Crítica | O Chalé - Um Terror que Não Impressiona
Boa Noite, Mamãe (2014) é um dos grandes filmes de terror da última década, em que eleva o suspense ao máximo ao deixa a tensão aflorar ao mostrar o que seriam todas aquelas situações envolvendo as crianças e a mãe que dá título ao filme. Os diretores Severin Fiala e Veronika Franz retornam com o aguardado The Lodge, uma produção que traz todos os elementos que os fãs do gênero tanto amam, mas que deixa aquele gostinho de que algo ficou faltando.
Para começar, o longa já pretende trazer para a história aquele traço que os diretores já haviam relatado em Goodnight, Mommy! (nome original) que é a questão familiar, mas novamente com a diferença de que essas relações familiares não são discutidas nem debatidas a fundo, como ocorre em longas como O Sexto Sentido (M. Night Shyamalan) ou Hereditário (Ari Aster).
O roteiro não parte da abordagem nem do ponto de vista das crianças, Aidan (Jaeden Martell) e Mia (Lia McHugh) nem da Misteriosa Grace (Riley Keough). Em The Lodge, a preocupação é unicamente em desenvolver a narrativa a partir do ponto de vista das situações que vão ocorrendo dentro da cabana em que Grace e as crianças estão presas e sem se preocupar em dialogar sobre o passado ou o presente dos personagens.
Tal fato só ocorre no primeiro ato e é feito para causar uma dúvida no espectador a respeito de quem de fato é Grace, uma mulher participante de uma seita que praticou suicídio coletivo e ela foi a única sobrevivente. Ao não questionar muito sobre o passado dos personagens os diretores deixam o público no escuro respeito do que planejam fazer, até para tentar surpreender e não perder a graça a respeito dos acontecimentos do último ato, mas isso faz com que a estrutura dos personagens se torne bastante vaga em sua concepção, pois pouco se sabe sobre os seus segredos e mistérios que os rodeiam.
O roteiro quis seguir a linha de produções atuais de terror como Midsommar e Nós (Jordan Peele) em que não há um motivo claro para que as sucessões de acontecimentos ocorram, mas em The Lodge há uma diferença: os diretores se perdem na linha de pensamento que estão seguindo. No longa, o mistério principal envolvendo a seita e Grace logo são esquecidos no segundo ato e só voltam a ser realmente abordados no terceiro ato, na verdade nem realmente se toca no assunto, a mensagem é outra e bastante frustrante.
Há três diferenças claras no roteiro do longa, em que no seu primeiro ato ocorre de seus personagens se tornarem conhecidos pelo público e um fato faz com que discorra outras situações que acabam por desenvolver a narrativa. Na realidade, ocorre um plot twist no terceiro ato que surpreende pelo jeito que foi construído e pode-se dizer pela maneira original que foi feita. O final é feito para chocar, claramente, assim como foi em Boa Noite, Mamãe! e lembra bastante filmes do gênero, como Violência Gratuita (1997), tais produções preparam uma abordagem pesada justamente para chocar o público, algo que The Lodge, de certa forma, consegue fazer.
Algo que muitos espectadores vão odiar, e com razão, isso em relação ao roteiro, e que não parece ter sido muito bem pensado, foi em relação ao personagem do pai das crianças, pois sua soa como totalmente descabida sua sua decisão que faz girar toda a narrativa. É uma mensagem que os diretores querem passar a respeito da falta de maturidade que alguns pais têm e que tomam decisões equivocadas em relação a seus filhos, além de mostrar também o abandono de alguns pais em relação aos mesmos, mas uma mensagem totalmente superficial e equivocada.
Há ainda muitas perguntas deixadas de lado pelo roteiro escrito pela dupla Severin Fiala e Veronika Franz com participação de Sergio Casci, que são questões cruciais para a história se pensar que acabam por se criar buracos na narrativa, como o que de fato é essa seita do suicídio que tem muita importância para a trama. Também não se responde qual a motivação desse grupo e por que de só ficarem gritando palavras de ordem para Grace, essas relações poderiam ser melhor abordadas, mas não são realmente desenvolvidas a fundo pelos diretores.
O suspense é bem empregado e esse é um elogio que precisa ser feito para a dupla de diretores que consegue dar boas doses de tensão em grande parte do filme. Isso se deve por grande parte em não se saber nada a respeito dos acontecimentos que estão ocorrendo na cabana, nem se Grace realmente está paranoica ou não. Há um tom sobrenatural interessante que passa pela seita, mas que infelizmente não é tão bem aproveitada.
The Lodge é um filme de terror diferente por trazer uma abordagem que tinha tudo para ir por outro caminho, poderia ser a respeito de vários temas diferentes, isso se seguisse o que os diretores haviam proposto no primeiro ato, mas depois se torna outro filme diferente e isso deixa o espectador realmente confuso com o que realmente o roteiro queria seguir. A ideia é interessante, mas a execução se torna realmente estranha e na realidade o seu desfecho é bastante cruel e frio, assim como tudo o que foi apresentado. Serve para quem é fã do gênero, mas não impressiona em muitos aspectos.
