Atores de A Bruxa de Blair querem pagamentos residuais

Lista | 10 melhores filmes found footage

Os fãs de filmes de terror já se acostumaram com o subgênero found footage, popularizado por uma sequência bem sucedida de produções de terror que se tornaram sucesso de bilheteria, justamente por contar tramas simples e usar a câmera em primeira pessoa para contar a história, e assim tentar dar maior imersão para o que está sendo mostrado na tela. Muitos diretores resolvem usar o found footage por ele ser mais barato de se fazer e por ser muito mais rápido de filmar. Há bons filmes dentro desse subgênero e aqui na lista estão alguns deles. 

10. Holocausto Canibal (1980)

Holocausto Canibal criou, sem saber, o estilo found footage. Na época não havia um nome específico para o ato de se filmar uma história sob a ótica dos próprios personagens. O nome do longa já entrega sobre o assunto que ele aborda. A ideia é bastante interessante, uma expedição que vai até à Amazônia em busca de jovens documentaristas que sumiram na região. Óbvio que a expedição terá um destino trágico e cruel na busca pelos jovens desaparecidos. Visto nos dias de hoje há mais realidade justamente pelas imagens serem antigas e as cenas brutais, principalmente em relação a morte dos animais (que foram mortos de verdade durante as filmagens), algo que na época gerou muita repercussão e revolta e fez o filme ser proibido em vários países.

9. Fenômenos Paranormais (2011)

Assim como muitas outras produções do gênero acaba por ser interessante justamente por causa da simplicidade com que o roteiro desenvolve a trama, sem ficar dando rodeios e já explicando qual a ideia por trás de tudo. Apresentam o ambiente pelo qual a história irá se passar e o terror que irão presenciar ao passar a noite em um hospício abandonado. Claro que a tomada de decisão das pessoas que ali estão geralmente são idiotas ou as piores possíveis, mas isso não atrapalha o desenvolvimento da história, pelo contrário, essas decisões estão ali para dar maior agilidade ao filme. O terror é bem inserido e faz com que as cenas sobrenaturais realmente assustem. Ganhou uma continuação em 2012, mas sem o mesmo brilho da versão anterior.

8. Eles Existem (2014)

Eduardo Sánchez tem uma mão boa para found footage, pois além de dirigir uma das obras mais cultuadas do gênero (A Bruxa de Blair), ainda fez outras tentativas dentro do estilo, como a direção em um dos contos do interessante V/H/S 2. Em Eles ExistemEduardo retorna ao estilo que parece mais a vontade, mas agora explorando o mito do pé grande. Aqui o monstro está presente a todo o instante, aparece sem muito foco, mas sempre que surge assusta justamente pelo interessante trabalho feito com as câmeras. Os jovens precisam fugir do monstro e a câmera sempre está em movimento com eles, dando um maior tom de realidade para a ação. 

7. O Caçador de Troll (2010)

Outra produção que explora uma lenda, além de ser um found footage é O Caçador de Troll. Um filme que se passa na Noruega, onde jovens encontram com um caçador e vão junto com ele presenciando algo que até então poucos acreditavam existir. A ideia é muito parecida a de Cloverfield, filmado como se fosse um documentário mesmo e o resultado é tão realista que chega a enganar se aquilo está mesmo acontecendo ou se estamos apenas assistindo a um filme. 


6. Cloverfield: Monstro

J. J. Abrams estava vivendo o auge de sua carreira com o sucesso de Lost quando produziu Cloverfield. Como todo longa do estilo found footage trabalhou uma ideia simples, em que um monstro atacava os EUA. A trama segue um grupo de amigos que precisa fugir de um monstro gigante. Claro que o jeito da filmagem foi feito dessa maneira por não precisar gastar muito dinheiro e possivelmente para usar um estilo que estava bastante popular na época, além de usá-lo para dar uma abordagem de maior imersão para a história ao mostrar tudo o que estava acontecendo na cidade. Sucesso foi tão grande que contou com duas outras continuações. 

