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Critica com Spoilers | Venom: Tempo de Carnificina – A Melhor Comédia Romântica do ano!

Assim como no primeiro filme, fiquei me questionando à todo momento enquanto assistia tentando entender o motivo de todo o ódio dos críticos dessa vez, pois tudo que se projetava e construindo na tela era um filme mais do que decentemente sendo montado, o que automaticamente fez aqueles comentários sobre o filme ser uma metralhadora ambulante que não se deixa respirar em nada soarem vazios, nada haver com o filme que se estava assistindo.

Tirando talvez os primeiros 10 minutos que encapsulam todo um conteúdo de trama que se desenrola que estabelece a rivalidade conectiva entre Eddie Brock e Cletus Cassidy, que teria levado pelo menos uns 30 a 40 minutos de desenvolvimento em um filme convencional da Marvel ou DC, e que leva o filme a se mover nesse desenrolar quase imprevisível que já imediatamente se mostra conquistar um nível acima do primeiro filme do Venom.

Filme esse que, embora eu tenha achado um bom divertimento e de uma personalidade trash que o tornava tão atraente, mesmo que de forma indesejado ou inadvertidamente conquistador por aquela produção, que parecia estar se esforçando tanto para realizar uma história de origem de super-herói genérica, entretida e relevante, mas com um material banal e vindo de uma produção que mais parecia algo feito no início dos anos 2000, visando apenas com fins lucrativos vazios, e que parecia inegavelmente um fracasso condenado.

A Receita do Sucesso

Mas ninguém poderia esperar contar a vantagem que o Venom da Sony tinha, onde eles encontraram um ponto de brilhantismo naquele filme: a atuação de Tom Hardy! E como ele sozinho, tão descaradamente se jogando em plena insanidade ao papel, enquanto tenta encapsular tantos tipos de traços diferentes de personalidade em um só personagem: o pobre perdedor encontrando poderes inimagináveis; o anti-herói mentalmente perturbado; tentando tão seriamente soar dramático em cima de um roteiro raso e ao mesmo tempo despirocar em humor galhofa que consegue ser mais engraçado do que o material que lhe é oferecido

E a cereja do bolo: ele tendo um parasita simbionte com uma vida autoconsciente dentro dele. Se em qualquer outro filme isso seria tratado com um tom levado-se tão à sério e dark, aqui ao contrário, se descontrola ao ponto de se tornar uma das relações e performances mais HILÁRIAS de um filme de quadrinhos. Performance no quesito de ser Hardy basicamente atuando enquanto fala sozinho e agindo feito um maluco insano possuído por uma besta fera descontrolada por boa parte do filme; e relação pois temos seu Eddie Brock e Venom em uma verdadeira relação “buddy-duo” (amigos involuntariamente diferentes mas inseparáveis) compartilhando uma química incrível – porque, novamente, eles são basicamente a mesma pessoa/ser falando consigo mesmo.

Isso por si só deu e transformou o filme que estava destinado a ser um desastre genérico total, em um trash inadvertidamente e insanamente engraçado. E agora, esse mesmo elemento, as interações incrivelmente engraçadas que Eddie começa a ter com sua voz interna de Venom, é aproveitada ao máximo aqui, totalmente centrado em tudo que parecia dar certo no primeiro filme, permitindo assim a direção muito mais criativa e livre de restrições (na maior parte ), tão raramente visto com a produção da Sony.

Vulgar com Orgulho

O problema com as críticas em relação a esses filmes de Venom, e especialmente agora com Tempo de Carnificina, é como eles tentam analisá-lo com uma objetividade tão entediante e perdem a verdadeira diversão do material em mãos. O filme nunca se leva a sério, na verdade, é tão descaradamente brega quanto os filmes do Batman de Schumacher, nem interrompe seu próprio enredo ou drama com comportamento piadista pós-moderno de um filme MCU para quebrar tensões, ele cria suas próprias tensões com o próprio patetismo exagerado de seu material, e com orgulho.

Carregando o tom meio gooffy de um filme do Sam Raimi, misturado com uma comédia romântica genérica dos anos 2000 estrelada por Bradley Cooper ou Matthew McConaughey antes de se tornarem famosos, com o orçamento e o estilo de um filme MCU; resultando em uma versão comédia pastelão B de um filme de super-herói comum de hoje em dia, e é tão revigorante e divertido e com uma inocência encantadora por causa disso, demarcando toda a sua estranheza com total convicção!