The Lodge (EUA – 2020)
Direção: Severin Fiala, Veronika Franz
Roteiro: Severin Fiala, Veronika Franz e Sergio Casci
Elenco: Riley Keough, Jaeden Martell, Lia McHugh, Richard Armitage, Alicia Silverstone, Danny Keough, Lola Reid
Gênero: Drama, Horror, Thriller
Duração: 108 min.
https://www.youtube.com/watch?v=dCLOqdzAP9E&t=21s
Crítica | O Que te Faz Mais Forte - Um Drama sobre as Adversidades da Vida
Após a produção O Extraordinário ter conseguido mais de seis milhões em bilheteria no Brasil, tendo uma história inspirada em fatos reais, e que virou livro, agora é a vez de O Que Te Faz Mais Forte (David Gordon Green) tentar seguir o mesmo caminho.
O livro adaptado para o cinema foi escrito por Jeff Bauman em parceria com Bret Witter. Na trama, nos é mostrado como Jeff sobreviveu ao atentado terrorista realizado na maratona de Boston que deixou três mortos e mais de duzentos feridos. Esse foi o pior atentado terrorista em solo americano pós-onze de setembro. Bauman foi testemunha-chave para que o FBI pudesse realizar a caça aos terroristas. Esse é um dos motivos que acabaram por o tornar quase que um herói local.
Dirigido por David Gordon Green (Segurando as Pontas) longa acompanha a vida de Bauman em três fases distintas de sua vida: antes dos atentados terem acontecido, durante o ato terrorista e pós-atentado. Os relatos de Jeff no livro são sinceros e mantidos nessa versão, com pequenas mudanças que não mudam em nada o rumo da história. A diferença é que no livro Bauman conta mais de sua vida antes do dia do atentado e no filme já começam quase que mostrando de imediato o dia da maratona.
O que poderia ser um ponto da produção acaba se tornando algo sem brilho, que é o caso de conhecer a rotina do protagonista, seus hábitos e gostos, e para por aí, não vai além disso. Todo o foco do longa está em Jeff Bauman (Jake Gyllenhaal) e em sua recuperação psicológica e física. Nada mais acontece e a estrutura narrativa se repete, ficando igual a de outros filmes que trabalham com histórias de superação em casos de acidentes, doenças ou atentados.
Esse foi o jeito encontrado pelo diretor para criar maior afeição com o público. Ao segui-lo para todo lado e ver seu drama particular, acabamos por acompanhar sua recuperação com mais realidade, e assim é natural que se crie um vinculo maior com o personagem. Só que o jeito como esse vinculo foi criado é um problema
Há cortes que vão para trechos de sua vida sem o mínimo trabalho de jogo de câmera ou diálogos que levem para outra cena. Simplesmente corta para outra parte como se fosse outro dia, isso sem explicar em que período que aquilo está ocorrendo, dias depois da maratona, semanas ou meses. Acaba por parecer que tudo está ocorrendo naquele momento e provavelmente não esteja. Isso fica evidente no final quando já está se recuperando e decide ir em frente com a fisioterapia.
Jake Gyllenhaal é a alma do personagem, e é de se estranhar de não ter sido pelo menos indicado ao Oscar. No papel de protagonista está perfeito, consegue passar todo tipo de emoção ao público e nos insere cada vez mais no que o personagem está enfrentando. Algumas cenas com ele podem não passar sensação nenhuma ou podem parecer apelativas, só que aí tem a ver mais com o modo como o diretor levou a cena que especificamente com o ator. A atriz que interpreta sua companheira na produção, Tatiana Mosleny não deixa por menos e mostra porque é uma das melhores profissionais de sua geração. Sua personagem é uma companheira que o ajuda em tudo, e ainda o coloca nos eixos nos seus piores momentos, tentando abrir seus olhos para a mãe super protetora e para a falta de responsabilidade dele em momentos cruciais. Como o foco é todo no personagem de Gyllenhaal é de entender que em alguns momentos ela suma de cena e fique parecendo uma personagem secundária.
Uma das passagens mais emocionantes do filme e talvez a única que possa trazer uma mensagem relevante, seja a conversa com o mexicano que o ajudou a levar ao hospital. Eles conversam sobre filhos, responsabilidades, e o homem mexicano conta como superou suas perdas pessoais. Essa conversa parece um pouco jogada ali e está lá justamente para dar um direcionamento ao personagem de Jeff em levar em conta que ele precisa superar a perda de suas pernas e que deve continuar sua vida. A ideia de David Gordon em nenhum momento é a de chocar o público e sim o de sensibilizá-lo. Um exemplo é a cena da troca do curativo que é mostrado o sofrimento de Bauman frente aos cuidados com a perna.
Outro acerto de Gordon é o de mostrar tudo de forma crua, desde a hora do acidente até ele tentando levar sua rotina em frente. É uma versão menos romantizada e mais realista, algo diferente do que foi feito na produção Como Eu Era Antes de Você (Thea Sharrock).