5. [REC] (2007)

Quem curte filmes de zumbi ou produções do tipo com certeza já deve ter assistido ou ouvido falar desta produção espanhola que mostra uma situação bastante desesperadora. Uma repórter, junto com seu câmera, fica presa em um prédio com outras pessoas. Ali há outros moradores com uma infecção que está se alastrando e precisam desesperadamente fugir do local antes que todos sejam mortos. O ambiente em que estão presos é trabalhado quase como se fosse um personagem, fazendo com que crie um medo e pavor angustiante. O final é surpreendente e assusta mais que muitos longas do gênero. [REC] surgiu como uma das grandes surpresas do estilo found footage, tanto que ganhou um remake americano de qualidade inferior ao original e outras continuações diretas, apenas REC 2 manteve o nível, algo que as outras sequências não conseguiram.

4. Assim na Terra como no Inferno (2014)

Angustiante e claustrofóbico, essas duas palavras podem definir a trama desta produção que surpreende pelo tom certo com que desenvolveu a história. Novamente em tom documental mostra um grupo que entra nas catacumbas de Paris e ali encontram o verdadeiro inferno em suas vidas. É mal filmado em alguns momentos, mas isso é de propósito, justamente para dizer que são os próprios integrantes do grupo que estão filmando. Assusta e desespera na medida certa, além de contar com um final bastante surpreendente. 

3. Poder sem Limites (2012)

O found footage não é exclusivo dos filmes de terror. Em Poder sem Limites acompanhamos um grupo de garotos com super poderes que de início o usam apenas para zoar, mas com o tempo vão o usando com outra motivação, então que surge o questionamento do que é certo ou errado. Um filme interessante, surpreendente e que mutias vezes é esnobado pelo público por acreditarem ser apenas mais um filme de adolescentes que só querem zoar. Há algo a mais neste longa, pois debate muitos assuntos, além de ter um ótimo mistério em sua trama. 

2. Atividade Paranormal (2007)

Pode-se dizer que Atividade Paranormal popularizou o estilo found footage ao sustentar uma história de terror simples, bem montada e que assustasse apenas utilizando uma câmera estática, em que mostrava as noites do casal até a derradeira noite em que a protagonista fosse possuída por um espírito maligno. O final aberto deu margem para que continuassem fazendo outras sequências, mas na maioria todas são bastante fracas e sem sentido, algo que acabou matando a franquia.

1. A Bruxa de Blair (1999)

Não é uma obra-prima, mas praticamente criou esse gênero que é tão famoso agora. Logo que foi lançado se tornou um sucesso de bilheteria, mas na mesma proporção que levou multidões ao cinema causou revolta, na época, em muitos que foram o assistir justamente por não aparecer o vilão. É aí que está a genialidade de A Bruxa de Blair, pois primeiro que trabalha o terror psicológico, criando um terror que está ali, mas que não aparece e segundo por dar um toque de realidade que até então havia sido presenciado em poucas produções. Muitos realmente acreditaram que esse grupo de amigos desapareceu na floresta. Outra produção que ganhou algumas sequências, todas bastante fracas e desnecessárias. 


Fato x Ficção | O que é verdadeiro em infiltrado na klan?

Infiltrado na Klan, assim como qualquer filme que se inspirou em fatos para realizar sua trama, acaba por ter que mudar alguma coisa em relação a história original. Algo feito, muitas vezes, para dar maior dramaticidade ou envolvimento para a história. Nesse artigo explicamos o que aconteceu ou não de verdade quanto ao que é relatado pelo verdadeiro Ron Stallworth e é mostrado no filme.

Ron Stallworth se tornou o primeiro policial negro de Colorado Springs?

Isso realmente é verdade. Ron Stallworth (John David Washington), nos anos 1970, se tornou o primeiro policial negro a fazer parte da equipe de detetives do Departamento de Polícia de Colorado Springs. Começou a trabalhar ali como cadete no dia 13 de novembro de 1972, e logo depois, em 1974, se tornou oficial. Também é verdade que sua primeira missão policial foi ir à uma boate ouvir o que Stokely Carmichael iria falar no local. Os policiais estavam com medo de que Carmichael pudesse, em algum momento de seu discurso, inflamar a violência. 


Infiltrado na Klan

Outro fato que aconteceu e é mostrado de forma correta no longa. Em outubro de 1978, Ron Stallworth se infiltrou na sede local da Ku Klux Klan. Assim como foi relatado no livro, Infiltrado na Klan, Stallworth realmente começou o contato com a KKK ao responder a um anúncio de jornal. Ele pegou o endereço do local e enviou uma carta com seu número de telefone. Esse é um fato que foi mostrado de outra forma no filme, pois o anúncio aparece já com um número de telefone e não com um endereço postal.

