Matheus Fragata
Más escolhas acontecem na vida de todos. Mas imagine perder muitos milhões de dólares, popularidade e uma chance de garimpar um Oscar por recusar um papel que acha não merecedor do seu tempo e esforço. Pois então, Hollywood está sempre cheia de histórias de bonança e tragédia, e nesse caso focaremos apenas na tragédia das oportunidades perdidas por soberba.
Por vezes, o destino oferece essa ironia perfeita, mas é importante lembrar que muitos atores também sofrem por escolher papeis péssimos, conseguindo afundar totalmente suas carreiras após uma sucessão de más escolhas.
Nicolas Cage em O Lutador
Mickey Rourke se dedicou de corpo e alma para seu papel como Randy, o protagonista de O Lutador, um dos melhores filmes de Darren Aronofsky. Rourke conseguiu até mesmo uma indicação ao Oscar em 2009.
Porém, tudo poderia ter sido muito diferente caso Nicolas Cage não tivesse desistido de encarnar o protagonista por conta do medo de alguém exigir que ele tomasse esteroides na produção para deixar o personagem mais realista. Cage era a primeira escolha do diretor.
Will Smith em Matrix e Django Livre
Por duas vezes Will Smith sofreu com péssimas escolhas que poderiam ter rendido algumas indicações a prêmios que ele tanto deseja em sua carreira. Smith recusou o papel de Neo em Matrix por não compreender direito o filme.
Já com Django Livre, o ator recusou o papel principal por não acreditar que Django era realmente o protagonista da obra e, consequentemente, não valia o seu tempo.
Emma Watson em La La Land
Desde o começo do projeto de La La Land, a atriz de Harry Potter, Emma Watson estava envolvida para ser a protagonista da obra. Porém, após um período afastada, Watson trocou La La Land para participar de um filme mais lucrativo, no caso A Bela e a Fera.
Desse modo, Emma Stone a substituiu e acabou ganhando o Oscar de Melhor Atriz no filme muito elogiado de Damian Chazelle.
Sean Connery em O Senhor dos Anéis
Impossível desassociar a imagem de Ian McKellen como Gandalf hoje, mas durante a pré-produção da saudosa trilogia O Senhor dos Anéis, Peter Jackson queria muito contratar Sean Connery. A proposta era praticamente irrecusável: seis milhões de dólares por filme, além de 15% dos lucros na bilheteria dos três longas – algo por volta de 450 milhões de dólares.
Por não compreender o papel, Connery recusou a oferta desconhecendo o completo sucesso que os filmes seriam.
John Lithgow em Batman (1989)
Tim Burton teve que recorrer a Jack Nicholson para conseguir criar o seu Coringa para Batman de 1989, mas esse não era o plano original. O diretor infernizou a vida de John Lithgow para encarnar o Coringa, mesmo com o ator recusando o papel diversas vezes por reconhecer que não dava conta do personagem.
No fim, somente ao não comparecer no teste de elenco oficial que Tim Burton deixou Lithgow em paz.
Hugh Grant em Harry Potter e a Câmara Secreta
Gilderoy Lockhart é um dos personagens mais excêntricos de toda a saga Harry Potter e indiscutivelmente Kenneth Branagh fez um excelente trabalho ao encarnar o personagem. Porém, também teria sido interessante ver a versão de Hugh Grant, outro grande ator mais familiarizado com comédias românticas como Letra e Música e O Diário de Bridget Jones. Apesar de interessado no papel, Grant tinha obrigações contratuais com outro estúdio na época, não conseguindo cumprir a agenda exigida no segundo filme Harry Potter.
John Travolta em Forrest Gump
Não há Forrest Gump sem Tom Hanks. Todos nós sabemos disso. O diretor Robert Zemeckis, entretanto, havia escolhido John Travolta para encarnar o protagonista. Recusando com um simples ‘não’, Travolta reconheceu que errou ao descartar o personagem que acabou rendendo mais um Oscar para o talentoso Tom Hanks que conseguiu imortalizar o doce personagem.
