Certa vez ouvi uma das mas puras, e até óbvias, verdades em relação ao mundo dos super-heróis e o personagem em questão cujo está crítica vai abordar. Sobre como o Batman, fora, e é, um dos personagens mais bem escritos na história dos quadrinhos. Um personagem que, de certa forma limitado à suas características humanas e psicológicas já tão bem conhecidas e estabelecidas em familiaridade hoje, sempre fora enriquecido em seu lore de desenvolvimento de um super herói complexo e instigante, junto de um vasto universo de temas e histórias a serem exploradas.
E isso se data desde o auge criacional do personagem na Detective Comics, e os outros vigilantes mascarados vindo da mente do gênio de Bob Kane. E atravessou décadas até hoje, passando pelas mãos de alguns dos melhores autores do ramo, desde Frank Miller e seu toque ácido bruto e satírico com O Cavaleiro das Trevas; Alan Moore com seu embate psicológico sombrio em A Piada Mortal; e nos dias atuais com Scott Snyder revitalizando sua mitologia moderna em Corte das Corujas. Um personagem, até hoje, recebendo visões autorais riquíssimas dentro de sua mitologia por mãos de verdadeiros autores. E Tim Burton, sem sombra de dúvidas, merece se configurar como um desses grandes nomes a terem imprimido sua marca de artista dentro da mitologia do Homem Morcego. E Batman: O Retorno é a comprovação disso!
Na trama, encontramos Gothan City em suas comemorações da época Natalina, até que uma grande ameaça se instaura com a aparição da gangue Triângulo Vermelho, causando o caos na cidade com seus ataques repentinos. Até que Oswald Cobblebot (Danny DeVito), um deformado homem conhecido como o Pinguim, aparece na cidade apoiado pelo corrupto Max Schrek (Christopher Walken) para se eleger como novo prefeito da cidade. E Batman/Bruce Wayne (Michael Keaton) não vai nem um pouco com as mentiras proferidas pelo sujeito e desvenda um ninho de corrupção envolvendo o Pinguim e seus comparsas aliados da gangue, que planejam uma tramoia contra o Batman. Até que Selina Kyle/Mulher Gato (Michelle Pfeiffer), uma ladra gatuna com a personalidade de uma gata aparece na cidade e ajuda o Pinguim contra seu novo inimigo declarado, o Batman.
O Verdadeiro Batman de Tim Burton
Esse é um daqueles casos onde um jovem diretor em crescimento, como fora Burton na época, fica receoso em voltar para a continuação de um sucesso consagrado como fora seu primeiro Batman, que serviu como uma reintrodução do herói no cinema mostrando sua verdadeira essência sombria e psicológica. Mas persuadido com total liberdade criativa sendo-lhe dada no comando do filme, e ter em mãos um roteiro ainda mais engenhoso que o do primeiro, aqui com a assinatura de Daniel Waters, Burton realiza aqui uma continuação maior e melhor que o seu primeiro filme, e expande a mitologia do Batman no cinema em novos níveis de obscuridade, drama e grande concepção artística.
E acredite, esse está longe de ser o mais típico ou até “convencional” dos filmes do Homem Morcego no cinema. Claro, o mesmo pode até ser dito de suas duas vergonhosas “continuações” dirigidas por Joel Schumacher, e o samba do morcego doido com Adam West nos anos 60. Mas até esses filmes possuíam em si uma linguagem familiar e grandiloquente reconhecíveis de blockbusters de caro orçamento e explosiva ação e aventura. Enquanto o filme de Burton se apresenta mais quase como uma sombria história de Natal. Pois enquanto se seu Batman de 1989 era sim um verdadeiro filme do Batman dirigido por Tim Burton, Batman: O Retorno É um filme de Tim Burton, estrelando o Batman e seus vilões.
