Especial | Halloween

A noite em que Michael Myers voltou para a casa, em 31 de outubro de 1978, marcou o cinema de terror.

Teríamos ali a popularização do subgênero do slasher, com o assassino criado por John Carpenter e Debra Hill inspirando uma onda de personagens populares que até hoje seguem sua excepcional estreia. Aqui, reunimos todo o nosso conteúdo da série Halloween, que teve uma turbulenta e fascinante trajetória pelas telas do cinema ao longo de sua existência.

Confira:

Crítica | Halloween: A Noite do Terror (1978)

Publicado originalmente em 1 de julho de 2018

Crítica | Halloween II: O Pesadelo Continua! (1981)

Publicado originalmente em 2 de julho de 2018

Crítica | Halloween III: A Noite das Bruxas (1982)

Publicado originalmente em 3 de julho de 2018

Crítica | Halloween 4: O Retorno de Michael Myers (1988)

Publicado originalmente em 4 de julho de 2018

Crítica | Halloween 5: A Vingança de Michael Myers (1989)

Publicado originalmente em 5 de julho de 2018

Crítica | Halloween 6: A Última Vingança (1995)

Publicado originalmente em 6 de julho de 2018

Crítica | Halloween H20: Vinte Anos Depois (1998)

Publicado originalmente em 7 de julho de 2018

Crítica | Halloween: Ressurreição (2002)

Publicado originalmente em 8 de julho de 2018

Crítica | Halloween: O Início (2007)

Publicado originalmente em 9 de julho de 2018

Crítica | Halloween 2 (2009)

Publicado originalmente em 10 de julho de 2018

Crítica | Halloween (2018)

Publicado originalmente em 17 de outubro de 2018

Crítica | Halloween Kills: O Terror Continua (2021)

Publicado originalmente em 14 de outubro de 2021

LISTAS

Ranking da franquia Halloween

Publicado originalmente em 11 de julho de 2018


Especial | Indiana Jones

Quando um dos mais aclamados diretores de cinema de todos os tempos se une ao talentoso criador de Star Wars, a Sétima Arte ganha uma de suas pérolas mais preciosas. Sinônimo de aventura, Indiana Jones é o fruto da paixão de Steven Spielberg e George Lucas pelo cinema matinê, e que garantiu uma trajetória divertidíssima durante sua passagem pelas telas, onde Harrison Ford o imortalizou com muito carisma.

Confira aqui todo o nosso conteúdo sobre as aventuras de Indy:

Cinema

Crítica | Os Caçadores da Arca Perdida (1981)

Publicado originalmente em 14 de março de 2018

Crítica | Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984)

Publicado originalmente em 17 de março de 2018

Crítica | Indiana Jones e a Última Cruzada (1989)

Publicado originalmente em 18 de março de 2018

Crítica | Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008)

Publicado originalmente em 26 de março de 2018


Especial | O Exterminador do Futuro

Uma das maiores pérolas do cinema de ficção científica americana, O Exterminador do Futuro é a jóia dourada na coroa do Rei do Mundo James Cameron. Oferecendo um misto de ação e conceitos de sci-fi fascinantes, a franquia teve uma trajetória turbulenta pelos cinemas, com muitos altos e baixos e verdadeiros marcos em sua passagem. 

Aqui, reunimos todo o nosso conteúdo da saga que popularizou Arnold Schwarzenegger e lançou Cameron ao estrelato.

Confira:

Crítica | O Exterminador do Futuro (1984)

Publicado originalmente em 25 de junho de 2018

Crítica | O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991)

Publicado originalmente em 26 de junho de 2018

Crítica | O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas (2003)

Publicado originalmente em 27 de junho de 2018

Crítica | O Exterminador do Futuro: A Salvação (2009)

Publicado originalmente em 28 de junho de 2018

Crítica | O Exterminador do Futuro: Gênesis (2015)

Publicado originalmente em 9 de julho de 2016

Listas

Ranking da franquia O Exterminador do Futuro

Publicado originalmente em 1 de julho de 2018

 


Jurassic Park vai ganhar novo filme com roteirista do original

Lista | As 10 melhores cenas da franquia Jurassic Park

Ao longo de seus 25 anos de existência, a franquia Jurassic Park foi capaz de provocar algumas das memórias mais queridas na mente dos cinéfilos. Seja pela ação, o terror ou o puro maravilhamento em contemplar dinossauros, é inegável que mesmo que exemplares mais fracos da franquia tragam sua justa parcela de momentos memoráveis.

