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Artigo | Analisando a direção de David Fincher em Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Lançado pela Sony em 2011, a versão americana de Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres é um dos filmes mais bem realizados do ponto de vista técnico-narrativo dos últimos anos. Dada essa sofisticação do trabalho de David Fincher como diretor, dediquei este pequeno artigo à sua técnica no remake da obra de Stieg Larsson.Aqui, analiso principalmente a mise en scène e algumas escolhas musicais de determinadas cenas que apresentam detalhes impressionantes.

Aproveitem:

Observação: o post traz muitos spoilers do filme (e também alguns acerca do SEGUNDO LIVRO da trilogia)

Os créditos de abertura


Come from the land of the ice and snow…

Ao som de “Immigrant Song”, famosa música de Led Zeppelin que ganha um cover por Karen O, Trent Reznor e Atticus Ross, os créditos inicias de Millennium são espetaculares e, quando disse que mereciam uma crítica própria, falava sério. E aqui vai ela:

Inicialmente nos deparamos com um close profundíssimo nos pneus de uma motocicleta, assim como suas partes mecânicas e painéis. Depois, o segundo estágio de Lisbeth Salander: suas habilidades como hacker, representadas pelo teclado (com símbolos suecos, mais uma boa forma de imersão no cenário da trama) que é preenchido pela substância obscura.

Dentre relances do rosto de Salander, misturam-se a sequência do fósforo – que remete diretamente a uma cena do segundo livro – onde Lisbeth incendia seu próprio pai e o que os designers da Blur Studio chamam de “Salander virtual”; um aglomerado de peças de computadores e fios USB que ganham o formato da protagonista.

Ao fim da progressão, o pai de Salander derrete e sua “versão virtual” entra em curto-circuito.

Agora vemos mais o Mikael Blomkvist de Daniel Craig, que começa a ser acariciado e agarrado por mãos que o destruirão ao fim da cena. Paralelamente, vemos as raízes e espinhos de flores que crescem dentro do rosto de Harriet Vanger e uma fênix (que Salander tem tatuada na perna) tomando voo.

E junto com a queda de Blomkvist, o icônico dragão tatuado começa a ganhar vida das costas de Lisbeth.

Logo depois, o momento que define o termo “homens que não amavam as mulheres”, quando vemos o pai de Lisbeth esmurrar sua mãe. É interessante observar que os pedaços melequentos da vítima respingam na jovem Salander, representando que ela cresceu assistindo cenas do tipo (a vespa saindo de seus olhos contribui nesse quesito) e que essa violência de certa forma a definiu, e deu origem a seu ódio contra “homens que não amam mulheres”.


As mãos grotescas que destroem o rosto de Lisbeth

E esses mesmos sujeitos são responsáveis pela destruição da protagonista, que tem seu rosto coberto por inúmeras mãos sujas e grotescas para depois lentamente ser derretido.

Na conclusão da cena, vemos o fim do ciclo das flores de Harriet e o momento em que ele recomeça, marcado pela desintegração das pétalas. Voltando para Blomkvist, seu rosto é violentamente amordaçado por manchetes de jornal – simbolizando muitíssimo bem seu problema legal que é apresentado posteriormente – e este começa a vomitar moedas, uma metáfora brilhante para o agravo forçado de suas economias.


A inssurreição de Salander

Entre agulhas penetrando peles e a colisão das faces de Blomkvist e Salander, uma mão perfura a terra e a forte imagem apresenta dois significados: ou remete diretamente ao clímax do segundo livro (onde a personagem é enterrada viva) ou seria mais uma metáfora, dessa vez para mostrar a resistência de Salander a um mundo cruel e de preconceitos.

Foram só 3 minutos de filme e já tivemos uma carga dramática e visual sem precendentes.

