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Crítica | Super 8

publicado por Avatar Matheus Fragata 07/07/2016, 18:13 1k Leituras

Muitos espectadores devem ter se perguntado  que raios é um Super 8 ao descobrir a existência do novo filme de J.J. Abrams. Pois bem, eis que Super 8 era um formato cinematográfico popular entre os anos 50, 60, 70 e 80 graças aos esforços da Kodak. É uma película de oito milímetros que captura imagens em preto e branco, cores e até acompanhadas de áudio em câmeras mais recentes. O formato da película atingiu uma popularidade assustadora entre os jovens por causa de sua grande acessibilidade. Estudantes gravavam filmes amadores para suas escolas e cidadãos usavam as câmeras do formato para uso doméstico produzindo vídeos caseiros. Atualmente, as filmadoras deste tipo de filme deixaram de ser fabricadas. Entretanto, a Kodak ainda disponibiliza rolos de Super 8 sendo encontrados com relativa facilidade na Inglaterra. Bom, já o filme… Ele é um sentimento nostálgico muito divertido e bem realizado.

Joe, Alice, Charles, Cary, Martin e Preston são pré-adolescentes que acabaram de entrar em férias. Comisso, Charles encontra a oportunidade de concluir seu filme sobre zumbis rodadoem película Super8. Então, as seis crianças combinam de se encontrar na estação de trem da cidade em que  moram para rodar uma determinada cena. Chegando lá, Charles dá ordens para iniciar a gravação assim que um trem passa ao lado da estação a fim proporcionar um alto “valor de produção”. Enquanto eles gravam a cena, um carro colide com o trem provocando um violento descarrilamento. Entretanto, o trem era da força aérea e a carga que continha foi liberada. Essa carga é viva e não pertence ao nosso mundo. Agora, a criatura começa a aterrorizar a cidade de Lílian e cabe às crianças sobreviverem a seus ataques enquanto o exército se mobiliza para capturar o infame alienígena.

Ligeiras ideias que fazem toda a diferença…

J.J. Abrams fez uma baita compilação no roteiro de “Super8”. É clara a inspiração tirada diretamente de vários filmes de Steven Spielberg, produtor do longa. Definir o filme é uma tarefa fácil – é uma mistura de cenas e conflitos de “Contatos Imediatos de Terceiro Grau”, “Jurassic Park”, “E.T. – O Extraterrestre” e até mesmo de “Os Goonies”. Ele não se ocupa em criar uma narrativa unicamente original, ela é sim repleta de clichês. Entretanto, isso não afeta negativamente o desenvolvimento do longa. Graças a essa revisitação de conflitos já explorados em outros filmes, Abrams garante uma sensação nostálgica completamente única a seu filme.

O mais legal do roteiro de Abrams é sua fluidez assustadora. O roteirista não enrola ao entregar os conflitos majoritários logo no início da história. Ou seja, o filme é muito rápido e sacia a curiosidade do espectador a cada cena graças o desenvolvimento inteligente de cada plot. Abrams também não deixa de surpreender o público com o destaque conferido ao sub plot amoroso do filme que acaba se tornando mais interessante que o conflito principal do filme – o alien comporta-se mais como um brinde para o espectador.

A história de romance juvenil proibido entre Joe e Alice é simplesmente encantadora e muito bem explorada. Joe é um garoto completamente retraído graças a um motivo que não irei revelar – Joe funciona como o típico protagonista ofuscado pelos coadjuvantes. Entretanto, sua confiança e coragem retornam aos poucos conforme seu relacionamento com Alice fica mais estável.

