Sherlock Holmes é um dos investigadores mais conhecidos da literatura policial. Arthur Conan Doyle criou nas páginas de suas obras um personagem que serviria para diversas gerações se inspirarem em seus feitos. Poucos sabiam que ele tinha uma irmã, Enola Holmes, e é sobre ela que a produção da Netflix se inspira e se sai bem em alguns aspectos, mas há muitos erros condicionados pelo diretor Harry Bradbeer (Fleabag) no jeito de tratar a história e a narrativa
Não é novidade alguma de que Joaquin Phoenix é um dos grandes atores de sua geração. Seus personagens são sempre carregados de muito sentimento e emoção, com o ator fazendo os mais diversos papéis, e entregando as mais diversas complexidades que os papéis exigem.
De filme de terror ao drama, Joaquin Phoenix sempre se esforçou ao máximo para passar ao telespectador aquilo que é necessário para que este se insira dentro do filme. Nesta lista estão as melhores atuações (até o presente momento) do astro de Hollywood que você pode conferir na SKY!
7. Vício Inerente (2014)
Nesta comédia-drama policial Joaquin Phoenix interpreta Doc, um detetive particular que investiga o sumiço de sua ex-namorada, e do amante rico dela. A partir de então o que se presencia na tela é uma atuação que apresenta as múltiplas facetas de Doc, um cara sério, e em alguns momentos ingênuo e bobo. É um ótimo personagem que faz rir com tiradas ou frases e situações espontâneas.
6. Ela (2013)
Sem dúvida um dos personagens mais difíceis de interpretar de sua carreira. Não pela carga emocional que o protagonista Theodore apresenta, e sim pelo fato do ator passar grande parte do filme conversando com um aplicativo ou ficando sozinho sem ter muito o que dizer. É um interpretação maravilhosa e que apenas engrandece o longa, pois sem sua presença dificilmente teríamos assistido a uma produção tão fascinante quanto foi.
5. Gladiador (2000)
Pode-se dizer que Gladiador alçou a carreira de Joaquin Phoenix ao estrelato. Mesmo tendo trabalhado em filmes anteriores com certo destaque ainda lhe faltava um papel que pudesse mostrar a todos o quão capaz era. Ao interpretar Commodus, filho do imperador Marcus Aurelius, e que por pura cobiça e poder começa uma guerra particular que não imaginava poder lutar no futuro, o ator entrega uma bela interpretação sem dúvida, tanto que foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante pelo personagem.
4. Johnny & June (2005)
Em Johnny & June encontramos um Joaquin Phoenix mais experiente e seguro de suas atuações. Havia trabalhado em produções que são adoradas pelos fãs até hoje, casos de Sinais e A Vila. Phoenix nos entregou uma bela homenagem ao cantor Johnny Cash, e de tão impecável recebeu sua primeira indicação ao prêmio principal do Oscar de Melhor Ator. Exuberante e com uma bela voz o astro mostrou a todos que podia sim fazer com qualidade personagens dramáticos.
3. Você Nunca Esteve Realmente Aqui (2017)
Joaquin Phoenix está fantástico em sua interpretação. Infelizmente é um filme bastante desconhecido do grande público e foi esnobado na época que foi lançado no Brasil. Phoenix vive um homem que ganha a vida resgatando mulheres que são escravizadas sexualmente. Com muito ódio e sangue nas mãos vai matando todos que aparecem pelo caminho, em uma atuação brutal e fascinante. Uma grande atuação que o fez ser condecorado com o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes.
2. O Mestre (2012)
Outra indicação ao Oscar de Melhor Ator veio com a consagrada performance em O Mestre, que interpreta Freddie Quell um veterano de guerra e ex-alcoólatra que se torna o aprendiz de Lancaster Dodd (Philip Seymour Hoffman). Phoenix consegue como poucos pegar papéis com personagens problemáticos e dramáticos e transformá-los em algo tão espetacular, que faz com que Freddie Quell se torne ainda mais excepcional do que já é. Além de ser indicado ao Oscar por esse papel também recebeu Coppa Volpi de Melhor Ator no Festival de Veneza.
1. Coringa (2019)
Não é a primeira vez que Joaquin Phoenix interpretou um personagem problemático com a carga de caos e destruição que o Coringa carrega. É um personagem difícil de interpretar, primeiro por ser um dos vilões mais populares da cultura pop, e segundo pelo fato de que Phoenix teve que mudar o seu corpo fisicamente e mentalmente. E o ator entrega o que realmente necessitava ter o principal rival do Batman, um homem que se sente abalado pela sociedade e que cria o caos acreditando aquele ser o único caminho.