Estocolmo, Suécia e seus personagens


A descida de Mikael Blomkvist

A história finalmente começa quando vemos Blomkvist descendo a escada do tribunal após sua condenação (e adoro o fato de ele estar descendo, como se tivesse caído de posição) e sendo abordado por dezenas de repórteres. É divertida a interação entre o jornalista e seus colegas do ramo, e o roteiro de Steven Zaillian sugere que Mikael conhece todo o pessoal da mídia; e que ele possui ótimas rebatidas. “O que é isso? O evento da mídia do ano?”


O jornalista condenado encara uma chuva pesada

Saindo do tribunal, nada mais depreciativo do que uma pesada chuva sob os ombros de nosso herói caído (elemento que marcou presença em Se7en, também de David Fincher) enquanto ouvimos diversos trechos de entrevistas e telejornais, que – de forma intrínseca – explicam bem o caso de Mikael Blomkvist, acusado de difamação contra o poderoso empresário Hans Erik Wennerstrom; e a mixagem de som de Ren Klyce é bem-sucedida ao misturar tais passagens sem torná-las incompreensíveis.


O empresário Hans Erik Wenneström

Em um café, contínuamos ouvindo às reportagens sobre a condenação de Blomkvist. Quando ele entra, compra um café e um sanduíche e volta a analisar o veredicto. E é aí que vemos o tal Wennerstrom pela primeira vez: rodeado por advogados, ele prega que o jornalista teve o que mereceu (“Todos os jornalistas devem entender, assim como o resto de nós, que seus atos têm consequências).

Uma curiosidade divertida: a balconista do café, que realmente trabalhava ali, é uma jovem chamada Ellen Nyqvist, filha do ator Michael Nyqvist, intérprete de Mikael Blomkvist na versão sueca da trilogia. Muita coincidência, não?

Blomkvist compra um maço de cigarros e, logo em seguida joga-o no lixo, limitando-se apenas a uma tragada. Uma observação reveladora sobre o personagem é o fato de este comprar também um isqueiro, indicando que o jornalista não carrega consigo o hábito do fumo, dando a entender que este largara o vício anteriormente, mas agora o retoma sob consequência de sua condenação. Um detalhe interessante na  composição da cena é o televisor no canto esquerdo, que mostra imagens de Blomkvist saindo do tribunal, e elas coincidem precisamente com a apresentação do personagem.

Blomkvist então segue para o escritório de sua revista Millennium, onde ignora toda a equipe de redação e segue para conversar com sua parceira e amante, Erika Berger (Robin Wright). A relação curiosa dos dois é mantida como no livro: os dois são parceiros sexuais, mesmo Berger sendo casada.


A revista Millennium traz: Blomvist – Nas Correntes

Agora conheceremos Lisbeth Salander (Rooney Mara), a garota com o dragão tatuado. A câmera inicialmente foca em uma cópia da revista de Blomkvist no relatório da investigadora (percebam que há uma certa continuidade, visual e estrutural, nos eventos: Blomkvist-Millennium-Relatório) e então conhecemos o adovgado Dirch Frode (Steven Berkoff) e o chefe de Salander, Dragan Armansky (Goran Visnjic).


“É possível que esperemos para sempre”

Na esperta montagem de Kirk Baxter e Angus Wall, vemos Lisbeth chegando ao escritório enquanto, entre cortes, Armansky “apresenta” sua empregada e prepara o terreno para sua marcante aparição. “Ela é uma das minhas melhores investigadoras, como viu pelo relatório. Mas acho que não vai gostar dela. Ela é diferente. Em todo sentido”.

Acompanhamos as costas da personagem, e já é possível reparar em seu nada discreto moicano e nos olhares curiosos que a jovem desperta em sua caminhada até o escritório de Armansky. A trilha de Trent Reznor e Atticus Ross também contribui, capturando a aura bizarra de Salander (a faixa nessa cena é chamada “We Could Wait Forever”, referência à frase de Armansky da mesma cena).

Salander junta-se aos dois no escritório e finalmente temos uma boa visão da personagem. Ela ignora o cumprimento de Dirch Frode e larga suas coisas no chão antes de sentar-se à mesa.

Reparem em como ela se senta distante dos dois e passa grande parte do tempo evitando contato visual.

