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Crítica | O Rei Macaco – Uma Aventura Mágica – desafiando os limites

Não é de hoje que filmes retiram de lendas locais suas histórias, sendo nos mitos ou até mesmo propriamente nos folclores regionais. Nas animações não acontece de forma diferente, pois um simples mito é o suficiente para dar início ao desenvolvimento a um roteiro que se torne uma aventura intrigante, pronta para prender a atenção do público.

Na animação chinesa O Rei Macaco – Uma Aventura Mágica não é diferente. O roteiro utiliza de uma fórmula já vista em outras produções do gênero, mas que se perde no desenvolvimento de sua narrativa, para dizer o fundamental: a animação não tem nada de original em sua ideia principal. De início parece que vai desenvolver uma ideia razoável em relação ao roteiro, mas cai na armadilha ao tentar ser uma cópia mal feita Toy Story com uma junção de Detona Ralph.

Há uma oportunidade perdida, essa é a realidade. De início o protagonista macaco até que se mostrava simpático, tinha uma ambição em se tornar o Rei Macaco, mas a ideia dele ser um brinquedo é muito brega e não faz o menor sentido, fora que a história se torna completamente ambígua e de duplo desenvolvimento, tanto que o diretor não soube o que fazer com a narrativa em relação ao que abordar sobre os dois temas e acabou dando mais destaque a busca do personagem dele em ser um Rei Macaco.

Em relação a narrativa o principal problema é jeito que tudo acontece na história, já que tudo é feito de forma atropelada. O roteiro não tem um trabalho pensado em desenvolver os diálogos dos personagens nem as situações que estão sendo apresentadas. Um exemplo é o protagonista macaco que acredita ser o Rei Macaco. Isso não há um motivo claro do porquê de ele se achar o Rei Macaco, e outra situação forçada é quando o roteiro faz de tudo para os personagens saírem desse mundo inanimado que estão e irem para outro e ainda criam dois vilões, parece que tudo aquilo foi ali jogado no roteiro.

O mundo imaginário concebido em si é até que bem desenvolvido e é um ponto positivo, assim como o design dos personagens, nem parece uma animação chinesa se for pensar nesse lado do design. Nesse quesito houve uma melhora considerável em relação a outras produções do gênero já feitas pelo país.

Se for levar em conta este critério de avaliação e comparar com produções de outros países não há uma mudança muito grande, mas há pelo menos uma força de vontade maior em tentar aprender com erros do passado e também há uma demonstração grande de que os diretores estão melhorando seus traços. O Rei Macaco é uma nova abordagem para uma história clássica que já foi vista várias vezes no cinema, não empolga, mas que deve ter o seu público específico.

O Rei Macaco – Uma Aventura Mágica(Monkey Magic, 2018, China)

Direção: Xihai Ma
Roteiro: Xihai Ma
Gênero: Animação
Duração: 90

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Publicado por Gabriel Danius

Jornalista e cinéfilo de carteirinha amo nas horas vagas ler, jogar e assistir a jogos de futebol. Amo filmes que acrescentem algo de relevante e tragam uma mensagem interessante.

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