Quando Borat estreou em meados de 2006 a produção logo se tornou um sucesso espontâneo mundo à fora. Trazendo um jornalista originário do Cazaquistão que se vestia de modo simples, mas que agia de modo bizarro e que realizava várias ações sem noção pelos Estados Unidos, tirando graça com os modos dos americanos e fazendo uma crítica social com o modo de viver deles, associado com uma crítica política contra a Guerra do Iraque, e muitas outras situações apresentas no mocumentário.
Não era de se esperar que uma sequência logo viesse, mas ela demorou cerca de 15 anos para chegar aos espectadores com Borat: Fita de Cinema Seguinte, dirigida por Jason Woliner e que traz novamente Sacha Baron Cohen interpretando o protagonista que se considera o maior jornalista do Cazaquistão. Porém, agora ele terá a companhia de sua filha Sandra Jessica Parker (Maria Bakalova), e que irão juntos para os Estados Unidos com a missão de tentar entregar um presente para o vice-presidente americano Mike Pence.
Por se tratar de um mocumentário (um falso documentário) é natural que a história vá se desenrolando de um modo natural, quase que teatral entre os personagens que estão em cena, algo que ocorreu em Borat e que volta a acontecer em Borat 2. O jornalista cazaque volta a abusar de situações constrangedoras nos EUA, um país em que há uma dose de liberdade, e novamente o protagonista novamente utiliza do tom ácido para realizar críticas contra a sociedade americana. Mas desta vez ele tinha um gatilho e uma motivação maior para realizar as suas ações: Donald Trump.
O roteiro segue uma agenda mais política que o longa de 2006, mais focada no debate entre democratas e republicanos do que nunca e isso foi algo pensado, tendo em vista que a produção foi lançada justamente no período da eleição norte-americana, e termina com uma frase justamente incitando aos americanos ao voto “Agora Votem”. Fica claro que a ideia é justamente a de provocar Donald Trump, seus ideais e principalmente seus eleitores, em cenas engraçadíssimas e aleatórias que entregam o que o espectador queria ver.
Outra diferença interessante desta sequência em relação ao roteiro do anterior fica por conta dele ser mais bem trabalhado, até porque há o trabalho de nove roteiristas por trás da produção, algo que faz com que tenha mais profundidade nas situações apresentadas e também no jeito em que ele foi produzido, tendo até uma história mais amarrada que o longa anterior. Há até um plot twist final que se não é engraçado pelo menos surpreende e dá uma dimensão de que tudo aquilo tem um quê de que há sim momentos de encenação.
Borat: Fita de Cinema Seguinte irá agradar aos fãs que ficaram órfãos da produção de 2006 e que cresceram com o personagem que veio do Cazaquistão para os EUA aprontar várias loucuras, mas talvez frustre aqueles outros tantos fãs que buscavam algo a mais e uma história mais grandiosa e original, algo que não será encontrado nesta sequência. É apenas uma trama que dá continuidade à vida do personagem, mas que já fica difícil de manter a fama de alguém que já é maior que a do próprio filme, algo que acontece com Borat, ele em si, em alguns momentos, se torna maior que o próprio mocumentário e isso acaba apagando ou deixando mais difícil de se conduzir o projeto para uma experiência mais imersiva.
Direção: Jason Woliner Roteiro: Sacha Baron Cohen, Anthony Hines, Dan Swimer, Peter Baynham, Erica Rivinoja, Dan Mazer, Jena Friedman, Lee Kern, Nina Pedrad Elenco: Sacha Baron Cohen, Maria Bakalova, Tom Hanks Gênero: Comédia Duração: 95 min
Não é de hoje que filmes retiram de lendas locais suas histórias, sendo nos mitos ou até mesmo propriamente nos folclores regionais. Nas animações não acontece de forma diferente, pois um simples mito é o suficiente para dar início ao desenvolvimento a um roteiro que se torne uma aventura intrigante, pronta para prender a atenção do público.
Na animação chinesa O Rei Macaco – Uma Aventura Mágica não é diferente. O roteiro utiliza de uma fórmula já vista em outras produções do gênero, mas que se perde no desenvolvimento de sua narrativa, para dizer o fundamental: a animação não tem nada de original em sua ideia principal. De início parece que vai desenvolver uma ideia razoável em relação ao roteiro, mas cai na armadilha ao tentar ser uma cópia mal feita Toy Story com uma junção de Detona Ralph.
