Crítica | Kóblic
O ator argentino Ricardo Darín se tornou praticamente um sinônimo de qualidade. Um dos atores mais reconhecidos da América Latina, o argentino sempre mostra muita qualidade no seu trabalho, além de ser muito versátil. Porém, só ter um ator bom, não significa necessariamente que o filme será bom. E com isso chegamos a “Kóblic” que mostra que para um filme ser bom, ele precisa do mais importante: um bom roteiro.
Kóblic é o nome do protagonista vivido por Darín, um piloto do exército argentino que durante a ditadura, foi encarregado de jogar corpo de inocentes no mar. Após desertar, Kóblic se esconde em uma pacata aldeia, aonde trabalha no hangar de um antigo amigo. Mas o delegado local (Oscar Martinez) começa a desconfiar da identidade do piloto e irá atrás do exército para descobrir a sua real identidade.
Em geral o argumento do longa é interessante, mas o roteiro de Sebastián Borensztein e Alejandro Ocon peca na sua obviedade, em núcleos desnecessários e em personagens caricatos. O único personagem que realmente se mostra mais complexo é o protagonista, pois é resto são muito óbvios, que não aparentam nenhum tipo de ambiguidade.
Os vilões são malvados por serem malvados; a mocinha precisa de um herói para salvá-la; o fiel-escudeiro do herói que o segue por não ter lugar para onde ir. É um roteiro em que tudo se desenvolve da maneira mais previsível e que se resolve da maneira mais fácil. E o pior é que tenta ser surpreendente, mas dá para prever o seus passos e qual será as atitudes dos personagens. É o grande Calcanhar de Aquiles desse filme é o roteiro.
Se o roteiro está fraco, pelo menos a execução é bem feita. A direção de Boresztein é muito disciplinada e clássica. A câmera nunca sai do tripé, os planos são muito sutis e competentes. Se notar a própria estrutura da história lembra um faroeste, de onde deve ter vindo às referencias de enquadramento para Boresztein. É um trabalho muito competente, mas nada maravilhoso.
A direção de arte e de fotografia são muito bem pensadas. A lógica visual do longa é muito bem-feita, utilizando cores frias e dessaturadas. Essas cores servem para criar atmosfera, além de terem significados. Pode dizer que simbolizam monotonia da aldeia ou até mesmo o sentimento de tristeza daquele momento político do país.
A fotografia até reforça essa monotonia fazendo planos abertos que reassaltam como a aldeia está distante de qualquer metrópole. Ao mesmo a tempo a direção de arte faz um belo uso dos cenários para salientar a simplicidade do local. O comércio é pequeno, a maioria dos locais está caindo aos pedaços, não tem muitos locais. Além de fazer uma bela recriação da década de 70.
Mas se a direção de arte acerta nos cenários e nas cores, acaba errando na caracterização dos personagens, principalmente nos antagonistas. Sabemos que eles são os vilões por terem um visual repulsivo. O próprio delegado tem os dentes podres e um bigode vilanesco, ao vermos esse personagem pela primeira vez, logo deduzimos que é o vilão. Pois mais que o longa quer homenagear o cinema clássico, uma caracterização tão óbvia quanto essa acaba tirando quaisquer sentimentos de surpresa quanto a ações desse personagem. E isso acaba atrapalhando, pois sempre sabemos que esse delgado fará algo amoral.
Já que falei do delegado, o personagem não se mostra artificial por conta da boa atuação de Oscar Martínez. Se as caracterizações visuais são caricatas, o ator consegue utiliza-las ao seu favor. Não só Martínez, mas todo o elenco faz bem o seu papel, mas não vão muito longe por conta do roteiro. O destaque fica por Darín, por ter o personagem mais bem escrito e pela presença e o grande carisma do ator que consegue transformar Kóblic em uma figura muito interessante.
“Kóblic” tem suas virtudes técnicas, mas se perdem em meio de um roteiro muito fraco. É mais um exemplo para falar que só ter o Ricardo Darín no elenco, não é sinônimo de qualidade.
Crítica | Inferno
Após adaptarem “O Código Da Vinci” e “Anjos e Demônios”, Ron Howard e Tom Hanks voltam agora em “Inferno”, a nova aventura protagonizada pelo professor Robert Langdon. Se os dois filmes anteriores funcionavam como diversões passageiras, esse terceiro nem como isso funciona.
Na sua nova aventura, Langdon (Hanks) terá que usar suas habilidades como simbolista e historiador para descobrir onde está escondido um vírus que pode destruir a humanidade chamado Inferno, criado por um bilionário sinistro (Ben Forster).
O principal problema do longa e o roteiro, é a convicção que é uma trama profunda e engenhosa, mas no fim é só um roteiro besta. Em tempos em que temos que rezar para que um filme não xingue a sua inteligência, “Inferno” tem tantos problemas de lógica que acaba ofendendo o espectador. Em menos de trinta minutos de projeção fica difícil entender quem é quem e o que está acontecendo, mesmo o protagonista tendo certa noção da situação.
O filme se atropela com os próprios elementos apresentados. Não parece que é de um roteirista tão competente de experiente como David Koepp, pois a impressão que passa é que foi escrito na pressa e por um amador. Um dos principais erros está em uma determinada situação em que um museu nota que uma de suas principais obras sumiu depois de três dias, mesmo a sala onde estava a obra tendo câmeras de segurança. E falando em segurança, por algum motivo os seguranças do museu não usam rádio, me pergunto se eles acabam utilizando WhatsApp, Messenger ou telepatia para se comunicarem. Se fosse pra listar todos o problemas desse roteiro, sinto que esse texto ficaria com pelo menos dez páginas.
Se o roteiro já é ruim, o trabalho Ron Howard na direção só piora. O diretor se perde em meio de tantos cortes, não consegue conduzir a trama com eficiência e não utiliza direito os seus cenários. As resoluções dos enigmas de Langdon são tão rápidas que o espectador dificilmente consegue acompanhar qual foi a lógica ou o raciocínio do professor. Mesmo Howard tentando ilustrar com a montagem qual é o raciocínio. Essa ilustração acaba mais chamando o público de idiota do que ajudar a entender a brilhante mente de Langdon.
O elenco faz o possível pra se salvar, mas apenas a dinamarquesa Sidse Babett Knudsen se destaca. O resto do elenco está preso em papéis ruins e mal desenvolvidos ou em atuações canastras. Isso vale pra atores do peso de Tom Hanks, Felicity Jones e Omar Sy. Mas quem conhece o trabalho desses atores sabe que a culpa é mais de Howard e Koepp do que dos atores em si.
Toda a parte técnica do filme é ruim. A fotografia é inconstante; a montagem é não consegue criar um ritmo mais envolvente; a direção de arte não oferece sentido narrativo; o som é muito alto e a mixagem é problemática. É complicado um longa com o orçamento que deve estar na casa dos 100 milhões de dólares tamanho ter todos esses problemas técnicos. Nem a trilha do excepcional Hans Zimmer está boa, é um trabalho genérico e chato.
“Inferno” tem uma ilusão que é muito profundo, mas na verdade é só um filme idiota. Não diria que apenas um “Inferno” de ver, mas quem esperar algo de relevante ou de profundo no longa, terá que esperar a eternidade no Purgatório.