Então, confira abaixo nossa seleção dos 10 melhores momentos na franquia:

https://www.youtube.com/watch?v=FtCslvCjZEY&t

10. "Precisamos de mais dentes"

Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros

Colin Trevorrow não é um diretor muito inspirado, tampouco criativo visualmente. Mas é preciso dar o braço a torcer a esta ótima sequência no clímax do fraco Jurassic World. Depois de um filme inteiro com sua presença apenas sugerida, eis que o T-Rex aparece em toda sua glória, e o suspense e antecipação construído por Trevorrow para revelá-lo, especialmente com o flare vermelho, é definitivamente empolgante.

9. Expedição Submarina

Jurassic World: Reino Ameaçado

O segundo Jurassic World é um péssimo filme, mas há um elemento naquela bagunça que luta e se esforça para entregar algo digno: o diretor J.A. Bayona, que acaba enrolado em ideias ruins e um roteiro pedestre. Porém, longe de qualquer convenção narrativa ou invencionices de Trevorrow, a primeira cena de O Reino Ameaçado dá espaço para que Bayona brilha. Usando bem a escuridão para construir uma atmosfera assustadora, acompanhamos uma equipe submarina vasculhando os vestígios do Jurassic World para encontrar fósseis do Indominus Rex, e tendo que lidar com o despertar do gigantesco Mosassauro. Quase me fez achar que estaria diante de um filme bom.

https://www.youtube.com/watch?v=jT8TUowrkLU

8. Problemas de Avião

Jurassic Park III

No primeiro filme da saga sem a direção de Steven Spielberg, era a hora de Joe Johnston mostrar se conseguia segurar a bucha de um grande mestre em Jurassic Park III. E na primeira grande set piece, conhecemos o novo antagonista dinossauro: o temível espinossauro, que protagoniza uma sequência eletrizante quando provoca a queda do avião de Alan Grant e sua equipe, prosseguindo para literalmente "jogar futebol" com a aeronave despedaçada. Uma cena que agrada pela trilha sonora vibrante e a notabilidade dos efeitos práticos.

https://www.youtube.com/watch?v=Q-LFUnE8zzE

7. Espinossauro no Rio

Jurassic Park III

O Espinossauro definitivamente é uma criatura subestimada, e deu muito trabalho para os personagens do terceiro filme. Em uma verdadeira caçada, o lagarto gigante os persegue até mesmo em um rio, surpreendendo o pequeno barco da equipe. O que temos aqui é mais uma ótima condução de Johnston, que utiliza bem o visual sombrio e chuvoso da paisagem, além da brincadeira com o som irritante do celular que pode salvá-los sendo jogado de canto a outro graças às batidas do dinossauro na embarcação. E ainda termina com a bela imagem de fogo na água.

https://www.youtube.com/watch?v=cVIS31ghLNQ

6. Perigo em San Diego

O Mundo Perdido: Jurassic Park 

Dinossauros na cidade grande! Esse com certeza era um dos sonhos molhados de Steven Spielberg, que fez questão de encaixar tal conceito em O Mundo Perdido, quando teve a ciência de que este seria seu último filme na franquia. O que se segue aqui é um verdadeiro Godzilla americano, com o Tiranossauro Rex causando caos e destruição pelas ruas de San Diego, deixando a ação mais intensa quando começa perseguir Ian Malcolm e sua namorada, que carregam um filhote de T-Rex no banco de trás de um conversível. Clássico.

https://www.youtube.com/watch?v=KFJmxST-xRI

5. A Gaiola

Jurassic Park III

Demoraram três filmes, mas finalmente a franquia brincaria com dinossauros voadores. Quando a equipe de Alan se perde no interior de corredores suspensos em uma neblina cega, Johnston nos revela que os personagens estão presos em uma gigantesca gaiola de pterodontes, e uma das mais intensas sequências do filme tem início. Grande mérito à espetacular fotografia de Shelly Johnson.

https://www.youtube.com/watch?v=dnRxQ3dcaQk

4. Velociraptors na Cozinha

Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros

Antes de os velociraptors serem tratados como cãezinhos adestrados em Jurassic World, eles foram alguns dos mais sádicos antagonistas do primeiro filme. Em uma das cenas mais antológicas, Spielberg nos mantém na beira da poltrona ao retratar de forma silenciosa e intensa a caçada de um grupo de raptors atrás das crianças protagonistas (ironicamente escondidas em uma cozinha, claro). Uma das muitas aulas de suspense que Spielberg oferece no filme, e a maior delas virá em alguns instantes.