Há uma oportunidade perdida, essa é a realidade. De início o protagonista macaco até que se mostrava simpático, tinha uma ambição em se tornar o Rei Macaco, mas a ideia dele ser um brinquedo é muito brega e não faz o menor sentido, fora que a história se torna completamente ambígua e de duplo desenvolvimento, tanto que o diretor não soube o que fazer com a narrativa em relação ao que abordar sobre os dois temas e acabou dando mais destaque a busca do personagem dele em ser um Rei Macaco.
Em relação a narrativa o principal problema é jeito que tudo acontece na história, já que tudo é feito de forma atropelada. O roteiro não tem um trabalho pensado em desenvolver os diálogos dos personagens nem as situações que estão sendo apresentadas. Um exemplo é o protagonista macaco que acredita ser o Rei Macaco. Isso não há um motivo claro do porquê de ele se achar o Rei Macaco, e outra situação forçada é quando o roteiro faz de tudo para os personagens saírem desse mundo inanimado que estão e irem para outro e ainda criam dois vilões, parece que tudo aquilo foi ali jogado no roteiro.
O mundo imaginário concebido em si é até que bem desenvolvido e é um ponto positivo, assim como o design dos personagens, nem parece uma animação chinesa se for pensar nesse lado do design. Nesse quesito houve uma melhora considerável em relação a outras produções do gênero já feitas pelo país.
Se for levar em conta este critério de avaliação e comparar com produções de outros países não há uma mudança muito grande, mas há pelo menos uma força de vontade maior em tentar aprender com erros do passado e também há uma demonstração grande de que os diretores estão melhorando seus traços. O Rei Macaco é uma nova abordagem para uma história clássica que já foi vista várias vezes no cinema, não empolga, mas que deve ter o seu público específico.
O Rei Macaco - Uma Aventura Mágica(Monkey Magic, 2018, China)
Direção: Xihai Ma Roteiro: Xihai Ma Gênero: Animação Duração: 90
O mercado chinês de cinema é um enorme colosso que merece atenção da indústria cinematográfica pelo seu tamanho. Não á toa Hollywood utiliza a China como cenário de suas narrativas. Mas a China já há algum tempo já deixou de ser um país que apenas é sede de grandes histórias hollywoodianas para também começarem a investir – de forma tímida – em sua própria indústria cinematográfica.
O mercado de animação chinês vem chamando a atenção nos últimos anos principalmente com a franquia Boonie Bears, tendo a fraca produção Fantástica (2017), que estreou há alguns anos no Brasil, como um dos carros chefes à frente dos desenhos que desembarcaram por aqui. Desta vez foi o caso do longa Super Urso, do diretor iniciante Wang Qi, utilizar dos mesmos elementos característicos do cinema infantil para tentar ser um sucesso frente ao público, mas falta muito para que isso aconteça.
A começar que a animação não tem graça alguma, e isso é algo bastante problemático já que é um produto feito focado principalmente para o espectador infanto-juvenil. Se as crianças terão dificuldade em dar risadas com o desenho e principalmente prestar atenção o tempo todo na história apresentada, é de se imaginar o que irá acontecer com os adultos que assistirem ao longa.
O roteiro é fraquíssimo e batido, copiando momentos clássicos de animações conhecidas pelo público como Madagascar (2005) e até mesmo um pouco de Era do Gelo (2012). Para piorar a produção é vazia em ideias, o que explica o motivo de se prender em referências de outras animações consagradas para tentar criar algo novo e assim tentar construir a sua própria narrativa.
A trama conta a história do Papai Urso que tenta salvar o seu filhote Xi que é vendido para o mercado negro. Falta ambição para a direção e para o roteiro em criar algo novo, em dialogar com muitas questões que fazem parte do dia a dia da sociedade, questões ambientais principalmente, não há uma mensagem sólida que o espectador vá se conscientizar ao assistir e isso é algo bastante decepcionante
Super Urso tinha tudo para ser uma animação interessante, tem animais fofinhos, bichinhos que agradam as crianças, animais falantes, ursos, tigres, girafas, humanos malvados, mas faltou o principal: o carisma dos personagens, algo que salta aos olhos já nos primeiros minutos da animação. É de se imaginar que a China algum dia se torne uma potência cinematográfica, mas por hora ainda engatinha em questões técnicas e narrativas, e Super Urso é um grande exemplo disso.