Diferente do que foi mostrado no longa, na vida real, um integrante da KKK ligou para ele ao receber a carta com o telefone. Somente depois desse primeiro contato por telefone é que passaram a se comunicar pelo meio de comunicação. Quando foi chamado para participar das reuniões acabou enviando o agente secreto que é interpretado por Adam Driver no filme.

Ron Stallworth falou a verdade quando mencionou sua irmã como motivo para entrar na KKK?

Isso também aconteceu. Stallworth já havia usado seu nome verdadeiro na carta que havia enviado para a Klu Klux Klan (não foi por telefone como mostrado no filme), mas ainda precisava de uma motivação que fizesse com que ele fosse aceito. Ron Stallworth contou realmente a história de sua irmã estar namorando um homem negro. Na conversa também falou mau de várias minorias para ser aceito.

Patrice Dumas

Patrice Dumas (Laura Harrier) não existiu na vida real. Em Infiltrado na Klan, Patrice é uma ativista que faz par romântico com Ron Stallworth. Spike Lee a colocou no longa para que ela representasse as mulheres que faziam parte do movimento Black Power. Como dito logo acima, Stallworth realmente participou de uma investigação secreta, mas diferente do que foi apresentado no filme ele não encontrou nenhuma mulher com que fosse se apaixonar no futuro. 

O parceiro de Ron Stallworth existiu e era judeu?

Sim, esse agente secreto que era parceiro de Ron Stallworth existiu. Não se sabe quem é esse agente na vida real, pois seu nome não foi revelado. No livro ele era chamado de Chuck e no filme o agente recebe o nome de Flip Zimmerman, portanto, houve uma mudança de nomes em relação a livro e filme, mas esse nome não é real, pois como dito não se sabe o nome dele.

O personagem de Adam Driver existiu, mas não era judeu como foi relatado no longa. Há em diversas passagens do filme acusações de um integrante da KKK que Flip fosse judeu. O agente secreto não era judeu, e portanto não passou pelo teste de detector de mentiras que é mostrado no filme. No livro não há menção se ele era judeu.


Ron Stallworth líder local da KKK

Isso não é verdade. No filme, há uma cena em que Stallworth aparece sendo nomeado para a KKK. Na vida real isso não aconteceu por pouco, porque quando houve o convite para participar do grupo o chefe do departamento acabou por encerrar a investigação. Stallworth acredita que isso tenha acontecido por causa que o chefe estaria preocupado com a imagem pública do departamento, pois seria no mínimo estranho se a opinião pública descobrisse que havia policiais como membros da KKK.

O encontro de Ron Stallworth com David Duke

Ron Stallworth conversou por telefone com David Duke, pois ao não receber respostas após fazer sua inscrição decidiu ligar para o líder da Klu Klux Klan. Algum tempo depois da conversa, por telefone, recebeu o certificado de cidadão concedido a ele e que foi assinado pelo próprio Duke. Segundo Ron Stallworth ele continuou conversando com Duke após esse primeiro contato. Ron Stallworth não conversou pessoalmente com nenhum membro da KKK enquanto estava na operação. 

Em 1979 David Duke foi até a cidade de Colorado Springs realizar uma visita e o policial designado para o proteger foi Ron Stallworth, Duke aceitou o policial como seu protetor. Portanto, os dois acabaram conversando pessoalmente, e a visita de Duke foi em uma churrascaria e não uma cerimônia da KKK como é mostrado no filme. O agente secreto que fingia ser Stallworth estava nessa churrascaria como infiltrado. 

O sucesso da investigação

O caso durou cerca de nove meses, enquanto Ron Stallworth e seu parceiro trabalharam reunindo várias informações do grupo. Ganharam com o tempo a confiança do pessoal da KKK, entre eles David Duke. Com a investigação evitaram queimadas de cruz, identificaram alguns membros do grupo, alguns deles faziam parte das forças armadas.

Há relatos feitos por Stallworth em relação a planos feitos pela Klu Klux Klan para explodir os dois bares gays da cidade, assim como um plano organizado para roubar armas de Fort Carson.