Enquanto promovia o filme, Andy Serkis falou muito sobre como ele sentiu que o que fez aqui foi por um caminho bem diferente do que os filmes de quadrinhos mais comuns tendem a seguir, esse sendo realmente o objetivo principal de muitos cineastas que tentam lidar com histórias de personagens de quadrinhos fora do espectro Marvel/Disney, e enfatiza o quão diferente sua abordagem será em comparação com a tendência comum. Venom: Tempo de Carnificina é o filme raro que justifica essa afirmação para si mesmo!

Quase não há sequer uma sugestão de diálogos expositivos, nenhum grande cenário de construção de universo, nenhum discurso prolixo de vilões sobre motivações profundas, e mesmo quando estes aparecem aqui é tudo absurdamente trash e instável como o personagem responsável por entregar o mesmo discurso. E o filme gira totalmente centrado em personagens, de trás para frente. A antítese completa de muitos filmes de quadrinhos de hoje e do próprio primeiro filme de Venom!

Para um filme bem curto de apenas 97 minutos, ele se move conforme uma duração bem coesa, não deixando nada soar em falso ou apressado como muitos apontaram. Serkis e sua roteirista Kelly Marcel sabem no que querem focar e colocar na tela, o que dá uma atividade rítmica fluida e sem percalços tão grandes, o que acaba tornando cada minuto importante e divertido de se acompanhar, pois foca nas personalidades certas e nos conflitos banais que tomam mais sentidos do que à primeira vista pode-se julgar. E no pouco que é usado para definir os principais conflitos que tomará todo o tamanho das ameaças mais tarde no filme!

O fato sobre o que é realmente engraçado sobre o filme é como ele abraça a comédia romântica em um grau literal e coloca isso para funcionar dentro de sua estrutura. Então, se todo mundo pensava que Homem-Formiga e a Vespa era a coisa mais próxima de um filme de super-herói disso, abra caminho para Venom: Tempo de Carnificina a definitiva comédia romântica dos filmes de quadrinho. A mais clássica comédia clichê de Hollywood que segue a estrutura do divórcio, onde é sobre duas pessoas que estão juntas, se separam e depois têm que aprender sua própria lição pessoal antes de voltarem a ficar juntos, tendo aprendido algo em seu caminho.

Porque se tudo com o simbionte no primeiro filme era uma questão de encontrar o hospedeiro perfeito para sobreviver, e no final de encontrar o caminho para sua felicidade individual compartilhando um corpo. Enquanto que o desafio de Venom para sobreviver aqui se torna menos sobre a utilidade do corpo de Eddie ou seu papel de anti-herói das ruas de San Francisco, e muito mais sobre encontrar conforto emocional um com o outro.

Com grandes Poderes, vem-se grande Amor

Em alguns dos raros momentos do primeiro filme, o roteiro apresentava a idéia de explorar a depressão que recai sobre Eddie Brock, tal como nos quadrinhos antes de ele encontrar o simbionte por meio de um desencontro com o Homem-Aranha. E Hardy, com o pouco que tinha ali, conseguiu construir um indivíduo muito simpático que você facilmente sentia por ele, mesmo com a superficialidade do material. O que tornou a chegada do simbionte em sua vida um verdadeiro sopro de alívio para tirá-lo da miséria, solidão e do fracasso em que ele estava se enterrando.

Ele era o perdedor, o ninguém que se torna alguém poderoso, e isso não tem muito a ver com os poderes que o simbionte lhe trouxe, mas sim com o relacionamento que eles construíram um com o outro. E em como isso soa enormemente bobo, essa também é a cereja do bolo mencionada anteriormente, ao fazer toda a história girar em torno disso, estranhamente torna esse um filme sobre como encontrar o amor e a importância da intimidade nos relacionamentos.

E a parte surpreendente disso é como o filme realmente se aprofunda nisso de maneira bastante sincera e honesta, eu ousaria dizer até mesmo doce em algum momento do filme, porque você realmente ama o amor entre Venom e Eddie! Não se trata de ameaças de dominar o mundo, nem de uma jornada de um herói fazendo a definitiva demonstração de bravura do sacrifício, mas sim de um microcosmo, de uma luta psicológica e emocional entre amigos (e amantes) que não suportam entender as necessidades do outro e sabem onde e como ferir em cada uma de suas fragilidades.

Eddie sabe que pode machucar Venom dizendo que ele é apenas algo perto de um zelador em seu planeta de origem simbionte, e Venom sabe que pode ferir Eddie destruindo seus pertences que Eddie finalmente ganhou com seu sucesso jornalístico. Tudo porque Eddie não entende as próprias necessidades físicas de Venom para se alimentar de medulas cerebrais e não apenas de galinhas ou chocolate. E Venom não pode suportar as limitações da humanidade de Eddie ou por que ele escolhe sustentar sua vida apenas como um jornalista de tablóide em vez de viver como um deus com as habilidades que ambos possuem.