O Que Te Faz Mais Forte é um drama, humano e sensível e deve agradar ao público pela sua história de superação das adversidades que a vida impõe e que irá fazer chorar com um pouco de apelação em alguns momentos, até porque o objetivo do drama e as escolhas impostas pelo roteiro levam a tal situação.
Direção: David Gordon Green
Roteiro: John Pollono, Jeff Bauman (livro), Bret Witter (livro)
Elenco: Jake Gyllenhaal, Tatiana Maslany, Miranda Richardson, Richard Lane Jr., Nate Richman, Lenny Clarke, Patty O'Neil, Clancy Brown, Kate Fitzgerald, Danny McCarthy
Gênero: Biografia, Drama
Duração: 119 min.
https://www.youtube.com/watch?v=fvqzzwbeWM8&feature=emb_title
Crítica | O Nome da Morte - Um Assassino à Solta no Brasil
O Nome da Morte (idem, Brasil – 2017)
Direção: Henrique Goldman
Roteiro: Henrique Goldman, Vitor Leite, George Moura
Elenco: Marco Pigossi, Fabiula Nascimento, André Mattos, Jessica Alencar, Marie Paquim,Matheus Nachtergaele, Gillray Coutinho, Augusto Madeira, Martha Nowill, Dante Parreão
Gênero: Biografia, Crime, Drama
Duração: 98 min.
https://www.youtube.com/watch?v=lYLERgIigCk
Crítica | Vivarium - Vivendo em Outra Realidade
Quem for assistir ao filme Vivarium sem ao menos ter visto o trailer, lido a sinopse ou sem saber nada a respeito da trama, irá se surpreender bastante com o que irá presenciar com seu mais de 90 minutos. Muitas pessoas irão odiar e outras irão amar a proposta concebida pelo diretor Lorcan Finnegan, seguida de seu roteiro com participação de Garret Shanley que parte de uma premissa original e incompreensível em alguns aspectos.
A história segue Tom (Jesse Eisenberg) e Gemma (Imogen Poots), um casal de noivos que vai atrás do sonho de comprar a casa própria e assim quem sabe um dia poder se casar e ter a sua própria família. Mas nem sempre as coisas são o que parecerem ser nas produções hollywoodianas e nem tudo é tão simples quanto se parece nas ficções científicas.
Logo a narrativa se transforma em um terror sufocante a respeito da vida dos dois personagens, construído de uma maneira que prende a atenção do espectador, isso em um primeiro momento, pois a premissa se mostra interessante em um aspecto dentro da ficção. Tom e Gemma, ao tentar comprar a casa própria, acabam indo parar em uma imobiliária que ao que parece tinha como dono um alienígena, e que os leva para um típico bairro americano bizarro e assimétrico, mas que na verdade se mostra um verdadeiro pesadelo no fim das contas.
O casal acaba ficando preso nesse bairro, não podendo sair do local, tendo que conviver naquele lugar que parece ser infinito, cheio de casas iguais e sem outras pessoas para conversar. Esse é o principal barato do roteiro proporcionado pela dupla Finegan e Shanley, em que é só o início de muitas esquisitices e loucuras propostas e que irão ditar a trama por todo o resto do filme. Uma situação que de início se mostra claustrofóbica e excêntrica, pois fica aquela sensação de que o casal terá que lidar com o estranhamento e assim superar essa nova batalha que vem pela frente, além de descobrir os novos limites que lhes estão sendo impostos para poder sair deste local, isso porque eles nem imaginavam tudo o que ainda viria pela frente.
Quando parecia que a história iria cair em declínio foi acrescentado um novo elemento para que o casal pudesse interagir, até porque a trama se tornaria chatíssima se fosse os dois convivendo dia a dia sem nada que pudesse fazer a narrativa girar para frente. Esse elemento novo é uma criança que é inserida na trama para que os dois tomassem conta dela, um menino bizarro e que deixa bem claro que não é bem um humano, até porque ele não tem atitudes de uma pessoa comum. Só que essa nova presença na história ajuda de início a dar um novo direcionamento para a produção e realmente leva a curiosidade do público a outro nível. Mas o excesso de segredo e a falta de respostas em quem ele é acabam deixando o espectador irritado e na escuridão, e assim acaba perdendo grande parcela do público que havia sido ganho no primeiro e segundo ato, e que então é perdido tão logo no terceiro ato. Isso ainda incrementando que mesmo a criança sendo chata ainda tinha o seu charme, e a fazendo se tornar adulta no terceiro ato perde todo o ar de mistério que ele tinha quando era uma ainda uma inocente criança.