Crítica | Batman: O Retorno da Dupla Dinâmica
Em 1966, foi criada a famosa série do Batman estrelada por Adam West e Burt Ward interpretando, respectivamente, Batman e Robin. Quem nunca viu essa série é bom saber que é bem diferente do que a imagem que temos hoje do Batman. Se hoje temos a imagem sombria e pesada do Homem-Morcego, essa série de 66 era justamente o oposto: era brega, colorida, leve e caricata. E é essa série a qual a nova animação da DC, Batman: O Retorno da Dupla Dinâmica adapta, então é bom o espectador saber que não verá o Batman sombrio que estamos acostumados.
A história se passa no universo da série e mostra Batman e Robin indo atrás dos vilões Mulher-Gato, Charada, Pinguim e Coringa que roubam uma misteriosa arma a qual a sua habilidade é duplicar qualquer coisa.
E a história é basicamente isso, mesmo no meio da projeção tendo uma reviravolta. Mas na verdade, assim como os episódios da série original, a história é completamente absurda. Não vamos esquecer que se passa em um universo em que Batman tem bat-foguete, bat-cóptero e bat-antiantidoto e os vilões são malvados por serem malvados.
Exigir que esse filme tenha uma trama bem bolada e com personagens complexos chega a ser errado, pois a proposta dele é ser um episódio dessa série especifica. Até os diálogos são fiéis aos da série, do tipo: “Robin, temos que deter essa aliança demoníaca”; “Santa piedade, Batman! Eles são realmente cruéis!”. Mesmo os diálogos tendo bons momentos, em especial dois que fazem referências ao quadrinho do Cavaleiro das Trevas e outro ao filme O Cavaleiro das Trevas Ressurge de Christopher Nolan, eles acabam cansando. E aí se percebe que era bom que cada episódio da série tinha apenas 30 minutos de duração: pois depois de um tempo, a piada começa a cansar. E isso acaba prejudicando o ritmo do filme.
O trabalho de arte é muito bem feito. A maioria dos cenários dos anos 60 foram recriados com muita eficiência pela equipe. Até as cores berrantes foram mantidas. O mesmo pode se dizer do design dos personagens, que são muito fiéis aos seus atores. Porém a animação em si é dura em alguns momentos, parecem que os personagens não se movem direito e tem dificuldade em mexer o pescoço. Não se mexem com muita naturalidade.
A dublagem está boa e foi uma ideia bacana da Warner chamar Adam West e Burt Ward para reprisarem os papéis que os deixaram mundialmente famosos. Eles sabem como dizer aquelas falas bregas de maneira que não soe tão ridículas e mostra um carinho com os personagens. Infelizmente, as vozes de West e de Julie Newmar (Mulher Gato) ainda parecem velhas e cansadas em alguns momentos e acabam não funcionando direito. Mas no geral é uma atitude muito bacana do estúdio chamarem o elenco original para participarem dessa homenagem.
Batman: O Retorno da Dupla Dinâmica é um filme competente e divertido, mas não é das melhores feitas da Warner Animation. Além dos problemas de ritmo e da animação apontados, o longa infelizmente fica limitado por conta do próprio material em que ele tem como matéria prima. Não tem como tirar dessa série dos anos 60, uma trama mais profunda e complexa. Então, ele pelo menos funciona como homenagem e consegue tirar boas risadas com as suas batpiadas. Uma batdiversão eficiente.
Crítica | Assassino à Preço Fixo 2: A Ressurreição
Durante a década de oitenta vieram os tais filmes de “brucutus”. Filmes de ação, nos quais o herói indestrutível matava todos os vilões e salvava a mocinha no final. Não foi à toa que Sylvester Stallone chamou Jason Statham para participar da franquia “Os Mercenários”, pois nos tempos de hoje o britânico se mostrou ser um descendente desses heróis.
Em “Assassino a Preço Fixo 2 – A Ressureição”, Statham volta a fazer o papel que fez em todos os seus filmes de ação: o herói misterioso, metódico e frio, mas que tem um bom coração. E para quem gosta desse gênero não vai se decepcionar com esse novo longa dessa “franquia”. Pois ele segue de maneira bem fiel a estrutura do cinema brucutu que foi descrito acima.
Arthur Bishop (Jason Statham) está aposentado e quer esquecer a sua vida como assassino profissional. Quando o traficante Riah Craine (Sam Hazeldine) sequestra o amor da vida de Bishop, Gina (Jessica Alba), o ex-assassino terá de realizar uma missão dada por Craine: matar três pessoas e fingir que foram acidentes.
A trama é bem simples e estúpida. E quando esse roteiro tenta ser mais complexo ou mais profundo do que ele deveria ser se torna no mínimo risível. É só prestar atenção na maneira em que Gina conhece Bishop, é exageradamente confuso. E como na maioria dos filmes de gênero, o roteiro do longa segue as seguintes regras: personagens unidimensionais; furos de lógica e de história; e frases de efeito. Exigir mais que isso é uma grande ingenuidade.
As sequências de ação funcionam, muito por conta da presença física de Statham. Como o ator utiliza poucos dublês, vemos realmente ele realizando os movimentos de luta, com muita verossimilhança. E é importante dizer que dá para entender a maioria das cenas de ação, porque a câmera não fica tremendo e a montagem não enche de cortes desnecessários. Mas, infelizmente, o diretor Dennis Gansel erra por não deixar claro o posicionamento espacial dos personagens em determinadas cenas. Não dá para entender onde Bishop está em relação a outro personagem e isso é um erro grosseiro do atual cinema de ação. Gansel acerta na câmera e nos cortes, mas esquece desse detalhe crucial.
O elenco só merece destaque pelo carisma de Statham e pela participação especial de Tommy Lee Jones. Mesmo sendo um personagem ridículo, o ator faz com dignidade. O resto é muito fraco. O vilão de Sam Hazeldine não consegue causar nenhum tipo de ameaça e a mocinha feita por Jessica Alba é irritante e estereotipada. Mais um filme que comprova que Alba teve seu momento de fama graças a sua beleza, porque se fosse por conta do seu talento dramático não conseguiria nada. Já a bela Michelle Yeoh - uma excelente atriz e artista marcial, vide “O Tigre e o Dragão” – faz uma participação de luxo e
Enfim, não tem muito que acrescentar em “Assassino a Preço Fixo 2”. É um filme de ação genérico, porém não ofende. Quem for ver é bom saber que se trata de um filme que não se deve esperar muito. A única coisa que deve se esperar é de ver Jason Statham sendo o Jason Statham em todos os filmes que temos o Jason Statham: um herói de ação indestrutível, que irá matar todos os vilões e salvará a mocinha. E apenas isso.
Crítica | No Fim do Túnel
Sabe-se lá como você, caro(a) leitor(a) interpretou o subtítulo desta crítica. Se para alguns parece um elogio, para outros pode soar pejorativo. De toda forma, acho que qualquer pessoa, minimamente cinéfila, já cria uma boa expectativa quando se trata de um exemplar do cinema argentino. Motivos não faltam, mas há quem diga que o filé que chama atenção deste lado da fronteira encobre uma imensa produção local não tão respeitável. No Fim do Túnel (Al Final del Túnel) pode até ser um desses casos e, sim, em vários aspectos, lembra fórmulas das produções da terra do Tio Sam. Como nos acostumamos com o que os hermanos têm de melhor e mais característico, isso se torna um problema. Nem por isso chega a ser ruim, mas vamos ao que a obra tem a oferecer.