Então, um filme do Venom discute estritamente sobre como materialismo contagia as relações; sobre o sentimento imaturo e inepto de uma pessoa em relação às necessidades da outra; egoísta para com as próprias necessidades e dores pessoais; e sobre um auto-infligimento emocional de uma pessoa incapacitada e frustrada com sua própria existência e sendo incapaz de sustentar a felicidade de um parceiro de forma honrada e respeitosa.

Em um gênero de filmes onde a maioria dos interesses amorosos dos heróis mas se parecem acessórios dos personagens, a relação entre Venom e Eddie é quase um feito raro de quão tangível e real ela consegue ser?! Onde os dois personagens se desafiam, claramente se complementam, parecem triviais para a existência de um e do outro, e mostram como encontrar alguém que o completa pode torná-lo mais forte, não apenas em poderes, mas também emocionalmente melhor e mais feliz!

Não é nenhuma novidade roteiristas surgirem com o tema do amor como a força motora de suas pretensões narrativas, e que já se tornou um clichê chato e irritante. Mas no estranho caso de Venom, o personagem e filme, ele realmente é um ser em busca e necessidade de amor. Amor para entender sua natureza, suas necessidades, aceitar seus defeitos, mas também admirar seus talentos e habilidades, tanto quanto ele dá e sente esse amor por Eddie, que se sente em conflito sobre que tipo de sentimentos e relacionamento ele deve manter com Venom.

Por um lado, você pode até ler isso como uma história de amor-próprio, o amor pelo que vive dentro de você (literalmente), e pode dar o seu melhor, e isolar isso é o caminho para uma depressão sem volta já que as dores emocionais são incuráveis (Venom até diz literalmente isso para Eddie). Ao mesmo tempo que é um amor entre dois seres, o amor desavergonhado por um amigo, por um amigo, por uma compania ou pelos dois lados do mesmo: amor trans, amor gay, amor pelos próprios desejos e eu real; etc!

Eu não iria tão longe ao chamar isso de subtexto gay porque é tão EXPLICITAMENTE na sua cara que subtexto não é o foco desse filme, embora os tenha. Com Venom dizendo algo do tipo: “Estou fora do armário de Eddie!” e fazendo um discurso inteiro sobre amor e respeito igual para todos os seres, dentro de uma rave cheia de esquisitos fantasiados, no que deveria ser uma das cenas mais ridiculamente trash do filme, é na verdade dramaticamente adorável!

Até mesmo as piadas aqui, que não faltam aqui, nem precisam ser engraçadas para começar, porque a voz de Venom faz tudo parecer mais engraçado do que realmente é. E ver Hardy basicamente agindo e falando sozinho mais uma vez durante todo o filme é de um prazer indescritível. Ele igualmente atinge o nível de performance expressionista de Nicholas Cage, e algo TÃO RARO no cinema de quadrinhos. Abundante e evocativo, mas sem perder a essência! É até justo dizer que ele tem uma química BRILHANTE consigo mesmo.

Monstros mal compreendidos

Até mesmo o elenco junto a ele fazem um bom trabalho adequado com o que é dado a eles. A maior surpresa na verdade é Michelle Williams e como ela se sente muito mais à vontade aqui e completamente dentro da piada do filme, agindo como a mãe-babá de Eddie e Venom. Até mesmo o personagem Dan interpretado por Reid Scott que foi apenas um cara legal qualquer do filme anterior, tem momento de brilhar uma presença cômica aqui.

Enquanto Woody Harrelson como Cletus Kasady e Naomie Harris como sua amada Shriek são uma entidade própria. Ambos soam, falam, se comportam e se movem como se tivessem sido arrancados dos quadrinhos que foram criados e com Harrelson basicamente, reencenando o seu papel em Assassinos por Natureza como essa força excessiva com tanta fome de infligir crueldade. E contra todas as probabilidades, no final do dia, suas motivações de como antagonistas, eram apenas se casar e viverem felizes para sempre… enquanto matam algumas pessoas aqui e ali.

O único pesar é como o filme se restringe ao não permitir que a natureza sangrenta de um personagem como Carnificina imploda de verdade na tela, porque infelizmente um R-Rated não é comercializável em um período de pandemia. E por mais interessantes eles são como um casal antagônico, e quanto tempo de tela é realmente dado a explorar-los, às vezes parece desconexo e um tanto desperdiçado à longo prazo, embora eles façam seu trabalho bem aqui.