Daniel Radcliffe se notabilizou no cinema não por papéis que demandavam do ator uma quebra de limite de seus personagens, nem por papéis que fizessem com que ele realmente dialogasse com o seu eu interior, mas sim por seu protagonista mirim na franquia Harry Potter. E parece que Radcliffe ainda não encontrou um trabalho que pudesse realmente fazer com que o público esqueça de vez que ele trabalhou nos filmes de fantasia no qual se tornou conhecido. O ator agora surge em um novo longa com um papel mais adulto chamado Fuga de Pretória.
A produção dirigida pelo cineasta iniciante Francis Annan é focado no apartheid que ocorreu na África do Sul, e que foi implementado desde 1948, fazendo com que o país fosse segregado racialmente entre negros e brancos, colocando os brancos em uma vantagem significativa em relação aos negros, e isso é algo que é apresentado no filme, em uma breve apresentação inicial para dar uma ênfase do que ocorria no país no período em que o apartheid estava em vigor e do porquê de os personagens, Tim Jenkin (Radcliffe) e Stephen Lee (Daniel Webber), terem agido daquela maneira logo de início, realizando o atentado que iria levá-los para a cadeia de Pretória.
Fuga Para Pretória é inspirado em fatos reais que ocorreram em 1978, quando Tim Jenkin e Stephen Lee foram presos ao integrar o CNA e foram levados para a prisão segregada de segurança máxima de Pretória. A partir de então a produção encara a vida dos dois homens, suas rotinas na prisão e seus planos de fuga, até a ideia geniosa de Tim para criar chaves para sair daquele local que até então se mostrava um local impossível de se fugir.
A ideia do filme não é a de debater o apartheid sul-africano, se o espectador for assistir ao longa procurando tais informações possivelmente irá se frustrar um pouco, até porque grande parte da produção se passa dentro de um presídio, apresentando o plano de fuga dos dois personagens em sair do presídio e como eles conseguiram fugir dali. O fato é que o filme e o roteiro poderiam ter mais ambição, e ao seu término ele mesmo mostra que poderia ir mais adiante do que é apresentado em sua trama, ir mais além daqueles muros e dialogar mais a respeito das questões raciais que afligiam a África do Sul naquele momento.
Essa situação que Tim Jenkin e Stephen Lee se meteram foi considerada a maior caçada da história do país sul-africano e isso só é apresentado no final. O longa por isso mesmo poderia ter ido muito mais além da prisão, havia muito mais história a ser apresentada ao espectador. Obviamente que por a produção se chamar Fuga de Pretória é que se imagina que o diretor quis mostrar a façanha dos personagens em fugir da prisão, mas que daria para mostrar como eles foram para outros países africanos, ou até mesmo mais sobre a questão do racismo que afligia a África do Sul, isso tinha espaço.
Filmes recriados em presídios, como Um Sonho de Liberdade (Frank Darabont) e Fugindo do Inferno (John Sturges), apresentaram algo a mais. O primeiro tinha um tom mais filosófico, além de discutir mais sobre a vida dos protagonistas, era mais íntimo e pessoal, enquanto que Fugindo do Inferno tinha um tom mais aventuresco e focado mais na ação, algo que não acontece com Fuga de Pretória, que vai mais na linha de apresentar apenas a rotina dos presos fazendo uma chave para fugir do presídio.
Mesmo não tendo grandes cenas de ação, ao estilo de produções hollywoodianas como Velozes & Furiosos e 007, o longa ainda tem atrativos e não se mostra parado em sua narrativa, até porque os planos para fugir da prisão geram momentos de tensão e que deixam no ar sentimentos se os prisioneiros serão ou não abatidos em sua grandiosa fuga. É um tipo de ação que prende o espectador no sofá.
Daniel Radcliffe tem uma boa atuação, não é uma das melhores de sua carreira, mas o ator já demonstra estar mais maduro e ter mais consistência em sua interpretação e não tem mais alguns vícios que apresentava em alguns personagens passados. É um ator que vem pegando papéis aleatórios, não importando muito a carga dramática, Radcliffe precisa encontrar equilíbrio em sua carreira, um personagem certo para interpretar e esse certamente não é o caso de Tim Jenkin, que não é um personagem com muitas camadas, falta algo nele; Radcliffe até que se esforça para dar substância ao personagem, mas falta algo em sua essência.
Quem busca um bom filme para assistir, sem precisar quebrar muito a cabeça irá gostar de Fuga de Pretória, uma produção que apresenta uma história de vida e de superação e que tem como pano de fundo uma história de um homem que pensa no melhor para o seu país.