O roteiro, assinado pelo próprio diretor, Rodrigo Grande, acompanha um difícil momento da vida de Joaquín (Leonardo Sbaraglia, de O Silêncio do Céu e Relatos Selvagens), um cadeirante que vive sozinho e melancólico, por conta de uma tragédia, em uma casa espaçosa em Buenos Aires, dividindo o tempo entre a rotina doméstica e seu trabalho como técnico de computadores. Com dificuldades financeiras, ele aluga um dos quartos do imóvel e a primeira interessada a procurá-lo é Berta (Clara Lago), uma stripper trazendo consigo uma filha de seis anos com problemas psicológicos. Relutante a princípio, ele a aceita, mas começa a incomodar-se com ela por perto, que faz de tudo para ser prestativa.
Paralelo a esse evento, como Joaquín trabalha no subsolo da casa, percebe barulhos estranhos no terreno ao lado. A descoberta de que são ladrões cavando um túnel que passa por baixo de sua casa, com o objetivo de chegar ao cofre do banco vizinho, faz com que ele decida espionar o grupo liderado pelo psicopata Galereto (Pablo Echarri), com câmera e escuta, pretendendo tirar algum proveito do roubo.
Entre os recursos mais manjados desta história, o recluso atingido pela tragédia, recebendo um raio de luz em sua vida com a chegada de uma desconhecida. O drama do cachorro de estimação até passa, mas é difícil não encarar como apelação a presença de uma criança com problemas. Betty, a filha de Berta, afeta Joaquín de uma forma mais que previsível, mas a menina ainda é utilizada mais à frente na narrativa para forçar alguns sentimentos do espectador, sem muito efeito. O lado “MacGyver” do esperto cadeirante também pesa e pede uma suspensão de descrença maior do que esperávamos.
Em seu quarto longa-metragem, Rodrigo Grande não parece ter grandes pretensões com No Fim do Túnel, o que é bom, pois seu roteiro não tem absolutamente nada de especial. No entanto, isso não o exime de perder-se no miolo desta narrativa. Se Joaquín se apresenta no começo com um pano de fundo claro, exposto sem a necessidade de diálogos explicativos, depois ele acaba perdido no meio de manobras e reviravoltas que prejudicam a dramaticidade e verossimilhança da situação. Esse deslize sacrifica um pouco a experiência do espectador, apesar de um suspense eficiente aqui e ali, mas Leonardo Sbaraglia ainda se esforça com o material que dispõe, segurando-se bem na pele do protagonista.
Ainda sobre o texto, o cineasta/roteirista, lamentavelmente, opta por um exagero gritante na construção de Galereto. Essa falta de sutileza é um dos motivos da comparação com alguns produtos de Hollywood. A maldade do antagonista da trama estava bem justificada até determinado momento, mas uma revelação - que cai na história com a delicadeza de um meteoro – parece tentar obrigar o público a odiar o sujeito. Na mesma via do protagonista, Pablo Echarria, entrega uma boa atuação, apesar da limitação do roteiro.
Abrindo o filme com a câmera movimentando-se em travelling pelo interior da casa, onde se passa a maior parte da duração, o filme promete bastante neste momento. Ainda que falhe na construção conceitual, o diretor consegue bons planos e enquadramentos no espaço restrito e a decupagem é competente. A produção pôde contar com a fotografia de Felix Monti, do excepcional O Segredo de Seus Olhos, um detalhe que evita a queda na vala comum de filmes meramente esquecíveis. Bem trabalhado em ambientes pouco iluminados, com as inevitáveis sombras, as imagens estão de acordo com o conceito e conferem algum charme ao conjunto.
Do vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2010, também veio o compositor Federico Jusid, aqui trabalhando com Lucio Godoy. A trilha sonora é outro ponto que valoriza o filme como um todo, aliado ao bom trabalho na mixagem de som, fundamentais em qualquer suspense.
Chegando aos seus momentos finais, No Fim do Túnel consegue crescer e recuperar algo do que perdeu lá pela sua metade. Talvez se beneficiasse com uma duração mais enxuta, mas, enquanto aproxima-se da resolução, entrega momentos e situações que amarram pontas soltas. Nada extraordinário ou memorável, além de lembrar dezenas de situações que você já viu em filmes dos EUA, mas é o melhor momento da trama e o mais divertido, recompensando o espectador que manteve a fé diante da irregularidade. Sobre o derradeiro momento da projeção, pode até desagradar por vários motivos, mas segue um tom já delineado antes, portanto, não surpreende quando chega.
Bom para uma – e apenas uma – sessão descompromissada, o filme de Rodrigo Grande fica aquém da vitrine do cinema portenho. Mesmo assim, ainda consegue um pouco mais de sofisticação do que a grande maioria que infesta as salas de cinema atualmente. Se for um alívio não sentir-se tratado como idiota enquanto assiste a um longa, vale a pena encarar.
*Via parceiro Formiga Elétrica.
Crítica | Demônio de Neon
Defender qualquer filme usando seu visual como argumento é complicado, já que isso nada mais é do que procurar compensar algum(ns) defeito(s) grave(s) que a produção possa ter. Se admitirmos os deslizes, sem problema algum, mas entramos em uma esfera muito pessoal pesando Imagem X Conceito para decidir se a experiência valeu a pena e se merece a recomendação. No caso de Demônio de Neon (The Neon Demon), no entanto, não há muito a se pesar, tamanha a excelência visual exibida em quase duas horas de duração, isso independente de quaisquer outras ressalvas que podem – e devem – ser levantadas.
O diretor dinamarquês Nicolas Winding Refn, do aclamado Drive (2011), encarou uma recepção dividida em seu penúltimo filme, Só Deus Perdoa (2013), onde se rendeu à influência da obra de um amigo, o chileno Alejandro Jodorowsky. Agora, ele mostra que não cedeu a qualquer pressão que poderia ter sofrido neste sentido, retornando com um filme carregado no simbolismo, ainda que com uma história linear e absolutamente simples. Recorrente como escritor dos roteiros que dirige, aqui ele co-escreveu com Mary Laws e Polly Stenham, inexperientes na função.
Partindo de uma ideia principal das mais básicas, garota inocente do interior que procura o sucesso como modelo na cidade grande, Refn persegue incessantemente outro clichê pouco sutil, martelado por toda a projeção. O retrato cruel do mundo das passarelas é previsível, com toda a mesquinharia, indiferença, maldade e paranoia de jovens mulheres anoréxicas com dúzias de intervenções plásticas. É neste cenário que a recém-chegada Jesse (Elle Fanning) tenta se inserir timidamente, mentindo sobre sua idade, encontrando conforto na amizade oferecida pela maquiadora Ruby (Jena Malone).
Jesse exerce um fascínio quase mágico em seus contatos profissionais, abrindo portas muito rapidamente, mas a virginal protagonista, encantada com os vislumbres de uma nova vida, não teria como evitar algum antagonismo neste caminho, aqui personificado pela evidente inveja da dupla Sarah e Gigi, interpretadas por Abbey Lee e Bella Heathcote, já “veteranas” na profissão. O único elo da garota com a realidade, até certo ponto, é Dean - Karl Glusman, protagonista em Love, de Gaspar Noé. Fotógrafo também tentando a sorte, ele a ajuda sem segundas intenções, embora não esconda que gostaria de ir além.