O Desaparecimento de Harriet Vanger

A primeira tomada de Harriet (segurando uma flor), em um flashback.

Após introduzir Blomkvist sobre a história de alguns membros da família Vanger (dando destaque para uma presença nazista), Henrik vai direto ao ponto que o levou a contratar o jornalista: o desaparecimento de sua sobrinha-neta Harriet.

24 de Setembro de 1966: a fotografia de Jeff Cronenweth esquenta e adota belíssimos tons dourados para apresentar o mistério da jovem de 16 anos. A família Vanger se reúne para um almoço de negócios, enquanto um clube de iate promovia um desfile de Outono no centro da cidade. Harriet e amigas comparecem ao evento.

Harriet retorna por volta das 14h e pede para conversar com Henrik.

Ocupado, ele pede que ela aguarde alguns minutos. Reparem como a narração do velho Henrik quase casa perfeitamente com o movimento labial de sua versão rejuvenescida, com ênfase na palavra “momentos”.

Ela corre pelas escadas e sua prima Anita a segue.

É aí que o acidente ocorre. Uma terrível colisão entre um caminhão e um carro isola a cidade, despertando a curiosidade de muitos e também exigindo a ajuda de membros da família Vanger, polícia e bombeiros.

Uma hora após o acidente, Harriet é vista na cozinha pela empregada Anna. O relógio na parede marca 15:20h.

Os feridos são retirados dos destroços do acidente, vemos o Detetive Morell pela primeira vez e todos começam a retornar para seus lares.

Observe também o jovem Martin Vanger, que atravessa os veículos e junta-se aos membros da família.

Durante o jantar, Henrik percebe o desaparecimento de Harriet. Dentre a mesa repleta de convidados, apenas um prato de comida e uma taça de bebida permanecem intocados.

Um vislumbre do jovem Dirch Frode.

De volta ao presente, Mikael já não está tão cético. Seu olhar sugere que a história de Henrik o convenceu.

Já tendo prendido a atenção do jornalista, Vanger agora o leva ao elemento-chave do mistério. Enquanto o acompanha até o sótão, ele comenta que o corpo de Harriet teria aparecido na costa se tivesse caído no mar, referenciando o próprio pai da jovem, que morrera em 1965. Não sabemos ainda, mas o sujeito foi vítima da própria filha.

Henrik e Mikael caminham em uma sala escura, até que o velho acende as luzes e revela o conteúdo de suas paredes: dezenas de flores emolduradas. Vanger explica que o “presente” chega anualmente no dia de seu aniversário, suspeitando vir do assassino de Harriet (já que esta costumava lhe enviar tais recordações).

Com a câmera passeando pelas flores, o espectador faz a conexão com o prólogo do filme e este, enfim, faz sentido. A música ao fundo é “How Brittle the Bones”.

Em um corte muito inteligente, vemos o trem das 16h30 partindo da estação de Hedestad. E Blomkvist não está nele.

Observação sobre Martin Vanger

Durante o jantar onde conhece Blomkvist, Martin diz que chegou à Hedestad muito depois, no trem das 16h. É mentira, nós o vimos na ponte durante o acidente e o horário na cena era algo por volta das 15h30.

O Primeiro Estupro

 

O som de um faxineiro limpando o chão com uma enceradeira acompanha Lisbeth até o segundo encontro com seu novo tutor designado, Nils Bjurman (Yorick Van Wageningen). O uso do efeito sonoro ajuda a mostrar que o escritório está sendo esvaziado, que todos estão indo embora.

 

Note que há uma porta-retratos na mesa de Bjurman, onde o vemos com sua mulher e filho. Mostrar que o assistente social tem família só o torna mais assustador, mostrando que este é, aparentemente, uma pessoa normal.

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Bjurman diz que Salander precisa aprender a socializar-se e levanta da cadeira. A câmera de Fincher então foca a barriga do personagem, animalizando-o, tornando-o ainda mais grotesco. Lisbeth já sente que a situação não terminará bem e evita todo tipo de contato visual.

