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Oscar 2018: Um Especial Bastidores | Volume I | Atuações

Sejam muito bem-vindos à primeira parte do especial do Bastidores sobre o Oscar 2018! Trazemos aqui quatro posts que explorarão as principais categorias da 90ª cerimônia dos Academy Awards, que acontecerá no dia 4 de março, desde as Atuações, passando pelas Categorias Técnicas e Sonoras, até culminarmos nas de Melhor Diretor, Roteiros e, finalmente, Filme.

Cada post traz uma análise sobre cada indicado, assim como os prêmios de sindicato e premiações prévias que nos ajudam a prever qual será o grande vencedor de cada bloco, além de todo o histórico de suas indicações prévias ao Oscar. Em “Percurso na temporada” levamos em conta somente as vitórias – portanto, se não há nada no percurso de algum ator, é porque ele ainda não levou nenhum prêmio para casa.

Como não poderia faltar, também damos nossas apostas e apontamos os pobres esnobados que acabaram de fora em suas respectivas categorias.

Para começar, trazemos aqui as análises de Lucas Nascimento e Thiago Nolla para as categorias de atuação:

Melhor Ator

Timothée Chalamet

Elio em Me Chame pelo Seu Nome

Os laços entre Oliver e Elio, vivido por Timothée Chalamet, são encantadores, e isso só ocorre com a pureza e a química que tanto Hammer quanto Chalamet trazem para as telas, movendo-se com graciosidade à medida em que a narrativa perpassa por altos e baixos e cria as condições necessárias para que os sentimentos aflorem e a tão aguardada descoberta seja satisfatória o suficiente para o público. E isso, com todo bom drama, caminha a passos lentos e utiliza-se das brechas para alimentar temas como ciúmes, inveja, ódio e amor: em várias sequências, é possível sentir a tensão entre os dois protagonistas e como ela é enviesada conforme a câmera bem deseja, baseando-se até na constante presença da água para reafirmar sua fluidez. Chalamet realmente se destacou nesse papel, mas, talvez, não o suficiente para garantir sua vitória na premiação.

Percurso na Temporada

Histórico de Indicações

Primeira indicação.

Daniel Day-Lewis

Reynolds Woodcock em Trama Fantasma

Anunciado como o longa final de Daniel Day-Lewis, digamos que se esta realmente for a aposentadoria do lendário ator, ele pendura as chuteiras em grande estilo. Adepto do método, esse estilo de preparação de elenco geralmente serve apenas para garantir aquelas manchetes sensacionalistas (estou olhando para você, Jared Leto), mas há pequenas nuances na composição de Day-Lewis que nos permite enxergar um nível realmente válido do processo: sempre que temos closes dos dedos do ator costurando, vemos diversos ferimentos que definitivamente foram provocados por agulhas, visto que o ator passou um tempo realmente costurando e confeccionando vestidos. Esse tipo de detalhe contribui para sua construção, baseada em uma voz suave e eloquente, com uma fala sempre marcada por sua educação, que não se extingue mesmo quando Woodcock precisa ser mais severo; perdendo a paciência com suas assistentes, mas desculpando-se logo após a bronca. Uma performance admirável, como a maioria de seus trabalhos.

Percurso na Temporada

Histórico de Indicações

  • Venceu como Melhor Ator por Lincoln, em 2013

 

Daniel Kaluuya

Chris Washington em Corra!

Daniel Kaluuya, mais conhecido por sua participação na primeira temporada de Black Mirror, encarna o protagonista Chris Washington que, ao fazer uma visita à família de sua namorada, percebe que mergulhou em um mundo perigoso e mortal. O ator faz um trabalho impressionante de expressão facial com o poder do olhar. Seja com desconforto, insegurança, desespero ou confiança, Kaluuya parece tirar de letra o modo de se impor e se expressar, sempre evidenciando os movimentos com os olhos, casando perfeitamente com uma das reviravoltas da história – vale apontar seu desempenho excepcional durante as cenas de hipnose. (Thiago Nolla)

Percurso na Temporada

  • BAFTA – Melhor Ator Estreante

Histórico de Indicações

Primeira indicação.

Gary Oldman

Winston Churchill em O Destino de uma Nação

Goste ou não de O Destino de uma Nação, não se pode tirar crédito da incrível e emocionante performance de Oldman. Além de estar irreconhecível em cena, o ator resgata os trejeitos do personagem sem cair na supersaturação ou na artificialidade, incluindo o crispar dos lábios em momentos mais analíticos e frios, bem como seu caminhar corcunda e pensativo. Mas talvez a maior expressividade ainda esteja contida em seus olhos, os quais correspondem exatamente à atmosfera das cenas. Certamente a grande aposta da premiação, que pode finalmente render um prêmio a esse grande ator.