https://www.youtube.com/watch?v=LpxwR_9EhlY

3. Cliffhanger

O Mundo Perdido: Jurassic Park 

Alfred Hitchcock ficaria orgulhoso! Novamente brincando com as emoções do espectador, a melhor cena de O Mundo Perdido é a literal representação de um cliffhanger nas telas. Quando a base dos protagonistas é atacada por não um, mas dois Tiranossauros, a instalação fica pendurada em um penhasco, e a pobre personagem de Julianne Moore acaba tendo apenas uma vidraça que lentamente vai se rachando à medida em que ela tenta se mover. Tenso!

https://www.youtube.com/watch?v=PJlmYh27MHg

2. "Bem-Vindos ao Jurassic Park"

Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros

A primeira vez é inesquecível. No tipo de momento de pura beleza que poucos cineastas conseguem capturar como Spielberg, temos a nossa apresentação formal ao parque dos dinossauros pela primeira vez. A reação dos personagens de Sam Neill e Laura Dern refletem a do público, literalmente de queixo no chão ao ver um dinossauro caminhando e vivendo diante de seus olhos, em uma amostra de efeitos visuais que ainda resistem ao tempo. Uma cena belíssima e capaz de encher os olhos de lágrimas, graças à magistral trilha sonora de John Williams. 

https://www.youtube.com/watch?v=HzZkNdn5hpA&t

1. Tiranossauro Rex

Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros

O que falar sobre esta cena que já não tenha sido estudado, analisado e ovacionado? Em um dos mais sofisticados e eficientes exercícios de suspense que o cinema americano já viu, Steven Spielberg volta a seus tempos de Tubarão para introduzir o dinossauro mais popular de toda a franquia, e o faz com estilo. Com a ausência da música de John Williams, um trabalho de sonoplastia sobrenatural e os animatronics de Stan Winston dando seu melhor, testemunhamos o primeiro ataque do T-Rex como se estivéssemos diante de um filme de terror. Uma verdadeira aula, e que pode muito bem se encaixar na lista de melhores cenas que Spielberg já dirigiu na vida.

Qual a sua cena preferida da franquia?

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Leia mais sobre Jurassic Park


Quem é o Rei? | O Final de Hereditário Explicado

SPOILERS!

Quando o espectador encontra-se no ato final de Hereditário, é um inferno literal. Todo o drama profundo sobre o luto fora abandonado, familiares foram incinerados vivos e estranhos completamente nus começam a aparecer sorrindo para a câmera. É normal sentir-se um pouco confuso, ainda mais por ser neste ponto em que o diretor e roteirista Ari Aster começa a revelar exatamente sobre o que é esta história, a qual ela descreve da seguinte maneira:

Queria fazer um filme sobre cervos sendo sacrificados, mas sob o ponto de vista dos cervos que não sabem do que se trata.

E é basicamente isso. A família de Annie (Toni Collette), Charlie (Milly Shapiro), Peter (Alex Wolff) e Steve (Gabriel Byrne) não tem noção de que, desde antes da vovó Leigh falecer e todo o terror começar, estavam sendo usados como peões em um culto satânico. Descobrimos quando Annie revira as coisas de sua mãe, e acaba por encontrar livros de bruxaria e um álbum de fotos que trazem evidências de seu envolvimento em uma espécie de seita, que traz um único objetivo: trazer à terra o demônio conhecido como Rei Paimon, entidade que libertaria o caos no mundo e forneceria riquezas inimagináveis a seus libertadores. Leigh é vista como a principal invocadora (e Rainha), e teria começado a usar sua própria família como oferenda.

Visto que Paimon necessita de um corpo masculino para hospedar-se, Leigh e a seita imediatamente viraram a atenção para Peter. Claro, isso depois que o irmão de Annie comete suicídio, algo que a personagem de Collette nos revela durante uma sessão de terapia em grupo, clamando que o suicídio se deu por conta da mãe, e que o irmão "não aguentava sua própria mãe tentando colocar pessoas dentro dele", na primeira pista que temos sobre os rituais de Leigh e Paimon. Dessa forma, o próximo na linhagem seria Peter, mas as desavenças entre Annie e sua mãe a afastaram durante sua infância, e o aproximamento da avó só se deu mesmo com o nascimento de Charlie.