Com essa sinopse simples e ingênua, o filme se propõe a uma discussão em torno das obsessões da beleza feminina, escolhendo o pano de fundo perfeito para isso. Ironicamente, se Refn buscou criticar os excessos e artificialidade do mundo da moda, ele o fez de uma forma a valorizarmos primordialmente o lado estético de seu trabalho. Neste quesito, Demônio de Neon é absolutamente irretocável e mesmerizante como poucos, não apenas elogiando fotografia em si. Se o conteúdo é discutível, pela maestria narrativa com a qual ele o exibe, não há como deixar de ouvir o que ele tem a dizer.
Admitindo que existe um certo componente de ego trip aqui, abrindo o filme com um nada modesto “Nicolas Winding Refn Presents:”, ele provoca seu público, pois sabe que em seguida vai surpreendê-lo. Ao apresentar Jesse, o diretor já se exibe com um jogo cênico onde o campo e contra-campo do primeiro diálogo é construído da mistura das personagens e seus reflexos nos espelhos. Aliás, a relação delas com suas imagens refletidas é uma constante no filme, chegando a lembrar o genial Cisne Negro, de Darren Aronofsky. No entanto, o simbolismo aqui é evidentemente diverso, evocando não a duplicidade de uma psique fragmentada, mas criando uma alegoria – um tanto óbvia, é verdade – do mito de Narciso.
Se a decupagem e a composição de Refn merecem aplausos, ela é absurdamente valorizada pela fotografia de Natasha Braier, cujo longa anterior, The Rover – A Caçada (2014), já foi um show neste sentido. A paleta de cores incomum é ressaltada de forma a ganhar vida na tela, trabalhando texturas e contrastes de forma magistral a serviço do conceito, mesmo quando é preciso preencher a tela com o fundo branco infinito de um estúdio fotográfico. Preste atenção na cena que opõe o devaneio de Ruby com sua realidade. Tudo isso funcionando em perfeita harmonia com os ótimos figurino e desenho de produção, componente importante na construção de um mundo que parece uma casa de bonecas pós-moderna.
O elenco tem lá suas extravagâncias, mas é coeso no geral. Ignorando as participações especiais, e inúteis, de Keanu Reeves e Christina Hendricks, mais o esquisito Desmond Harrington como um fotógrafo apático, as moças do quarteto principal cumprem a contento suas funções, com cada uma passando exatamente o que o papel pede. Elle Fanning, escolha acertadíssima pelo tipo físico, no entanto, é quem consegue uma performance acima da média, convencendo tanto na ingenuidade quanto em sua nova persona, mais adequada para o sucesso naquele ambiente.
Parceiro recorrente do cineasta, o compositor Cliff Martinez retorna com seus sintetizadores, ajudando a compor um clima que vai do onírico ao suspense. Aliás, falando nesta transição de climas, um dos desafios do espectador, ao final de Demônio de Neon, é classificar o filme em algum gênero. Não é terror, apesar de algumas sinopses breves que encontramos por aí, além de seu suspense existir mais em decorrência da curiosidade sobre sua forma narrativa e do clímax de sua mensagem, do que uma construção direta neste sentido.
Em seus primeiros dois terços, apesar da linearidade, o filme exibe algumas situações que parecem gratuitas, sem acrescentar nada. Talvez tentando colocar o espectador mais para dentro deste mundo estranho, esses detalhes convidam a uma reflexão maior e a prestar mais atenção ao que virá depois. Ainda assim, em alguns casos, não existem respostas fáceis, o que vai render muitas conversas pós-sessão, facilmente. Chegando ao seu terço final e completando o raciocínio, Refn escorrega por querer falar demais onde não havia tanto assunto, infelizmente.
O filme tem três finais, resumindo, insinuando o encerramento duas vezes antes de, finalmente, baixar as cortinas. O pior é que ele seria melhor, caso tivesse ficado no primeiro. Nos outros dois, abraçou a subjetividade e criou momentos que soam um tanto apelativos dentro deste conjunto, ainda que contando com a mesma beleza plástica. A ego trip citada no início cobra seu preço, mas isso não significa que ele estragou o filme. Seria leviano ignorar tudo que foi exibido anteriormente, mas é uma atitude que, particularmente, deixa uma obra com tanto potencial atrás dos três exemplares anteriores do diretor.
É evidente que Demônio de Neon merece ser visto e apreciado por conta de suas qualidades indiscutíveis. A simplicidade de seu conceito e suas escolhas polêmicas, no entanto, se causam desconforto em alguns espectadores, também merecem ser discutidas. É por isso que, a partir de agora, o texto se permite a entrar em spoilers. Não é uma mera tentativa de justificar, mas sim especular e tentar entender o que existe por trás dessas imagens inesquecíveis e, talvez, entrar um pouco na cabeça de um artista tão provocador quanto Nicolas Winding Refn.
SPOILERS A SEGUIR!
Jesse é a boa menina virgem e ingênua tentando o sucesso em um mundo selvagem, cujo arco dramático a transforma no extremo oposto. Ela se torna a encarnação desta mesma selvageria, graças aos seus encantos, que fluem de forma absolutamente natural. Nenhum dos responsáveis pela sua ascensão a deseja sexualmente, seduzidos apenas pelo ideal da beleza suprema, o que a mantém imaculada fisicamente, mas a corrompe pela vaidade. Incapaz de entregar-se a alguém e apaixonada por si mesma, a referência ao mito de Narciso é inserido na cena do desfile, onde ela beija seu próprio reflexo.
Continuando a referência, o interesse sexual que Jesse – nome que serviria para ambos os gêneros - desperta em dois personagens também é simbólico, pois temos um homem –Dean- e uma mulher –Ruby. O primeiro apenas se afasta ao ser desprezado, mas a segunda arquiteta uma vingança, culminando no assassinato da garota. Se no mito tínhamos um lago para a destruição de Narciso, aqui temos a piscina vazia, causando uma morte bem mais violenta, é claro. Isso nos leva em seguida ao desfecho polêmico do filme, mas precisamos considerar outros detalhes antes.
Estaria Refn resgatando, além de Narciso, arquétipos de contos de fadas? Isso, de certa forma, explicaria a mensagem tão simples e direta, além dos diálogos e um desenvolvimento nada mais que básico, quando muito, destes personagens. Novamente ressaltando que essa reflexão não é uma tentativa de justificar qualquer coisa, vamos aos elementos que o diretor nos ofereceu.
Sarah e Gigi agem como se fossem irmãs, cúmplices de Ruby na morte e na canibalização de Jesse. As duas primeiras motivadas pela inveja e a terceira pela impossibilidade de possuí-la. Temos quatro mulheres, com três delas buscando – conseguindo, neste caso – a destruição de outra por motivos egoístas em um nível infantil. Faz sentido lembrar da invejosa dupla de meias-irmãs de Cinderela, que dividiam esse sentimento e o papel de antagonistas com a mãe, a madrasta da menina bondosa. O interessante é que esse olhar torna Ruby a personagem mais interessante, pois ela aparece inicialmente como uma Fada Madrinha, para depois tornar-se a madrasta, além, é claro, de carregar a alusão à ninfa Eco, apaixonada por Narciso.
É óbvio que a forma como a beleza de Jesse afeta algumas pessoas é digno de um conto de fadas, completando o conjunto de princesa com sua pureza e seu sucesso instantâneo, tudo bem distante de uma situação realista. A garota atinge o que seria o momento culminante de uma princesa das narrativas clássicas, mas sem passar pelas provações comuns a estas heroínas. Parece que, por conta disso, o preço é a corrupção completa e sua consequente destruição.