Apesar de nenhum membro da KKK ter sido preso, a investigação que durou nove meses foi considerada um sucesso. No livro, Stallworth escreveu: "Como resultado de nosso esforço combinado, nenhum pai ou mãe com um filho negro ou de outra minoria teve que explicar por que uma cruz de 18 pés foi vista queimando."


Crítica | Narcos México (1ª Temporada) - A origem do crime organizado no México

Crítica | Narcos México (1ª Temporada) - A origem do crime organizado no México

A Netflix encontrou na franquia Narcos, algo que vem trabalhando bastante em suas produções, que é a de contar histórias que se aproximem da realidade. Séries como Black Mirror e 13 Reasons Why tem como objetivo tratar de assuntos bastante discutidos na sociedade. E a primeira temporada de Narcos: México é o tipo de série interessante e que deve ser assistida por todos, justamente por tratar de uma questão tão relevante quanto é o tráfico de drogas.

A série original de Narcos e que deu origem a este spin-off, em que Pablo Escobar reinava, falava sobre o início dos cartéis colombianos, sobre o domínio do tráfico de drogas na região e do início da rota das drogas em direção aos EUA. Já a primeira temporada de Narcos: México acompanha os passos de Miguel Ángel Félix Gallardo (Diego Luna), um pequeno traficante de maconha que atua na cidade de Sinaloa a mando de um quartel regional.

De forma bem trabalhada vão acompanhando e explorando mais a respeito do traficante, que com uma simples idéia acaba organizando o tráfico regional, ao fazer acordo com os chamados ‘praças’. A série vai mais além, não apenas mostrando como ele conseguiu o monopólio das drogas no México, mas também como começou a explorar o lucrativo mercado da cocaína, um produto até então quase que exclusivo dos colombianos.

É um acerto da equipe de roteiro apresentar as estratégias criadas pelo por Miguel Ángel para conseguir criar um verdadeiro monopólio do tráfico. Tais estratégias são apresentadas aos poucos, de forma intrigante, segurando o telespectador em frente a tela e contando, de forma didática, o início da escalada de terror e que futuramente ficaria ainda pior no país latino. É um assunto delicado, se trabalhado de forma errada pode dar outro tom a um tema que envolve não apenas a vontade de pessoas em vender droga e de ficarem milionárias, mas também em corromper todo um sistema, que vai desde políticos a militares.

Outro grande acerto foi o de mostrar a origem dos cartéis mexicanos e da escalada de horror que só foi crescendo com o tempo. O tráfico de drogas, principalmente o de cocaína, é tema recorrente em Hollywood, filmes como Scarface (Brian De Palma) e Os Bons Companheiros (Martin Scorsese) já tocaram nesse tema, assim como a premiada série Breaking Bad, que toca mais no caso das drogas sintéticas, mas mesmo assim aborda o tema sobre o tráfico. Só que são poucas as produções que realmente falaram das origens do tráfico mexicano, quem eram seus líderes e como surgiu a escalada recente de violência. Por si só a série já se mostra importante somente de abordar esse assunto.

A narrativa trabalha mesclando imagens de arquivos com a da encenação dos personagens, ensinam didaticamente a história do país, das corporações policiais e outras questões, mas sempre com uma narração de fundo, ao estilo do que foi popularizado e muito bem trabalhado por José Padilha em Narcos. O roteiro segue duas linhas narrativas, a primeira mostrando o policial e sua investigação particular e a segunda em que Miguel Ángel tenta criar sua rede de criação e distribuição de maconha no México, contando com a ajuda de policiais e políticos. E a partir daí vão mostrando ele subindo de patamar degrau por degrau.

Não há agilidade em apresentar os fatos, pelo contrário, tudo é mostrado de forma bem lenta, ao mesmo estilo da série original que mostra o tráfico na Colômbia. Não pulam períodos para mostrar mudanças de personagens ou mostrar a mudança da região. A narração é um ótimo artifício para dar agilidade à trama, mas apenas em alguns momentos interessantes isso ocorre e de forma rápida.

Perdem tempo com subtramas chatas, como as envolvendo o irmão de Miguel Ángel, um homem que age por instinto e que sempre coloca tudo a perder. Tal fato é explorado ao limite na série, chega um momento que se torna chato de tantas vezes que esse irmão aparece fazendo bobagem. Perde-se tempo também com outras vinganças menores feitas por outros personagens, são partes importantes da série, mas que só estão ali presentes para demonstrar como a região é violenta.

