a fotografia que encerra o documentário é mais uma de suas provocações.
Conservando as glórias onde elas estão – e onde provavelmente ficarão por mais algumas décadas –, essa extensa entrevista realizada e editada com precisão pela dupla Baumbach & Paltrow inspira rêveries tanto do já caro ‘duplo’ ao priorizar a singularidade de De Palma sem ser unívoca. Um tipo de documentação pouco usual e que deve inspirar outras do gênero no futuro próximo.
Crítica | Elis
Infelizmente, a maioria das cinebiografias de músicos parte da mesma fórmula: resumir a vida do artista baseado em seus momentos mais importantes. “Ray”, “Johnny & June”, “Cazuza – O Tempo Não Para” e ”Tim Maia” seguem essa fórmula. Não significa que os filmes são ruins, mas soam mais como uma página de uma enciclopédia do que realmente algo que poderia ajudar a compreender de maneira mais profunda o artista representado, quais eram as suas inquietações e suas inspirações. Pois bem, “Elis” segue essa mesma fórmula em resumir a vida de Elis Regina baseado nos momentos mais fortes de sua carreira. Mas mesmo seguindo essa fórmula, vemos um filme agradável, que contém ótimas atuações, além de ser visualmente fabuloso.
O longa retrata desde o momento em que Elis Regina (Andreia Horta) começa a sua carreira como cantora no Rio de Janeiro, no início da década de 60, a seu fim trágico em São Paulo em 1982, quando morreu de overdose. Durante esse tempo é mostrado personagens importantes da vida da cantora: o cantor Lennie Dale (Júlio Andrade), que ensinou a Elis como ter a presença de palco que a deixou famosa; Ronaldo Boscôli (Gustavo Machado) e Miéle (Lúcio Mauro Filho), que a descobriram, inclusive teve um casamento tumultuado com o primeiro; e Cesar Mariano (Caco Ciocler), pianista talentoso que foi casado com Elis no final da vida.
Bom, o primeiro ponto que merece ser discutido está no roteiro, que é assinado por Hugo Prata, que também assina a direção, junto com Luiz Bolognesi e Vera Egito. É um roteiro que tem seus acertos, mas também tem seus erros. Vamos começar pelos erros: há um notório exagero em elipses temporais, principalmente no segundo ato. Exemplo: vemos Elis se casando com Boscôli, corta e ela está grávida e depois de outro corte o bebê já nasceu. Ficamos sem saber o que aconteceu nesse meio tempo e para quem não conhece a história de Elis Regina, ficará perdido em certos momentos por conta dessas elipses.
Isso também acaba influenciando a montagem do filme, que dá para perceber que o ritmo está rápido demais em certos momentos. Outro ponto é o excesso de personagens no longa, sendo que muitos deles aparecem e simplesmente desaparecem. Como o personagem feio por César Trancoso, que empresaria a carreira de Elis desde o começo e simplesmente desaparece no terceiro ato. Ou o personagem do pai de Elis (Zécarlos Machado) que some no final do primeiro do primeiro ato e só é lembrado no fim do filme. E o espectador vai percebendo que há outros personagens que desaparecem e são poucos lembrados.
Mas mesmo com esses erros, o roteiro tem pontos fortes, como o desenvolvimento de personagens. A maioria dos personagens são bem escritos e cumprem bem sua função e a protagonista é muito bem definida. Entendemos as sua forte personalidade, além de ser muito carismática e simpática.
Agora se o longa tem esses problemas de roteiro e de montagem, pelo menos ele é muito bem cuidado na parte técnica. A reconstituição das épocas retratadas é muito bem feita, isso desde o figurino até os detalhes dos locais, só prestar atenção nos estúdios em que Elis trabalha. Cada vez vemos uma decoração diferente, de acordo com a época que se passa. Ou a diferença de estilo entre o Rio de Janeiro e São Paulo.
Se a direção de arte é acertada, a fotografia de Adrian Teijido merece destaque. Não só mostra como Teijido é um dos fotógrafos mais ecléticos do mercado, mas como as decisões estéticas da fotografia são acertadas, principalmente por não ir para o óbvio. São movimentos de câmera muito precisos e o uso da câmera tremida é utilizado no momento correto. Além da paleta de cores ser muito bonita e expressiva, há takes em “Elis” que são sublimes.
