Após recolocar seu nome nos holofotes de forma espetacular com o seminal Mad Max: Estrada da Fúria, o cineasta George Miller não se acomodou. Apesar de ter confirmado um novo derivado da franquia de ação focado na heroína Furiosa, o diretor australiano logo embarcou em um projeto radicalmente diferente de tudo o que já havia produzido: Era Uma Vez um Gênio.
Baseando-se no conto The Djinn in the Nightingale’s Eye da autora britânica A.S. Byatt, a trama do filme acompanha uma especialista em narrativas (Tilda Swinton) que inesperadamente liberta um gênio ancestral (Idris Elba) de seu aprisionamento. Ele lhe oferece 3 desejos mágicos, além de contar diferentes histórias sobre seu passado.
Em seu núcleo, Era Uma Vez um Gênio é essencialmente sobre o valor e a necessidade de histórias. Seja para entender sentimentos, conceitos complexos ou lições de moral, narrativas estão presentes por toda a parte, e o roteiro de Miller e Augusta Gore é afiado ao colocar essa discussão metalinguística durante os diálogos da protagonista com o Gênio, flertando bastante também com a atmosfera de um conto de fadas.
Ainda que claustrofóbico e quase teatral durante maior parte, já que a maior parte da história se passa em um quarto de hotel, o longa se transforma para ilustrar os contos do Gênio, com George Miller apostando em uma escala gigantesca, um valor de produção notável e um trabalho de fotografia primoroso de John Seale – além de uma trilha sonora bem discreta do outrora barulhento Tom Holkenborg.
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