Em alguns momentos, Narcos: México soa bastante repetitivo. Parece querer a todo o momento dizer que o tráfico é poderoso, que foi criado um sindicato do crime, que policiais e políticos são corruptos, fatos já mostrados e que hora ou outra aparecem novamente para lembrar o telespectador. Essa repetição não tem efeito prático, já que não acrescenta nada de novo para a história, além de só ficar dando voltas e enrolando. 

No México, diferente do que ocorria na Colômbia, não havia uma figura importante no tráfico que centralizava toda a organização como era o caso de Escobar. Nesse cenário, a série, não demora a apresentar o antagonista Félix (Diego Luna) que irá chamar todos os representantes de cada região do México para criar uma central do tráfico e assim unir toda a operação em um só líder.

Diego Luna um personagem interessante de início, mas que vai perdendo seu brilho com o tempo, não pelo fato do antagonista ser mal retratado na produção, mas sim por causa da interpretação sofrível de Diego Luna (Star Wars: Rogue One), que não consegue segurar a série, algo que não ocorre com o protagonista, interpretado pelo ator Michael Peña e que tem talento de sobre para tirar tudo e mais um pouco de seu personagem. Diego Luna interpreta um vilão canastrão com ares novelescos, não convence no papel. Fica evidente como o ator não deu conta do antagonista quando há o encontro entre Diego Luna e Escobar, interpretado magistralmente por Wagner Moura. A cena é curta, mas a diferença fica nítida na atuação dos dois, Wagner Moura se impõe facilmente frente a Luna.

A primeira temporada de Narcos: México, em sua totalidade, é um excelente exemplar de série que mesmo com seus defeitos consegue contar a origem de algo tão cruel quanto é o tráfico de drogas. Um trabalho feito de uma maneira séria, abrangente e sem deixar nós solto, pois tudo o que foi apresentado durante a trama fez sentido ao final. Que a Netflix continue produzindo outras ótimas séries nesse estilo.

Narcos: México - 1ª Temporada (idem, EUA, México – 2018)

Direção: Andrés Baiz, Amat Escalante, Alonso Ruizpalacios, Josef Kubota Wladyka
Roteiro: Carlo Bernard, Chris Brancato, Doug Miro, Clayton Trussell, Andrew Black, Ashley Lyle, Eric Newman, Bart Nickerson, Jessie Nickson-Lopez, Scott Teems
Elenco: Diego Luna, Michael Peña, Alyssa Diaz, Scoot McNairy, Teresa Ruiz, Horacio Garcia Rojas, Tenoch Huerta, Joaquín Cosio, José María Yazpik, Matt Letscher, Fernanda Urrejola, Tessa Ia, Mike Doyle, Jackie Earle Haley, Wagner Moura, Fernanda Urrejola
Gênero: Policial, thriller
Duração: 50 (cada episódio)

https://www.youtube.com/watch?v=VBLcYJ7C4F0


Internautas acusam Jason Momoa de assédio por conta de vídeo desconfortável

Jason Momoa, protagonista de Aquaman, está sendo acusado de assédio por internautas nas redes sociais. Em um vídeo que circula pelo twitter, é possível ver o ator abraçado com duas crianças.

No vídeo, Jason Momoa está com a mão próxima ao peito da garota, sua filha, Lola Iolani Momoa, fazendo carícias que dão a impressão de serem involuntárias, feitas sem muita atenção.

Porém, ela, aparentemente desconfortável, acaba retirando a mão de Momoa depois de alguns segundos. Momoa não se incomoda e segue conversando com um amigo sobre a homenagem de dança que ocorria em sua frente que havia capturado sua atenção no instante.

Até o momento o ator não comentou o caso que só veio a viralizar agora no dia 8.

Veja o vídeo publicado por um internauta no Twitter:

https://twitter.com/dncxtroye/status/1082763847050641408?s=19&fbclid=IwAR3Lw9sPCF5RLTdPMYDLlL-iO_9IjcHnAYC5dnsC_nTv3aJNBy0n1SmA71c

Confira alguns tweets sobre o assunto e o vídeo completo logo após:

https://twitter.com/indierz/status/1082786839373725696

https://twitter.com/Igor_kira/status/1082789470867476480

https://twitter.com/warnermaxon/status/1082790753993142273

https://twitter.com/skywalkszr/status/1082784969829859328

O vídeo completo está aqui. Atenção ao minuto 1:02 que é onde a polêmica é iniciada.

https://www.youtube.com/watch?v=F7Ntg58uKvc&feature=youtu.be&fbclid=IwAR0E_3xNWovBkqQlV2kX8Vvg2PQlM_e1U7UCl_dSPgn89PEynS8MBDjaS7c

Qual a sua opinião sobre o assunto?