Algumas das ideias em torno deles são ótimas, trazendo verdadeiras vibes de romance gótico que parecem traços bem quadrinhecos para a história. O uso de uma animação hand-drawn contando a história de Cletus é bem interessante e até ecoa ares de Tim Burton, que é engraçado quanto creepy. Mas nunca leva a lugar nenhum fora de seu ponto principal de estabelecer um par romântico malvado entre Cletus and Shriek. Mas entrega algumas imagens interessantes no clímax, envolvendo um casamento sombrio que teria sido MUITO mais legal se tivessem um R-Rated para dar total atenção aos seus detalhes de viscerais. Pelo menos faz bom uso da cinematografia de Robert Richardson, incorporando sua sutileza usual a cada frame!

Outro ponto interessante em que o filme vai contra a onda de tendências usuais do cinema de super-heróis está na própria ação, ou melhor na quase falta dela. E não por causa de restrições orçamentárias, já que vemos os simbiontes tendo muuuuito mais tempo de tela dessa vez, explorando sua fisicalidade visual seja de maneiras interessantes com o Carnificina criando um redemoinho digno do demônio tasmânia; ou de maneiras engraçadas com as interações de Venom e Eddie, ou quando Venom se move por São Francisco com alegria e liberdade.

Mas enquanto na ação em si, basicamente se resume ao que os trailers mostraram com Carnificina em seus limites PG-13, e é meio enfadonho quanto soa. Mas pelo menos a ação do simbionte no clímax é bem legal e muito melhor do que o clímax do primeiro filme que mais parecia que era o irmão gêmeo variante do gêmeo simbionte dos Transformers de Michael Bay  onde você se perdia na poluição visual de CGI, enquanto aqui parece algo mais empolgante e mais pessoal quanto também caótico. Quase perturbador e confuso na forma como é enquadrado e na continuidade entre as cenas, instável assim como os personagens lutando nelas.

Mas em meio a sua montagem (propositalmente?) caótica, também se vende como uma grande briga de monstros com um gosto clássico de Monstros da Universal, mas agora com um orçamento de blockbuster moderno. Até mesmo o filme faz algum sentido nessa comparação, por ser uma história de criaturas mal amadas, encontrando sua morte por sua própria natureza e existência amaldiçoadas.

E não é irônico que todo o grande confronto do filme seja construído em torno de duas relações distintas?! Um deles é o asal psicopata de Cletus e Shriek que se amam desde a infância conturbada de ambos quase cegamente e fielmente, e a relação conturbada de Eddie e Venom que não suportam um ao outro, mas também não conseguem viver um sem o outro. E tudo termina com o trágico fato de que Cletus e Shriek estão proibidos de consumir seu amor juntos por causa da interferência do Carnificina, completamente desprezando a presença de Shriek e querendo matá-la por suas poderosas habilidades de gritos sônicos que são prejudiciais aos simbiotes.

Em uma relação que não se abraça as diferenças entre um ao outro e entram em um fatídico conflito de poderes acima de sentimentos. Então é apropriado que seja o casal problemático que, apesar de tudo, ama um ao outro não importa o que, construído em lealdade, compreensão e respeito, vençam e destruam o relacionamento a três construído apenas por meio da atração primitiva natural e da fome de poder. Possivelmente a maior e melhor piada do filme, e seu ponto dramático mais comovente!

Ame ou Odeie

Mas talvez tudo o que eu esteja dizendo apenas soe como uma completa baboseira que um punhado de fãs estejam loucos para defender um filme clichê, errado e caótico. Um argumento que poderia facilmente ter sido usado para o primeiro filme de forma bastante justa, mas então há a performance ultrajantemente divertida de Hardy para sustentar o charme vulgar daquele filme, enquanto aqui, a vulgaridade é toda sua forma, e se você não a enxerga, você apenas está cego pronto para odiar.

Teria eu gostado de ver uma adaptação fiel do Venom às suas histórias em quadrinho mais pesarosas e sombrias de um personagem assombrado com uma mente deprimida entrando na combustão da tragédia e explodindo em violência, levando a se tornar o equivalente anti-herói do Homem-Aranha; e aumentar ainda mais o antagonista da Carnificina como essa força do mal psicótico puro e desmembrando tudo que passa na sua frente?! Claro, mas os estúdios são covardes demais para ir um quilômetro a mais dentro disso.