As várias mensagens impostas pela produção são interessantes, mesmo que não aprofundadas, existe uma boa vontade no trabalho do diretor em seu trabalho. A mensagem mais interessante diz respeito a família, até porque Tom e Gemma são um jovem casal, e os pássaros filhotes mortos logo no início por Tom tem um ato simbólico. Esses filhotes não poderiam mais viver em família, e isso já mostrava que Tom era um personagem imaturo e também não tinha um grande apreço pela família, e ao colocá-lo para morar preso de forma forçada em uma casa com sua esposa, representava o ato de o obrigar a firmar um compromisso sério, e ele ao abrir um buraco no chão era a tentativa de tentar fugir daquele relacionamento. Uma metáfora sobre relacionamento difícil de entender e que precisa ir muito longe para compreender. Outra questão interessante do longa é a respeito da aquisição da casa própria, o perfeito sonho americano e que muitas vezes acaba se transformando em um perfeito pesadelo e que em Vivarium esse sentimento é captado perfeitamente.
Há uma aura de esquisitice que paira pelo jeito que toda a trama é abordada, desde o seu início com a chegada no bairro, passando pela infância da criança bizarra que ficava gritando horrivelmente, até a sua chegada a fase adulta. É uma pena que o diretor tenha ficado tanto tempo localizado apenas na casa e não tenha se quer pensado em mostrar o que havia por trás de toda aquela engrenagem, apenas para deixar mais perguntas do que respostas na cabeça do espectador. Algumas referências usadas pelo cineasta vêm logo à mente quando se assiste, até porque há muitas produções na cultura pop em que Vivarium pega elementos, como Feitiço do Tempo (Harold Ramis), mas de um modo diferente, pois os personagens não acordavam no mesmo dia sempre e sim acordavam todo o dia no mesmo local, era um feitiço do tempo ao contrário. Havia também uma referência em relação a série Wayward Pines, uma série desconhecida, mas bastante interessante dirigida por M. Night Shyamalan e que tem uma proposta parecida com o longa de Finnegan.
Atualmente o cinéfilo procura dentro do gênero de horror e sci-fi assistir a um filme que tenha um roteiro que seja original e que prenda a atenção, isso sem que tenha grandes furos. É por isso que é interessante acompanhar a narrativa do longa do início ao fim, mesmo que ela seja um pouco sem pé nem cabeça e mesmo que pareça sem sentido em algum momento, até porque é uma ficção científica. Uma parcela do público não irá curtir Vivarium, e com razão, por não aceitar que os vilões não têm uma motivação específica, por não ter um caráter definido para estarem ali, ou até mesmo por não ter as respostas apresentadas de bandeja, tudo tem que ser decifrado.
Vivarium pode ser considerado um entretenimento vazio, mas que diverte e que mesmo passados alguns anos haverá a lembrança na mente da história, justamente por sua originalidade, algo que acontece com filmes como Corra! e Midsommar que ficam na sua cabeça diferente dos filmes de gênero sobrenaturais e dos tradicionais slasher. Acompanhamos uma ficção diferente do que existe por aí e isso é o mais interessante do filme.
Vivarium (idem, EUA – 2020)
Direção: Lorcan Finnegan
Roteiro: Lorcan Finnegan, Garret Shanley
Elenco: Imogen Poots, Jesse Eisenberg, Senan Jennings, Eanna Hardwicke, Jonathan Aris, Danielle Ryan, Molly McCann, Olga Wehrly
Gênero: Horror, Mistério, Sci-Fi
Duração: 97.
https://www.youtube.com/watch?v=JehY63ao0zI
Crítica | A Ilha da Fantasia - Uma Total Falta de Criatividade
A Ilha da Fantasia é uma série clássica que foi ao ar entre os anos 1978 e 1984. Criada por Leonard Goldberg e Aaron Spelling, a produção tinha um ar de aventura e humor que ditavam seus episódios.
Ao todo foram 157 episódios em todas as temporadas que o seriado teve, e que contava a história de dois anfitriões, interpretados por Ricardo Montalbán (Sr. Roarke) e Hervé Villechaize (Tattoo) e que eram os responsáveis por levar as pessoas pela ilha e fazer com que elas fantasiassem suas mais diversas excentricidades pela local, causou grande sucesso na época que foi exibida na TV, tanto que teve sete temporadas na televisão.
Nas mais diversas produções de Hollywood as séries sempre serviram de celeiro criativo para que adaptações fossem levadas para as telonas, e assim as franquias pudessem ganhar força, já que muitas delas não tinham mais tanta relevância ou força com o seu público ou não tinham mais história suficiente para se sustentar no ar.
É o caso de longas como As Panteras, Anjos da Lei e Star Trek, nesse último aconteceu um sucesso maior que nos dois casos anteriores. É difícil medir o sucesso de como uma produção irá se sair no cinema, já que na TV ela foi um sucesso possivelmente por ter mais tempo de tela e até mesmo por ser um público diferente do estabelecido no cinema.
É nessa leva que se encaixa a adaptação de A Ilha da Fantasia, e o filme – para aqueles que esperavam alguma coisa positiva – é uma perfeita decepção, para não dizer frustrante. A começar que a Sony Pictures contratou o cineasta Jeff Wadlow pelo seu trabalho em filmes teens de terror como Verdade ou Desafio, mas a verdade é que o cineasta nunca emplacou nada de relevante, até a sequência de Kick-Ass 2 se tornou irrelevante em suas mãos, com uma franquia que tinha muito potencial depois de um ótimo primeiro longa.