Artigo | Conheça o instigante caso envolvendo Lizzie Borden

O cinéfilo atento já deve ter tomado nota do filme Lizzie e de seu caso criminal envolvendo a protagonista Lizzie, em que foi acusada da morte de madrasta e de seu pai.. Fato é que essa história realmente ocorreu no dia 4 de agosto de 1892.

O caso de Lizzie é bastante emblemático e para saber mais sobre ele começamos falando sobre a vida da principal suspeita dos crimes. Lizzie Borden nasceu na cidade de Fall River, em Massachussets, no ano de 1860. Seu pai, Andrew Jackson Borden trabalhou desde cedo e acabou enriquecendo, vendendo caixões e móveis de madeira, entre outros bens de serviços. Andrew fazia parte da diretoria de bancos e financeiras, além de ter várias propriedades comerciais, posses que lhe davam bastante estabilidade financeira e o davam muita influência.

Lizzie tinha uma irmã mais velha, seu nome era Emma Lenora Borden (1851–1927). Ambas eram religiosas, Lizzie ensinanva crianças e imigrantes que chegavam aos EUA. Após três anos da morte de sua mãe, Sarah Anthony Borden, seu pai se casou novamente com sua futura madrasta, Abby Durfee Gray.

Na época dos assassinatos, Lizzie não conseguiu explicar para para a polícia como era sua relação com a madrasta, o que se soube apenas é que Lizzie achava que Abby estaria atrás de toda a fortuna de seu pai. Ainda quanto ao inquérito policial, a empregada da casa Borden, Bridget Sullivan, em testemunho contou que Emma e Lizzie quase nunca faziam as refeições junto com seus pais.

Um dos casos mais emblemáticos envolvendo a relação de pai e filha, ocorreu em 1892, quando Andrew entrou no pequeno celeiro no quintal e matou vários pombos de Lizzie, o motivo seria porque crianças estavam indo até o local para caçar os pássaros e ele teria feito isso para que não fossem mais lá. Lizzie obviamente ficou bastante zangada com tal ato, tanto que logo após o acontecimento se mudou para New Bedford e depois de algum tempo retornou para Fall River, isso uma semana antes dos assassinatos, mas em vez de ficar na casa dos pais ficou em outra residência da família.

Esse caso dos pombos foi apenas o estopim de uma crise que havia começado há alguns meses antes dos assassinatos, quando Andrew passou propriedades para a família de Abby, vendendo em alguns momentos por valores irrisórios e abaixo do mercado. Alguns dias antes das mortes ocorrerem, John Vinnicum Morse, o tio de Emma e Lizzie, foi fazer uma visita e ficaria alguns dias na casa para conversar sobre negócios com Andrew.

Andrew Borden e Abby Borden foram encontrados mortos dentro de casa. O que intrigou os investigadores da época foi que no momento, dentro da casa, haviam apenas a empregada doméstica e Lizzie, fato que é bem mostrado no filme de 2018. Bridget Sullivan, a empregada, estava limpando as janelas pelo lado de fora no momento que Lizzie gritou para que ela chamasse com rapidez o médico, pois seu pai havia sido assassinado.

Algum tempo depois encontraram o corpo de Abby no andar de cima da residência. Os investigadores, na época, não conseguiram determinar qual foi a arma utilizada para matar os dois, apenas sabiam que foi uma arma bastante pesada que foi usada para matar os dois a pancadas.

O que se sabe, quanto ao dia do assassinato é que no dia de sua morte, Andrew, havia ido até a cidade com o tio de Lizzie, John Morse. Andrew voltou às 10:30 e logo se deitou no sofá para tirar um cochilo. Alguns minutos depois, Lizzie disse ter encontrado o corpo de seu pai. Apenas isso se sabe com clareza sobre o caso, o resto foi formulado com base em testemunhos que entravam em conflitos e com base em boatos proferidos na época. 