Lembrando de outro conto popularizado pelos irmãos Grimm, muito provavelmente derivado da mesma raiz de tradição oral que Cinderela, afinal ,as similaridades são inegáveis, Branca de Neve também parece influenciar Demônio de Neon. Mais uma princesa virgem vítima de inveja doentia de uma madrasta má, que, neste caso, agiu sozinha. Novamente, podemos encontrar dois arquétipos em um mesmo personagem do filme. Jesse é Branca de Neve, tornando-se a Rainha má durante o desfile, onde temos outro elemento forte de associação: o espelho. Como convém aos vilões, Jesse tem um fim trágico por conta de um sentimento mesquinho.
O canibalismo também não era algo incomum em contos de fadas. O cadáver de Jesse foi consumido por Sarah e Gigi, que queriam sua beleza e juventude, mas o filme não confirma se Ruby também partilhou desta carne, apenas que ela participou do ritual e banhou-se em seu sangue. Se for isso, faz sentido, já que a motivação dela era outra. Não apenas a antropofagia serve como referência, mas a forma irreal e simbólica como ela foi apresentada, já que Gigi vomita um olho inteiro (!) de Jesse, morrendo em seguida ao tentar abrir seu ventre para retirar os restos da garota. Deixando de lado o que esse acontecimento tenta comunicar, a situação geral tem algo da versão mais popular de Chapeuzinho Vermelho, onde a avó foi retirada inteira do estômago do Lobo.
Jesse e Ruby indo do “bem” ao “mal” simultaneamente é uma dinâmica curiosa, criando uma sequência de acontecimentos que termina em morte. Citei Cisne Negro e a diferença na questão dos espelhos. Se o significado dos reflexos é diferente em cada um, talvez a jornada de Nina no filme de Aronofsky tenha mais a ver com Jesse do que parece em um primeiro olhar.
No sentido psicanalítico, ambas as personagens são garotas com algum grau de repressão e infantilizadas, buscando uma realização que envolve encontrar um lado delas ainda não acessado na psique. No caso de Nina, é mais evidente que ela precisa alcançar sua sombra, seu lado que ela rejeita e nega, para personificar o Cisne Negro. Com Jesse, o processo já é inconsciente, mas ambas chegam a um estágio semelhante. Como um ego cindido não suporta o encontro com a sombra, o resultado é a extinção do indivíduo. Nina encontra a morte após abraçar sua sombra, assim como Jesse morre após o monólogo que confirma o que ela se tornou.
Enfim, há bem mais a se explorar na iconografia geral de Demônio de Neon. Com todos os defeitos que eventualmente apontemos, ainda existe muito conteúdo a ser discutido, o que torna o filme, no mínimo, muito intrigante e prova que Nicolas Winding Refn é um dos realizadores mais interessantes da atualidade. Gostem ou não do trabalho dele, é impossível ficar indiferente.
Crítica | Todos Envolvidos
Todos Envolvidos foi escrito para chocar e, com toda a certeza, cumpre essa finalidade. É um livro violento sobre os seis dias de caos que aconteceram em 1992, em Los Angeles. Na época, policiais foram absolvidos por agressão pelo espancamento de Rodney King, um taxista negro e desarmado, capturado em vídeo. Motins eclodiram na cidade: lojas foram saqueadas, motoristas assaltados e carros incendiados - alguns lojistas passaram a trabalhar armados para se protegerem dos ladrões e das bombas. Para restaurar a lei e a ordem, foi necessário chamar milhares de reservistas da Guarda Nacional e soldados federais. Durante os seis dias de tumultos são estimadas mais de 60 pessoas mortas e mais de 2.000 feridas. Embora seja ficcional, o livro é baseado nesses fatos e em alguns relatos de testemunhas oculares.
Mesmo sendo bem escrito, Todos Envolvidos pode desapontar alguns leitores, pois, para muitos, o período escolhido gera a expectativa de um livro que ajude a analisar e explicar as nuances socioeconômicas e raciais persistentes até hoje, e que levam não só a confrontos trágicos entre a polícia e os afro-americanos, mas também a um sistema judicial que parece se inclinar a favor da aplicação da lei sob qualquer circunstância.
Pode ser injusto com o romance atribuir tais objetivos, especialmente se essa não era a intenção do autor. No entanto, o título e a natureza ambiciosa do livro sugerem que o leitor não pode ser responsabilizado por ter tamanha expectativa. Todos Envolvidos tem 17 diferentes narradores em primeira pessoa, cada um dando um relato pessoal de algumas horas desses seis dias. Essa amplitude de vozes faz o leitor, ao ler a sinopse, aguardar por uma visão caleidoscópica e expansiva dos eventos, mas, ao invés disso, temos uma história surpreendentemente estreita e episódica que está faltando para este núcleo aparentemente vital - a narrativa praticamente se resolve antes da primeira metade e as dezenas de personagens restantes tornam-se descartáveis, já que, mesmo com tendo chances de serem explorados, não contribuem para praticamente nada pela falta de espaço.
A leitura pode se tornar um pouco irritante e exaustiva para os que não estão acostumados a ler obras muito violentas e com uma grande quantidade de palavrões. Muitas cenas - especialmente aquela em que o viciado rouba uma van arrastando um motorista para fora do veículo e lhe dando um tiro - lembram muito o jogo Grand Theft Auto (GTA).
O romance é uma coleção de histórias de ficção ligadas e ambientadas no mundo de dois grupos rivais, membros de gangues latinas. Gattis faz um trabalho muito bom com a imersão do leitor nesta atmosfera, que é lotada de lealdade e retribuição, impulsionando esses personagens em direção confrontos trágicos e infelizmente inevitáveis. Enquanto as dúzias de personagens relacionados com gangues são diferenciados, algumas histórias são muito mais envolventes do que outras, como a lésbica adolescente que está fora para vingar seu irmão.
Quase todos os narradores vêm de um grupo de membros de gangues latinas e aqueles ao seu redor. Há apenas dois narradores afro-americanos, um dos quais é um homem sem-teto - que, embora vagueie através do caos, não contribui muito para a história - e outro, que não é dado um nome, mas é membro de uma unidade não reconhecida de uma agência federal sombria enviado para L.A. para mutilar e matar membros de gangues, que de outra forma poderiam escapar da justiça.
Mesmo que os personagens tenham uma base na realidade, eles não passam essa sensação no romance. Certamente a leitura seria menos cansativa e atraente se o único narrador fosse um membro da L.A.P.D. Da mesma forma, a história está clamando por pelo menos uma voz afro-americana dos bairros onde os tumultos realmente ocorreram.
É chocante pensar no que o livro poderia ter sido, pois em grande parte o que prometia ser uma história de vingança e/ou uma forma de tentar adicionar mais pontos de vista para o que realmente aconteceu, se tornou uma desculpa para mostrar fatos que já sabíamos antes de começar a ler - como o desinteresse das autoridades com quem morria nas ruas dos bairros mais perigosos, a demora dos bombeiros para chegar nos locais incendiados e muitas mortes sem motivo.
Ainda assim, a escrita de Gattis é livre e sugestiva, nos puxa para uma parte de Los Angeles onde os motins são vistos como nada mais do que uma oportunidade para acertar as contas e criar o caos, enquanto a polícia está de outra forma ocupada. Quando o contexto mais amplo do julgamento de King é ignorado, é fácil se meter em detalhes sórdidos e desagradáveis dessas almas perdidas. Outros personagens nobres, incluindo uma enfermeira e um bombeiro, também têm os seus momentos para brilhar com uma pungência que deveria ter merecido mais espaço no romance.