Um dos maiores erros, entre tantos, de A Ilha da Fantasia é o de querer fazer um filme de terror, sendo que a história pedia outro gênero, pelo menos o roteiro não se sustentou em contar uma história de horror. A verdade é que o diretor não tinha a menor ideia do que estava fazendo ali. Percebe-se nitidamente que em vários momentos não sabia se ia pelo caminho do cinema do gênero de ação, ou pelo drama, ou pelo terror. Na realidade, Wadlow utiliza tão mal o roteiro que o direciona para caminhos tão estranhos que nem sabe qual sentido que quer dar para a trama.
Percebe-se que o cineasta quis captar a essência de vários episódios da série de A Ilha da Fantasia, e isso atrapalhou bastante o andamento da narrativa, é só reparar que cada história de personagem tem um tom diferente contado, um mais dramático do outro, um humorístico, e por aí vai. São caminhos que o cinema permite, mas que não são desenvolvidos a fundo, algo que em uma série teria mais tempo, e que em um longa não há tanto tempo assim, e que no filme acaba se tornando muito superficial.
Outra coisa que atrapalha bastante é o sentimento de grandeza que acomete a produção. O diretor parece querer fazer algo maior do que o filme realmente é, mirou em Lost ou em Game of Thrones e acabou acertando em um filme B trash de baixo orçamento, algo que não deveria acontecer, isso se imaginar o orçamento dado ao cineasta para fazer o longa.
Atrapalha também o roteiro ser pessimamente elaborado no sentido das "fantasias" em si. Por serem tão abstratas e tão inimagináveis ficou óbvio que o diretor com o tempo do roteiro começou a se perder em seu gigantismo de idéias que foi colocando na trama. Fora que essa ideia abstrata é algo que não funciona com o público, portanto, se fosse para fazer algo para prender o público-alvo seria mais interessante ter chamado um diretor na linha de Ari Aster ou Jordan Peele que são diretores que sabem trabalhar temas abstratos de forma a causar o horror e fascínio no espectador de forma impactante, algo que Wadlow não consegue.
O roteiro já mencionado é cheio de furos, para não dizer as várias confusões que ele cria com o passar do tempo. Ao término do filme ficam mais dúvidas que perguntas respondias, e isso é péssimo para o espectador que irá sair de frente da tela com vários questionamentos, como o que é a ilha? O que são as fantasias? O que é a água negra? São perguntas que são respondias ao longo da produção, mas que não são aprofundas ou que são mal respondidas. A própria revelação do segredo final é confusa, uma confusão por sinal das várias que o roteiro possibilita. As reflexões não são apresentadas de uma maneira que facilite o entendimento, parece que o roteiro faz isso de propósito para deixar a narrativa mas difícil de ser compreendida e assim causar alguma surpresa no final com um plot twist surpreendente, algo que acaba não acontecendo.
O pior estava reservado para o ato final com dois plot twists extremamente desnecessários, o primeiro já havia servido para dar uma movimentada na narrativa, havia desfeito toda a trama, mas pelo menos havia dado mais iniciativa para um filme que havia se tornado chato. Mas o plot final arruinou tudo o que havia sido arrumado, não dá para entender o que o diretor quis fazer com aquela virada final do roteiro.
A Ilha da Fantasia perde uma grande oportunidade de trazer para o público atual as histórias cativantes de uma época passada do seriado clássico. Não era necessário recriar a produção original, mas pelo menos um respeito a obra original ou pelo menos tentar fazer algo mais interessante, tentando mudar a fórmula da produção. Perdeu-se uma grande oportunidade de ter um grande diretor a frente do projeto, talvez no futuro um cineasta com mais ambição consiga dar um maior direcionamento para um filme que mereça algo a mais e não apenas uma história arrastada e sem sentido.
A Ilha da Fantasia (Fantasy Island, EUA – 2020)
Direção: Jeff Wadlow
Roteiro: Jillian Jacobs, Christopher Roach, Jeff Wadlow
Elenco: Michael Peña, Maggie Q, Lucy Hale, Austin Stowell, Jimmy O. Yang, Portia Doubleday, Ryan Hansen, Michael Rooker, Parisa Fitz-Henley, Mike Vogel, Kim Coates, Robbie Jones
Gênero: Aventura, Fantasia, Horror
Duração: 109 min.
https://www.youtube.com/watch?v=ZjFCJS-yVBc
Crítica | O Chamado da Floresta - Uma Viagem de Redescoberta
Há todo um cuidado quando vai se adaptar uma obra literária para o cinema, ou se fizer um filme inspirado no livro de um autor clássico. Ainda mais quando essa obra já teve contada inúmeras adaptações e interpretações levadas para a telona, como é o caso do livro homônimo de Jack London, O Chamado Selvagem, no qual o filme O Chamado da Floresta (Chris Sanders) é baseado.