Um palco de história de Natal; personagens sombrios perturbados, recusados pela sociedade; a trilha sonora de Danny Elfman com um coro alto e gótico ao fundo. Se isso não é Tim Burton então temos algum novo expressionista moderno manufaturando um filme do Batman aqui à alguns dos moldes mais clássicos do cinema. Não que Burton já não tivesse feito isso no primeiro ao fazer parecer quase um filme de Máfia/Noir da década de 30 de James Cagney, com um personagem vestido de morcego chamado Batman e o outro um palhaço violento alegre chamado Coringa. Enquanto aqui, temos algo que mais se assemelha à um conto de Natal de Charles Dickens feito para adultos e com uma estrutura muito teatral.
E que tal apimentar essa história de Natal com metáforas judaicas do antigo testamento, quando é nos apresentado a triste história de nascimento do Pinguim que parece uma versão sombria da história de Moisés. Para mais tarde vermos ele querer liberar as pragas em Gothan em forma de um enxame de morcegos e querer matar a todos os primogênitos. Ah, sem falar no seu exército de Pinguins explosivos, mas isso é outra parte caricata/divertida da história. Ainda nem sequer mencionei nas inúmeras conotações sexuais empregadas aqui graças a personagem da Mulher Gato.
Dá pra notar claramente que Burton não se contém nem um pouco aqui. E vai de cabeça aqui, com tudo que lhe vem a cabeça, e traz para sua segunda investida no personagem em um filme que possui sua marca por todos os lados. Esse não é só um mero filme de super-heróis do Batman, cheio de ação e aventura. É também uma história sombria, deturpada e trágica sobre esses personagens vivendo em um universo comandado pela ganância e a deterioração social graças à seus instintos mais primitivos.
A Trindade dos Perturbados
Não é de hoje que é notável a grande fixação e admiração que Burton tem por personagens “freaks”, diferentões, os fisicamente e psicologicamente deformados e repudiados pela sociedade. E aqui encontrávamos um Tim Burton pós Edward Mãos de Tesoura, então é mais do que óbvio notar isso como parte da exploração das caracterizações, físicas e psicológicas, que Burton imprime nos fascinantes personagens.
Tendo o Batman como perspectiva, é perfeitamente visível aonde essa visão de Burton caberia tão bem, afinal ele é o personagem perfeito e capaz de cumprir todas essas características. Ele é o orfão, o solitário misterioso, o vigilante outsider da sociedade comum que se veste como morcego. Embora Burton, desde o primeiro filme, nunca realmente demonstrou grande interesse em explorar a fundo o personagem, e aqui, infelizmente, não é diferente. Sua justificativa para isso sempre fora de que sua visão do personagem se limitava exatamente ao mistério do personagem. Da sua misteriosa personalidade e complexas motivações.
Vendo por esse lado, ele até que cumpre bem seu trabalho por deixar, tanto Bruce Wayne quanto o Batman como figuras intrigantes quando estão em cena. Com Burton usando muito da encenação escura e pouco iluminada na cena inicial do personagem para realçar sua densa e vazia solidão. Pena que o mesmo não se repita tanto ao longo do filme. Keaton é carismático como sempre no personagem, mas sua personalidade tão… Michael Keaton como Bruce Wayne não ajuda muito a tornar o personagem mais interessante, apenas um cara simpático de boa índole e humor que a noite se veste como Homem Morcego, e que funciona bem como o herói mas nunca algo MAIS que outras encarnações mais atuais mostraram ter. E o personagem só volta mesmo a ter real destaque, característico e até emocional na história quando este se encontra em cena com os melhores personagens do filme, você já sabe quem são.
E é, claro, discutível, que o Cobblepot/Pinguim de DeVito passa longe de ter sua história de origem e outras de suas características mafiosas e criminosas sendo adaptadas de forma leal para dentro do filme. Mas isso se torna seriamente o de menos quando vemos a real intenção de Burton no seu tratamento do personagem. Esse não é mesmo o Pinguim dos quadrinhos, é o Pinguim de Tim Burton! Esse não é um gângster britânico de familia rica e um mafioso poderoso em busca do poder de Gotham e da morte de seus rivais; esse é o pobre órfão deformado, abandonado e rejeitado pelos seus pais e sociedade que hoje tanto despreza e busca despedaçar. Ou seja, um perfeito personagem Burtoniano!