O assistente se aproxima dela e senta na beirada da mesa. A câmera de Fincher agora adota um enquadramento que enfoca a posição maior de Bjurman, deixando Lisbeth minúscula perto do “monstro”;  enquanto o barulho da enceradeira vai mesclando-se com a tensa música de Trent Reznor e Atticus Ross (a faixa aqui é “With the Flies”). Ele joga a mochila da jovem e a faz sentir o tecido de sua calça, para logo depois forçá-la a masturbá-lo.

O problema fica pior quando Bjurman aperta a cabeça de Salander, levando-a à felação em pleno escritório. É possível ver uma aliança de noivado no dedo do estuprador.

A câmera afasta e temos um campo visual maior, exacerbando a gravidade da situação. Acho assustador a presença de diplomas e comprovantes de reconhecimento na parede, que sugerem que Bjurman é um profissional nato, além da clara representação visual do abuso de poder.

Bjurman tem um orgasmo. A câmera pega seu rosto de cabeça ponta-cabeça.

Um corte grosseiro mostra Lisbeth no banheiro lavando a boca com sabão e até forçando vômito. Fica subentendido que Bjurman ejaculou em sua boca. Ele entrega o cheque a ela e devolve sua mochila.

Ela sai pelo corredor e vemos um faxineiro encerando o chão, responsável pelo zumbido que assombrara a cena anterior.

Fade para uma das melhores tomadas do longa, onde Lisbeth está em seu apartamento ouvindo música. A câmera vai se aproximando e engenhosamente vira de ponta-cabeça para revelar seu rosto, e a fotografia de Cronenweth esquenta fervorosamente seu tom de vermelho, como se a personagem fosse explodir. Mas agora, o que significa essa virada? A agressiva mudança de rumo da história – que se dá pelo inesperado estupro da protagonista – ou até mesmo a diferente percepção de mundo que Salander possui. Acho interessante também que há uma certa rima entra essa tomada e a que mostra Bjurman durante o orgasmo (logo acima). Lembrando também que nesse momento, Salander já planeja sua vingança.

O Segundo Estupro

Lisbeth anda pela rua e telefona para Bjurman. Ela já tem a intenção de visitá-lo novamente e executar a primeira parte de sua vingança. A situação é revertida quando o sujeito a obriga a comparecer em sua residência (um território desconhecido) e então passa o endereço. Salander diz não precisar de uma caneta para anotá-lo, sendo um dos primeiros indícios que o roteiro de Zaillian usa para retratar a “memória fotográfica” da personagem.

A música de Reznor-Ross vai intensificando a atmosfera, enquanto a fotografia de Cronenweth acerta ao retratar o apartamento de Bjurman de forma sombria. Salander é recebida pelo sujeito de forma maliciosa, e o terror impregna em sua caminhada até o quarto.

Salander posiciona a mochila em um ângulo que capture uma boa visão do quarto, dando destaque para a cama. Ainda não sabemos, mas ali encontra-se uma câmera escondida.

Fincher segue sua lógica de mostrar Bjurman em planos mais altos, tornando-o uma figura grande e ameaçadora, ao passo em que Lisbeth é minúscula perto do mesmo.

Bjurman domina Salander e coloca uma algema em seu pulso. Ela corre para a porta, mas é agarrada e a mesma se fecha; como se o espectador não precisasse testemunhar a cena que está por vir, culminando em um travelling que se afasta da porta e um fade out que leva o espectador para longe da situaçao.

Mas não é o que Fincher pensa, e ele imediatamente nos leva para o centro da situação, grudados no rosto de uma Lisbeth amordaçada.

Fade in: A garota é algemada na cama (que tipo de sujeito mantém algemas em casa?)…

e seu agressor começa a despi-la brutalmente.

A penetração anal tem início. Fincher posiciona a câmera quase que na testa de Bjurman, revelando sua total posição dominante sobre a pobre Lisbeth.