O longa dirigido por Chris Sanders (Os Croods) conta a história de Buck, um cão de estimação que é roubado de uma família californiana por caçadores ilegais e enviado para o Alasca, a fim de trabalhar na caça ao ouro que acontecia na região antigamente. Mas desdobramentos acontecem e o cachorro escapa, acabando que indo trabalhar como carregador de um entregador de cartas por longas distâncias do personagem interpretado por Omar Sy (Alerta Lobo), e somente depois de muito tempo de filme se junta a John Thornton (Harrison Ford) para procurar algo que poucos acreditavam existir: um território vasto e recheado de ouro, que lembra bastante a remota região de Serra Pelada brasileira.
Na realidade, o longa perde bastante do seu tempo para mostrar como Buck se sai em sua nova empreitada, ao desenvolver seu faro aventureiro na região inóspita do Alasca, pois até então era um animal doméstico, em que não precisava se aventurar para conseguir abrigo nem comida. Há também muitas cenas de criação de afeto entre os personagens humanos com Buck, algo que se vê bastante em filmes do gênero sobre animais. Em primeiro momento o possível dono não aceita a tarefa de cuidar do cãozinho, mas depois cria um laço de ternura que cativa ao público emocionalmente assim o comovendo. Situações do tipo foram vistas em Beethoven (1992) e mais recentemente em Togo (2019).
Todos esses momentos podem parecer irrelevantes para o filme, e em alguns momentos são mesmo, até porque o diretor os explora ao máximo para tentar emocionar ao público, mesclando cenas de aventura e outras bastante melodramáticas, mas mesmo assim estas cenas estão ali por algum motivo, para mostrar como o cachorro está lidando com estas situações e como está criando vínculos afetivos com outras pessoas, outros animais e principalmente com a natureza em si, já que essa é a principal mensagem da produção. Isso fica bastante claro com o último ato, quando os dois chegam juntos a tão remota região e exploram um território até então inexplorado, que a natureza predominava e que o homem não havia colocado os pés, ou se tinha ido até lá não havia explorado a ponto de devastar o local. Lá Buck se sente bem a vontade, ao ponto de finalmente se sentir em casa, algo que até então não havia se sentido até aquele momento.
Chris Sanders faz exatamente o que se imaginava com a narrativa, colocando Buck em cenas de ação que se não são de tirar o fôlego pelo menos agitam e tiram da monotonia um roteiro que até então estava parado. Os melhores momentos são com certeza as cenas de aventura em que Buck corre desbravando aquele novo mundo com Perrault, o entregador de carta, em uma ótima interpretação de Omar Sy, que é bastante injustiçado no longa, pois tinha carisma suficiente para ser o protagonista no lugar de Harrison Ford. Após a saída cena de Perrault o filme cai novamente na inércia e só há alguns bons momentos quando Buck sai à procura do novo território com John Thornton, são cenas bonitas, mas não são surpreendentes e muito menos de se emocionar a ponto de tirar lágrimas do espectador.
A falta de emoção é algo que incômoda, pois essa é uma típica trama que necessitava e que é montada para dar um toque de emoção ao público, algo que realmente não acontece em sua 1h 40 min. de filme. Muito disso se deve ao roteiro que é tratado em banho maria por Sanders. O diretor procura ir pelo caminho da aventura, e quando há espaço para comover o espectador, o cineasta não consegue dar doses de dramas como as vistas em filmes de cachorros, como em Sempre ao Seu Lado (Lasse Hallström), que há toda uma atmosfera trabalhada para o drama e para o lado emocional. Em O Chamado da Floresta, nem mesmo a cena final funciona, e olha que ela é bem trabalhada e há certo sentimento nela, mas não há uma carga emotiva que faça chorar, e muito disso se deve a falta de carisma do personagem de Harrison Ford.
Os efeitos especiais chamam a atenção, principalmente em relação a Buck. Já que o cachorro é o grande atrativo, houve uma tentativa em querer se inovar, e para isso o diretor colocou um cachorro feito de CGI em cena, portanto, o que é visto ali não é um animal de carne e osso e sim um cão feito de animação gráfica. Os efeitos práticos até que não atrapalham em nada o andamento da produção, não se repara que o cachorro realmente é feito de CGI, mas houve um certo exagero em deixá-lo bastante grande, ao ponto de ficar muito destrambelhado, até um pouco bizarro, não que não tenha ficado fofinho.
O Chamado da Floresta peca por uma falta de mensagem forte. Se por um lado Buck se redescobre como um cachorro com várias habilidades, pois até então vivia domesticado e vivia limitado a certas funções cotidianas, agora ele parece ter encontrado seu caminho, e na jornada final encontrou seu habitat natural. O mesmo pode se dizer de John Thornton que vivia preso em Yukon, sem uma expectativa de vida, até que com a chegada de Buck encontrou um ritmo de vida, e voltou a encontrar um caminho, além de redescobrir uma trajetória de vida que até então estava apagada. Uma mensagem clichê, mas que funciona com o seu público-alvo.
