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Crítica | Minions 2: A Origem de Gru eleva novamente a qualidade da malvada franquia favorita

Não é uma surpresa que os estúdios estão espremendo o máximo que podem de suas franquias. Nem mesmo que quando a fonte seca, a inspiração procura respostas para perguntas não feitas. Assim caímos no território das prequências – melhor conhecidas como prequelas.

Meu Malvado Favorito (Despicable Me, 2010) foi uma boa surpresa no cenário da animação, ajudando a Universal entrar na briga pelo demográfico infantil e dando o pontapé para produtora Illumination brigar com a Pixar. E dentro da história sobre um ladrão que se torna pai, um dos atrativos foram os ajudantes amarelos irritantes chamados Minions.

Esses seres não identificados que falam em bananês renderam histórias o suficiente para ganhar o holofote em 2015, com seu primeiro filme solo. Confesso que é intrigante o como consegue cativar as crianças, mas foi uma experiência um tanto quanto estranha. Coadjuvantes funcionam em contraponto com seus protagonistas. E talvez essa observação tenha sido feita na produção da continuação.

Minions 2: A Origem de Gru (Minions: The Rise of Gru, 2022) vem com a proposta de colocar o nosso malvado favorito como um protagonista nas entrelinhas. O roteiro de Brian Lynch e Matthew Fogel explora os pontos que fizeram de Gru o personagem que conhecemos, ao mesmo tempo que deixa para os Minions o trabalho duro para arrumar toda a confusão.

Toda a trama gira em torno de um macguffin, o Medalhão do Zodíaco. Capaz de dar poderes ilimitados a quem possui-lo durante o ano novo chinês. O roubo é realizado pelo Sexteto Sinistro (chupa Sony), composto por Dona Disco, Svengança, Punho de Aço, Irmã Chaco, Jean Garra e Willy Kobra, a inspiração de Gru.

Não morri de paixão pelos personagens, mas ressalto que Willy é melhor desenvolvido, uma vez que sua história se conecta com a trama. Alan Arkin faz a voz original, com dublagem de Gesteira. E fica uma menção honrosa para Irmã Chaco, que ganhou as melhores piadas do filme por ser uma freira com uma cruz que se transforma em nunchaco.

A ambientação nos anos 70 é um show de primeiro momento. A trilha sonora está bem afiada, com músicas disco a releituras de soul e funky. Vale dar um crédito aqui para Heitor Pereira, brasileiro que compõe a trilha dessa franquia inteira, que conseguiu amarrar o filme com música de ponta a ponta. Nessa aventura ele teve a colaboração de RZA, que também tem uma participação interessante no filme.

Contanto, o maior vilão do filme é a própria duração. Apertado em 87 minutos, se contar os créditos, não existe muito tempo para digerir o que estamos vivendo. Não que tenham muitas tramas para seguir, mas valeria um pouco curtir mais alguns personagens ou até ver como certos planos são arquitetados.

O resultado final é uma comédia com coração, mas que apela muito para o ridículo para conseguir sua atenção. Do meu ponto de vista este é a melhor inteiração da franquia desde o original. As vezes o simples vale mais que um acumulo de ideias, e este filme entrega justamente o que queremos: Gru e seus Minions se metendo em altas confusões.

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Publicado por Herbert Santos

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