Mas, ao mesmo tempo, não chega a ser uma deturpação total do personagem original. Tanto fisicamente ele ainda possuí várias semelhanças, sua estatura de balofo baixinho mas altamente perigoso e letal quando quer; seus guarda chuvas armados, que Burton usa e abusa de criatividade na concepção deles. Mas principalmente em essência! Com o personagem trazendo muita de sua alegoria política corrupta que vem direto dos quadrinhos, e seu embate muito mais esquemático e psicológico com o Batman do que físico. A mensagem crítica que seu personagem passa pode até ser muito óbvia e infantilizada a certo ponto de leveza, mas esse não é o foco de Burton. E sim mostrar esse ser que se assume sim como um monstro e despreza sua humanidade (um Homem Elefante reverso se preferirem). Que só transmite medo e até nojo para o público, mas fundo no fundo, um certo grau de pena pela sua figura tão trágica.
O mesmo pode ser dito da Mulher-Gato de Pfeiffer. Suas vestimentas realçando quase que um fetiche erótico de sensualidade, a infeliz forma que muitos viam mulheres e super heroínas nos quadrinhos, e ela se lambendo e comendo um pássaro só realça uma figura quase caricata. Mas na essência, dramática e característica da personagem, o traço do roteiro de Waters e a visão de Burton a tornam em uma personagem extremamente fascinante. A colocando como uma secretária desajeitada, mas profissional competente, sendo zombada e oprimida no trabalho pelo seu frio patrão Shreck, que depois ocasiona sua “morte”. Elementos esses que criam uma história de origem que, mesmo passando longe de ser similar aos quadrinhos (gatos começam a morder e lambê-la depois de cair vários andares… Ok), se comunica e muito com a essência feminista da personagem.
A mulher oprimida pelo meio machista em que vive e controlada pelo mundano de sua vida, que encontra sua liberdade individual quando começa seus atos delituosos e se liberta sexualmente de seu invólucro de suposta menininha patricinha resguardada. Se tornando a ladra gatuna que ainda encontra espaço para salvar mulheres indefesas, ou como a própria Pfeiffer bem descreveu: o coração bom no lado errado da lei; a perfeita anti-heroína.
Pfeiffer essa que encarna com perfeição, de cabo à cauda, a personalidade da personagem, parecido tirada direto dos quadrinhos para a tela grande. Desde sua lábia sedutora e a destreza gatuna, como também seu relacionamento de amor e ódio com o Batman, tudo presente ali na soberba interpretação da atriz. E isso só revela o quanto Burton ainda admira e respeita muito os quadrinhos originais, e apenas adiciona seu toque autoral em sua adaptação dos mesmos, sem perder um pingo de sua essência.
Os Antagonistas protagonistas
É a caracterização perfeita dos vilões do Batman em contrapartida ao herói, seus algozes, seus opostos por completo. Enquanto isso foi lidado, na minha opinião, de forma quase meio embaraçada com o Coringa de Jack Nicholson no primeiro filme, tendo que o roteiro recorrer a colocar o personagem como assassino dos pais de Bruce para criar a rivalidade íntima e pessoal entre ambos, e também espelhar a diferença de ambos na forma que tratavam seus sentimentos com a personagem de Vicky Vale, aqui Burton constrói o antagonismo dos opostos de forma muito mais rica e visual.
O Pinguim como ele, seres órfãos, quebrados pela tragédia, ambos de berço rico, um belo e forte e o outro desfigurado e horrendo; e de certa forma lutando entre si pela admiração do povo de Gothan, essa a principal arma que o vilão usa contra o herói aqui; os perfeitos opostos! E quanto a Selina/Mulher Gato o mesmo se repete; ambos seres solitários perdidos no mundo normal, e encontram em suas segundas personas mascaradas a liberdade individual. Um relacionamento que ainda se estende para o íntimo, para o amor.