O Chamado da Floresta (The Call of the Wild, EUA – 2020)
Direção: Chris Sanders
Roteiro: Michael Green, Jack London (Livro)
Elenco: Karen Gillan, Harrison Ford, Cara Gee, Dan Stevens, Bradley Whitford, Jean Louisa Kelly, Omar Sy, Wes Brown, Abraham Benrubi, Terry Notary, Preston Brailey
Gênero: Aventura, Drama, Família
Duração: 100 min.
https://www.youtube.com/watch?v=3kMHTbr5g68&t=2s
Comer Para Viver | O Final de O Poço Explicado
Spoilers de O Poço abaixo
O novo filme da Netflix, O Poço (Galder Gaztelu-Urrutia), se tornou uma das maiores surpresas da Netflix, isso pelo fato de ter ficado em primeiro lugar no ranking de produções mais assistidas do serviço de streaming no Brasil. O longa espanhol deu muito que falar entre o público e os fãs assíduos da plataforma justamente por trazer uma trama cheia de enigmas e com um final com várias interpretações possíveis.
O Poço é uma Prisão?
Quando Goreng (Ivan Massagué) surge no início do filme, em uma espécie de cela, muito se questiona onde ele está e que lugar é aquele. Logo descobrimos que se trata de uma espécie de prisão, mas não há muitos detalhes se é um sistema prisional mesmo, até porque o próprio protagonista foi parar ali a fim de ficar preso por seis meses.
Em toda a narrativa surgem personagens que também estão lá ou por cometerem crimes ou por outros motivos. O que chama a atenção é o fato do personagem Trimagasi (Zorion Eguileor) falar que cometeu um assassinato e por isso seria preso, mas em vez disso foi parar nessa outra espécie de prisão. Tal fato faz pensar que o poço em si não é uma prisão, mas uma espécie de castigo para que as pessoas fiquem lá e sofram todos os pecados inimagináveis, já que há a possibilidade de se viver sem comida ou de ser assassinado por um companheiro de cela ou até mesmo ser devorado vivo enquanto dorme.
Na realidade, tudo isso é uma grande metáfora sobre a expiação de seus crimes e pecados praticados em vida. O protagonista é uma pessoa humana, com intelecto já que lê Don Quixote (Miguel de Cervantes), mas mesmo assim acontece dele acabar caindo naquilo que ele mais abominava que era o fato de praticar violência gratuita e até mesmo comer carne humana para ter de sobreviver.
Uma coisa interessante a ser analisada em O Poço diz respeito a questão social que o filme apresenta, pois fica claro que assuntos como egoísmo e até mesmo a questão da fome são temas recorrentes na produção. O sistema da suposta prisão é cruel, com as pessoas de cima comendo bem, e as que estão embaixo não. Essa é outra grande metáfora que reflete a pirâmide social da sociedade, em que os ricos têm muito e os pobres tão pouco.
Há também uma discussão a respeito do consumismo, em que os mais poderosos - no caso os que estão em cima - tem mais e compartilham menos, enquanto os que estão embaixo tem pouco, mas quando ascendem socialmente tratam as minorias da mesma forma que foram tratados antes pelos que tinham mais.
A Criança é a Mensagem
Quase sempre a personagem Miharu (Alexandra Masangkay) era vista descendo junto com a plataforma para procurar a sua filha, que segundo ela estaria perdida no local. Goreng viu as mais diversas atitudes inumanas naquele local, todo o tipo de crueldade possível. Eis que quando chega ao último andar e encontra a garota acaba por ter um gesto de solidariedade ao dar para a menina a panna cotta e assim acabar com o símbolo que seria entregue de volta.
O fato de o protagonista ter que descer todos os andares é como se estivesse vivenciando os piores acontecimentos existentes em uma sociedade e isso acaba por dar um sentimento de esperança para o personagem, já que ele havia frequentado todas as fases daquele lugar, e assim criado maior compaixão com o próximo, no caso a garota.
O Final
Quando Goreng e Baharat (Emilio Buale) estão descendo ao fundo do poço e após encontrarem a criança perdida, há muitas análises a serem feitas quanto ao final do filme, já que muitas coisas podem ser imaginadas, levando em conta que o diretor Galder Gaztelu-Urrutia quis deixar o final aberto a fim de que o longa tivesse várias interpretações.
Como Goreng imaginava havia um final no fundo do poço, e ele era escuro, sem vida ou sem a presença de ninguém. A grande dúvida é que lugar é aquele em que Goreng foi parar no fim. Há vários jeitos de ler a cena final, em que Goreng encontra o seu primeiro colega de cela, Trimagasi. Em grande parte do filme Goreng vivia o encontrando, não na realidade, mas como forma de ilusão, era algo que vinha de sua cabeça imaginar o velho que foi o primeiro a lhe dar informações sobre o local em que estava. Essa criação inicial de elo entre os dois é algo que o protagonista leva até o final.