Direção: Francis Annan Roteiro: Francis Annan, L.H. Adams, Tim Jenkin (Livro) Elenco:Daniel Radcliffe, Daniel Webber, Ian Hart, Mark Leonard Winter, Nathan Page, Grant Piro, Lenny Firth, Lilliam Amor, Adam Tuominen Gênero: Thriller Duração: 106
O cinema francês tem um gosto peculiar por retratar as diversas reuniões familiares e também seus muitos dramas particulares. É quase que uma receita infalível que compõe seus roteiros dramáticos e suas comédias, e sempre há espaço para novas histórias e abordagens diferentes a serem retrataras pelos diretores e roteiristas. Em Espírito de Família (Eric Besnard) há uma tentativa de se mostrar como uma família irá passar os próximos dias após o luto da perda do pai que morreu recentemente.
É uma trama que tinha tudo para ser tocante e emocionante, ainda mais pelo cinema francês ter uma conhecida tradição em trabalhar roteiros dramáticos e também por desenvolver idéias a respeito de temas familiares e e que refletem sobre os conflitos da vida, fatos que deixam com que a história fique mais emotiva. Mas não é isso que se vê no filme, na realidade, é totalmente o contrário. Em Espírito de Família, o longa acaba por se tornar totalmente monótono, na verdade ele é entediante em pouco mais de uma hora e meia, e isso tem muito a ver com as decisões tomadas pelo diretor em relação ao roteiro.
O filme conta a história de Alexandre (Guillaume de Tonquédec), um escritor que vive em seu próprio mundo, criando personagens e histórias fantasiosas e ignorando tudo o que ocorre ao seu redor e todos a sua volta, até mesmo seu pai. Isso até que algo dramático ocorre e o traz novamente para o mundo real, o tirando das páginas do livro que escrevia. Esse início é bastante chamativo e serve apenas para mostrar que Alexandre é uma pessoa fria, que todos consideva como um homem que não se importa com o problema dos outros e que não olha para os problemas que o cerca.
É daí que o roteiro tira a principal reflexão: que é a de colocar o personagem de seu pai, Jacques (François Berléand), como uma presença constante na narrativa, surgindo como se fosse um fantasma a todo instante e realizando pausas na trama e interagindo com o protagonista. A ideia é a de fazer com que Alexandre e Jacques mantenham os laços afetivos, fato que não conseguiram colocar em vida e de um jeito fazer com que Alexandre volte a viver no mundo real. É uma ideia interessante, mas que não é tão bem trabalhada, e que o diretor a sufoca em alguns momentos com pouca ação por parte do protagonista e com poucas reflexões lúcidas por parte do mesmo.
Muitas das situações apresentadas no longa poderiam ser melhores trabalhadas, ou até mesmo desenvolvidas de uma forma que pudesse dar certa emoção ao público e que também pudesse deixar o filme menos entediante do que foi. Cenas como a do jogo de rúgbi na praia parecem ter sido jogadas no ali pelo diretor para dar mais graça e preencher um vazio que o roteiro não havia até então conseguido preencher. Há uma graça na produção, mas que faltou algo a mais, isso de fato faltou.
Foi bastante doloroso para os fãs quando, no dia 22 de janeiro de 2008, o corpo de Heath Ledger foi encontrado em seu apartamento, após se intoxicar acidentalmente com remédios prescritos. O ator tinha 28 anos quando aconteceu o incidente fatal e tinha uma carreira meteórica em Hollywood.
Já havia trabalhado em inúmeras produções com grande destaque, sendo que em O Segredo de Brokeback Mountain foi bastante elogiado pela crítica, recebendo vários prêmios pelo papel. A lista a seguir mostra os 5 melhores trabalhos de Heath Ledger. Não deixe de ver esses e mais filmes na SKY.
Spoilers
5. O Patriota (2000)
Em O Patriota Heath Ledger não foi o protagonista, pois seu personagem, Gabriel, é usado como estopim para que Benjamin Martin (Mel Gibson) possa lutar com ainda mais raiva contra o exército britânico. É um papel secundário interessante, e que o colocou no centro de uma produção de época a guerra da independência americana. Ledger interpreta um rapaz idealista e lutador e sempre quando esteve em cena deu conta do recado.
4. Coração de Cavaleiro (2001)
Outra produção de época em que Ledger trabalhou, mas agora como protagonista, interpretando William, um jovem escudeiro que fica no lugar de seu mestre em um sangrento combate com lanças, é um dos longas mais adorados pelos fãs do ator. Além de o filme ser bastante interessante, seu personagem tem todas as faces de um herói e conquistador, e com a bela atuação de Heath Ledger apenas deu uma pontada maior de admiração para o seu papel. Em Coração de Cavaleiro o ator demonstrou que podia sim fazer filmes de ação com toques dramáticos e que ao ser o protagonista tinha força suficiente para manter o interesse do público no filme.