Já Alice é o completo oposto de Joe. É independente, corajosa e orgulhosa, mas ainda carrega indiretamente a culpa de uma fatalidade que considera ter sido causado pelo seu pai. Eis que entra outro conflito – o que ocorre entre Louis Dainard, pai de Alice, e Jackson Lamb, pai de Joe. Jackson, o delegado da cidade, é um personagem desacreditado que projeta sua ira e decepção em Louis, acabando por afetar diretamente o relacionamento de seu filho com Alice. Jackson se preocupa tanto em proteger tudo e a todos graças ao desastre que ocorre em sua vida, que acaba se  esquecendo do próprio filho, deixando-o completamente estranho e alienado de sua vida. Prova disso são diálogos incômodos entre os personagens. Entretanto, Abrams releva em excesso esse conflito entre os pais dos garotos para solucioná-lo de maneira bem simplória o que pode decepcionar alguns. A situação final era perfeita para criar um clímax digno para esse conflito bem construído. O roteirista, além de explorar essa relação de pai/filho típica de filmes de Spielberg, tenta mistificar a figura da mãe de Joe através do colar que se comporta como um talismã para o personagem. Aliás, relações em ambientes familiares não faltam a narrativa de “Super8”. Um exemplo disto é a divertida família Kaznyk.

Os amigos de Joe são outras peças raras contando com um carisma inestimável. Abrams trabalhou com estereótipos inspirados nos personagens juvenis de “Os Goonies”. Com coadjuvantes tão bons, Abrams encontra a oportunidade de inserir um grande trunfo de seu roteiro, o humor essencialmente inocente e juvenil. O roteirista entende muito bem a essência conturbada da pré-adolescência. Em tal fase da vida, é comum soltar piadas em horas completamente inapropriadas, descobrir e decepcionar-se com o primeiro amor, decidir o que fazer da vida e finalmente, a constante busca pelo reconhecimento de todos. Todas essas características estão presentes no psicológico dos amigos de Joe, principalmente no de Charles. Interessante, também, a distinta metalinguagem de seu roteiro. Através dela, ele apresenta ao público atento o funcionamento de departamentos cinematográficos como maquiagem, efeitos visuais, fotografia e direção.

Outro aspecto que Abrams soube trabalhar muito bem desde o início de sua carreira é o mistério. Neste caso, o suspense que envolve a figura emblemática do alienígena. Isto aconteceu na primeira temporada de “Lost” e em “Cloverfield”. Aqui a história não poderia ter sido diferente. Ele trabalha com os estranhos efeitos que ocorrem na cidade após a libertação da criatura. Desaparecimentos de animais, pessoas, eletrodomésticos e da própria eletricidade do local são meros exemplos do pandemônio que o alien causa aos cidadãos de Lilian que culpam, inocentemente, os comunistas. O ET de Abrams não é uma criatura bondosa como o ser “ET phone home”. Ele mata deliberadamente e violentamente quem se tornar um obstáculo para atingir seus objetivos, afinal está desesperado.

Abrams lança uma relação de causa e efeito na psique conturbada do extraterrestre. O personagem está cansado, irritado e só quer voltar em paz para seu planeta, porém o exército está convicto em recuperar sua carga para continuar a torturá-lo. Com isso, Abrams faz uma crítica muito subjetiva questionando os métodos manipuladores, perigosos, covardes e conspiratórios das forças armadas dos EUA, além da própria essência destrutivamente curiosa do homem. Abrams cria características muito interessantes ao seu novo alien. Ele sugere que a comunicação do ser é feita telepaticamente através do tato. Porém, o roteirista não explica isto muito bem. Ainda tenho dúvidas se o receptor da mensagem tem direito a uma réplica para o alien. E por que lançar uma ideia de que o monstro causa interferência em dispositivos eletrônicos sendo que isso acabou completamente alheio ao arco narrativo do personagem? Ele tentou criar uma história de ficção científica excelente, mas não era preciso extrapolar a ponto de não saber o que fazer com tantos elementos.

Crianças cineastas

O elenco de “Super 8”é muito bom chegando até a surpreender por parte das crianças. Joel Courtney interpreta Joe Lamb. Courtney é um ator de expressões sucintas que necessitam de atenção do espectador para percebê-las. Um exemplo disto é quando Charlie avisa Joe que chamou Alice para atuar em seu filme. Naquele instante, Courtney libera uma expressão muito natural e contida dando a dica que seu personagem é afim de Alice. Ele carrega certo semblante de tristeza em seu olhar e em sua postura franzina. Transmite perfeitamente a angústia e a incerteza do personagem para o espectador. Faz isto com tanta competência que consegue emocionar ao explicar como devemos superar as adversidades impostas pela vida. Já quando contracena com Fanning, ele toma um ar misto de euforia contida, vergonha, nervosismo e de muita inocência. Aliás, inocência é o que não falta no psicológico de Joe.