O elenco está ótimo, todos estão bem em seus papéis, principalmente o ótimo Júlio Andrade, muito inspirado na composição do seu Lennie Dale. Mas o destaque fica por conta de Andrea Horta, que faz um trabalho incrível como Elis Regina. Confesso que sempre a considerei uma atriz mediana, nenhum trabalho anterior seu me chamou a atenção. Mas não só ela conseguiu captar os detalhes da cantora, que vão desde o seu sorriso marcante a seu sotaque, como consegue mostrar toda a personalidade forte que tinha em Elis.
Não por acaso o seu apelido era “Pimentinha”. E não se trata apenas de copiar, vemos que realmente Andrea está penetrada no papel, vemos realmente uma personagem na tela, não uma atriz interpretando um papel. Um trabalho realmente que merece destaque.
Já a direção de Hugo Prata se mostra segura, ao mesmo tempo em que não se propõe a trazer nenhuma novidade. Prata joga no seguro, mas mostra que sabe fazer essa parte muito bem, pois consegue fazer uma narrativa que prenda o espectador e que se emocione junto com Elis.
No fim, “Elis” tem vários problemas já vistos em filmes em autobiográficos. Mas como ele é um filme muito bem atuado e executado, o saldo geral é bem positivo. Só espero que façam mais biografias com propostas interessantes como “Não Estou Lá”, mas “Elis” não faz feio e merece o seu lugar ao Sol.
Crítica | Marias: A Fé no Feminino
Quando estamos em apuros, em quem buscamos amparo? Nas nossas mães, que supostamente nunca nos negam. Seguindo a lógica, depositamos, então, nossas fés na grande mãe, a figura do feminino supremo, Maria.
Em “Marias”, a equipe responsável viajou pelos países Brasil, Cuba México, Nicarágua e Peru entre 2009 e 2013 à procura de diferentes devoções, representações religiosas e relações entre a Virgem Maria e aquelas – aqueles também – que carregam o nome consigo no batismo.
Ainda que o filme coloque como protagonista a mãe de todos (os cristãos), não é uma obra sobre religião. “Buscamos a devoção mariana que evoca o feminino, a mãe, que cuida, que ouve. Não é preciso ser devoto para se encantar com estas histórias", conta Joana Mariani (até ela carrega a alcunha no sobrenome), diretora estreante do documentário. “Saí para fazer um filme sobre a Nossa Senhora. Acabei voltando com um filme sobre o feminino”, termina explicando que as viagens, pesquisas e convívios durante esses quatro anos de filmagem mudaram a forma como enxergava a concepção do projeto.
A fé mariana das Marias é delineada de forma afetuosa, com base em suas memórias. É longa a lista de entrevistadas, que traz uma amostra bem diversificada de mulheres e ofícios. Uma das histórias mais interessantes é justamente a primeira, protagonizada pela restauradora e funcionária do MASP, Maria Helena Chartuni. Em 1978, um “fanático” adentrou a Basílica de Nossa Senhora da Aparecida (Aparecida, SP), local onde a santa padroeira do Brasil fica alojada, e atirou a estátua sacra no chão. Maria Helena foi designada para cuidar do restauro e conta que “quando chegou, em uma caixa, toda quebrada, senti pânico”. Ela, que era cética até então, garante que ao ficar sozinha com a santa teve momentos de paz e revelação. "Restaurei a imagem e ela restaurou minha alma, meu espírito, minha vida", complementa.
Algo que atrapalha um pouco na assimilação dos relatos é o amálgama de Marias que o documentário se torna. No meio do filme, o espectador já não se lembra mais quais Marias falaram o quê e de onde eram, com exceção de alguns casos mais notáveis. Os relatos, ao mesmo tempo, ficam mais lentos e repetitivos, o que pode até ajudar a explicitar a mensagem que, segundo a diretora, “Maria somos todas nós, mulheres. Até as que não se chamam Maria ou não creem são influenciadas por ela”.