3. 10 Coisas que Eu Odeio em Você (1999)
Um verdadeiro clássico das comédias-românticas em que Heath Ledger interpreta o jovem Patrick que tenta a todo o custo conquistar a garota bonita da escola Kat Stratford (Julia Stiles), e nessas tentativas de fazê-la se apaixonar por ele é que acontecem as cenas mais engraçadas do filme. Ledger ainda era o jovem que sonhava conseguir ganhar o mundo com grandes personagens, e que aqui já dava uma ideia do que viria pela frente. O ator trabalha de forma excepcional o jovem rebelde que se torna uma espécie de Romeu dos tempos modernos. A cena clássica dele cantando enquanto Kat treinava é um verdadeiro marco e até hoje é lembrado por muitos como uma das cenas mais divertidas do longa.
2. O Segredo de Brokeback Mountain (2005)
Com uma maior bagagem nas costas, Heath Ledger entrega uma de suas maiores atuações no belo e emocionante O Segredo de Brokeback Mountain. O ator dá um banho de interpretação com um personagem que não é fácil de fazer, um rapaz que é homossexual, mas que precisa esconder para todos a verdade. Em um desempenho impactante e humano o jovem ator se credenciava para conseguir papéis maiores.
1. Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008)
Batman: O Cavaleiro das Trevas não foi o último filme em que Heath Ledger trabalhou (o último foi O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus), mas com certeza foi o que mais marcou a sua curta e meteórica carreira em Hollywood. Ao interpretar o vilão caótico Coringa, que tem como objetivo apenas criar o pânico por onde passa, o ator entregou uma atuação surpreendente e assustadoramente realista. Sua interpretação do Coringa foi tão forte que em muitos momentos o antagonista chega a ser mais importante que o próprio herói Batman.
Devido a pandemia do COVID-19, o novo coronavírus, muitas pessoas ficaram interessadas em encontrar filmes que retratem um futuro distópico, ou até mesmo produções relevantes que dialoguem com a realidade vivida atualmente.
Os longas apresentados nesta lista são produções que impressionam pela fidelidade mostrada, e outras mesmo sendo uma ficção ou terror, tentam imaginar como seria o futuro se algo do tipo acontecesse. Você pode conferir diversos deles na SKY TV.
10. A Gripe (2013)
O filme sul-coreano não tem a qualidade tão excepcional quanto a maioria das produções desta lista, mas nem por isso é um filme que deva ser ignorado. O filme apresenta de forma intrigante como uma pandemia pode devastar uma cidade. A história do longa se situa em uma pequena cidade da Coréia do Sul e que fica próxima a Seul. Lá ocorre um surto generalizado de um novo vírus em que rapidamente se alastra pela região, e é altamente contagioso. A atmosfera criada pelo diretor Sung-su Kim é interessante e mostra como realmente o caos se instaura em momentos de crises como as presenciadas na narrativa.
9. Eu Sou a Lenda (2007)
Protagonizado por Will Smith (Bad Boys: Para Sempre) Eu Sou a Lenda é um clássico do gênero, não por ser um primor como filme, mas sim pela história que conta. Robert Neville (Smith) é um cientista que procura a cura contra a epidemia que transformou as pessoas do mundo em zumbis (no livro adaptado são vampiros) e nisso várias situações são impostas ao personagem durante a trama. O mais interessante desse drama em tempos apocalípticos é a representação de como a cidade de Nova York ficaria no caso de algo do tipo realmente acontecesse.
8. [Rec] (2007)
O cinema gosta de relacionar vírus e epidemias a criação de zumbis e na produção espanhola [Rec] não é diferente. Com pouco dinheiro a dupla de diretores Jaume Balagueró, Paco Plaza conseguiu fazer uma história interessante e claustrofóbica que se passa dentro de um prédio, com uma misteriosa doença se alastrando por todo local. Um terror que vale para os fãs de filmes de zumbi e de found footage. É sem dúvida o melhor longa de toda a franquia, que conta com mais outros três filmes com qualidade questionável.
7. Guerra Mundial Z (2013)
Guerra Mundial Z é um filme de ação com toques de terror e bastante adrenalina. O longa tenta mostrar para o público como seria o mundo se pessoas fossem infectadas e se transformassem em zumbis. É sombrio o cenário apresentado na produção de Marc Forster (007 - Quantum of Solace), em que a cura passa a se tornar um fator secundário, pois sobreviver dos ataques é o principal fator de preocupação da trama.