Então, em vez disso, o que temos é um filme que zomba de suas próprias restrições, zomba de suas próprias maluquices. Talvez muito auto-excêntrico para alguns, e sempre haverá aquela alma querendo ser uma Pauline Kael da vida que virá e escreverá um artigo inteiro desmontando a idéia da qualidade de gosto vulgar dos filmes de Venom e sua frágil personalidade ambivalente de auto-ironia. Mas que nunca vai conseguir destruir a impressão que está causando no público, principalmente dentro de um mercado já dominado por muito material convencional do universo Marvel.

E principalmente por ser liderado por uma estrela como Hardy, tão apaixonado por sua atuação, pelo seu personagem e o filme em que ele está, não devendo ou se importando com julgamentos externos. Ele está fazendo esse filmes pelos fãs que conquistou e o está fazendo com controle, criatividade e paixão. Uma franquia de quadrinhos liderada por uma estrela e abordando idéias de comédia, histórias de amor, duplas de amigos e terror gótico que merece muito mais liberdade para desenvolver totalmente seu potencial!

Talvez o gênero pudesse aprender um pouco com as tentativas corajosas e genuínas feitas em um filme como Venom: Tempo de Carnificina. Longe de ser excelente ou sequer ótimo, mas absolutamente memorável e MUITO divertido de se assistir!

P.S: Uma Aranhazinha vem por aí!

Como alguns de você só vieram aqui para ouvir os spoilers apetitosos de verdade que o filme possui, uma parte final tinha que ser inteiramente dedicada a isso. Como a Sony tão brilhantemente usou como marketing próprio através de sessões testes, o que já deixou o público e os fãs sabendo de antemão que o que o filme estabelecera e a pós-créditos que deixara, levaria a um futuro que deixaria os fãs se coçando de ansiedade.

De um lado, o filme por si só estabelece legal algumas potenciais idéias para um terceiro filme, O personagem de Stephen Graham como o Detetive Mulligan por exemplo, no final do filme sendo infectado com a mesma mutação de Shriek depois que ela lhe fura um olho e ele mais tarde se tornaria o simbionte conhecido como Toxina. Só que no caso ele advém como uma prole genética próprio Carnificina, só se eles inventarem que uma parte do carnificina sobrevive e entrou no corpo de Shriek que passou para Mulligan. Alguma boa desculpa há de haver.

Nos quadrinhos depois do Toxina se unir a Mulligan os dois tentam ser heróis mas edpois de ser removido de Mulligan, Toxina é forçado a se entrelaçar com Eddie Brock e lutar contra Venom. Já há aí uma boa trama de ciúme e traições pra um muito possível terceiro filme do personagem se seguirem na mesma linha que esse aqui estabelece!

Já em outro departamento de cena pós-créditos, sim temos Venom/Eddie Brock sendo aparentemente transferido para o MCU através de algum tumulto no Multiverso, possivelmente ocasionado por Loki. Então é certo que agora ambos personagens vão se cruzar, e o Venom parece que ta com fome de uma Holland pela forma que ele lambe a imagem dele na TV.

Equanto Brock, o personagem em si, o filme também deixa uma ótima deixa para se criar um antagonista a partir dele, sem perder a essência do personagem construída aqui! Ele pode agir de fato como um anti-herói, no sentido de ser a antítese do que esperamos de um herói triunfante, na forma com que eles estabelecem um personagem que é meio leso, um repórter fracassado incompetente, um completo covardão, basicamente a antítese perfeita da palavra herói e super, e sendo um completo dependente de Venom para conseguir triunfar em vida, o que permite que ele possa realmente agir de fato como um anti-herói

E na forma com que o filme acaba com ele e Venom sendo postos como párias e sendo caçado pela polícia, é a porta perfeita para usá-lo como tal e agir como uma força antagonista contra o Homem-Aranha, pelo menos por um tempo, em seu futuro encontro, é só fazer acontecer agora!

Venom: Tempo de Carnificina (Venom: Let There Be Carnage, EUA – 2021)

Direção: Andy Serkis
Roteiro: Kelly Marcel
Elenco: Tom Hardy, Woody Harrelson, Naomie Harris, Michelle Willams, Stephen Graham
Gênero: Comédia, Aventura
Duração: 97 min

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Publicado por Raphael Klopper

Estudante de Jornalismo e amante de filmes desde o berço, que evoluiu ao longo dos anos para ser também um possível nerd amante de quadrinhos, games, livros, de todos os gêneros e tipos possíveis. E devido a isso, não tem um gosto particular, apenas busca apreciar todas as grandes qualidades que as obras que tanto admira.

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