Foi a primeira vez que vi Elle Fanningem cena. E, parece que toda a família Fanning tem talento para a atuação. Arrisco até a dizer que ela poderá superar sua irmã em um futuro próximo. Fanning também trabalha com expressões sutis que constroem o perfil da personagem tapando alguns buracos do roteiro. Quando a garota se encontra em cena com Ron Eldard, o ator das expressões desesperadas, rapidamente sua feição fica ligeiramente assustada dando a entender que sua relação com o pai não é uma das melhores. Ela também consegue disfarçar a paixão de sua personagem por Joe. Fora isso, Elle consegue envolver o espectador em sua aura de atuação mais do que qualquer outro ator do elenco. Isso é evidente quando Charles grita “corta” para encerrar a cena de seu filme. Entretanto, algumas vezes a atriz não consegue gritar o suficiente quando Alice corre perigo.

Riley Griffiths revela uma veia cômica excelente em sua atuação como Charles. Ele diverte a todo instante com seu personagem mandão, preocupado e insatisfeito. Seutiming supera o de vários comediantes atuais formados. Em um momento em que os garotos tentam abrir uma porta, ele começa a tagarelar rapidamente que é impossível abri-la com um tom choroso típico da idade dos personagens. Também solta frases do tipo “I don’t wanna die” no meio do caos. Estes exemplos podem ser encarados como momentos clássicos em que a teatralidade do ator fica bem elevada, entretanto ele consegue tornar isso fluido e nem um pouco indigesto para a cena.

Outro ator jovem que é excelente é Gabriel Basso interpretando o covarde Martin. O caráter de seu personagem é muito interessante. Mesmo sendo covarde, chorão e ter o hábito de vomitar quando nervoso, Martin acompanha os garotos em todos os momentos de risco da narrativa. Muito diferente de Preston, personagem interpretado por Zach Mills, que é o garoto mais acomodado e distante do grupo. Ryan Lee interpreta o esquisitão piromaníaco Cary. Lee trabalha com expressões de muita animação transparecendo todo o prazer que seu personagem sente ao explodir objetos.

O elenco adulto não consegue superar o carisma das crianças. Kyle Chandler não compromete como o pai de Joe, mas também não cativa o espectador. Noah Emmerich passa o ar detestável do militar Nelec com eficiência, tornando-o um personagem bem cruel que não regula recursos para conseguir informações importantes. E que dicção monstruosa que Glynn Turman confere ao Dr. Woodward. A elocução de suas falas carregadas de preocupação e um singelo ódio são de arrepiar. Destaque para David Galagher interpretando o idiota Donny.

Concepção elétrica!

Fiquei surpreso ao descobrir que o diretor de fotografia do longa seria Larry Fong. Para os esquecidos, ele é o responsável pelo auxílio na entrega das imagens fantásticas de “300”, “Watchmen” e “Sucker Punch” – filmes de Zack Snyder. Entretanto, Fong refez parceria com J.J. Abrams adequando sua fotografia novamente ao estilo do diretor. Fong inicia seu trabalho ao saturar levemente as cores do longa sem manter nenhum padrão de cor em cenas exteriores. Graças a essa escolha de deixar o filme um pouco mais colorido, o cineasta garante o espírito jovem da história.

Nas cenas interiores, o fotógrafo trabalha com iluminações comuns. O amarelo e o azul são presentes na paleta fotográfica de “Super8”. Nessas cenas interiores que esses tons predominam, é possível conferir uma modelagem mais atenciosa à incidência da luz, no contorno e na projeção de sombras. Aliás, Fong arrisca brincar com projeções de sombras em algumas cenas em uma evidente referência a “Cloverfield”. O cineasta também agrada J.J. Abrams com inúmeras tomadas repletas de contraluz. Esse efeito artístico é expressivo em praticamente todas as cenas noturnas. O curioso é que Fong usa a contraluz sem a finalidade de construir silhuetas. Entretanto, existe uma transformação fotográfica inspiradíssima na cena mais legal do filme, o descarrilamento do trem.