6. Invasão Zumbi (2016)
Este é outro filme sul-coreano da lista, no caso este aborda a temática de zumbis infectados. É desesperador o cenário apresentado na narrativa, em que pessoas infectadas por um vírus desconhecido causam o terror em um trem, e logo o que parecia ser uma viagem normal acaba por descambar para a matança desenfreada.
5. Extermínio (2002)
Uma produção bastante inteligente e com aura de cult nos dias de hoje. Longa aborda o vírus da raiva que acaba sendo disseminado por toda a Inglaterra e consequentemente pelo mundo, transformando as pessoas em uma espécie de zumbis raivosos, totalmente loucas e que saem matando todas as outras pessoas que encontram pelo caminho. Danny Boyle (Quem Quer Ser Um Milionário) conseguiu fazer uma representação perfeita do caos que se tornaria uma cidade grande no caso de algo do tipo acontecesse.
4. Os 12 Macacos (1995)
Uma grande ficção científica que pode passar batida por muitos, mas seu roteiro é fantástico em retratar como seria o futuro e também, ao abordar o passado, tenta decifrar como o mundo foi devastado por um vírus mortal. Nada mais atual e necessário que este retrato feito por Terry Gilliam (Monty Python - O Sentido da Vida).
3. Filhos da Esperança (2006)
Sem dúvida um dos melhores roteiros de um filme de ficção científica sobre o assunto. Alfonso Cuáron (Gravidade) dirigiu de forma exemplar e criou uma narrativa que conta a história de um futuro em que mulheres não conseguem mais engravidar. Sem dúvida há muito mais do que uma trama sobre sobrevivência, há algo a mais nessa obra que trata de diversos assuntos, como a mensagem de autodestruição da raça humana. A visão do diretor é pessimista, e isso explica o porque do filme ser tão sombrio, talvez para dizer que o futuro não será tão alegre assim.
2. Epidemia (1995)
Os filmes sobre pandemias, geralmente, focam mais na destruição do mundo e como as doenças impactam a vida de todos que propriamente no surto em si, sua cura e suas causas. Em Epidemia (Wolfgang Petersen) há uma discussão mais séria e menos futurista, tanto que o longa se torna bastante realista com os acontecimentos apresentados. A pandemia em si mostrada na produção começa com um macaco, que passa o vírus para os humanos e assim o vírus viaja o mundo, fazendo com que pessoas por todo o planeta fiquem em quarentena e morram com grande rapidez, devido a devastação causada pelo vírus invisível. É um filme importante para ser visto por todos.
1. Contágio (2011)
Steven Soderbergh (Magic Mike) criou uma obra visionária quando em 2011 lançou o filme Contágio. Produção retrata de forma fiel, e com toques de realidade, como um contágio ocorre, algo que muitos estão comparando com a situação que ocorreu com o COVID-19, o novo coronavírus. No filme, o vírus é transmitido por um morcego, e assim as pessoas iam se contagiando pelo toque das mãos e de outras formas. Soderbergh apresenta de forma eficaz o caos retratado em meio a uma pandemia global.
Não é de hoje que o cinema sul-coreano conquistou o coração dos cinéfilos. As produções do país asiático são de grande qualidade narrativa, com ótimas tramas, e reviravoltas surpreendentes.
19Difícil encontrar um filme que o público não se insira na história e não se envolva com a jornada dos personagens. Aqui listamos dez ótimos filmes para quem é amante do cinema sul-coreano que você pode conferir na SKY TV.
10. O Caçador (2008)
Este é um filme coreano bastante desconhecido, e muitos não o consideram uma obra-prima. O longa tem uma pegada diferente das tramas propostas por outros diretores, principalmente do que se observa do cinema americano, relacionado ao estilo de se tocar a história, com bastante toque de realidade. O estilo sul-coreano está ali, como a boa direção, o roteiro bem alinhado, os plot twists bem definidos e a direção magnífica de elenco. É um filme violento e que explora muito bem a realidade das ruas, e isso talvez possa fazer com que muitos não gostem do jeito com que o filme seja produzido.
9. Eu Vi o Diabo (2010)
Seguindo a linha investigativa, em que o protagonista sai em busca de um serial killer, o filme não é de fácil digestão. É um longa bastante frio na linha e segue o estilo do cinema coreano, com um plost inteligente no final. Mas o principal mesmo é a direção, que é eficiente e dedicada do cineasta Kim Jee Woon (O Gosto da Vingança), um diretor que utiliza de forma decente todos os elementos do cinema investigativo e policial. Kim prende a atenção do público criando uma atmosfera de suspense que mexe com o espectador. Mesmo sendo uma produção com um ritmo lento, ainda assim segue a dinâmica de contar a narrativa com maestria.