Percurso na Temporada

  • SAG – Melhor Ator
  • BAFTA – Melhor Ator
  • Critics Choice Awards – Melhor Ator
  • Globo de Ouro – Drama

Histórico de Indicações

  • Indicado como Melhor Ator por O Espião que Sabia Demais, em 2012

Denzel Washington

Roman J. Israel em Roman J. Israel, Esq.

Com a polêmica acerca das acusações de James Franco, sua vaga acabou preenchida por Denzel Washington, que consegue se destacar mesmo estando no irregular Roman J. Israel, Esq., um filme visto por poucos, e adorado por um grupo ainda menor. Dentre todos os seus trabalhos recentes, Roman é sua atuação mais sutil e marcada por nuances, sempre com um olhar desconfiado, reações fora de nossa expectativa e a palpável sensação de ser um homem com dificuldade para se relacionar, e que simplesmente despeja suas emoções e intenções ao primeiro sinal de abertura; como na cena em que apresenta seu projeto especial para Pierce, literalmente abrindo sua maleta e mostrando todos os processos no meio da rua, algo que ele faz até mesmo em um ato de defesa pessoal, por medo de uma repreensão que da qual o novo sócio o acusava. Um belo trabalho, que faz tornar suportável a experiência do filme de Dan Gilroy.

Percurso na Temporada

Histórico de Indicações

  • Indicado como Melhor Ator por O Voo, em 2013
  • Venceu como Melhor Ator por Dia de Treinamento, em 2002
  • Indicado como Melhor Ator por Hurricane: O Furacão, em 2000
  • Indicado como Melhor Ator por Malcolm X, em 1993
  • Venceu como Melhor Ator Coadjuvante por Tempo de Glória, em 198
  • Indicado como Melhor Ator Coadjuvante por Um Grito de Liberdade, em 1988

Aposta: Gary Oldman

Voto do Bastidores: Daniel Day-Lewis

Esnobado: James Franco em O Artista do Desastre

Melhor Atriz

Sally Hawkins

Elisa Esposito em A Forma da Água

Dentre todas as performances indicadas nessa categoria, nenhuma deve ter sido mais difícil do que a feita por Sally Hawkins no romance A Forma da Água. Interpretando uma mulher muda, a atriz está completamente dependente de seu rosto, corpo e expressões, e o trabalho da atriz aqui é simplesmente soberbo. Os olhos e a boca de Hawkins estão sempre a mil por hora, com a personagem sorrindo de forma quase sensual ao contracenar com a criatura de Doug Jones, ao mesmo tempo em que faz um trabalho extremamente convincente ao simular a linguagem de sinais, e seu desespero durante uma das conversas com o personagem de Richard Jenkins é um dos pontos altos – assim como sua expressão claramente sarcástica ao mandar o Strickland de Michael Shannon se foder. Um lindo trabalho que infelizmente não é o frontrunner do ano.

Percurso na Temporada

Histórico de Indicações

  • Indicada como Melhor Atriz Coadjuvante por Blue Jasmine, em 2014

Frances McDormand

Mildred Hayes em Três Anúncios para um Crime

É uma pena que Frances McDormand não faça tantos filmes. Desde Queime Depois de Ler, em 2008, não via a atriz se destacar tanto em algum projeto para o cinema, e em Três Anúncios para um Crime vemos um retorno à altura. Na pele de Mildred Hayes, uma mãe vingativa que resolve fazer justiça com as próprias mãos após o assassinato de sua filha, McDormand dá vida a uma figura altamente irreverente e durona, sendo uma figura típica daquele ambiente nada amigável. McDormand assume com naturalidade e casualidade todos os atos violentos de Mildred, vide a impagável cena onde ela confronta adolescentes na escola de seu filho, e também a inteligência – representada no espetacular monólogo que ela direciona contra um pastor em sua casa. Demonstrando também as camadas melancólicas e frágeis de Mildred, Frances McDormand atinge aqui um dos melhores e mais memoráveis trabalhos de sua carreira, e uma vitória na categoria seria mais do que merecido. Que Frances não desapareça por muito tempo. O cinema americano precisa de sua presença incomparável.