Os fragmentos de Todos Envolvidos convergem em uma narrativa final, concentrando-se em um adolescente e seu pai que são diretamente afetados pelos motins. Essas páginas finais, uma grande história curta em seu próprio direito, sugerem o que o romance poderia ter sido se Gattis tivesse permitido aqueles que eram mais do que perifericamente envolvidos na história em torno deles pudessem falar.
Todos Envolvidos (All Involved) – EUA, 2016
Autor: Ryan Gattis
Publicação: Intrínseca
Páginas: 384
Quatro Vidas de Um Cachorro | Confira o trailer do novo filme com Bradley Cooper
Hoje foi liberado o primeiro trailer de Quatro Vidas de Um Cachorro, baseado no livro de W. Bruce Cameron. Conta a história de Bailey (voz de Bradley Cooper) que está tentando entender o sentido de continuar voltando para a Terra depois de passar pra outra vida. A direção do longa fica por conta de Lasse Hallstrom que dirigiu filmes como Chocolate e Sempre ao Seu Lado.
Também estão no elenco Britt Robertson (O Maior Amor do Mundo), Josh Gad (Pixels), Dennis Quaid (Vegas), Peggy Lipton (Crash), Juliet Rylance (The Knick) e Logan Miller (Como Sobreviver a um Ataque Zumbi).
Confira o trailer legendado:
A estreia está prevista para o dia 26 de janeiro de 2017.
As histórias de bastidores do cinema mais assustadoras
1 – O Bebê de Rosemary (1968)
Clássico do terror, O Bebê de Rosemary acumula várias histórias estranhas de bastidores que podem ser tão assustadoras como o próprio filme. Começou com o diretor Roman Polanski recebendo uma carta com ameaças depois do filme ter sido lançado. O compositor da trilha sonora, Krysztof Komeda morreu em 1969 por conta de um coágulo no cérebro. No mesmo ano a mulher, Sharon Tate, de Polanski que estava grávida foi assassinada em sua própria casa a facadas num caso que ficou conhecido como “Helter Skelter”, onde mais quatro pessoas também foram assassinadas.
O mesmo grupo que matou ela, conhecido como Família Manson, na noite seguinte atacou outra casa. Matando o empresário Leno LaBrianca e sua mulher, Rosemary.
Mas as coincidências não terminam aí, “Helter Skelter” também é o nome de uma música dos Beatles. E anos depois desse caso John Lennon foi assassinado no mesmo prédio em que o filme foi gravado.
2 – O Exorcista (1973)
Desde sua estreia, O Exorcista se tornou um dos mais assustadores da História do Cinema. Pessoas saiam das salas de cinema extremamente assustadas e outras, passando mal, com vômitos e tudo mais. Houve registro de apagões durante a exibição do filme.
Porém não é só em tela que esse terror aconteceu. O cenário do filme pegou fogo misteriosamente, atrasando a produção durante seis semanas. Nove pessoas ligadas a produção (funcionários e parentes) morreram durante as filmagens, entre elas um guarda noturno e um dos responsáveis pelos efeitos especiais. Jack MacGowram que tinha um papel no filme também faleceu, depois de gravar todas as suas cenas. A atriz Vasiliki Maliaros, que interpretou a mãe do Padre Karras, também faleceu logo após a filmagem.
Além disso tudo, o elenco alegava barulhos estranhos nos sets e que tinham diversos pesadelos durante todo o período de gravação. O diretor do filme precisou chamar um padre para abençoar o set.
3 – Invocação do Mal (2013)
Em um determinado dia das filmagens a verdadeira família Perron foi acompanhar as gravações, porém, segundo relatos, um vento forte e insistente começou a soprar em torno da família (o vento atingia apenas dentro do set, porque o elenco reparou que as árvores da frente do local não se moviam). Carolyn, mãe e esposa na família Perron, não quis chegar perto do local da filmagem, mas depois desse caso ela que estava em casa teve um desmaio súbito e teve que ser levada ao hospital.
Alguns dias depois disso o hotel onde o elenco e a equipe de filmagem se hospedavam pegou fogo e teve que ser evacuado. Além disso o diretor James Was relatou que numa noite que estava trabalhando até mais tarde, seu cão começou a rosnar para uma parte vazia da sala.
A atriz Vera Farmiga, que interpreta Lorraine Warren, se recusou a levar o roteiro para sua casa depois de uma experiência ruim. Ela tentou lê-lo a noite em seu computador, porém apenas via na tela três barras que faziam parecer como se algum animal tivesse passado a pata na tela, “borrando” o roteiro inteiro a impedindo de ler.
4 – Annabelle (2014)
Inspirado na história real da possessão de uma boneca chamada Annabelle, as gravações do longa também se mostraram conturbadas.
Em determinada cena na qual o porteiro do prédio onde acontece as assombrações deveria morrer, durante o intervalo entre os takes, um refletor caiu sobre a cabeça justamente do ator que interpretava o porteiro.
5 – Possessão (2012)
O filme conta a história de uma garota com pais separados que ganha uma caixa de madeira que não poderia abrir. Porém ela abre e acaba possuída por um espirito maligno que estava preso na caixa.
Coisas estranhas aconteceram durante as filmagens do filme também, como lâmpadas misteriosamente explodindo assim que começavam a filmar e um incêndio na sala onde guardavam os adereços usados. Depois de uma investigação se concluiu que não foi causado nem por falha elétrica nem poderia ter sido provocado criminosamente por alguém. Nessa sala que pegou fogo e foi completamente destruída, estava a caixa usada no filme.
6 – Poltergeist (a trilogia original)
Aqui não foi apenas um dos filmes, mas a trilogia original inteira que foi assombrada. Vamos começar pela atriz que interpretou a irmã mais velha, no primeiro filme, que foi assassinada pelo ex-namorado, e pelo que se sabe ele colocou a trilha de Poltergeist para abafar os gritos da garota.
O ator Julian Beck, que interpretou o Reverendo Henry Kane no segundo filme, faleceu antes do lançamento do filme devido a um câncer de estômago que acreditava estar curado há mais de um ano. O ator que interpretou um nativo-americano que ajuda a família no segundo filme, também faleceu.
Mas o caso mais chocante foi a morte de Heather O’Rourke que tinha apenas 12 anos, atriz que interpretou a garotinha protagonista Carol Anne na trilogia. Depois do final das gravações, ela acordou com o pé inchado e os dedos roxos. Sua mãe a levou para o hospital, mas a garota sofreu um ataque cardíaco no caminho e não resistiu.
7 – O Corvo (1994)
Durante as gravações do filme, o ator principal Brandon Lee deveria gravar uma cena onde era atingido por uma bala. A arma deveria estar carregada com festim, mas na verdade continha vestígios de uma bala de verdade que acabou atingindo Brandon no abdômen e o matou.
Em outro momento das gravações, o cenário principal pegou fogo depois de uma tempestade o destruindo completamente. Um carpinteiro que trabalhava no set acabou louco e jogou o carro sobre uma sala do estúdio onde guardavam os adereços, destruindo essa ala também.