Nesta cena, Fong usa e abusa dos famosos flares e flashes de luz clássicos em filme de Abrams. Além disto, o contraste gerado pelo vermelho rosado das explosões com o forte azul da noite confere uma beleza inestimável à cena. Fong também trabalha com uma incidência bem forte na iluminação desta parte. Outra característica constante na fotografia de “Super 8” são as superexposições de luz que refletem nas lentes das câmeras ocasionando periodicamente alguns feixes luminosos horizontais na imagem. O efeito é muito bem feito e fantástico de se conferir. Novamente, Fong consegue criar uma identidade visual para outro trabalho seu. Essa superexposição proporciona um ar cósmico, místico e mágico – a atmosfera arrebatadora do longa.

Outra característica notável no trabalho do cinegrafista é a junção de seu trabalho com outra área muito importante de todos os filmes, o departamento elétrico.  Graças a essa fusão comum, porém poucas vezes notada, Fong consegue oscilar violentamente a luz das lâmpadas do cenário. Com isso, o cinegrafista insere um tom ameaçador, instável, perigoso e tenebroso a diversas cenas, além de uma modelagem de iluminação única. Esse truque fotográfico era muito popular em filmes dos anos 80 e 90 – “Indiana Jones” e “Jurassic Park” são exemplos disto.

A direção de arte é exemplar na composição de vários cenários, inclusive ao da cidadezinha de Lílian. Assistir a “Super 8”é como viajar no tempo de volta para os anos 80. Alanchonete local, o quarto completamente apaixonado por filmes slasher de terror, os carros, lojas de conveniência, as casinhas e, lógico, a câmera Super 8, estão lá para satisfazer sua possível saudade desta época. O departamento também não decepciona ao recriar galerias subterrâneas e a destruição massiva do pós-descarrilamento. Os efeitos visuais também dão um baile de qualidade. Seja no clímax “originalíssimo”, no descarrilar o trem ou na concepção artística fantástica do alienígena.

Nem tão “Super”, mas eficiente ao extremo

A música de Michael Giacchino já se apresenta como um elemento importantíssimo ao filme logo no início quando as estrelinhas da Paramount dançam na tela do cinema. No início, seu violino é de arrepiar, mas depois o efeito passa assim como a música começa a deixar de surpreender. Giacchino não se esforça em criar composições longas – a maioria das músicas do filme não chega à marca dos minutos. Porém, não posso negar que elas são inspiradas e marcantes. Claro que Giacchino não consegue superar o tema icônico de John Williams para “E.T. O Extraterrestre”, mas está no caminho certo.

Várias composições de sua trilha são variantes do interessante tema principal do filme. É interessante notar que esses desdobramentos da trilha são construídos por escalas rítmicas e crescentes de violino. Com isso, o compositor cria uma atmosfera sufocante e extremamente tensa e melancólica. É como se a violenta música oferecesse um perigo real para as crianças. Entretanto, conforme o tema toca, ele muda subitamente a atmosfera sombria de sua música para uma cheia de esperança e alegre. Às vezes, Giacchino utiliza sinos e pianos para escapar da mesmice com o violino e trompetes. No final, essas composições que contam com mais instrumentos são as que mais conquistam.

A trilha licenciada é diretamente retirada do final dos anos 70. Ela conta com “Le Freak” do Chic; “Easy”dos Commodores; “Bye Bye Love” do The Cars; “Heart of Glass” de Blondie e “Don’t Bring Me Down” da Electric Light Orchestra.

A Conquista de um Sonho

J.J. Abrams sempre teve um interesse por alienígenas. Não é difícil perceber que em seu currículo encontram-se projetos que envolvem aliens. Seja em “Star Trek” ou “Cloverfield”, Abrams sempre enfiava um ET no meio do enredo. Agora, em “Super8”isto fica mais que evidente. Além disto, outro grande sonho do cineasta era trabalhar com Steven Spielberg. Obviamente, Spielberg não resistiu à oferta de participar de um projeto com um roteiro tão semelhante aos seus trabalhos iniciais.