Percurso na Temporada

  • SAG – Melhor Atriz
  • BAFTA – Melhor Atriz
  • Critics Choice Awards – Melhor Atriz
  • Globo de Ouro – Drama

Histórico de Indicações

  • Indicada como Melhor Atriz Coadjuvante por Terra Fria, em 2006
  • Indicada como Melhor Atriz Coadjuvante por Quase Famosos, em 2001
  • Venceu como Melhor Atriz por Fargo, em 1997
  • Indicada como Melhor Atriz Coadjuvante por Mississipi em Chamas, em 1989

Margot Robbie

Tonya Harding em Eu, Tonya

De um rostinho bonito em O Lobo de Wall Street até campeã de cosplays seguindo sua virada em Esquadrão Suicida, Margot Robbie vem se tornando uma das mulheres mais influentes de Hollywood. Não só a atriz protagoniza Eu, Tonya, como também tocou e produziu o projeto com sua produtora independente, e é triste que o longa não tenha conquistado uma indicação na categoria principal. Felizmente, Robbie acabou lembrada com seu retrato impecável da patinadora Tonya Harding, uma mulher que cresceu sob condições difíceis e abusivas por todos aqueles ao seu redor, e Robbie transmite esse sentimento agressivo e carente – no fim, Tonya só quer ser amada – com muita habilidade e sinceridade. Ver Tonya explodindo com os juízes após ver notas injustas, passando maquiagem pelo rosto coberto de lágrimas enquanto força um sorriso e sua destruidora reação ao receber o veredito no tribunal são apenas algumas pérolas desse trabalho incrível. Claro, Robbie não patinou no gelo de verdade, e as cabeças digitais são particularmente difíceis de ignorar, mas o que importa é sua atuação.

Percurso na Temporada

  • Critics Choice Awards – Melhor Atriz em Filme de Comédia

Histórico de Indicações

Primeira indicação.

Saoirse Ronan

Christine “Lady Bird” McPherson em Lady Bird: A Hora de Voar

Ronan parece ter nascido para esse papel, já tendo interpretado um tipo parecido em outras produções, e é curioso como sua Lady é praticamente uma versão mais externalizada de sua personagem no pavoroso Brooklin, outro filme onde Ronan interpreta uma jovem que lida com a questão de moradia, relações familiares e triângulos amorosos… Porém, Ronan carrega todo o longa nas costas, divertindo com os ataques de raiva e explosões de alegria de Lady Bird, mas também como é capaz de encarnar tipos diferentes e mais vulneráveis quando na presença de outros que busca atenção, como o personagem de Timothée Chalamet ou a “garota popular” de Odeya Rush.

Percurso na Temporada

  • Globo de Ouro – Musical/Comédia

Histórico de Indicações

  • Indicada como Melhor Atriz por Brooklin, em 2016

Meryl Streep

Kay Graham em The Post: A Guerra Secreta

Marcando sua 21ª indicação ao Oscar, Meryl Streep está de volta à festa após seu trabalho em The Post, filme de Steven Spielberg que infelizmente acabou meio esquecido nas demais categorias. Na pele de Kay Graham, dona do jornal The Washington Post e sendo constantemente pressionada pelo grupo de engravatados ao seu redor, Streep oferece seu melhor, mesmo que este seja o arco mais fraco da projeção. Não há muito o que dizer à essa altura do campeonato, mas vale enfatizar o momento genial onde a atriz oferece uma reação nada compatível com o tipo de abordagem que Spielberg vinha construindo, com a câmera se aproximando de seu rosto e Kay raciocinando para entregar uma resposta determinante para o futuro do The Post; o palco armado para uma punchline que seria digna de um “Hasta la vista Baby”. A forma como Streep entrega a fala vai contra tudo isso, sendo um dos momentos mais inspirados e inesperados da projeção, ilustrando a insegurança e humanidade em Kay, e apenas comprovando mais uma vez que Meryl Streep é uma das grandes atrizes da História do Cinema.

Percurso na Temporada

Histórico de Indicações

  • Indicada como Melhor Atriz por Florence: Quem é Essa Mulher?, em 2017
  • Indicada como Melhor Atriz por Álbum de Família, em 2014
  • Venceu como Melhor Atriz por A Dama de Ferro, em 2012
  • Indicada como Melhor Atriz por Julie & Julia, em 2010
  • Indicada como Melhor Atriz por Dúvida, em 2009
  • Indicada como Melhor Atriz Coadjuvante por Adaptação, em 2003
  • Indicada como Melhor Atriz por Música do Coração, em 2000
  • Indicada como Melhor Atriz por Um Amor Verdadeiro, em 1999
  • Indicada como Melhor Atriz por As Pontes de Madison, em 1996
  • Indicada como Melhor Atriz por Lembranças de Hollywood, em 1991
  • Indicada como Melhor Atriz por Um Grito no Escuro, em 1989
  • Indicada como Melhor Atriz por Ironweed, em 1988
  • Indicada como Melhor Atriz por Entre Dois Amores, em 1986
  • Indicada como Melhor Atriz por Silkwood – O Retrato de uma Coragem, em 1984
  • Venceu como Melhor Atriz por A Escolha de Sofia, em 1983
  • Indicada como Melhor Atriz por A Mulher do Tenente Francês, em 1982
  • Venceu como Melhor Atriz Coadjuvante por Kramer vs. Kramer, em 1980
  • Indicada como Melhor Atriz Coadjuvante por O Franco Atirador, em 1979