Uma tradução perfeita da relação Batman/Mulher Gato dos quadrinhos. O amor mútuo dividido pelos lados da lei em que se encontram. E Burton ousa levar ainda mais íntimo para Bruce e Selina. Se há um arco muito bem escrito no filme, para além do desenvolvimento rico da personagem de Pfeiffer, é o relacionamento amoroso entre ambos. Não só beneficiado pela ótima química entre Keaton e Pfeiffer, como as genuínas emoções que ela insere na personagem tão quebrada mas ao mesmo tempo lutando contra seus sentimentos de amor. Eu já falei que ela merecia um Oscar ou uma Palma de Ouro por essa atuação certo? Pois bem!
Mas o fascínio de Burton pelos vilões não o permitem de vilanizar por completo os antagonistas. Quero dizer, eles são sim extremamente cruéis e intimidantes, mas o público consegue ver de onde cada um vem e porque são do jeito que são. Sem nenhum laço ou afeto emocional forçado como vemos em tantos filmes do gênero hoje, esses aqui são personagens muito bem realizados. Monstros sim, mas impossível não simpatizar com eles. Ainda mais quando percebemos quem é o “verdadeiro vilão” do filme, o Max Schreck. Um daqueles personagens inventados para filler, mas que, tanto graças ao sempre ótimo Walken, consegue te encher de raiva do sujeito.
A intenção do Burton era mostrar com ele que às vezes os maiores vilões não eram os freaks como Pinguim ou Mulher Gato, e sim os seres humanos normais e de boa índole como Schreck. Que no filme se revela como um corrupto manipulador covarde que impulsiona a candidatura do Pinguim e é ainda por cima um machista opressor pra cima de Selina. Ele se torna o diabo encarnado, esse sim o perfeito vilão Burtoniano. Com alguns perfeitos traços góticos, seu cabelo branco escandaloso e a capa preta parecendo a de um conde vampiro, aliás notaram que o seu nome Max Schreck é o nome do ator que interpretou o Conde Orlok em Nosferatu de 1922?! Burton e suas referências.
Até Schreck se torna uma antítese do Batman, mas prioritariamente de Bruce. Ambos ricos milionários de Gothan, mas com um embate de divergência política. E ambos tem seu relacionamento pessoal com Selina. Com Shreck um violento opressor e com Bruce um de paixão e amor. Colocar três antagonistas bem estabelecidos e funcionais dentro da narrativa é uma dádiva que parece que só Burton conseguiu até hoje. Mas não é só nessas soberbas caracterizações que sua direção brilha aqui!
Um Toque de artista
Outra coisa a ressaltar na grande paixão que Burton deposita aqui, é como ele realmente faz um filme completamente diferente de seu antecessor. Não só narrativamente como já descrito aqui, mas também em toda sua estética visual. Era perfeitamente notável a mão de Burton no primeiro filme. Sua Gothan City em design parecia uma metrópole gótica futurista com traços e escopo épico e grandioso de Metropolis de Fritz Lang. Enquanto aqui, ele preserva uma teatralidade talvez nunca vista em um filme de super-heróis, ou até em blockbusters de grande orçamento.
Deixando tudo em uma escala bem íntima e enclausurada, mais próxima do púbico. Deixando assim sua Gothan City sendo majz um verdadeiro palco vivo para as ricas interações entre os personagens, mas sem nunca abandonar seu lado explosivo de ação e aventura que um filme do Batman sempre demanda para o público. E Burton não se acomoda nem um pouco com isso!
Ele nunca foi lá um sequer bom diretor de ação, mas ele não faz feio em comanda-las. Enquanto outros diretores hoje talvez apelassem para uma câmera tremida em falso efeito de adrenalina, Burton sabe deixar seu tripé e gruas estáveis com sua câmera, sempre deixando a ação visível e compreensível. E Keaton até que não faz feio em algumas das coreografias Bat-Kung Fu e Bat-Karatê que ele se submete. Algumas sequências faltam sim mais criatividade, a primeira com o ataque da gangue do Pingüim mais parece um circo ambulante e violento. Mas na maior parte, todas decentes. E se você é um daqueles que crítica o Ben Affleck por ser um Batman que “mata”, você com certeza não deve ter visto esse filme. Com o Bat-Keaton literalmente explodindo um capanga em uma cena e em outra tocando fogo em um usando o Bat-móvel. Bat-brutal!
