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Cine Vinil #08 | Lado B: Por que odiei Death Note

O CONCEITO

Dia vs Noite, TWD vs GOT, DC vs Marvel, BvS vs Guerra Civil, Xbox vs Playstation, Flamengo vs Fluminense, Android vs iOS, McDonalds vs Burger King, Nerd vs Nerd, Fanboy vs Fanboy.

O multiverso nerd é pautado por discussões intermináveis e, geralmente, extremamente redundantes. Mas com toda a certeza a gente adora aquela treta cósmica para provar que um lado é melhor que o outro – mesmo que o único convencido na discussão seja você mesmo. Analisando essa treta tão peculiar, decidimos trazer um pouco desse espírito “saudável” de discussão para o nosso site.

Sejam bem-vindos ao Cine Vinil! Calma, antes de soltar os cães nos comentários, entenda nossa proposta. Os discos de vinil foram um dos itens mais amados para reprodução de arquivos sonoros. Sua grande peculiaridade eram os lados A e B. O lado A era utilizado para gravar os hits comerciais das bandas, músicas mais populares. Enquanto o Lado B era mais voltado para canções experimentais ou mais autorais.

No caso, nos inspiramos pelos lados opostos do mesmo “disco” – de uma mesma obra. O primeiro filme a receber esse formato é Power Rangers que conseguiu dividir a opinião da equipe do site gerando a tempestade perfeita para testarmos o formato. Serão dois artigos: o Lado A, que contém a opinião positiva, e o Lado B, com a versão negativa. Os autores, obviamente, serão distintos, e escolherão 5 pontos específicos da obra para justificar seus argumentos.

Explicado o conceito, nós lhes desejamos aquela ótima discussão para defender o seu lado favorito! Quem ganhou? Lado A ou Lado B? Que a treta perfeita comece!

LADO B

por Julia Ferreira

NÃO É UM FILME PARA FÃS DO ANIME/MANGÁ

Apesar de ser uma adaptação e obviamente, os fãs devem esperar mudanças, ficou extremamente destoante da história original, as mudanças nas peculiaridades de cada personagem afetaram o desenrolar da narrativa e para aqueles que ja conheciam foi um choque muito grande. Aos que não eram fãs, o filme tem a típica pegada americana, focando mais na ação do que nos diálogos. É uma adaptação ok para quem não conhece, mas talvez a falta de envolvimento com os personagens e a corrida da narrativa afetem a qualidade e o gostar das pessoas sobre a obra.

LIGHT É UM ADOLESCENTE COM PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO

Todos os fãs do anime/mangá sabem da genialidade do personagem Light Yagami. O estudante do ensino médio, tem um ambiente perfeito dentro e fora de casa, é estudioso, com uma família presente, é o sonho das meninas e o principal, um psicopata perfeito. Todos seus atos são extremamente calculistas, o que deixa os momentos com o L mais intensos e emocionantes. Durante o filme, infelizmente, temos o desprazer de encontrar Light como um delinquente juvenil, um grande “zé ninguém” da escola, com problemas familiares e principalmente um adolescente com sede por um relacionamento. Fica inviável para o espectador acreditar que Light consegue viver tranquilamente com as mortes que causa, além de ser manipulado o tempo todo por absolutamente todas as pessoas a sua volta.

MIA É MAIS ESPERTA QUE LIGHT

Para os fãs do anime, sempre foi muito claro que Misa (nome original da personagem) era mais forte do que Light, porém sua obsessão pelo mesmo não a tornava uma ameça e sim a companheira perfeita. No longa metragem, acabamos por gostar mais da psicopatia dada a Mia do que  da personalidade de Light, sendo assim, ela o manipula o tempo todo. Fica claro que o caráter que deveria ser dado a Light ficou para a Cheerleader, quando na verdade eles deveriam ser uma dupla, onde Mia nunca cogitaria trair Light.

 RYUK SE METE DEMAIS NA HISTÓRIA

Originalmente, Ryuk deixa o caderno cair pois está entediado e quer passar seu tempo na terra. Ele deixa bem claro durante a narrativa que não esta do lado de ninguém e no fundo só quer ver o “circo pegar fogo”. Na adaptação da Netflix, Ryuk o tempo todo se mete nas escolhas de Light, em determinado momento, quando o protagonista confronta o Shinigami, Ryuk afirma que pode sim se envolver e vai fazer o que quiser. Isso influencia muito na história, principalmente para reafirmar a incapacidade de Light para sair dos momentos de manipulação.

FINAL DEIXOU A DESEJAR

Todos os fãs de Death Note sabem sobre a morte de Watari e L, sendo um dos momentos mais difíceis da história, a digestão sobre Light ter conseguido matar o maior detetive do mundo. Além disso, também é de sabedoria geral que no final da história o personagem principal morre. Na adaptação, ficamos com um L fora de controle emocionalmente segurando uma folha do Death Note, Ryuk rindo e Light sem entender nada. A ideia do final “aberto” frusta muito, pois se L escrever no caderno ele seria tão ruim quanto Light, mas acabamos sem realmente saber o que aconteceu. Light morreu? L entendeu a dinâmica do Death Note? Nunca saberemos, fica para o espectador entender o que aconteceu.

Clique AQUI para ler o Lado A

Redação Bastidores

Publicado por Redação Bastidores

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Crítica sem Spoilers | It: A Coisa

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