em ,

Lista | As Referências do Cinema de Horror em ‘Until Dawn’

Sabemos que Until Dawn praticamente já virou história para boi dormir depois de tanto de seu lançamento. Porém, em um ímpeto, achando que saciaria minha vontade por produtos do nicho do Terror, acabei revisitando a obra. Na época, sem a oportunidade, não listei as consideráveis referências cinematográficas que o jogo carrega em sua história.

Tinha feito um post similar com Resident Evil 7 e agora surge a oportunidade perfeita para mencionar essas obras. Quem já se aventurou a terminar Until Dawn, percebeu que o game visa simular uma experiência de terror slasher dos anos 1980 e 1990 usando diversas plots para construir sua própria história.

Portanto, veremos alguns tópicos narrativos que envolvem spoilers. Se ainda não zeraram o game, melhor não ler, pois alguns pontos são cruciais dessa jornada.

Psicose

A primeira referência do jogo é escancarada no rosto de qualquer gamer que já tenha visto esse clássico do mestre do suspense Alfred Hitchcock. Assim como no filme, a personagem que acreditamos ser a protagonista acaba morrendo após alguns momentos de narrativa. No início de Until Dawn, controlamos Beth, uma das irmãs gêmeas de Joshua. Após uma brincadeira que dá errado, tanto ela quanto Hannah acabam caindo de um precipício e morrem.

No clássico, Marion Crane é morta pelo psicopata enquanto toma um banho no seu quarto no Motel Bates.

O Iluminado

A clássica machadinha para arrombar portas faz presença quando Matt e Emily arrombam a sala de controle do periférico.

O Chamado 2

No filme da Samara, os protagonistas são assombrados por uma horda de cervos e veados no meio da estrada. No jogo, Matt e Emily têm um encontro exatamente igual com esses animais na beira de um precipício. Essa cena, aliás, é crucial para o jogador manter os nervos nos eixos, pois pode acabar matando um dos personagens.

Halloween, Jogos Mortais, Pânico e Eu Sei O Que Vocês Fizeram no Verão Passado

Esse quarteto praticamente define mais da metade da narrativa do jogo, até descobrirmos a identidade do psicopata mascarado – trajando macacão e máscara bem similares a de Mike Myers de Halloween.

Enquanto os personagens lutam para se salvar de diversas armadilhas mortais muito similares da Jigsaw em Jogos Mortais, temos diversas relações entre eles remoendo erros do passado que resultaram na morte de alguém como acontece em Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado.

Quando enfim descobrimos que o psicopata é na verdade um dos integrantes do grupo jovem, notamos na hora a semelhança da reviravolta final de Pânico, excelente filme de Wes Craven.

Abismo do Medo

Depois do jogo superar a narrativa do psicopata com um payoff módico e bastante óbvio, o lado verdadeiramente sobrenatural de Until Dawn surge com as criaturas chamadas Windigo, uma espécie de mutantes magricelas superpoderosos que oferecem mais ação ao game.

Além da referência óbvia a Jurassic Park da característica da visão das criaturas – só podem te ver caso se mova, assim como os dinossauros do filme, o design e origem dos bichos remontam ao feeling de Abismo do Medo, no qual diversas jovens ficam presas em uma gruta cheia de criaturas exatamente iguais aos windigos.

No filme, a narrativa dos mutantes canibais é melhor explorada e apresentada do que no jogo.

Apesar da história relativamente grande, o grosso das referências do cinema de horror de Until Dawn é basicamente isso. E vocês? Identificaram mais alguma coisa que deixamos passar? Deixe seu comentário abaixo!

Avatar

Publicado por Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema seguindo o sonho de me tornar Diretor de Fotografia. Sou apaixonado por filmes desde que nasci, além de ser fã inveterado do cinema silencioso e do grande mestre Hitchcock. Acredito no cinema contemporâneo, tenho fé em remakes e reboots, aposto em David Fincher e me divirto com as bobagens hollywoodianas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Bilheteria EUA | “It: A Coisa” se torna o maior lançamento do mês de setembro, enquanto “Mãe!” fracassa