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Análise | Attack on Titan: Wings of Freedom

Muitas pessoas assistem ou já assistiram algum dos famosos animes que foram lançados ao decorrer do tempo. Quando o sucesso é enorme é totalmente normal lançarem produtos sobre esses desenhos japoneses desde camisetas e canecas até os tão aguardados jogos pelas grandes publicadoras e claro Attack on Titan nunca poderia estar de fora dessa fama que conquistou nesses últimos tempos.

A.O.T Wings of Freedom é o primeiro jogo oficial do anime feita pela Koei Tecmo Games e lançado e distribuída para todas as plataformas no dia 18 de fevereiro, baseado totalmente no anime e em sua história o enredo do jogo não é uma grande novidade para o público.

No jogo controlamos o personagem Eren no qual vive sua vida pacifica em torno das três muralhas gigantes que protegem a humanidade dos Titãs, seres gigantescos e devoradores de humanos. Porém, a vida de Eren muda drasticamente quando um gigantesco e misterioso Titan surge e destrói a primeira muralha dando agora acesso aos outros Titãs de invadirem a cidade e começarem uma verdadeira carnificina contra os humanos.

Por consequência disso, Eren decide se vingar e jura aniquilar todos os Titãs que ele encontrar em seu caminho. Uma coisa interessante de ressaltar é que o jogo não é feito 100% somente para os fãs do anime, mostrando que até mesmo pessoas novas nesse universo vão conseguir entender a história de uma forma bem resumida e atraente.

Os gráficos de A.O.T estão bem chamativos e bonitos. O motion blur dá um toque importante de aspecto de velocidade ao deslizar com seus equipamentos de gás. Todo o cenário pode ser destruído com o impacto dos Titãs como rochas, árvores, construções e castelos. Ao matar um Titã, o sangue jorrado pode ser visto nas roupas e nas armas de nosso personagem principal dando um toque mais sanguinolento no jogo.

Por último, o cuidado que os desenvolvedores tiveram para cada nova animação de movimento após um Titã perder um braço ou perna está bem realista e original, porém, os gráficos não são os mais atuais que estamos acostumados a ver, lembrando muito os gráficos de Dragon Ball Z Budokai aonde eram bem cartunizados e com poucas variedades de expressões dando uma sensação de volta de tempo de uma geração de consoles a outra.

As missões do jogo são seu grande centro de atenções para o jogador se afundar nas grandes horas que A.O.T pode oferecer. Ao iniciar uma delas teremos 2 objetivos para serem feitos. Primeiro é a missão principal no qual é simbolizada com uma exclamação da cor vermelha, já o segundo são as side-quests que são liberadas com uma exclamação da cor verde e com um determinado tempo de duração para serem concluídas.

Essas mecânicas que o jogo oferece, se tornam importantes para serem feitas pelo jogador de uma forma perfeita, já que no final de cada missão recebemos uma nota geral de nosso desempenho igual aos jogos da série Bayonetta ou o antigo Viewtiful Joe.

Em A.O.T existem 2 mecânicas de evolução que o personagem pode receber. Primeira é a própria evolução de level do personagem no qual ele ficará mais forte e aprenderá novas habilidades de combates. Já a segunda é o level de seu esquadrão que acaba sendo até mesmo mais importante do que a do personagem principal, isso porque ao evoluir seu esquadrão o personagem poderá comprar novos recursos e construir melhores armas ou equipamentos para usar no meio do campo de batalha, conseguir esses dois tipos de evolução são bem simples bastando apenas concluir as diversas missões que o jogo oferece.

O modo de craft é uma excelente mecânica que acaba caindo como uma luva em A.O.T. para o jogador ter uma melhor vantagem contra seus inimigos é importante fazer novos equipamentos e suas evoluções. Ao todo o jogador poderá montar 3 tipos de equipamentos que o game oferece sendo as espadas, cordas de movimentação e a quantidade de gás para usar.

Cada um desses equipamentos precisa ter uma quantidade de recursos importantes para serem usufruídas, por causa dessa mecânica muitos elementos do jogo começam finalmente a se encaixar e fazer sentido. A importância de finalizar uma missão com uma nota máxima ou retalhar certos membros de um Titã especifico lhe dará uma boa variedade de recursos para fazer as evoluções em seus equipamentos. Fazer as missões do modo survey acaba dando novos equipamentos para serem craftados e novos recursos para seu esquadrão, no final das contas uma coisa puxa a outra dando o grau de importância da elaboração que o jogo propõe.

Dentro do jogo teremos alguns recursos que são escassos conforme lutamos contra os Titãs como as laminas, gás e potes de vidas. Administrar esses recursos significa perder ou ganhar a missão, logo é muito importante sempre usar seus recursos na hora certa ou economizar os mais importantes. No meio do mapa existem alguns soldados que podem lhe reabastecer oferecendo novas laminas para recuperar o dano de sua espada ou gás para continuar seu movimento pelos ares. Outra forma de recuperar certos recursos é vasculhando o corpo dos soldados mortos em batalha mostrado no mini mapa.

A dificuldade do jogo não é tão horrível como parece ser, porém é muito punitiva. Ao tomar dano pelos Titãs acabamos ficando com movimentação mais fraca, se novamente acertado entramos em um modo de câmera lenta para escapar desse golpe, mas não pense que isso é infinito já que cada personagem tem um limite dessa habilidade. Outro meio de prevenir isso é usando o modo Awakening único que cada personagem contém, como aumentar a força ou fazer chover balas do ar no respectivo alvo. Alguns Titãs também terão poderes exclusivos como arremessar pedras ou chutar fazendo o jogador ter uma atenção maior no combate contra esses específicos.

Existem diversos extras que o jogador irá abrir ao continuar o modo história, no próprio menu podemos ver o modo galeria que mostra uma biografia de todos os personagens importantes presentes no jogo, trilhas sonoras, informações sobre as muralhas e dos próprios Titãs, roupas especiais liberadas para nossos heróis, informações sobre os recursos e outras abas que acabam enriquecendo o conhecimento do jogador no universo de A.O.T.

A.O.T Wings of Freedom é um ótimo jogo para se experimentar, mesmo tendo um gráfico relativamente antigo, tem sua beleza. A trilha sonora de cada missão está muito bem-feita, colocando o jogador dentro do universo do jogo, um dos problemas é que A.O.T começa a ficar enjoativo uma hora ou outra e acaba fazendo o jogador se desanimar com certos desafios. Já que a única proposta do jogo é matar Titãs e fazer missões e assim por diante, porém ainda é uma ótima diversão para se experimentar dando mais de 60 horas para conseguir fazer o jogo na casa dos 100%.

Attack on Titan: Wings of Freedom (Shingeki no Kyojin, Japão – 2016)
Desenvolvedora:
Omega Force, Koei Tecmo

Gênero: RPG de ação, hack n slash
Plataformas: PC, Xbox One, PS4, PS3

Redação Bastidores

Publicado por Redação Bastidores

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