Aposta: Frances McDormand

Voto do Bastidores: Sally McDormand

Esnobada: Jennifer Lawrence em Mãe!Diane Kruger em Em Pedaços.

Melhor Ator Coadjuvante

Willem Dafoe

Bobby em Projeto Flórida

Único ator profissional no elenco de Projeto Flórida, Willem Dafoe também foi – infelizmente – a única lembrança da Academia nas indicações ao Oscar. Merecidamente, visto que o ator entrega uma performance simples, mas genuína e que se encaixa com o contexto naturalista elaborado por Baker. É o sujeito que aparenta ser ranzinza e impaciente, mas que revela momentos de doçura e simpatia que conquistam o espectador. Uma cena específica, na qual Baker até usa um belo plano longo, Bobby encontra um velho pedófilo observando as crianças do motel brincando em um playground, e a construção do ator para contornar a situação e proteger as moradoras é um dos momentos mais inspirados do filme, com Bobby bancando o tipo amigável, até abraçar uma postura rígida e agressiva para espantar o predador – novamente, algo que é apenas sugerido através de ação, principalmente o olhar fixo preocupado de Bobby ao notá-lo pela primeira vez.

Percurso na Temporada

Histórico de Indicações

  • Indicado como Melhor Ator Coadjuvante por A Sombra do Vampiro, em 2000
  • Indicado como Melhor Ator Coadjuvante por Platoon, em 1986

Woody Harrelson

 William Willoughby em Três Anúncios para um Crime

É uma indicação que está sendo bem questionada pelo personagem não ter tanto tempo de tela quanto os outros. Mas pelo fato de Harrelson conseguir nesse tempo criar um personagem o qual criamos grande empatia – por ser um profissional honrado -, a sua presença fica forte durante todo o longa. E para esse feito é preciso ser um ótimo ator, como é o caso de Woody Harrelson.

Percurso na Temporada

Histórico de Indicações

  • Indicado como Melhor Ator Coadjuvante por O Mensageiro, em 2010
  • Indicado como Melhor Ator por O Povo contra Larry Flynt, em 1997

 

Richard Jenkins

Giles em A Forma da Água

Um dos atores mais trabalhadores dos EUA, Jenkins mostra mais uma vez porque é tão requisitado. Com uma voz grave e um olhar expressivo, o ator faz no longa de Guillermo del Toro um belo trabalho em que o pouco se torna mais. Utilizando olhares e movimentos para compor um personagem solitário, mas que demonstra empatia e compreensão com o caso de Elisa (Sally Hawkins) com a sutileza da sua atuação. Além de criar um personagem humano que poderia ser visto como o mais raso do longa.

Percurso na Temporada

Histórico de Indicações

  • Indicado como Melhor Ator por O Visitante, em 2009

Christopher Plummer

J. Paul Getty em Todo o Dinheiro do Mundo

Ah, sim. A polêmica da substituição de Kevin Spacey por Christopher Plummer em Todo o Dinheiro do Mundo é mais notória do que o filme em si, e é admirável que Plummer tenha se tornado o ator mais velho a ser indicado ao Oscar, e por uma performance feita literalmente em cima da hora. Seu Getty é mesquinho e calculista – só concordando em pagar o resgate ao descobrir um atalho na dedução de impostos da Receita Federal – mas Plummer e o texto de Scarpa oferecem uma bela camada ao personagem (não à figura real, creio eu), que é a de um homem que deposita sua fé e confiança nas coisas, por nunca ter certeza das reais intenções daqueles à sua volta, afinal, sua fortuna é cobiçada por todos. Plummer encarna todas essas facetas muitíssimo bem, e mesmo que não possamos avaliar a performance de Spacey, faz muito mais sentido contratar um ator idoso para viver um idoso, ao invés de cobri-lo de quilos de uma maquiagem que parecia tola artificial. 