O cineasta mostra uma maestria impecável ao orquestrar a sequência do descarrilamento do trem. Esta é uma cena que entrou para a história do cinema. Ela é consideravelmente longa, complexa e cheia de recursos para tornar a atmosfera única. Abrams explode tudo e joga névoa, terra, madeira e metal em cena enquanto grava com diversos planos holandeses para ilustrá-la. Assim, Abrams ensina ao senhor Michael Bay como envolver o espectador nessas cenas catástrofe. Afinal, de nada adianta explodir o mundo se o espectador pouco se lixa para os personagens. Evidentemente, este não é o caso.

Outra mania de Abrams é ocultar o ser alienígena de todas as maneiras possíveis. Placas, copas de árvores, cacos de vidro, reflexos, sombras são alguns exemplos de como o diretor esconde o monstro. No final, revela sua criatura por alguns momentos, porém utiliza um recurso muito desesperado para humanizá-la. Curiosa, também, a técnica de rápidos enfoques que o cineasta realiza em diversas cenas. Isso pode ser encarado negativamente porque chama a atenção do espectador para a câmera. Entretanto, o resultado confere um estilo brilhante à imagem.

O cineasta falha apenas nas dicas visuais que concede ao público. Graças a essas dicas, Abrams torna o longa previsível em alguns momentos- chave. Porém, é fácil pensar que você está assistindo a um filme de Spielberg, ao invés de uma obra conduzida por Abrams graças a enorme semelhança na direção dos dois. O desfecho do filme é igualzinho ao de “E.T. – O Extraterrestre” e “Contatos Imediatos de Terceiro Grau”. Outra cena que se passa em um ônibus é praticamente igual a um segmento de “Jurassic Park – O Mundo Perdido”. Com isso, Abram perde a oportunidade de criar cenas originais de seu longa excluindo a tão comentada cena desastre. Já atmosfera de seu filme é muito envolvente.

O suspense das cenas que acompanham o alienígena é arrebatador. Abrams pensa com cuidado a arquitetura visual e sonora destas partes. Seja nos gritos atordoantes do monstro, em objetos voando ou no ritmo irregular do barulhinho da bomba de gasolina, o diretor enerva a curiosidade de seu público ávido em descobrir o que irá acontecer. Outro aspecto positivo da direção de Abrams é seu trabalho com o elenco infantil. Sua mão certeira tornou a comédia fluída e a tragédia emocionante. Não posso esquecer-me da velocidade monstruosa do longa. Ele deve ser o filme mais rápido que já vi, não por sua duração, mas pelo manejo exemplar de seu ritmo. Abrams provou ser um mago em experiência cinematográfica tanto em envolver o espectador como em seu divertimento.

Super Clichê, Super Nostálgico!

Não há duvidas que “Super 8”é repleto de clichês, porém isto não é encarado de maneira negativa tornando o longa um caso raríssimo. Ele é um ótimo entretenimento envolvente e divertido. As atuações mirins são excelentes e a música não compromete. Além disto, conta com uma fotografia que desenvolve uma identidade visual única para o longa. O filme é uma viagem fabulosa para os anos 80 que lhe trará certa nostalgia, mas não se preocupe, pois você sairá satisfeito da sessão. Aliás, fique durante os créditos para conferir um curta rodado no formato original Super 8. Quando chegar a casa, provavelmente você vai sentir que assistiu a um ótimo filme sobre aliens. Entretanto, a necessidade de rever a um excelente filme sobre ETs pode surgir e ele, certamente, será obra Steven Spielberg.

Super 8 (Idem – EUA, 2011)

Direção: J.J. Abrams
Roteiro: J.J. Abrams
Elenco:  Joel Courtney, Elle Fanning, Riley Griffiths, Ryan Lee, Gabriel Basso, Zach Mills, Kyle Chandler, Ron Eldard
Gênero: Ficção Cientifica 
Duração: 112 min.

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Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema seguindo o sonho de me tornar Diretor de Fotografia. Sou apaixonado por filmes desde que nasci, além de ser fã inveterado do cinema silencioso e do grande mestre Hitchcock. Acredito no cinema contemporâneo, tenho fé em remakes e reboots, aposto em David Fincher e me divirto com as bobagens hollywoodianas.

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