Há 24 países na América Latina e todos têm como padroeira a Virgem Maria. Mesmo sabendo que cada culto seja distinto um do outro, o fato da figura ser tão grande acaba tornando-a fundamental na identidade do povo latino. Na simbologia, Maria carrega consigo um grande poder da força feminina, o que dá ainda mais relevância para sua imagem nos tempos atuais. É um filme maçante, mas que pode servir como inspiração ou mesmo preencher a curiosidade para as(os) interessadas(os). E se você tem em si o santo nome em nome próprio, corra para os cinemas que as Marias entram de graça na primeira semana.
Crítica | Um Estado de Liberdade
O cinema norte-americano tem mostrado atualmente um grande interesse pelo período final da escravidão, durante o século XIX. Só prestar atenção que em menos de quatro anos foram feitos “Django Livre”, “Lincoln”, “12 Anos de Escravidão”, “O Nascimento de Uma Nação” e agora é lançado “Um Estado de Liberdade” (Free State of Jones).
Mesmo a qualidade dos filmes sendo questionáveis às vezes (Lincoln), são importantes para retratar a crueldade desse período. Dito isso, “Um Estado de Liberdade”, novo trabalho de Gary Ross (“Jogos Vorazes” e “Alma de Herói”) conta uma história muito importante, mas que por conta de alguns problemas não consegue ter a força de “12 Anos de Escravidão” ou de “Django Livre”, mas não chega a ser um filme ruim.
Durante a Guerra Civil Americana, o soldado da Confederação, Newton “Newt” Knight (Mathew McCounaughey), decide fugir da batalha após a morte do seu sobrinho, que também era soldado. Ao se tornar um desertor, Knight se esconde das tropas do exército em um pântano e nesse lugar estão escondidos outros desertores e escravos fugitivos. Sendo assim o soldado acaba criando um grupo de resistência contra a Confederação e a escravidão, se intitulando como “Os Homens Livres do Condado de Jones”.
A história retratada é muito interessante e poderosa, mas o roteiro, que é assinado por Ross, peca ao tentar ser muito abrangente, principalmente no terceiro ato. Temos ótimos personagens que contém motivações coerentes, mas quando o roteiro tenta aumentar a relevância de algum personagem, como no caso de Moses (Mahersala Ali), o longa acaba ficando mais longo do que deveria, deixando-o até sem foco. Parece que no terceiro ato, Ross quer fazer um grande painel político e social do Sul dos Estados Unidos e isso acaba enfraquecendo o filme, mesmo falando de fatos muito relevantes como: o começo da Ku Klux Khan; que a escravidão não chegou ao fim, mesmo com Lincoln decretando o seu fim com a Décima Terceira Emenda em 1865; da primeira votação em que negros libertos tinham o direito votar, etc....
Mesmo sendo temas que precisam ser contados, dá para perceber que não eram necessários para a narrativa e isso acaba cansando o espectador. Outro ponto em que o roteiro erra é na personagem de Keri Russel, que se torna uma personagem mal explicada e sem muita função na história.
Outro problema está na montagem, assinada pela dupla Pamela Martin e Juliette Welfling, que dá um ritmo inconstante ao longa. Quando o filme fica incessante nas sequências de batalha, ele se torna morno ao retratar ao mesmo tempo um julgamento com o neto de Knight, durante a década de 1860. Essas cenas do julgamento são uma barriga a mais para a narrativa e acaba estragando o ritmo, além de dizerem coisas que ainda acontecerão na primeira linha temporária, como deixar claro que Newt vai se apaixonar por uma escrava e terá um filho, quando o primeiro acaba de conhecer a amada. E a montagem também acaba sendo um dos elementos que atrapalham a resolução do terceiro ato.
Outro fator tão inconstante quanto à montagem é a fotografia feita por Benoít Delhomme, que muda de tom, pelo menos umas quatro vezes. Se fosse apenas durante as cenas do passado e do presente, faria mais sentido. Mas ela muda a quase todo o momento. No começo, quando Newt está em batalha é uma, quando ele volta é outro tom, quando está em ambientes externos é outro e se torna outro quando ele está no pântano com os seus homens. Acaba que a fotografia acaba não tendo uma coesão. Mais fica parecendo que ela quer dizer o que espectador quer sentir naquele momento. Um trabalho, no mínimo, esquisito.