8 – Horror em Amityville (1979 e de 2005)
O filme lançado em 1979 conta a história da família Lutz que se muda para uma casa em Amityville. Eles começam a passar por diversas experiências sobrenaturais e acabam descobrindo que a última família inteira a morar naquela casa havia sido assassinada nela. O filme teve uma refilmagem que foi lançada em 2005.
Porém não foi apenas um set que teve histórias assustadoras de bastidores, mas os dois. Antes da filmagem do primeiro filme, o ator James Brolin que se dizia ser cético levou um susto quando estava em casa, estudando o livro que inspirou o filme, viu uma de suas calças caírem sozinhas de seu cabide, que estava na frente dele. Fazendo o pular e bater a cabeça da parede se machucando. Apenas depois disso ele aceitou o papel.
A história dos bastidores da refilmagem é mais assustadora. Logo nos primeiros dias de filmagem um corpo foi encontrado perto da casa onde filmavam. Durante a filmagem o elenco começou a acordar exatamente às 03:15 involuntariamente, sendo esse exatamente o horário que a família que inspirou a história morreu.
9 – A Profecia (1976)
A Profecia conta a história de Robert Thorn que trocou seu próprio filho nascido morto por outro bebê, para que sua mulher não percebesse. O que ele não esperava é que esse novo bebê era o próprio filho do demônio.
Curiosamente dias antes das gravações do filme o pai do protagonista, Gregory Peck, se matou com um tiro na cabeça. Mesmo assim, Gregory viajou para a Inglaterra com a equipe para poderem começar a filmar. O avião em que estava foi atingido por um raio, mas não teve maiores danos. O estranho é que o outro avião que estava a equipe de produção também foi atingido por um raio durante a viagem nesse mesmo dia.
Gregory acabou cancelando de última hora uma viagem enquanto ainda tinha gravações do filme e soube depois que o avião havia sofrido um acidente matando todos a bordo.
Durante as gravações o responsável pelos efeitos especiais e Liz Moore que também fazia parte da equipe, sofreram um acidente de carro onde ele não teve ferimentos graves, mas ela acabou decapitada. O estranho é que esse acidente foi muito parecido com uma cena que tem no filme.
10 – No Limite da Realidade (1983)
A história do set de No Limite da Realidade é mais trágica que assustadora. O ator Vic Morrow interpretava um soldado que tinha a missão de resgatar duas crianças de uma vila que pegava fogo, mas durante a gravação a cena, o piloto do helicóptero que seria usado para resgatar as crianças perdeu o controle do mesmo. Fazendo o cair sobre o elenco, decapitando Vic Morrow e a atriz mirim Mynca Dihn que interpretava uma das crianças.
Artigo | Conhecendo os personagens de Esquadrão Suicida
A equipe de super vilões da DC Comics teve sua primeira aventura na HQ Legends #3 no ano de 1986. E agora em 2016 o grupo está ganhando um longa totalmente dedicado e nós do Bastidores montamos uma lista com os principais personagens e um pouco da história de cada um. Confira!
“Coringa” – Jared Leto
O Coringa sem dúvida é o personagem mais conhecido. Apareceu pela primeira vez em 1940, no primeiro número da HQ do Batman. Muitas hipóteses de origem pra esse personagem já rolaram, mas a mais conhecida é a que está em A Piada Mortal, na qual Coringa é apresentado como um humorista mal-sucedido que começa a se envolver com criminosos, adotando o nome de Capuz Vermelho numa missão onde tinha que roubar uma fábrica de baralho (por isso o nome Coringa, claro!). Porém a missão não dá certo e ele cai em um tanque com substâncias não identificadas e se torna quem conhecemos hoje.
Essa HQ, A Piada Mortal, do Alan Moore foi publicada em 1988 e ganhou esse ano uma animação. Porém o Coringa já apareceu em diversas adaptações seja para o cinema, para a TV e até em jogos.
Mesmo já tendo sido desenhado por mais de um quadrinista é obvio que cada um iria retratar esse personagem de forma mais adequada ao seu estilo e à HQ, porém ele sempre tem uma aparência que lembra um palhaço louco, cara branca, boca pintada de vermelho e cabelo verde vestindo um paletó roxo.
Não tendo nenhum super poder, o Coringa é muito mais um manipulador com grande resistência física e extremamente inteligente para criar suas próprias armas, como cartas de baralho com pontas cortantes. Porém algo que sempre usa são explosivos e facas.
Dicas: HQ - Batman #1 (1940), FILME - Batman – O Cavaleiro das Trevas, HQ - Batman: A Piada Mortal (1988)
“Arlequina” – Margot Robbie
Harleen Quinzel, ou mais conhecida como Arlequina, apareceu pela primeira vez na animação Batman: A Série Animada no episódio #22 “Um favor para o Coringa”. Servindo inicialmente quase como uma versão feminina do Coringa, a sua origem só foi pensada uns anos depois da estreia por Paul Dini que lançou a HQ The Batman Adventures: Mad Love em 1994. Nela Harleen era uma excelente ginasta no colégio e por isso ganhou uma bolsa de estudos para estudar Medicina na Universidade de Arkham. Formada, foi trabalhar como psiquiatra no manicômio de Arkham onde o Coringa se torna seu paciente e lhe conta uma história triste de sua “infância infeliz” fazendo ela se apaixonar perdidamente por ele. Com isso acabou ajudando o Coringa a fugir várias vezes. Porém depois de uma luta do Coringa com o Batman que ele é levado novamente a Arkham todo ferido, ela acaba entrando em loucura e entra escondida no manicômio vestida de arlequim para “resgatar” novamente seu amor. Esse traje de arlequim acaba se tornado uma das marcas da personagem.
Quanto ao relacionamento dela com o Coringa, bom claro que é extremamente complexo e abusivo por parte dele, que sempre acaba se aproveitando da louca paixão dela. Mas não é como se ela não soubesse de tudo isso, tanto que ela acaba terminando com ele algumas vezes. Em uma delas ela conhece a Hera Venenosa e acabam virando, de certa forma, amigas.
Mesmo Harleen sendo uma personagem complexa e que acaba sempre ganhando o público, ela não costuma aparecer tanto. Ela teve algumas aparições nos jogos da série Arkham e na série Birds of Prey de 2002.
Entre suas principais habilidades, possui muita agilidade física, além de ser uma incrível lutadora. Conta algumas armas famosas, como a enorme marreta e taco de baseball.
Dicas: JOGO - Arkham City (2011), HQ - The Batman Adventures: Mad Love (1994) e DESENHO ANIMADO - Batman: A Série Animada (1992).
“El Diablo” – Jay Hernandez
Já existiram três El Diablo nas histórias em quadrinhos. O primeiro sendo Lazarus Lane, surgindo nos quadrinhos em 1970, era um bancário que depois de ser atacado por assaltantes entra em coma, mas acaba se recuperando como um milagre (referência a Lázaro, personagem bíblico) e decide se tornar um vigilante.
O segundo chamava-se Rafael Sandoval e era um motoqueiro e boxeador que em um momento decide começar a combater o crime com uma máscara se alto denominado de El Diablo.
O terceiro e a versão que aparece no filme Esquadrão Suicida se chama Chato Santana. Antes de se tornar El Diablo, fazia parte de uma gangue que numa de suas missões não dá muito certo e ele vai parar no hospital onde encontra com Lazarus, sim o primeiro El Diablo. Ele, próximo do óbito, transfere seus poderes à Chato, o tornando o novo El Diablo.