Percurso na Temporada

Histórico de Indicações

  • Vencedor como Melhor Ator Coadjuvante por Toda a Forma de Amor, em 2012
  • Indicado como Melhor Ator por A Última Estação, em 2010

Sam Rockwell

Dixon em Três Anúncios para um Crime

Sam Rockwell realmente se destacou em Três Anúncios para um Crime. Seu personagem completa o forte núcleo narrativo da obra, e Rockwell abraça completamente a caracterização do interiorano racista e preconceituoso, cujo arco dramático é o mais interessante de todos. Não por acaso Rockwell tem levado todos os prêmios mais importantes da categoria para casa e, muito provavelmente, vai acabar levando a estatueta de Melhor Ator Coadjuvante para casa.

Percurso na Temporada

  • SAG – Melhor Ator Coadjuvante
  • BAFTA – Melhor Ator Coadjuvante
  • Critics Choice Awards – Melhor Ator Coadjuvante
  • Globo de Ouro – Melhor Ator Coadjuvante

Histórico de Indicações

Primeira indicação.

Aposta: Sam Rockwell

Voto do Bastidores: Sam Rockwell

Esnobado: Michael Stuhlbarg em Me Chame pelo Seu Nome

Melhor Atriz Coadjuvante

Mary J. Blige

Florence Jackson em Mudbound: Lágrimas sobre o Mississipi 

Blidge sempre foi uma cantora excepcional, mas no filme de Dee Rees ela realmente mostra que tem um talento notável como atriz. Como a personagem está sempre enfrentando a dura realidade racial do sul dos Estados Unidos, percebe que o seu olhar consegue mudar de maneira natural quando um dos donos brancos da fazenda pede algo para ela. Além de Blidge mostrar calor e afeto de com a família de uma maneira emocionante. Uma grata surpresa

Percurso na Temporada

Histórico de indicações

Primeira indicação

 

Allison Janney

LaVona Harding em Eu, Tonya

Allison Janney quase rouba o show na pele da enigmática LaVona, abraçando a personagem mais desagradável e irreverente da produção. A relação turbulenta com Robbie garante as melhores cenas do longa, e até mesmo as reais intenções de LaVona ganham uma envolvente ambiguidade, com a mãe justificando que o tratamento duro era o maior incentivo de Tonya. Certamente a grande merecedora do prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante.

Percurso na Temporada

  • SAG – Melhor Atriz Coadjuvante
  • BAFTA – Melhor Atriz Coadjuvante
  • Critics Choice Awards – Melhor Atriz Coadjuvante
  • Globo de Ouro – Melhor Atriz Coadjuvante

Histórico de indicações

Primeira indicação.

Lesley Manville

Cyril Woodcock em Trama Fantasma

Indicada surpresa na categoria, e assumindo a vaga de Holly Hunter, Lesley Manville faz por merecer sua indicação ao Oscar, tornando Cyril uma mulher silenciosa, mas rígida, e a única capaz de bater diretamente com Woodcock e vencer. A forma como ela diz “não tente começar um confronto comigo, vou te deixar estirado no chão” ao protagonista é simplesmente sublime, e é fascinante reparar nas sutis mudanças em seu rosto que vão refletindo sua mudança de atitude em relação à Alma: quando percebe que a moça simplesmente não vai desistir de Woodcock, sua expressão severa sutilmente revela uma compreensão, e até mesmo um olhar de admiração, como se Alma a tivesse vencido pelo cansaço.

Percurso na Temporada

Histórico de indicações

Primeira indicação

Laurie Metcalf

Marion McPherson em Lady Bird: A Hora de Voar

Lady Bird engata através da relação entre Christine e sua mãe, fruto do excelente trabalho de Saoirse Ronan e Laurie Metcalf. Não vem como surpresa, portanto, a indicação de Metcalf nessa categoria, considerando o quanto o filme depende de sua atuação para funcionar. Dito isso, é Ronan que, ainda, carrega o filme nas costas, portanto não vemos como Metcalf pode acabar levando esse prêmio para casa.

Percurso na Temporada

Histórico de indicações

Primeira indicação

 

 

Octavia Spencer

Zelda Fuller em A Forma da Água

Das indicadas, a mais fraca. Não que a sua atuação seja ruim, mas é muito semelhante a que já vimos antes: uma mulher submissa por conta da sua cor, mas com personalidade forte. Além da personagem não ter uma grande desenvolvimento, não há uma grande cena em que Spencer realmente mostre a que veio. Uma pena, porque ela tem um carisma inquestionável.

Percurso na Temporada

Histórico de Indicações

  • Vencedora como Melhor Atriz Coadjuvante por Histórias Cruzadas, em 2012

Aposta: Allison Janney

Voto do Bastidores: Allison Janney

Esnobada: Holly Hunter em Doentes de Amor

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Publicado por Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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