Já o elenco merece elogios, pois todos fazem muito bem o seu trabalho. O ótimo Matthew McCounaghey que cria um homem íntegro, mas que nunca se torna um herói clichê. Newt se mostra um personagem que tem motivações compreensíveis, mas erra de vez em quando. Além do ator acertar ao criar um tom de voz que não soa heroico em momento algum e ter uma ótima presença junto com um grande carisma. Nunca pensaríamos que McCounaghey iria parar de fazer o galã de comédias românticas para se tornar um dos atores mais reconhecidos da atualidade. Outro destaque fica por Mahersala Ali, que cria Moses como um personagem admirável e amável. Outro personagem que poderia cair no clichê, mas o ator consegue criar um personagem muito interessante.
Já a direção de Gary Ross se mostra segura durante boa parte do filme. O que vale destacar é que como a sua direção vai se tornando mais sutil durante o longa. No começo, Ross se mostra visceral mostrando a crueldade da guerra, com soldados sendo mortos de maneira brutal. Mas ao decorrer do longa, vai ficando cada vez mais sutil, fazendo um trabalho muito clássico, mesmo que outras vezes opta ao utilizar a câmera na mão para deixar uma sensação de naturalismo. É um trabalho muito interessante e eficiente.
“Um Estados de Liberdade” poderia ser um grande filme sobre o assunto abordado, mas por conta de problemas de ritmo e na tentativa de ser mais abrangente do que deveria ser, ele se torna um longa cansativo mais para o final. Mesmo com ótimas atuações e uma história interessante e importante, fica a sensação que poderia ser um longa melhor. Mesmo compreendendo as boas intenções de Gary Ross, não dá para negar que temos um bom filme, mas que poderia ter sido muito mais.
Crítica | Harry Potter and the Chamber of Secrets
Uma das coisas mais esperadas por muitos jogadores são as tão aclamadas continuações de seus títulos favoritos, mas às vezes surge uma enorme pergunta que acaba dividindo milhares de opiniões de jogador para jogador, afinal, seria a continuação de um título melhor que seu antecessor?
Seria ele capaz de melhorar os erros do primeiro título, mas acabar errando em pontos que já estavam bons? A resposta está exatamente na continuação do jogo Harry Potter and the Chamber of Secrets lançado para todas as plataformas em 2002.
Diferente do estilo do seu antecessor de resumir ao máximo possível a história do jogo, HPCS agora tem um roteiro mais longo e aprofundado, dando realmente a imersão de estar dentro do filme. Como muitos já sabem, Harry agora está no segundo ano da escola de magia de Hogwarts, porem mal sabe ele que coisas estranhas e esquisitas estão ocorrendo nos corredores da escola. Cabe a ele e seus amigos descobrirem quem está por trás desses eventos malignos e descobrir o real culpado por toda essa confusão.
Uma das grandes mudanças do jogo é a expansão e detalhamento dos diversos cenários que o jogo contém, graças a essa mudança a exploração, ficou muito mais divertida dando a opção de o jogador usar diversas magias tanto fora como dentro do castelo para achar os diversos coletáveis presentes no jogo. Também vale lembrar que com a expansão do cenário os objetos e detalhamento do jogo ficaram muito mais bonitos e superando um pouco o jogo anterior, outra coisa é que podemos notar que o segundo jogo da série ficou um pouco mais sombrio comparado com o primeiro tendo momentos mais escuros e tensos que o jogador irá encarar.
Para aqueles jogadores que não se importavam muito com os coletáveis, podem agora se preocupar. Diferente do seu antecessor os “Cromos de Bruxos” agora são muito uteis para dar upgrades na barra de vida de Harry, coletando 10 cromos de bronze Harry ganha uma nova barra de vida extra aumentando sua sobrevivência nas fases, ao todo existem 101 Cromos, sendo divididos em ouro, prata e bronze, ao coletar todos uma área secreta é liberada para o jogador poder entrar.
Em HPCS agora os “Feijõezinhos” contém um enorme valor, funcionando realmente como uma moeda no jogo, ao redor do castelo existirão diversos alunos que podem te vender cromos, itens de poção, varinhas e outros acessórios para Quadribol, logo o jogador deve ficar atento em coleta-los e saber bem aonde investir nos itens listados.
Por falar em Quadribol, aqui tivemos uma mudança totalmente radical do seu antecessor, antes você podia controlar Harry livremente e tentar pegar o pomo de ouro, tendo uma movimentação difícil e um controle que não colaborava muito com o jogador.