A garota para de gritar. O roteiro de Zaillian afirma que nesse momento, Salander isola-se em sua mente como uma forma de “fugir” da situação.

O botão da mochila de Salander ganha uma atenção especial da câmera, antes de cortar de volta para Blomkvist em Hedestad.

Posteriormente, temos Lisbeth retornando para casa após o estupro. Bjurman lhe entrega seu cheque e esta vai embora.

A caminhada pelas sombrias ruas suecas torna-se ainda mais perturbadora graças à excelente composição batizada de “She Reminds of You”.

Lisbeth chega em casa, larga o cheque (em primeiro plano) em cima da mesa e toma um analgésico.

Primeira vez que vemos os seios da protagonista, assim como a tatuagem em sueco (que seria uma homenagem à sua falecida mãe) que esta possui nas costelas.

Depois, Salander toma um banho na esperança de aliviar seus ferimentos. A primeira tomada nítida de sua tatuagem de dragão…

e também uma sutil referência à Psicose ao trazer o sangue caindo na água.

A vingança

Lisbeth bate na porta de Bjurman, que atende com espanto. Ele a deixa entrar.

É revelador como vemos um certo arrependimento do estuprador, ao dizer que “sente-se mal pelo modo como o encontro anterior dos dois havia terminado”. Fria e impetuosa ela ataca-o com um taser e o assistente social é derrubado no chão.

Nesse momento, a mise-en-scène que Fincher estabelecera sobre a dominância de Bjurman sobre Salander é radicalmente quebrada. A câmera agora liberta-se e acompanha a situação em um plano plongée (com a câmera acima da cena), revelando que Bjurman é só um homem e toda sua aura monstruosa é deixada de lado. A música de Reznor-Ross aqui é excelente, declarando o início da vingança.

Acompanhamos uma tomada similar à do estupro de Salander, só que dessa vez a câmera de Fincher nos leva para dentro do quarto de Bjurman; observe suas roupas e uma mancha que eu deduzo ser suor. O espectador não quer fugir da situação, ele quer saber o que vai acontecer.

Bjurman acorda nu e com os braços e pernas amarrados, além de ter sua boca tapada com fita adesiva. Lisbeth (com uma maquiagem sensacional sobre os olhos) revela ao estuprador que tinha uma câmera no último encontro dos dois.

Agora as mesas foram viradas: Salander está sob o controle, e a câmera de Fincher enquadra o poder da jovem.

Mais um ângulo que mostra a superioridade de Salander.

Ela então retira um dildo metálico de sua bolsa, para total desespero de Bjurman.

É, vocês sabem o que acontecem depois… (e destaque para o repulsivo efeito sonoro escolhido por Ren Klyce).

Salander então ameaça o assistente social e obriga-o a entregar de volta o controle sobre suas finanças. Caso contrário, ela vazará o vídeo que revela o estupro.

Além disso, ela o proíbe de se encontrar com qualquer garota e promete ficar de olho no apartamento.

Ela chuta o dildo, que penetra mais fundo em Bjurman. Detalhe para a cruel ironia nesse plano-detalhe: o vídeo de Lisbeth sendo estuprada roda ao fundo, ao mesmo tempo em que esta se vinga do assistente social.


“It’s ok, you can nod. Because it’s true… I am insane”

Lisbeth fala diretamente com a câmera ao pronunciar: “Eu sou louca“.

O elemento final da vingança de Salander se aproxima: a tatuagem. Ela coloca uma máscara de proteção (elemento genial, como se a personagem evitasse sujar-se com sangue de sua vítima).

Ela monta Bjurman e começa sua “obra de arte”, com a bizarra “Of Secrets” tomando conta da trilha.


EU SOU UM PORCO ESTUPRADOR”

À medida em que analisava mais e mais detalhes desta impecável obra, a postagem foi ficando longa demais e decidi deixar alguns elementos de fora. No entanto, espero que isto sirva para comprovar a competência e imaginação de David Fincher, que a cada novo filme vem se firmando como um dos melhores diretores da atualidade.

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Publicado por Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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