Uma primeira análise diz que Goreng, ao chegar ao fim do poço, já estava morto e até por isso encontra o seu amigo e vai em direção a escuridão, ou vai descansar já que cumpriu sua missão de encontrar a criança. Outra possibilidade é a de que Goreng continuou vivo, vivendo lá embaixo, ou esperando chegar no próximo dia que a plataforma chegasse para tentar subir, isso não fica muito claro, mas é uma possibilidade que pode ser debatida. Uma terceira alternativa diz respeito que Goreng cansou de lutar contra o sistema, até porque o personagem entrou ali sem uma missão específica, e após ver tanta desumanidade se revoltou e resolveu lutar contra o sistema, e ele mesmo se tornou uma pessoa desumana, comendo carne humana e matando, algo que vai contra a sua índole, até por isso seria um grande motivo para Goreng abandonar tudo e ficar ali, e provavelmente morrer naquele local em que tantas maldades foram feitas.
Há outra interpretação sobre os fatos, e diz respeito a panna cotta com que Goreng desceu pela plataforma com o intuito de levar de volta. O doce é um símbolo de esperança, e aquela garota que a come não existiria, e sim seria um fruto da imaginação de Goreng, isso tendo em vista que o personagem já tinha um histórico de imaginar as coisas enquanto esteve preso no poço. Uma questão bastante pertinente, já que a menina está toda limpa, com boa aparência e parece estar bem alimentada, isso estando no último andar. Fora o fato de que menores de 16 anos não podem entrar no local, e que a mãe da menina descia todos os dias e nunca a encontrava. Esta interpretação leva em conta que se a garota não existiu, logo ninguém comeu a sobremesa, sendo assim, ela subiu com a plataforma até o andar 0, e aí dá para se entender a cena em que o chefe está brigando com seus funcionários pelo simples fato de ter encontrado um fio de cabelo nela, ou seja, os que mandam no sistema entendem que ninguém comeu a panna cotta porque havia um fio de cabelo nela e por isso não irão se importar com todo o trabalho que Goreng teve para mostrar que o egoísmo das pessoas havia sido vencido. O sistema sempre vence.
Trolls 2 recebe data nova de estreia no Brasil
Depois de ter sido adiado devido a pandemia do novo coronavírus, Trolls 2 recebeu uma nova data de estreia. A Universal junto com a DreamWorks revelaram a nova data da animação para o dia 8 de outubro deste ano. A data anterior de estreia do longa era 9 de abril.
Trolls 2 é a continuação da animação de sucesso Trolls, que foi lançado no ano de 2016, arrecadando US$ 346 milhões em todo o mundo.
A direção é por conta de Walt Dohrn e David P. Smith. O elenco de voz original é composto por Justin Timberlake, Anna Kendrick, Jamie Dornan e Kelly Clarkson.
The Mandalorian | Rosario Dawson irá interpretar Ahsoka Tano na próxima temporada
A série derivada de Star Wars, The Mandalorian, pode ter em sua segunda temporada o primeiro momento em uma produção live-action da personagem Ahsoka Tano. De acordo com o Slash Film, a escolhida para interpretar Ahsoka no seriado do Disney+ é a atriz Rosario Dawson (Demolidor).
Ahsoka Tano é discípula de Anakin Skywalker nas histórias de Star Wars, e ela aparece nas há muito tempo. A personagem esteve presente nas animações Rebels e The Clone Wars.
A escolha não foi oficialmente confirmada pelo estúdio. Dawson já havia dito anteriormente que adoraria interpretar a personagem.
The Mandalorian terá a segunda temporada estreando no segundo semestre deste ano.
Atriz que faz o papel de Lisboa em La Casa de Papel é diagnosticada com coronavírus
Uma das atrizes mais importantes do seriado da Netflix, La Casa de Papel, foi diagnosticada com COVID-19. Itziar Ituño, que faz o papel da Lisboa e de Raquel Murillo, fez a revelação pelas redes sociais.
A atriz usou sua conta no Instagram para dizer que está isolada e bem. Confira:
https://www.instagram.com/p/B94G2HsAs7M/?utm_source=ig_embed
“Olá galera! É oficial, desde sexta-feira à tarde tenho sintomas (febre e tosse seca) e hoje recebemos confirmação do teste epidemiológico. É coronavírus. Meu caso é leve e estou bem, mas é muito muito contagioso e super perigoso para pessoas que são mais fracas. Isso não é bobagem, esteja ciente, leve a sério, há mortos, muitas vidas em jogo e ainda não sabemos até que ponto isso vai chegar, então chegou a hora de se prevenir pela responsabilidade pelo bem comum . É um tempo de solidão e generosidade! Ficar em casa e proteger os outros. Agora tenho 15 dias em quarentena e depois veremos! Cuidem-se!”
A Parte 4 de La Casa de Papel estreia dia 3 de abril na Netflix.