Já em HPCS Harry segue automaticamente o pomo tendo apenas que enfrentar outros alunos que estão tentando fazer o mesmo objetivo, outra mudança é que agora o jogador poderá enfrentar outros times na hora que achar melhor apenas se encaminhado para o campo de Quadribol, mas vale ressaltar que é possível perder uma dessas partidas já que em seu antecessor era impossível perder uma partida de Quadribol.
Como no seu antecessor a corrida de pontos entre as casas ainda existem, porém, mais acirradas, conseguir uma maior quantidade de ponto para sua casa faz com que Harry entre em um tipo de bônus podendo coletar um número enorme de “Feijõezinhos” em um tempo pré-determinado, logo um bom rendimento nas aulas de magia e nos desafios dos mesmos podem lhe dar boas recompensas no final.
HPCS também traz uma inovação, os combates de magias, aqui Harry pode duelar com diversos alunos das 4 diferentes casas e conseguir pontos para Grifinória. Os duelos vão ficando cada vez mais difíceis conforme o jogador vai vencendo. O duelo persiste apenas em acertar seu adversário com sua magia e desviar do inimigo, vence quem acabar com a barra de energia primeiro.
A quantidade de magias presentes em HPCS são bem maiores e interessantes do que a do seu antecessor, porém, o modo de aprende-las continua sendo o mesmo. Talvez a grande mudança nesse aspecto seja o aumento da duração desses desafios, a dificuldade ainda fraca e simples continua presente não dando um desafio para o jogador ser surpreendido. Uma inovação é o fato que agora Harry pode fazer poções de cura coletando recursos com outros alunos ou nos próprios baús dos desafios de magia.
HPCS é um daqueles jogos que podemos citar ser melhor que seu antecessor. Aqui os produtores pegaram todas as qualidades de seu anterior e fundiram com novos elementos e conceitos. O jogo não é mais tão infantil tendo algumas pegadas mais obscuras em certos momentos. O aumento do cenário deu origem a uma exploração maior e mais elaborada e a interação com os alunos de Hogwarts estão muito melhores graça ao sistema de comercio que o jogo proporciona, de fato HPCS é uma continuação que ultrapassa seu antecessor e surpreende os fãs da franquia.
A Bela e a Fera | Confira o primeiro trailer do filme
Estamos ouvindo falar da versão live-action de A Bela e a Fera a bastante tempo, então é normal todos estarem ansiosos também conferir o primeiro trailer e ele finalmente foi liberado hoje. Assista!
O elenco conta com a presença de Emma Watson como a Bela, Luke Evans como Gaston, Emma Thompson como Sra. Potts, Kevin Kline como Maurice, Ian McKellen como Cogsworth e Dan Steven como a Fera. A direção fica por conta de Bill Condon.
A previsão de estreia é dia 17 de março de 2017.
Crítica | Harry Potter and the Philosopher's Stone
A fama de Harry Potter, sem dúvidas, é de se respeitar. Muitos já devem ter pelo menos lido algum dos livros ou assistido um dos filmes no cinema. A magia que a saga traz conquistou uma legião de fãs de diversas idades a admirarem o bruxinho e a se identificar com diversos personagens da saga. Nos videogames o sucesso não poderia ser diferente e em 2001 a Eletronic Arts lança o primeiro jogo baseado no filme com o mesmo nome ”Harry Potter e a Pedra Filosofal” para todas as plataformas.
Mencionar o enredo do jogo HPPF é uma coisa interessante. Diferente dos filmes e livros, o jogo tenta reduzir ao máximo possível o enredo e focando nas partes mais importantes das aventuras de Harry como o nascimento do dragão Norbert, o salvamento da personagem Hermione contra o trasgo e o clássico jogo de xadrez bruxo. Também vale ressaltar de algumas animações após alguns capítulos completos mostrando um velho livro e o narrador contanto a história de algumas partes do jogo.
Por ser um jogo do ano de 2000 os gráficos são bem antigos, mesmo para a época onde o motor gráfico de Max Payne e Tony Hawk eram as grandes maravilhas do momento, HPPF não tem um motor gráfico tão forte, porém podemos notar alguns momentos de surpreender os jogadores. Até mesmo os mais exigentes, com o detalhamento e preenchimento com quadros, estatuas e alunos acabam embelezando os cenários da escola de Hogwarts.