8. Em Chamas (2018)
O principal sentimento que vem à cabeça quando se termina de assistir Em Chamas é de estranhamento. Lee Chang-dong não facilita na narrativa e a trama não é feita para que chegue ao resultado de a entender com facilidade Há vários caminhos a serem percorridos e interpretados que são criados pelo roteiro, e mesmo depois após o término fica aquela dúvida e várias questões levantadas que o espectador precisa refletir. É realmente um filme filosófico e inteligente que vale muito a pena ser acompanhado.
7. O Hospedeiro (2006)
Segunda parceria entre o cineasta Bong Joon-ho e o ator Song Kang-ho, sendo que os dois haviam trabalhado anteriormente no bom Memórias de um Assassino. Em O Hospedeiro Bong Joon-ho trabalha elementos bastante presentes na cultura asiática, em que os tokusatsus reinam com os clássicos monstros bizarros lutando contra grupos de heróis. Claro que Bong Joon cria uma história humana e realista sem usar os tokusatsus, em que um rio se contamina e por isso uma criatura acaba sendo criada e sai do esgoto para matar as pessoas. É um filme que se visto hoje não assusta, mas sua mensagem não envelheceu, pelo contrário: continua bastante atual
6. Invasão Zumbi (2016)
Um filme de terror com uma premissa bastante simples, em que pessoas começam a se tornar zumbis em um trem, e os protagonistas precisam lutar para sobreviver em um ambiente extremamente limitado. Yeon Sang-Ho sem saber criou um clássico cultuado por todos e amado pelos fãs de filmes de terror. As cenas filmadas no trem são de arrepiar e de tirar o fôlego.
5. Poesia (2010)
Lee Chang-dong (Em Chamas) entrega um filme brutal e sensível a respeito de Mija, uma senhora de 66 anos, que vive solitária e descobre sofrer de Alzheimer. Uma história fascinante, e cheia de desdobramentos. O diretor insere no meio da trama alguns dramas pesados que a personagem precisará enfrentar. Um filme carregado de poesia e simbologia que somente o cinema coreano é capaz de inserir.
4. Casa Vazia (2004)
Ki-duk Kim é outro diretor, para aqueles que gostam do cinema sul-coreano, ficarem de olho. O cineasta já fez diversas obras intrigantes e atemporais, como Pietá e A Rede, mas Casa Vazia é sem dúvida uma de suas obras mais poéticas e tocantes, para não dizer a sua obra-prima. Há uma mensagem que o diretor quer nos passar, uma situação social pelo qual os protagonistas percorrem, e isso é passado com muita sutileza e sensibilidade. É sem dúvida um grande filme.
3. A Criada (2016)
Park Chan-wook, diretor de Oldboy, retorna com outra trama belíssima. Em A Criada o diretor criou uma verdadeira trama enigmática e sensual envolvendo a Coréia do Sul durante os anos 30, sob ocupação japonesa. Uma história cheia de segredos e enigmas, com maravilhosos plot twists, e que fazem do cinema coreano essa obra-prima estrutural de roteiro que é.
2. Parasita (2019)
Parasita é um filme magnífico e não à toa entrou para a história ao conceder Oscar 2020 ao diretor Bong Joon Ho nas principais categorias, entre elas a de Melhor Diretor e Melhor Filme. A verdade é que Bong Joon Ho criou uma história universal, em que a trama dialoga a respeito de diversos temas, principalmente sobre o capitalismo e mostra a realidade da Coréia do Sul, portanto o diretor quis mostrar a realidade de seu país, mas acabou apresentando a realidade de muitas pessoas.
1. Oldboy (2003)
Oldboy é um clássico do cinema sul-coreano e por isso tem seu lugar de destaque. É difícil montar uma lista que não esteja nas primeiras posições. Pode-se dizer que o longa de Park Chan-wook, lançado em 2003, ajudou a popularizar o cinema da Coréia do Sul, principalmente no Ocidente. Chan-wook criou uma história de vingança e crueldade com um dos plot twists mais fantásticos já presenciado. O roteiro dinâmico, a violência e o jeito com que o diretor trata a narrativa, e toda a abordagem é uma verdadeira aula de como um diretor deve dirigir um filme. Quem gosta de cinema asiático, principalmente sul-coreano, precisa assistir Oldboy.
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