E já parece uma marca registrada do herói ter uma cena de perseguição de carros com o Batmóvel instalando o caos em todos os seus filmes, e Retorno não é uma exceção. Enquanto a do primeiro filme tinha sido apenas ok e nada tão memorável, a daqui consegue ser verdadeiramente excitante e, exatamente, bem criativa ao colocar o Pinguim hackeando o veículo com o Batman dentro e o fazendo atropelar tudo e a todos que vê pela frente. Com a montagem de Chris Lebenzon fazendo um ótimo trabalho na criação de adrenalina e tensão. E conseguindo dar um ritmo clean e mais tradicional ao restante do filme, em contrapartida ao ritmo ágil quadrinesco do primeiro filme. Outra marca das diferenças de pegada que Burton assume aqui, algo mais dramático, mas sem nunca perder seu lado quadrinesco que Burton sempre parece querer preservar.
Isso garantindo também pelo visual soturno, gótico e, para não faltar dizer, deslumbrante que a fotografia de Stefan Czapsky garante ao filme. Quase que dando uma fluidez voyeur à câmera por diversos momentos. E capturando a teatralidade que Burton quer tanto preservar com perfeição, e sem perder pouco de seu lado “pé no chão”. Divergindo do visual quase Noir do primeiro filme e adentrando aqui para um clima Natalino quase fantasioso. Esse é facilmente um dos filmes de super-herói visualmente mais ricos já feito!
E já que mencionei antes, como ignorar outro fabuloso trabalho de Danny Elfman com suas sinfonias góticas arrepiantes. Não diria que é uma trilha tão memorável como a do primeiro filme, que possuía um brilho de identidade própria na pegada simbólica do Batman em que o filme assumia. Enquanto aqui temos uma melodia mais onírica por cima da trama. Com as cordas repercussivas, variando em seus baixos agudos, revelando uma história dramática, romântica, perturbada e, inevitavelmente trágica. Se Christopher Nolan mais tarde viria captar a essência realista e triste da história de Bruce Wayne, ele tinha Burton como fonte de inspiração. Não há nada que melhor revele a tragédia de uma história do Batman como o final desse filme, que toma forma de uma espécie de tragédia grega. Onde o mal se auto destrói por completo, e nem os mais puros dos sentimentos sobrevivem a noite infeliz marcada pela morte. Esse é o Natal em Gotham City!
E pensar que Burton ainda tinha muitas ideias em mente para uma possível continuação e um possível spin off da Mulher-Gato com Michelle Pfeiffer. Pena que o público ainda não estava pronto para um Batman sombrio e psicologicamente quebrado como o que Burton entregou aqui. Não é o primeiro diretor cheio de talento e potencial que foi descartada suas oportunidades de construir uma linha rica de filmes com um personagem tão complexo e aberto a interpretações, assim como Richard Donner queria com o Superman. Pelo menos ele pode ficar orgulhoso de ter deixado aqui, pra sempre, sua marca autoral no personagem e que a tantos ainda viria a inspirar por anos até hoje.
Um filme de quadrinhos com uma marca de autor; um elenco de performances icônicas; e uma história inventiva, rica e complexa sobre personagens quebrados em um mundo trágico, mas com um cisco de felicidade e esperança. O filme do Batman que precisamos, mas hoje não mais o merecemos.
Batman: O Retorno (Batman Returns – EUA/Reino Unido – 1992)
Direção: Tim Burton
Roteiro: Daniel Waters, baseado nos personagens de Bob Kane e Bill Finger
Elenco: Michael Keaton, Danny DeVito, Michelle Pfeiffer, Christopher Walken, Michael Gough, Michael Murphy, Cristi Conaway, Andrew Bryniarski, Pat Hingle
Gênero: Ação, Aventura
Duração: 126 min