Um ponto muito importante de parabenizar o jogo é sua exploração, os coletáveis estão espalhados em lugares secretos na escola de Hogwarts, logo o jogador tem que ficar bem ligado com espelhos secretos, paredes invisíveis e passagens escondidas em torno dos cenários, podemos parabenizar outro aspecto bem original do jogo HPPF no qual retrata o andamento do progresso no jogo.
Normalmente os jogadores estão acostumados com múltiplas fases ou com uma série de capítulos, mas aqui em HPPF temos aulas de magia e os desafios que os professores acabam lhe pedindo para ser concluídas, um método bem original e bem pensado por parte dos produtores do jogo.
Ao começar, vamos reparar nos famosos “feijões de todos os sabores” que seria um tipo de moeda que o jogo coloca, porem a sua utilidade não é muito bem explorada e pensada, não podemos fazer nada com esse item a não ser juntar e trocar de vez em quando para os irmãos Wesley por uma figurinha, no final das contas os feijões são apenas preenchimento para o jogo não ficar muito incompleto.
A jogabilidade de HPPF não é das melhores, um problema muito incomodo é o fato de que não podemos mexer a câmera que fica trava no personagem Harry, dificultando escalar obstáculos e até mesmo mirar em inimigos. Os pulos de Harry também são bem esquisitos não dando uma impressão de que ele está se jogando em alguma plataforma ou que irá desviar de magias ou inimigos.
No jogo também podemos jogar o tão famoso Quadribol contra as outras casas na escola de Hogwarts. A mecânica é bem pensada para voar e acelerar a vassoura. Aqui Harry tem que pegar o Pomo de ouro, para isso Harry precisa voar através dos arcos que o Pomo cria ao voar na quadra. O segredo para vencer essa partida é apenas ter calma e levar o tempo que precisar já que nesse modo o jogador não tem como perder a partida de Quadribol.
Existe uma versão não oficial do jogo que está dublada em português e que teve realmente um ótimo trabalho, mesmo sendo esquisito ter outros dubladores fazendo a vozes de Harry Hermione e Rony acabamos nos acostumando bem e dando uma chance, uma das coisas complicadas é erros de fala de algumas magias saindo com outras pronuncias, a interação de personagem para personagem é bem simples e não espere muitas falas vinda de Harry Potter já que em todo o jogo ele fica calado a não ser para citar as magias.
Por ser um jogo voltado para o público mais infantil, HPPF não tem muitos desafios e nem mesmo uma dificuldade mediana. Para aqueles jogadores mais experientes é possível finalizar o jogo sem ao menos ser derrotado uma única vez, a duração do jogo não é muito grande podendo ser finalizado em torno de 5 a 7 horas o seus 100%, mesmo sendo simples e sem desafio algum o jogador fica preso e cria um certo carinho pelo jogo motivando a vasculhar a escola por segredos e a interagir com certos alunos.
HPPF é um jogo clássico de uma velha geração de bons jogadores, mesmo sendo um jogo simples e sem dificuldade sua beleza está voltada nos cenários bem produzidos e música bem usada em cada momento do jogo. A exploração é muito bem-vinda no jogo e dá vida ao tão grande castelo de Hogwarts.
A jogabilidade peca em muitos momentos e obriga o jogador a se acostumar com a mecânica travada e os movimentos complicados de Harry, relembrar cenas importantes do filme não tem preço e pode trazer muita nostalgia a todo tipo de jogador, com toda sua fama Harry Potter tem um lugar especial no mundo dos games fazendo seus jogos clássicos e antigos ainda serem muito bem apreciados até mesmo nos anos atuais de videogame.
Crítica | A Garota no Trem, de Paula Hawkins
Algumas obras levam vários anos para serem lançadas como filmes depois que os direitos são comprados, gerando assim uma expectativa e ansiedade por parte de seus fãs. Não foi isso que aconteceu com A Garota no Trem. O livro escrito por Paula Hawkins foi lançado em 2015 e nesse ano já ganhou um filme (que a nossa equipe já analisou, confira!). E é claro que quando vemos uma história gerar tanto interesse assim, podemos acreditar que algo interessante existe e nesse caso, o livro não decepciona.