O papel de Charlie

Através de diálogos, também percebemos a relação próxima da caçula com sua avó, com Annie até mesmo nos revelando que a avó insistia em amamentar a menina. Desde cedo, Leigh já trabalhava na invocação de Paimon, mas visto que Charlie é uma menina (ela até comenta sobre sua vó desejar que ela fosse um menino), a matriarca e o culto orquestram um complexo jogo que depende de diversas circunstâncias ocasionais para dar certo - podemos usar a licença poética da magia negra, neste caso. Com o "estrago" já tendo sido feito entre Leigh e Charlie, que já tinha visões do "espectro" de Paimon e também de sua falecida avó (além de mutilar cabeças de passarinhos como forma de oferenda), o culto precisava de uma forma de transmitir a entidade para Peter (descrito também como a correção de seu corpo); algo que ocorre com o sacrífico de Charlie.

Em um dos momentos mais chocantes do longa, Charlie é decapitada por um poste de luz enquanto mantém a cabeça para fora do carro de Peter, que tenta salvá-la após uma reação alérgica. É a concretização de um foreshadowing já nos entregue no início, quando Charlie decepa a cabeça do passarinho na escola (e até faz um desenho do animal com uma coroa, algo importante para nos recordarmos) e também podemos observar que o poste de luz traz o símbolo do culto de Leigh marcado ali. Sua morte não teria sido apenas fruto de um acidente de trânsito, mas sim a manipulação do culto para que sua morte de fato ocorresse - e ainda por cima, via decapitação, algo relevante no modus operandi dos praticantes.

Com a morte de Charlie, Annie agora encontra-se em um estado muito pior, o que garante a entrada de Joan (Ann Dowd) em sua vida. À primeiro instante, é apenas uma senhora solitária que também sofre com a perda de seus descendentes, e que a acode em umas das sessões de terapia em grupo. O que nos é revelado posteriormente, é que Joan faz parte do culto de Paimon, e era próxima de sua mãe. Joan entra em jogo para atrair Annie ao sobrenatural (em uma elaborada cena envolvendo um jogo do copo), e permitir a entrada de Paimon em Peter.

Todos saúdam o Rei

Quando Annie e sua família tentam conversar com Charlie através do jogo do copo (e também da leitura de uma língua estranha fornecida por Joan, que claramente não tem boas intenções), a casa - que já trazia inscrições sinistras na parede, provavelmente obra de Leigh quando passou a morar com Annie em seus dias derradeiros - logo começa a ser assombrada pelo espírito de Charlie/Paimon. A série de eventos estranhos garante pesadelos, visões perturbadoras de Peter na escola - que resultam também em agressões - e até mesmo a imolação do pobre Steven, que é carbonizado após uma tentativa fracassada de queimar o diário de Charlie e terminar a maldição. Mas o mais relevante ocorre quando Annie é possuída por Paimon, atraindo os seguidores de Leigh à casa (todos os sinistros peladões sorridentes, que também podem ser vistos na cena inicial do velório) e uma tentativa mais direta de enfim pegar Peter, que acaba sendo possuído após o espírito decapitar sua mãe.

Então, no final, temos a concretização do plano do culto. Peter agora é Paimon. Leigh é sua Rainha. Os súditos (incluindo os corpos decapitados de Annie e Leigh) prometem seguir seus ensinamentos e rejeitar a trindade, apontando também que Paimon é um dos oito reis do Inferno. É uma conclusão ousada, onde não há força alguma capaz de salvar a família e impedir o culto de Leigh, praticamente deixando a entidade pronta para sair e dominar a Terra; algo que me remete muito à conclusão de A Bruxa, e gosto de pensar que os dois filmes são primos distantes (talvez até compartilhando o mesmo universo cinematográfico, quem sabe?).

É um quebra-cabeças muito engenhoso. Ari Aster é inteligente na forma como escolhe sua perspectiva, e quando analisamos todas as peças juntas, é uma conclusão satisfatória. Claro, diversos elementos parecem absurdos quando tentamos atribuir alguma lógica (como a decapitação exata de Charlie naquele poste, ou a aparição do corpo de Leigh no sótão da casa), mas tratando-se de uma obra que traz magia em seu núcleo, acredito que essa suspensão de descrença seja válida.

Agora só podemos esperar pelo encontro entre o Casal Warren e o Rei Paimon, na batalha que decidirá o destino da Terra...

https://www.youtube.com/watch?v=V6wWKNij_1M&t