Suas habilidades são basicamente controle total do fogo, podendo manipular e gerar fogo. Uma das principais características desse personagem são as várias tatuagens espalhadas por seu corpo, mas elas têm uma explicação. Cada vez que ele lança uma chama uma tatuagem some, por isso acaba sempre fazendo mais alguma.
Dicas: DESENHO ANIMADO - Liga da Justiça Sem Limites (2004), HQ - All-Star Western #2 (1970).
“Crocodilo” – Adewale Akinnuoye-Agbaje
Waylon Jones, ou Crocodilo, apareceu a primeira vez nos quadrinhos em 1893. Possuía uma doença genética que fez sua pele ficar parecida com um réptil.
Ele foi criado desde criança por sua tia, que não ligava muito para ele. Até que um dia ele a mata, resolvendo sair vivendo uma vida de crimes. Depois de um tempo nessa vida ele acaba se tornado o chefão do crime de Gotham City. Se tornando obviamente vilão do Batman.
Porém sua doença não lhe dá apenas a aparência de réptil, mas algumas habilidades como alta resistência, força e velocidade. Com uma pele quase impenetrável, ele também já mostrou que pode se regenerar. Além claro de reflexos sobre-humanos, consegue ter vantagem dentro d’água assim como um crocodilo de verdade.
Dicas: HQ - Detective Comics #523 (1937), HQ - Batman #357 (1983).
“Pistoleiro” – Will Smith
Aparecendo a primeira vez na HQ Batman #59, Pistoleiro é o codinome de Floyd Lawton um assassino de aluguel que vai à Gotham City como uma espécie de vigilante. Porém em certo momento o histórico de criminoso dele é revelado e ele começa a ser caçado pelo comissário Gordon.
Quando criança, Floyd vivia nas sombras de seu irmão mais velho, porém, em certo dia, a mãe deles pede que matem seu pai que era extremamente abusivo. O garoto, sabendo que isso não era certo, pega uma arma e se esconde, com a ideia de atirar na arma do irmão mais velho e assim impedir que o mesmo se tornasse o assassino do próprio pai. Mas acaba errando o tiro e acertando no irmão e abalado jurou nunca mais errar um tiro na vida.
Entre suas principais habilidades está a de saber lidar muito bem com todos os tipos de arma, tanto armas brancas como facas e espadas tanto as armas de fogo. Mesmo não sendo um excelente lutador, não podemos ignorar que consegue ser bom até em lutas corporais. Tendo sofrido uma lesão em um dos seus olhos, o Pistoleiro usa um aparelho biônico nesse olho que melhorou sua mira.
Mas talvez sua principal característica é o desejo de morrer dignamente.
Dicas: HQ - Batman #59 (1950), JOGO - Batman: Arkham Origins (2013)
“Magia” – Cara Delevingne
Também conhecida como Encantadora, Magia apareceu a primeira vez na HQ Strange Adventures #187 de 1966.
June Moone era uma artista que foi convidada para uma festa a fantasia em antigo castelo, mas acaba encontrando um ser mágico que lhe dá poderes para derrotar algo de ruim que estava lá. Com isso seus cabelos antes loiros se tornam pretos e ela se torna Magia uma poderosa feiticeira.
Ela pode até não parecer uma vilã, mas logo na sua segunda aparição nos quadrinhos o poder toma conta dela de vez e ela acaba por brigar com a Supergirl.
Sua principal habilidade obviamente é poder usar magia para diversas coisas, incluindo curar e teletransporte.
Dicas: HQ - Strange Adventures #187 (1966), ANIMAÇÃO - Liga da Justiça: Ponto de Ignição (2013)
“Capitão Bumerangue” – Jai Courtey
Um dos principais vilões do Flash, apareceu a primeira vez na HQ The Flash #117 em 1960. George "Digger" Harkness ele se muda para os Estados Unidos para trabalhar como mascote de uma empresa de brinquedos que fabricava bumerangues, se tornando então o Capitão Bumerangue.
O problema é que essa mesma empresa é apropriada por seu pai biológico que não o tinha reconhecido como filho legítimo. Então decepcionado, George começa a cometer crimes com sua fantasia de Capitão Bumerangue.
Sem nenhuma habilidade física, ele é mestre em fabricar seus bumerangues com efeitos. Desde explosivos até com magnetismo.
Dicas: HQ - The Flash #117 (1960), SÉRIE - Arrow, terceira temporada (2014)
“Amarra” – Adam Beach
Sua primeira aparição se deu na HQ Fury of the Firestorm #28. Seu nome real é Christopher Weiss e trabalhou numa empresa química que desenvolvia produtos para criação de cordas que durassem mais. Por trabalhar com bastante tempo nessa empresa ele acabou adquirindo uma grande habilidade de lutar com cordas.
Com isso acabou sendo contratado para matar um herói, acaba falhando e sendo preso.
Dicas: HQ - Fury of the Firestorm #28 (1984)
“Katana” – Karen Fukuhara
Tatsu Yamashiro depois de ter seu marido e filhos assassinados começa a se dedica às artes marciais para poder vingá-los. Nessa trajetória ela acaba encontrando uma espada mágica chamada Katana que poderia absolver as almas das vítimas que ela atacava, logo ela começa a usar essa espada e adota o nome de Katana como seu.
Sua principal arma obviamente é a espada Katana, mas ela tem uma enorme habilidade nas artes marciais. Aliou-se ao Batman e aos Regenerados nos quadrinhos para combater a máfia japonesa.
A primeira aparição da personagem se deu na HQ The Brave and The Bold #200 (1955), mas já apareceu em algumas animações e até em videogame.
É talvez a única personagem que não fez parte do Esquadrão Suicida nos quadrinhos, apenas no filme.
Dicas: HQ - The Brave and The Bold #200 (1955), JOGO - Infinite Crisis (2015)
“Rick Flag” – Joel Kinnaman
Rick Flag é o nome de três personagens nos quadrinhos, sendo Rick Flag, Rick Flag Jr. e Rick Flag III (pai, filho e neto). O primeiro Rick Flag era um soldado que se tornou líder do Esquadrão Suicida, e seu filho Rick Flag Jr seguiu seus passos se tornando líder do grupo.
Apesar de ser líder do grupo, Rick não nunca gostou de muitos ali o que torna o relacionamento deles um pouco complicado.
Sendo um militar ele tem um ótimo preparo físico e sempre pronto para o combate. Além de ser muito bom com armas de fogo.
Dicas: DESENHO ANIMADO - Liga da Justiça Sem Limites (2004), SÉRIE – Smallville, décima temporada (2010)
“Amanda Waller” – Viola Davis
Amanda Waller é a responsável por formar e comandar o Esquadrão Suicida. Depois do trauma de ter seu marido e dois filhos mortos, ela foge para se estabelecer em Washington, D.C e Metropolis adquirindo um doutorado em ciência política e começando a trabalhar no Congresso.
Com isso ela acaba ganhando influência e contatos na Casa Branca o que permitiu a criação do grupo mais improvável “heróis”.
Ela não possui nenhum super poder, porém toda a sua inteligência e até arrogância ela consegue comandar e deixar na linha todos do grupo. Mas claro que isso lhe deu alguns conflitos nesse período todo, principalmente com seus superiores.
Sua primeira aparição foi também a primeira aparição do grupo nos quadrinhos, na HQ Legends #1 de 1986.
Dicas: HQ - Legends #1 de 1986, DESENHO ANIMADO - Liga da Justiça Sem Limites (2004).