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Lista | Cinco HQs fora do Mainstream para Acompanhar

Creio que nunca tivemos tanta opção de entretenimento como hoje. A cada semana, novos lançamentos lotam cinemas, livrarias, bancas de jornais, televisores, lojas de games, etc. As opções são praticamente infinitas. Enquanto o passado ainda tem muito a oferecer com um vasto catálogo para deliciar qualquer fã da Marvel ou DC, os lançamentos atuais fora dessas marcas também tem enorme potencial de conquistar leitores muito acostumados com o consumo de histórias populares de super-heróis ou dos mangás mais vendidos.

Nessa lista, separei cinco indicações que estão fazendo grande sucesso lá fora e certamente merecem ao menos uma chance. Infelizmente, algumas delas não possuem edições traduzidas aqui no Brasil, mas caso o leitor tenha familiaridade com a língua inglesa, é uma ótima oportunidade para colocar o idioma em prática.

Senhor Milagre

Mesmo estando sob a asa generosa da DC, é fácil perder a run de Senhor Milagre escrita por Tom King já se aproximando da fase final de seu trabalho com o personagem. Aproveitando o prestígio conquistado com o Batman, King aproveita o Renascimento da DC para retrabalhar de modo majestoso esse curioso personagem capaz de se livrar de qualquer armadilha enquanto lida com questões mais humanadas, incluindo a Morte. Vale a pena dar uma olhada.

My Favorite Thing Is Monsters

Em sua estreia como artista solo, Emil Ferris impressionou o mundo com a longeva graphic novel My Favorite Thing is Monsters. Não se deixe enganar pelo título propositalmente infantil, pois o trabalho aqui é bastante denso e amargo. Acompanhamos a garotinha de dez anos Karen Reyes, completamente obcecada por monstros na década de 1960. Com a morte misteriosa de uma vizinha, sobrevivente do Holocausto, Karen se lança em uma jornada perigosa para descobrir o que aconteceu. Desenhada com uma caneta comum em papel de caderno, Ferris cria um estilo artístico simplesmente cativante que transfere bem a atmosfera juvenil da protagonista (que sempre se vê como uma monstra) em um universo tão sombrio quanto.

Saga

Saga praticamente deve ser considerada mainstream de tanto que diversos sites recomendam o trabalho sem igual de Brian K. Vaughn e Fiona Staples na condução dessa space opera que mantém a posição firme de Image Comics como uma das editoras mais audaciosas do mercado. Misturando confrontos de uma guerra sem fim, um casal alienígena totalmente inusitado e a paternidade de ambos sobre uma criança que pode simbolizar a união dos povos, Saga tem tudo para conquistar o leitor através de muitas situações que manipulam o emocional de modo sempre criativo e recompensador. Ainda está longe de acabar, mas já com 48 edições publicadas, é uma ótima chance para embarcar nessa história.

Black Hammer

Jeff Lemire se consagrou com outra HQ fora do mainstream durante os anos 2000: Sweet Tooth. Com o prestígio muito merecido pelo trabalho, acabou indo para a Dark Horse Comics para criar Black Hammer, uma graphic 100% autoral envolvendo o tema de super-heróis em uma nítida subversão. A temática reúne seis heróis que acabam presos em Rockwood, uma dimensão paralela a realidade, depois de salvarem o mundo contra a ameaça de um vilão onipotente. Na fazenda Black Hammer, eles veem o tempo passar enquanto experimentam uma série de bizarrices envolvendo temáticas muito similares as vistas no seriado Além da Imaginação.

East of West

Se Jonathan Hickman já fazia milagres na Marvel durante sua época na editora, imagine o autor trabalhando em um ambiente totalmente propício para suas ideias? É o que acontece com East of West, outra comic vinda da Image. Desde 2013, Hickman explora o tema do Velho Oeste em um mundo distópico no qual os Quatro Cavaleiros do Apocalipse são a única esperança de salvar uma América condenada e um planeta à beira da extinção. Com brindes de violência e uma história riquíssima em detalhes do jeitinho que o autor adora adornar, East of West é outra recomendação para quem procura algo de diferente na Nona Arte.

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Publicado por Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema seguindo o sonho de me tornar Diretor de Fotografia. Sou apaixonado por filmes desde que nasci, além de ser fã inveterado do cinema silencioso e do grande mestre Hitchcock. Acredito no cinema contemporâneo, tenho fé em remakes e reboots, aposto em David Fincher e me divirto com as bobagens hollywoodianas.

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