Lizzie Borden foi a única pessoa julgada pelos assassinatos cometidos. Alguns fatos curiosos marcaram a investigação criminal. A primeira foi em relação a busca pela arma do crime. A polícia durante a busca na residência encontrou um machado no porão e presumiram que aquela fosse a arma usada para cometer os assassinatos. Porém, o machado estava limpo e uma parte do cabo não estava ali, e durante a investigação chegaram a conclusão que o cabo havia sido retirado porque estava cheio de sangue. O mais contraditório está por vir, sendo que o investigador do caso disse que encontrou o machado ao lado de um cabo. Até os dias de hoje é um grande mistério qual foi a arma do crime usada pelo assassino, e o machado é a arma mais popular e conhecida pelo público.

O caso do machado não é a única pista ignorada pela polícia, há também o caso do vestido queimado. Poucos dias após o crime, Lizzie havia queimado um vestido de cor azul claro, afirmando ter derramado tinta nele. No tribunal houve discussão quanto a vestimenta usada por Lizzie no dia do crime, houve divergência nos relatos das cores usadas de seu vestino no dia. Nenhuma roupa suja de sangue jamais foi descoberta pela polícia. No fim das contas Lizzie Borden foi inocentada pelo júri.

Esse crime é um dos mais discutidos, até os dias de hoje, justamente por não terem encontrado o assassino, por ninguém saber qual foi sua real motivação e por não terem encontrado a arma do crime. Há algumas teses a respeito do caso, muitas delas tentando explicar os motivos e quem seria o verdadeiro assassino.

O primeiro e mais conhecido é que Lizzie seria lésbica e estaria tendo um relacionamento com a empregada Sullivan, mas que a madrasta havia descoberto tudo. Outra tese é em relação ao testamento de Andrew, que ele teria retirado Lizzie dele, mas nenhum testamento foi divulgado mostrando isso, corroborando a tese.

Há ainda duas outras torias, uma dizendo que Lizzie, por sofrer de epilepsia, cometia os crimes enquanto estava em estado de transe por causa dos ataques e outra teoria diz que a empregada Sullivan havia matado os dois por ter que ficar limpando as janelas em dia de intenso calor e que em um momento de revolta acabou matando os dois. Porém, como dito acima, são apenas teses, mas nada de concreto se tem sobre o caso, apenas indícios que não podem confirmar com certeza que teria sido Lizzie e Sullivan as verdadeiras assassinas. 


Lista | Filmes que se passam em hospícios

Os transtornos psiquiátricos já tiveram diversas abordagens feitas pelo cinema, ou mostrando o lado da pessoa internada, ou pela visão do médico ou algum outro funcionário que trabalha no local e até mesmo colocando o hospício como um local assombrado, transformando o edifício no ponto principal da trama. Há muita seriedade quando se trata da história, fazendo com que muitos desses filmes se tornem produções memoráveis. 

Nise: O Coração da Loucura (2015)

A loucura, no cinema nacional, vem se tornando um tema recorrente e não é por menos, o país tem histórias cabulosas em relação a hospícios e muitas produções já tocaram nesse assunto. Nise: O Coração da Loucura é uma delas. Longa trata da vida da doutora Nise (Glória Pires) que discordava do tratamento dado aos internos e se negou a usar eletrochoque e lobotomia como forma de tratamento. Mandada para a ala de terapia ocupacional por não aceitar trabalhar dessa forma, criou uma revolução no local com seus métodos de trabalho. Um filme lindo e sensível e que foi inspirado em um fato verídico. 

Fenômenos Paranormais (2011)

Essa dica é para os fãs de filmes de terror. Feito ao estilo do found footage, em que as os próprios personagens filmam tudo o que acontece e assim observamos tudo do ponto de vista deles. Trama traz um grupo de documentaristas que vai passar a noite em um manicômio abandonado, obviamente que tudo começa a dar errado e começam a ser caçados por entidades paranormais que ali residem. A produção foi feita justamente para que parecesse ser de baixo orçamento e assim dar maior tom de realidade para tudo o que está acontecendo. O resultado final é bastante interessante, consegue assustar, fazer pregar os olhos na tv, além de causar medo em muitas cenas. 