Conhecemos Rachel Watson, uma mulher divorciada e alcoólatra que pega o mesmo trem todos os dias para ir e voltar de seu trabalho em Londres. No caminho o trem costuma parar em frente a uma casa onde ela gosta de observar um jovem casal e criar teorias sobre a vida deles na sua cabeça. O casal tem algo de especial e nostálgico, já que eles moram na mesma rua onde ela morava com Tom, seu ex marido. Além claro de, do trem, eles parecerem extremamente felizes e apaixonados. Porém Megan (a moça do casal) acaba desaparecendo misteriosamente e todos acreditam que Rachel viu algo já que parece que foi vista onde a vítima foi vista pela última vez.
Rachel não é confiável. Não consegue ficar um dia sem beber e sempre liga ou tenta encontrar com seu ex marido, além de não se lembrar de nada da noite em que Megan desapareceu, tendo apenas pequenos flashes do que pode ter acontecido. Mas está empenhada a provar para si mesma que não teve nada a ver com esse caso, que não matou Megan. Então decide contar ao marido de Megan, Scott, e à policia que a viu com um outro homem na varanda dias antes. Scott passa a confiar nela, mas a polícia ainda não.
Seguindo a mesma fórmula de outros livros de sucesso, como Garota Exemplar, esse surpreende no quesito desenvolvimento do mistério em torno do desaparecimento de Megan. O leitor precisa colher as pistas que a história lança até a conclusão e o uso de três narradoras contando os fatos foi uma escolha inteligente da autora para esse fim.
A principal narradora é a própria Rachel, vemos toda a história principal pelos seus olhos, cheios de conflitos internos e problemas causados pela não superação de seu divorcio e pelo vício na bebida. A segunda narradora é Megan, que nos apresenta fatos da sua vida e alguns de seus conflitos internos até desaparecer. Esse talvez seja o ponto mais importante, pois ela nos dá detalhes extremamente ricos que contribuem muito na montagem do "quebra-cabeça". E a terceira narradora é Ana, a nova mulher de Tom. O foco dela é principalmente questionar Rachel e os fatos que ela apresenta, querendo assim confundir o leitor. Afinal ainda não sabemos se Rachel é boa ou má, na verdade nem ela mesmo consegue saber direito seu papel em tudo isso, já que não se lembra muito da noite.
Não se engane, essa escolha de usar as três mulheres como narradoras não foi algo aleatório. Todas estão ligadas por diversos fatores, incluindo alguns conflitos internos quanto aos seus relacionamentos. E acredite, esse é o ponto mais belo da história! A autora conseguiu retratar assuntos como abuso e depressão com toda a sutileza esperada e ao mesmo tempo com toda a monstruosidade necessária, tudo isso tendo como pano de fundo o desaparecimento da Megan. Tudo isso pode parecer confusa e realmente é se não prestar muita atenção, o único artifício usado ara diferenciar quem está escrevendo o capítulo é o próprio nome dele que no caso é o nome da narradora.
Porém como vários outros excelentes livros, esse também tem um pequeno problema na sua conclusão que nesse caso acontece muito rápido. Não existe uma preparação, nenhum desenvolvimento. Acontece apenas dos pontos certos e importantes serem ligados e a "solução" é jogada na cara do leitor e isso me decepcionou um pouco. Mas não é algo de atrapalha tanto assim, pois mesmo sendo apressado, o clima de tensão que foi criado durante toda a narrativa continua no conflito final.
Se procura um thriller que busca tirar o leitor de sua área de conforto com questionamentos que vão além da ficção e um mistério que no primeiro momento pode ser óbvio, mas se a cada capítulo te surpreende essa deve ser a sua escolha. A Garota no Trem mesmo com uma conclusão apressada não decepciona com sua narrativa rica e com um mistério digno de grandes autores já consagrados.
Obs: Se ainda não assistiu ao filme recomendo que leia o livro e corra para assistir. Não é só uma adaptação fiel, mas visualmente belíssimo. Acredite, vale muito a pena!
A Garota no Trem (The Girl on the Train, Reino Unido – 2015)
Autor: Paula Hawkins
Publicação no Brasil: Grupo Editorial Record
Tradução: Simone Campos
Páginas: 378 páginas