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Critica | Thanos: Relatividade Infinita

Em 2013 a Marvel trouxe de volta o seu selo de Graphic Novels, que teve seu início nos anos 80 e foi encerrada em 1993, como uma resposta aos novos fãs que estavam interessados nos personagens da editoras, graças ao sucesso adquirido devido ao Universo Cinematográfico, e que buscavam histórias mais independentes e sem ligação com a cronologia oficial. A empresa decidiu então lançar um arco protagonizada pelo seu vilão mais querido, o titã Thanos, e chamaram de volta o escritor Jim Starlin, pai do personagem e responsável por grandes histórias envolvendo o mesmo. Esse novo trabalho de Starlin seria mais uma trilogia, e seria como uma homenagem ao Titã Louco. A saga teve início em 2014 com a HQ Thanos: Revelação Infinita, que trouxe de volta o herói Adam Warlock e na qual ficamos sabemos de uma grande mudança que iria acontecer no universo. Em 2015 temos a continuação dessa revista, que foi chamada de Relatividade Infinita e que também traria as consequências do encontro entre Thanos, Hulk e o monstro Aniquilador no prólogo Thanos Vs Hulk.

Após os acontecimentos em Relatividade Infinita, o recém ressuscitado Adam Warlock (mas como visto anteriormente, o Adam de outra realidade) observa o planeta terra, lugar que ele nunca considerou sendo o seu lar, e ao mesmo tempo impede uma invasão do protetorado ao planeta. Em outra ponta, os Guardiões da Galáxia (com a formação idêntica ao do filme lançado em 2014) estão a procura de Gamora, que se deixou capturar por um grupo de escravagistas. Já o Aniquilador, agora muito mais poderoso devido as experiências que lhe deram o mesmo poder de Hulk, se prepara junto com seu exército para invasão ao universo positivo. Por fim temos Thanos, junto da sua amada Senhora Morte, no qual ele explica sobre a nova existência de Warlock, até que um momento ele é visitado pelo sua contraparte de outra realidade, que lhe avisa sobre uma catástrofe que está para acontecer (provavelmente relacionada ao Aniquilador). Thanos então decide reunir a antiga Guarda do Infinito para ajuda-lo nos eventos que vão acontecer.

A ideia de toda essa trilogia, como eu já havia dito anteriormente, era fazer uma homenagem a toda a trajetória de Thanos, por isso Starlin repete o que já havia feito desde a primeira parte da trilogia, que era trazer personagens que tivessem alguma ligação com o Titã Louco. Em Relatividade Infinita vemos a aparição dos Guardiões da Galáxia, que se uniram ao Titã na saga O Imperativo Thanos para poder salvar o universo dos seres do Cancerverso. Também acredito que Starlin quis unir o útil ao agradável, pois na época do lançamento da segunda parte da trilogia, os Guardiões estavam com sofrendo um grande boom de popularidade devido ao filme da equipe que fora lançado, ou seja, sua inclusão na saga foi também para atrair os vários interessados em ler histórias envolvendo o time. Temos a volta também do Aniquilador, personagem a qual Thanos fez uma breve parceria em Aniquilação, apenas para saber quais eram as intenções da criatura. Temos também a volta do personagem Tip, que foi junto com Thanos um membro da Guarda do Infinito, equipe formada por Warlock para poder proteger as joias do infinito após os acontecimentos de Desafio Infinito.

Starlin deixa os leitores um pouco no escuro sobre algumas informações. Como sabemos, Warlcock agora possui dentro de si um universo inteiro, dando a ele poderes de um deus, como isso vai afetar todo o universo e como vai afetar o próprio Thanos? Tem alguma relação com a metamorfose prevista pelas entidades cósmicas? Claramente a intenção é deixar pra responder isso na parte final da trama, por isso essa questões são meio que deixadas de lado. Mas ainda sim, é brilhante ver como o escritor consegue unir todas as 3 tramas com que iniciou a HQ. Todas as histórias acabam convergindo para um ponto, e esse ponto é Warlock. Aniquilador está em busca de uma fonte poderosa de energia, que vai lhe dar poder para destruir toda a realidade. Thanos é aquele que está decidido a impedir que algum desastre aconteça, e os Guardiões estão em busca de Gamora, que está junto do ex companheiro de Guarda Infinita. Tudo é muito bem estruturado e bem montado, para não pareça forçado demais para quem lê, algo que se espera de um escritor conhecido pela qualidade de seus roteiros.

Se em Revelação infinita, Starlin busca uma história mais intimista em relação a Thanos, e com um teor mais filosófico, aqui em Relatividade ele nos dá uma história maos recheada de ação. O escritor já começa a história com Warlock tendo que enfrentar toda uma raça alienígena para impedir que eles invadam o planeta terra, o que já mostra quais eram suas intenções. Do inicio ao fim, temos uma trama recheada de combates, e com eles acontecendo em seguida, o que faz com a HQ fique com um ritmo alucinante e deixe o leitor sem fôlego. Vemos Warlock mais uma vez tendo que mostrar seus poderes para enfrentar gladiadores numa arena, vemos os Guardiões tendo que enfrentar os soldados do Aniquilador, e para finalizar uma incrível luta do grande inseto com Thanos, que é sem dúvida a melhor parte do arco. Tudo isso mais uma vez muito bem desenhado por Starlin, que mais uma vez traz uma arte com ótimos detalhamentos

Relatividade Infinita é um pouco inferior a história anterior, mas ainda sim é muito bem roteirizada e desenhada, e faz com que todos fiquemos ansiosos pelo final da saga. Vale lembrar, é necessário que você já tenha um certo conhecimento de Thanos para ler essa história, senão muita coisa pode acabar não sendo compreendida.

Thanos: Revelação Infinita (Thanos: The Infinity Relativity, EUA – 2015)

Autor: Jim Starlin
Arte: Jim Starlin
Arte-final: Andy Smith
Cores: Rachelle Rosenberg, Frank D´Aarmata
Letras: Joe Caramagna
Editores:Tom Brevoort, Will Moss
Editora original: Marvel Comics

Redação Bastidores

Publicado por Redação Bastidores

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