Refúgio do Medo (2014)

Da lista é o longa mais fraquinho quanto a narrativa, mas nem por isso não deve deixar de ser assistido, pelo contrário. Primeiro que o elenco ajuda a segurar toda a trama, com Ben Kingsley (Operação Final) e Kate Beckinsale (Anjos da Noite) que tem experiência de sobra para interpretar papéis problemático. Filme é um terror adaptado dos contos de Edgar Allan Poe. A construção do roteiro até que é bem feita, o ar sombrio da trama, típico de produções de Allan Poe também é bem montada, além de ser bem produzido, principalmente o ambiente do hospício em si. Há muitas cenas que mostram as crueldades feitas para se tratar aqueles que eram chamados de loucos, com tratamentos que mais lembravam aparelhos de torturas. 

Contos Proibidos do Marquês de Sade (2000)

Uma obra clássica que aborda a vida do escritor libertino Marquês de Sade (Geoffrey Rush). A trama aborda a vida do autor já no sanatório e sua relação com a lavadeira do asilo (Kate Winslet) e nos mostra outros temas, desde a prisão do Marquês de Sade em um manicômio por causa de suas perversões sexuais até o tratamento feito para curar essas práticas, que eram consideradas loucura na época. Vale a pena assistir para quem quiser saber mais a respeito do escritor.

Garota, Interrompida (1999)

Angelina Jolie (Sr. e Sra. Smith) foi aclamada pela crítica por sua belíssima interpretação de Lisa Rowe, tanto que recebeu merecidamente seu Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo papel de Susanna Kaysen, uma garota que foi diagnosticada com Ordem Incerta de Personalidade, algo que qualquer adolescente poderia ter. Outra produção que mostra a vida dentro de um instituto psiquiátrico, mas aqui há algo a mais ao abordar todo o mundo descoberto dentro do manicômio através do ponto de vista de Lisa.

Tempo de Despertar (1990)

Há inúmeras produções que podem te emocionar e uma delas é Tempo de Despertar. Com uma trama humana e inteligente nos apresenta um doutor (Robin Williams) que começa um tratamento teste em um dos pacientes (Robert de Niro), e nisso o longa vai nos guiando através dessa situação. O belo roteiro trabalhado pela diretora Penny Marshall (Quero Ser Grande) é um dos grandes atrativos, bem conduzido e desenvolvendo a trama com bastante agilidade, o trabalho de estruturação dos personagens é fantástico. Difícil chegar ao final sem ter derramado uma lágrima se quer. 

Um Estranho no Ninho (1975)

Jack Nicholson (Antes de Partir) em uma de suas melhores interpretações na carreira, interpretando um homem comum que é levado de uma prisão para um sanatório. O motivo para ser levado até o local poderia ser interpretado como qualquer coisa, menos como loucura. Seu personagem era uma pessoa normal, não fazia sentido sua presença em um hospício para curar algo que não tinha. A ideia do filme é justamente debater o que é loucura e o que é normalidade, pois muitos dos casos ali mostrados são comuns e trabalhados de forma errada, alguns nem precisavam tomar remédios ou se submeter a tratamentos como eletrochoque ou lobotomia. 

Bicho de Sete Cabeças (2000)

Filmado no antigo hospital psiquiátrico do Juquery, em Franco da Rocha, Bicho de Sete Cabeças está entre os filmes nacionais que fizeram parte da retomada do cinema brasileiro. É inquestionável a qualidade do longa que apresentou Rodrigo Santoro (Os 33) para o cinema. Há duas críticas feitas no longa. A primeira em relação ao combate as drogas e seu tratamento, pois o personagem foi colocado ali por causa de uso de entorpecente e acabou saindo pior do que estava quando foi internado. Uma segunda crítica é em relação aos manicômios brasileiros e seus tratamentos brutais, que mais machucavam do que curavam. 

Ilha do Medo (2010)

Martin Scorsese (Os Infiltrados) fez um dos trabalhos mais interessantes de sua carreira em Ilha do Medo. O mais interessante da produção é o final aberto que te deixa cheio de dúvidas do que teria ocorrido com o personagem de Leonardo Di Caprio (Titanic). O plot twist poderia ter sido mais eficaz, o final aberto vem justamente dessa virada do roteiro que deixa tudo sem explicação. O desenvolvimento da trama é uma das belezas desta produção, vai te direcionando para pontos interessantes da investigação e o desenvolvimento não perde tempo com tramas e argumentos irrelevantes.